Feel Me

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                                                            Quando é bom convém usufruir!

Sou feita de uma segurança que apenas me assegura algumas partes da vida que faço por viver, saboreando-a. Sei o que preciso de ter e de ser para que seja sempre mais. Sei onde me visualizo e onde preciso de estar. Sei o que dizer e o que mostrar e nunca mostro ter dúvidas. Sou a pessoa para quem olham para que tudo se encaixe e faça sentido, mas contigo é tão diferente e tão simples, que é nos teus braços que me aninho e recebo a proteção que me deixa de respirar mais tranquilo.

Tenho tudo de cada vez que me olhas e asseguras, mesmo que sem demasiadas certezas, que estarás para mim, aqui, a ser a metade que me fazia falta, mesmo e até quando não o pensava. Contigo a armadura sai tranquilamente e a pele que a tua toca sempre que nos tocamos, apenas se arrepia pelos motivos certos, incendiando bem mais do que os corpos. Contigo o sal nunca é em demasia e o mel acaba por escorrer de cada beijo, porque nos beijamos mesmo. Contigo o dia tem as cores, a temperatura e a duração que nos prolongam os desejos. Contigo a viagem que há muito faço, sabendo por onde vou, mas pronta para a alterar e adaptar, é mais suave, suavizando-me até as partes mais duras, as que uso para que não seja usada. Contigo o amor tem um lugar, uma voz que me soa ao que carregas e que é apenas meu e por mim. Contigo sou mesmo eu, assim, nua, sem nada que me cubra para além do que já tenho dentro e que preciso que te baste.

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                                             A natureza maravilha, mas também preocupa!

É preciso tão pouco para sermos felizes, já o sabemos e até que o conseguimos testar, mas por norma escolhemos manter o foco no que não nos serve nem satisfaz. Alguns minutos, poucos, de ação e movimento interno, gostando do que somos e ansiando por muito mais a cada dia, pode mudar tudo.

Quem destila fel, ao invés de mel. Quem protesta por tudo e a todos do mesmo, tem uma doença, mas a boa notícia é que pode ser curada, porque são curáveis os males que se identificam. Quando se deixa para trás o que já nem nos acompanha, sonha-se melhor e com mais determinação, passa-se a ter pelo que sonhar, ao invés de simplesmente não amar.

Quem repara, ao pormenor, nos erros que o outro carrega, não sabe mais, não vê, não sente como toda a gente, porque escolheu deixar de sentir e passou apenas a mentir, a si mesmo e a quem estiver ao seu redor. 

Quem apenas se foca no mal primeiro, dá a cada esgar um tiro bem certeiro, não no pé, porque sem ele até vive, mas no coração, porque ao achar-se cheio de razão, desarreda a emoção e pimba desata a magoar, esquecendo-se de que neste caminhar, do mesmo mal um dia irá provar.

Mal-me-quer, muito, pouco, nada!