5.7.22

Noites de verão!

julho 05, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

                          Que o verão nos dê tréguas, porque o mundo já está um lugar muito difícil!

Para ti que és um amor novo!

julho 05, 2022 0 Comments


Olá amor novo,

Deixa-me começar por te lembrar dos começos. Permite-me reforçar o teu desejo de voltares a sentir o amor que já te tenho. Faz-me a vontade e acredita, desta vez, que podemos ser nós e que temos tudo o que precisamos desde que encetámos o que parecia ser uma busca interminável. Sabemos bem quantas vezes tentámos e falhámos, mas e porque a prática faz a perfeição, aqui estou eu, perfeita para ti e mais do que pronta para respirarmos, compassados ou não, mas juntos.

Não sou grande coisa a cuidar das flores, mas tenho as que prefiro e dessas não me esqueço de alimentar e manter vivas. Não sou a fada do lar e tenho uma relação de amor-ódio com a cozinha, mas consigo alimentar a tua força, reforçando os desejos que te manterão a querer-me como nunca fizeste antes. Não primo pela capacidade de me sossegar quando me desassossegam, mas se me mantiveres colada a ti, permitindo que sinta o coração que terá que bater por mim, apenas por mim, tornar-me-ei na cura de todos os males que carregavas antes. Não convivo bem com os silêncios, por isso tens permissão para usar todas as palavras que saberei como filtrar.

Não sabia que esperava por ti, não até que te passei a sentir, de forma real, com nome, com uma energia muito igual à minha e com todas as histórias que as minhas passarão a juntar. Não sabia que estava pronta para te amar, até que passei a sentir este amor de forma tranquila, mas determinada, mantendo-me quieta, mas agitada o bastante para já te querer aqui.

Para ti que és um amor novo, desejo a capacidade de me quereres como já sei que te quero!

De um coração para outro,
S.A.

Nunca vais encontrar um amor como o meu!

julho 05, 2022 0 Comments



Nunca vais encontrar um amor como o meu, era o que te dizia quando achava que até sabia alguma coisa, porque a verdade é que nunca me disseste que precisavas de alguém como eu. A minha intensidade deixava-te inquieto e sem saber como reagir a tudo o que tenho e sou. As minhas certezas aparentes aguçavam as tuas incertezas e ninguém gosta de reconhecer desníveis. Nunca procuraste um amor como o que te ofereci porque não era assim que o desejavas.

Podes até arriscar sentir a minha falta, mas deixaste de poder ser tu mesmo enquanto tentavas perceber o meu modelo e isso não te poderia servir, nem sequer a mim, que acabaria apenas por ter algumas metades.

Nunca vais voltar a encontrar quem te ame incondicionalmente, mas como até querias condições em tudo e em cada movimento que parecia ensaiado ao pormenor, vais seguramente ficar bem. Precisas de quem te ame, mas queres sobretudo amar à tua velocidade, sem demasiado arrojo e tentando prever até a queda da chuva. Precisas de quem te entenda e permita liderar, mesmo que de forma frágil e pouco segura. Precisas de alguém que seja diferente de mim o bastante para já não precisares de mais nada. 
Nunca vais encontrar um amor como o meu, é uma certeza, mas nunca mais voltarei a repetir, a quem quer que seja, que o que tenho serve a todos e nunca mais aceitarei condições no que deve ser vivido com clareza e espontaneidade. Percebo agora que nunca vais entender quem foi que te tocou e fez sentir vivo outra vez, mas já te perdoei a distração.

4.7.22

Sem amor ninguém vive bem!

julho 04, 2022 0 Comments



Sem amor ninguém vive bem, isso é mais do que ponto assente, no entanto viver também passa por muitos estágios emocionais que nos deixam mais fortes e capazes de suportar temperaturas baixas sem que enregelemos demasiado. Sem amor somos um pouco menos crentes e encontramos obstáculos até em portas abertas, mas seguramente que apenas por demasiado desamor instalado. Sem amor somos de cores pálidas e de palavras sem qualquer sabor. Sem amor parte de nós ficará definitivamente partido e quando nos atrevermos a juntar as peças, poderemos já não ir a tempo.

A forma como encaro o amor entre duas pessoas também evoluiu e acabei por conseguir, em diferentes estágios da minha vida, maturá-lo o bastante para o poder absorver como se de um bom vinho se tratasse (curiosa a analogia para quem nem sequer bebe). Já os vivi de forma demasiado intensa, sem muitos planos, ou planeando tão pouco, que o resultado apenas poderia ser o seu fim anunciado. Já amei mais do que fui amada e já senti tanto amor vindo dos lados mais inesperados, mas que me deixaram cheia de vontade de os poder viver, que não pude evitar de me sentir a pessoa especial de alguém. Tive amores errados, no tempo e no objeto, mas nunca me impedi de passar exatamente o que tinha dentro, porque apenas assim me conseguiriam ver.

Sem amor, ou com amores destorcidos, somos mais lentos de raciocínio e decidimos quase sempre demasiado tarde. Sem amor, sobretudo por nós, nunca sabemos o que temos e podemos dizer, de forma a que nos entendam à primeira. Sem amor fazemos mais escolhas erradas do que certas e usamos como desculpa o facto de ninguém, para além de nós, sair afetado. Sem amor, por demasiado tempo, passamos a padecer do mesmo que todos os outros, sem que nos destaquemos por muito que sejamos mais e maiores.

3.7.22

Será que sabes que mudaste?

julho 03, 2022 0 Comments


Sabes quando é que entendes que crescestes emocionalmente e que já não estás a viver no passado? Quando vês fotos, lês as palavras que partilhaste com alguém, ou num diário, ou simplesmente te olhas ao espelho e a "outra" deixou de existir.

A sensação de ter mais sabedoria, de estar mais preparada e menos agarrada às convenções, confere-me uma liberdade adicional, carregando ainda mais de mim em tudo o que faço e digo. Os olhares alheios, a maioria, deixam-me completamente alheada, porque preciso de poucos para ter e ser muito. Os sorrisos forçados, tristes ou distantes, porque de muitos males padecem os que não se libertam do mal que conhecem, não forçam os meus que recuso oferecer, mesmo que sejam gratuitos. A vontade de ser ainda mais sábia, responsabilizando-me na íntegra pela minha felicidade, está a deixar-me com um formigueiro bom, com uma enorme vontade de começar mais uma grande aventura, desta feita apenas eu comigo, a ver tudo o que fui sentindo e imaginando, não importa em que parte do mundo.

Será que ainda consegues acordar com a sensação de novo, de recomeço e de inúmeras possibilidades, porque elas existem mesmo, que também estão ao teu alcance? Se não tiveres o papel principal na tua própria vida, então de quantas mais irás precisar para que as instruções sejam claras e concisas?

Qualquer dia será um bom dia para te determinares desafios concretizáveis e para parares de te parar com desculpas que nem a ti convencem. Qualquer dia, que até poderá ser hoje, terá o que fores capaz de desejar, desejando sobretudo que estejas à altura de  viver TUDO o que te cabe por direito. Qualquer dia, num dia qualquer mais especial, ou tão simples quanto serão aqueles nos quais acordas pronta, poderás fazer restart e ir sem medos, sobretudo do que te travava, que eras tão somente TU.

2.7.22

Três dias!

julho 02, 2022 0 Comments



Foram apenas 3 dias, mas conseguimos repor todas as energias de que iremos precisar para nos mantermos juntos e nada foi feito com pressa. Acordava bem cedo e procurava tudo o que te iria fazer começar para mais momentos só nossos. O pequeno-almoço tinha um toque especial, com um cuidado acrescido que te punha sempre um enorme sorriso de satisfação, afinal de contas ainda não sabias como era dormir e acordar comigo. Raramente terminávamos a refeição sem antes nos voltarmos a amar e era mesmo amor que fazíamos e até os toques pareciam diferentes, talvez porque nos sabiam ao sabor que só pode ter uma relação que caminha no mesmo passo. 

Nada nem ninguém nos fez falta. A televisão debitava os sons que nem sequer ouvíamos e as pessoas que fazem parte de nós ficaram do lado de lá, até porque os sabíamos bem e fomos apenas nós em cada segundo. Desta vez consegui olhar, com enorme atenção e desejo, para cada pedacinho de ti. Memorizei todos os sinais, segui bem de perto até a forma como pestanejavas, quantas vezes e como fechavas os olhos quando te tocava, afagando os cabelos que gosto de cheirar, quando me meto toda em ti, permitindo que sejas tão meu que nada do que me pertence fica por te oferecer. A praia não serviu para nos banharmos, mas aproveitámos o sol, fizemos caminhadas longas, onde falámos de tudo e onde por vezes apenas nos deixámos sentir, de mãos dadas, tão apertadas, que a dor se substituía à certeza de estarmos ambos ali, um com o outro.

- Não sabia o quanto precisávamos de estar assim, de contrário já o teríamos feito. Já te disse hoje que  
  te amo mulher da minha vida?
- Por acaso disseste, mal abriste os olhos e soube-me tão bem que já só nos quero ter sempre assim,  
  apenas nós, porque não preciso de mais nada. Nem eu sabia que te podia amar  desta forma. 

Agora sei que sou a mulher que reconheces e que és o homem que preciso de ter ao meu lado e para isso bastou que nos mantivéssemos juntos, um no outro o tempo todo. Os duches foram sempre demasiado longos, até que o corpo reclamasse da posição e as nossas mãos já não tivessem mais corpo para percorrer. A cama nem se fazia, apenas se compunham os lençóis que teimavam em escorregar, talvez porque na verdade não eram precisos. Tudo à nossa volta parecia desaparecer e as horas, que antes nos fugiam, estendiam-se até que a fome nos acordasse e trouxesse de volta a este mundo. Se duvidas existiram, agora ficou-nos a certeza de que ainda temos muita estrada para percorrer, afinal de contas o mais importante já existe e tudo o resto virá naturalmente, encaixando-se nos nossos intervalos, quando pudermos parar de nos amar.