13.6.22

Não ponhas ninguém em espera!

junho 13, 2022 0 Comments



Não ponhas ninguém em esperaporque ninguém esperará por ti, mesmo que te tenha amado, ou ame ainda. Já todos vamos sabendo que quem não fica, quem não se esforça, quem não nos procura, ou o faz apenas quando lhe sobra tempo, não deixará que sobre nada de nós. Não ponhas ninguém em espera, não quem seja realmente diferente ou importante, porque um dia, quando finalmente te sentires pronta, capaz ou com coragem para, já não terás quem até tiveste antes.

Sermos a pessoa mais importante da nossa vida não nos dá o direito de retirar importância ao outro. Quem se considera, respeita e pretende saborear a felicidade, fazendo-a proliferar, tem que saber como olhar, como falar e como ser ouvido quando tiver mesmo algo para dizer. Não uses. Não acredites que tens o que te basta. Não te olhes, apenas a ti, porque quando levantares os olhos, não estará ninguém que importe. Não te desculpes com a falta de saber, não saber como dar; Não saber como amar; Não saber o que fazer, porque saber é o teu trabalho e se sabes ao que te sabe o prazer que te proporcionam, saberás ao que sabe aos outros. É uma equação tão fácil de reter!

Não ponhas ninguém em espera e depois não digas que não te avisei, não quando já não tiveres argumentos, tempo, ou sequer amor para partilhar, porque o amor termina. A vontade de sermos desejados por este ou aquele também muda, nada permanece imutável à espera que sejas capaz do que te daria mais do que tens já. Não ponhas ninguém em espera, mas se já o fizeste, é bom que saibas que vais ter o mesmo de volta.

Amor próprio!

junho 13, 2022 0 Comments



O amor próprio carrega um poder que nos eleva nos momentos mais difíceis e de maiores dúvidas, porque nos sossega, quase de imediato, quando sabemos e percebemos o que temos e somos. O nosso olhar para dentro vê mesmo, usando as palavras que nos acertam e que a maioria não nos dispensa. As emoções pelas quais passamos enquanto resistimos a apenas passar pela vida, colocam-nos de volta o sorriso nos lábios.

Nada me danifica por demasiado tempo. Nada do que não me pertence fica por imposição alheia e nunca me imponho a quem não me reconhece. Nada do ontem me força a mudar o que sei que terei, porque o antevejo no meu futuro, mas também nada me impede de reavaliar, fazendo diferente e melhor.

O amor que aprendi a ter por mim vai direitinho para aqueles que alimenta, sem interrupções, julgamentos ou dúvidas. O amor que considero certo, acerta a minha vontade de um dia o encontrar, de forma simples e natural. O amor, esse aparente bicho papão, é o que me faz acordar e adormecer mais segura e confiante, porque não sei viver sem ele e recuso aceitar que subtraia ao invés de multiplicar. O amor deixa-me mais bonita, mais forte e até mais tola, mas feliz. O amor que sinto enquanto me sinto inteira e sentindo de que forma o sangue me corre nas veias alimentando-me o corpo, nunca me fará desistir de o querer por perto.

O que farias por amor e o que nunca serás capaz de fazer por não o teres? Até onde irias se o tocasses e a quem tocarias se te amassem como amas de volta? Que mundos mudarias, ainda mais, se usasses integralmente o amor que desejas sentir?

O que não nos mata...

junho 13, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

      Está tanto calor que até dói, mas a minha determinação não se verga perante pequenos percalços!

12.6.22

Pimentos!

junho 12, 2022 0 Comments



Para o Alexandre a Ana estava a ser uma agradável revelação, conseguiam conversar sobre tudo e usufruir de enormes silêncios, enquanto reviam embevecidos os filmes que lhes diziam tanto. As rotinas de ambos pareciam apenas fazer sentido se passassem por cada um e já quase viviam em casa um do outro, com um enorme à vontade, como se sempre tivesse sido assim. Por incrível que pudesse parecer a todos quantos os rodeavam, ainda não tinham tido qualquer intimidade física. Com eles tudo caminhava de uma forma natural, a encaixar cada pedaço da vida de ambos e a encontrarem motivação em pequenos-nadas.


- Anda miúda, fiz uma salada de carne e pus os pimentos assados, bem marinados como gostas, em azeite e alho, cortados às tirinhas.
- Ui espera que já estou a salivar.

Mas sabem que mais? A salada ficou para depois, porque quando a Ana o olhou com o avental e aquele sorriso que lhe tirava o chão, não resistiu mais. Parecia ter sido tomada por uma loucura momentânea e rasgou-lhe, literalmente, a t-shirt. Começou a tentar abrir-lhe os botões das calças, mas eram muitos...

- Credo, que merda.
- Calma miúda, eu tiro. O que foi que te deu?
- Foi o cheiro dos pimentos - sorriu com ar de mulher determinada.
- Onde foste buscar esse fogo todo?
- A ti. Cala-te agora e sente como a minha boca se encaixa na tua.

Fizeram amor, sexo, tudo a que tinham direito, lambuzando-se no desejo que parecia ter estado engarrafado. Os cabelos longos que lhe roçavam o peito e os lábios que lhe percorriam o corpo, provocavam-lhe descargas elétricas indescritíveis. Estivera sempre ao comando e de vez em quando olhava-o de forma tão profunda e apaixonada que quase o enlouquecia.

Onde estivera esta mulher e porque o conseguia enlouquecer assim? Porque conseguiam encaixar-se desta forma e porque a sentia tão solta e confiante? Afinal o que mudara?

Quando finalmente se saciaram, aninharam-se um no outro e ela pôde finalmente dizer-lhe que o amara desde o primeiro dia em que os olhos, os tais que nunca mentem, entraram tanto em si, como estivera hoje, que percebera ter encontrado quem esperara.

- Isto foi tudo obra dos meus pimentos? Vou tratar de os patentear e vender, vamos ficar ricos.
- Embora ao segundo round?
- Queres-me matar, miúda?

Quando se desiste!

junho 12, 2022 0 Comments



Hoje escolhe-se o que é aparentemente mais fácil e vira-se as costas, por norma aos que nos poderiam acrescentar muito mais do que temos, mas que viriam balançar todas as estruturas e fazer repensar escolhas. Ninguém quer ter trabalho, não com o amor. O instantâneo está na moda e o descartável também. Hoje queremos muito, mas amanhã já nos enjoa. O tempo é o mesmo, o relógio não foi ampliado, nem encolheu, o que mudou foi a forma como o passámos a gerir, na minha opinião mal, não permitindo que nos sobre o essencial.


Por norma para mim desistir não é opção, porque não começo o que não possa terminar, mas por vezes chega quem me interrompe o percurso e me diz que NÃO, que não quer e que não sabe o que fazer com a sua vidinha já pré-estabelecida, roubando-lhe mais do mesmo, mas que lhe serve. Nunca desisto de mim, nem daquilo em que acredito, das pessoas de quem gosto, ou dos meus sonhos, porque chegar ao que sou hoje deu trabalho, custou a entender, foi um percurso para a frente e voltar atrás, segurando-me, não me faz qualquer sentido. Quando desistimos do que tanto nos custou a conquistar, estamos inevitavelmente, a desistir de nós e não pode haver nada mais solitário, nem que nos deixe com mais dúvidas. Mas podemos desistir do que nos faz mal, do que soa a falso, do que não acrescenta e dos que, de uma forma ou de outra, nos fizeram olhá-los de forma diferente. 

Infelizmente não somos todos iguais no que à convicção diz respeito e por vezes temos bem perto quem nunca se tenha estruturado como pessoa, quem apenas deambule pela vida, fazendo as mesmas coisas, rindo das mesmas piadas, ouvindo as mesmas músicas e desejando, ardentemente, que tudo se mantenha no mesmo lugar, até porque o sol nasce sempre no mesmo quadrante.



Let´s wake up!

junho 12, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

                                                 21 graus às 6:20, caramba, esto promete hoje!

11.6.22

Sabes quem sou quando me olhas?

junho 11, 2022 0 Comments

Sabem quanto tempo leva a construir uma identidade? Têm ideia de todos os passos elementares, para que se entenda, sem qualquer fundo de reserva, o que se espera da vida, dos sonhos que crescem à velocidade do pensamento e das pessoas que poderão ficar no nosso percurso? Muito, demasiado para alguns.

Não é do nada que acordamos a sentir que a nossa pele nos pertence e tem a tonalidade, o toque e a textura que se encaixa. Os dias que nos levaram à decisão não se apagam, passam a servir de referência e de memória futura e impedem-nos de os resgatar, porque é no passado que deverão permanecer. O tempo passa a correr de forma mais determinada, com sentido, e sentir, caramba, sentir nunca mais é igual, porque se sente TUDO, MUITO e sempre de mente bem próxima do coração.

Não são os outros que nos testam. Não são os lugares que nos definem. Não é o acordar que determina o adormecer e não é adormecendo sem planos que se acorda vazio, ou incapaz de planear. Não é o céu cinzento que nos escurece a alma, nem mesmo o sol resplandecente que torna tudo mais claro, somos nós, por dentro e quando já nos conhecemos o suficiente para sabermos o que fazer, quando, como e com quem, ou simplesmente quando não fazer nada, permitindo que a estrada os redirecione a viagem

Sabem quantas pessoas conseguem acompanhar a nossa passada quando nos revelamos, dizendo sempre o que queremos e querendo apenas o que podemos ter? Poucas, mas seguramente que as únicas que nos servem. Será que alguma vez se questionam quanto ao que pensam algumas pessoas quando as olham e percebem o caminhar seguro e determinado? 

Não é o NÃO oferecido de forma repetida que nos impede de ouvir um SIM da boca certa e quando menos esperamos, ele chega, tem o tom que os ouvidos recebem sem questionar, vindo da única pessoa possível e validando tudo o que escolhemos ser, sabendo que o seríamos sem que as dúvidas se pudessem voltar a instalar. Não são as desistências alheias que nos fazem desistir, somos nós que escolhemos continuar em frente, arredando os que não nos conseguem acompanhar.