25.9.22

Quanto te ficou por dizer?

setembro 25, 2022 0 Comments


É tanto o que fica por dizer, mesmo quando e aparentemente se vai dizendo tudo, porque somos muitas coisas em muitos lugares em simultâneo. Somos faces mais ou menos ocultas, dependendo de quem connosco esbarra e somos a soma de muitas histórias reais, mas igualmente fantasiadas. Levamos décadas de construção emocional e temos coladas a nós outras tantas de desvios, recuos e recusas. É tanto o que esperamos de nós, quando até estamos a ser o bastante, mas tão pouco de cada vez que subtraímos o outro, impedindo-o de nos conhecer.

Gostava de "te" poder sentir comigo sem esforço, sem que as costas se voltassem quando precisasse de "te" ver. Matava por um coração que nunca arrefecesse o meu, que batesse ritmado ou descompassado, mas por mim. Gostava de não ter que te procurar, de já te saber aqui, sem condições, minhas ou tuas, apenas tempos e momentos connosco. Gostava de ver refletidos nos teus olhos os meus, porque me estarias a ver.

É tanto o que fica por dizer quando encurtamos a viagem logo no início, mas com o tempo elas acabarão por se suceder e nelas estarão mais uns quantos, os certos e também os errados, arrancando-nos as que ainda guardamos dentro. É tanto o amor que se desperdiça e já não recupera...

Tenho os sorrisos de volta!

setembro 25, 2022 0 Comments

De repente, num dia que parecia ter tudo para ser igual aos outros, acordo renovada, de sorriso nos lábios e grata pelo que sou e já construí. De repente o agora instala-se outra vez, de forma serena e a permitir-me ver o que já sabia existir. De repente já sou eu outra vez.

Sei que gosto de entender tudo, não saltando etapas e juntando o que me servirá no futuro. Sei que não aceito o pequeno nem as respostas que não se ajustam às perguntas que fiz. Sei que posso ir sabendo muito mais e que preciso de ver o caminho à minha frente para o querer continuar a fazer. Sei o que me faz mal e do que preciso de fugir para permanecer onde e como sou.

De repente as palavras voltam a renovar-me por dentro e é a elas que me agarro, as que uso, para saber o que dizer, como e quando. De repente os sabores voltam a ser os meus, os de sempre e até os cheiros cheiram ao que me pertence. De repente o antes parece ter sido apenas uma paragem obrigatória, mas visto que não me levaria a lado nenhum, volto a escolher para onde ir. De repente a tempestade passou e o sol voltou a brilhar!


24.9.22

Regressando!

setembro 24, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

Devagar, mas não muito devagarinho, já fiz 4 quilómetros!

Se não sabes fazer, podes aprender!

setembro 24, 2022 0 Comments



Se não sabes fazer, podes aprender!

Há muito que me deixei de desculpas e por isso quando visualizo e acabo a desejar, ponho-me a caminho e faço acontecer. Tudo o que parece fácil, aos olhos dos outros, está a ser bem feito, mas o tempo, os momentos e todos os percursos, esses serão inteiramente nossos, muito difíceis alguns, mas com um sabor que mais nada nem ninguém consegue passar. 

Quando o que sou precisa de mais "viagens" emocionais, inicio cada uma e vou com medo mesmo, mas indo sempre, de contrário nunca ficarei a saber se valeria a pena. Quando sentir da forma certa me acerta todos os ponteiros internos, reconstruo-me melhor e faço-o todos os dias, regredindo em alguns, mas compensando-os logo de seguida. Quando o que já tenho deixa de me bastar, corro atrás do que me preencherá um pouco mais e foco-me no que serei depois e por norma é bem maior.

Há muito que passei a perceber do que não percebem os outros, por incapacidade natural, ou por falta de vontade e amor próprios, mas também há muito que os deixo seguir com as suas vontades, fazendo com que as suas energias não dissipem as minhas. Há muito que sei que ser muito não passa pelo que mostro e a verdade é que me mostro pouco, mas pelo que me certifico que tenho para que continue a ter-me, até porque no final serei apenas eu com as minhas escolhas e continuo a fazê-las.

23.9.22

Relacionamentos de caca!

setembro 23, 2022 0 Comments


Estou a uma unha de escrever uma dissertação sobre relacionamentos atuais. Os termos são mais do que muitos, é só escolher:

São as relações abertas, o poliamor, as trocas de casais, swings e outras variantes, mas até aqui tudo bem, desde que seja com o acordo das partes, cada um é livre de viver como deseja, onde a porca torce mesmo o rabo, é nas constantes traições emocionais e físicas, disfarçadas de "normalidade". Agora os chamados "normais" são considerados retrógrados. Pronto e parece ser este o caminho da evolução humana!

No meu estudo, a acontecer, terei que referir a insatisfação natural e constante de grande parte dos seres que povoam este universo, quer homens, quer mulheres. Só estão bem onde não estão (seguramente que isto vos faz recordar de uma música). Querem quem não têm e têm quem até deu algum trabalho a conquistar, mas após a conquista, o cansaço. Voltamos à história dos predadores, o que importa mesmo é a caçada, porque a caça em si...

Temos muita gente danificada por aqui, tanta que deveriam vir com um chip, ou algo que nos permitisse detetá-los a léguas. Não sabem do que padecem, por isso "medicam-se" a torto e a direito, mas sem prescrição adequada vão apenas atenuar a doença. Que se queiram manter doentes, é escolha própria, mas o constante arrastar de quem não deu para esse peditório, é que me remexe os fígados. Parecem ratos a sair da toca, mais desesperados do que os ditos cujos animais e só conseguem ver para a frente. "Quem é a próxima"?

Valha-me Nossa Senhora da Agrela, de onde vieram tantos imberbes? Não sei muito bem o que vos dizer ainda, mas prometo chegar lá, só tenho que os conseguir catalogar devidamente. Um dia volto.


22.9.22

Gostava de apenas querer!

setembro 22, 2022 0 Comments


Gostava de poder aceitar que qualquer forma de amor é amar, mas sou tão mais exigente agora. Gostava de poder simplesmente gostar, sem demasiados tratados ou esforços para que me soubessem aceitar. Gostava de entender do que ainda não entendem os que afinal até querem amar, mas estou quase a desistir.

Carregamos todos emoções que nos movem os sentimentos da forma certa, ou tão distorcida, que o resultado só poderá ser cada vez menos resultados e muita mais solidão. Parecemos andar em terrenos demasiado sinuosos e o fôlego quase que se vai, impedindo-nos de respirar de forma a termos o formato que serve. Sonhamos mais, mas queremos tão pouco dos sonhos que até nos manteriam vivos, que acabamos a morrer a cada sono adiado. Partimos de metas ilusórias e raramente chegamos a algum lugar e por isso os finais serão sempre os inevitáveis inícios.

Gostava de poder sorrir para os sorrisos que chegam até mim, sem duvidar das intenções. Gostava de poder ouvir exatamente o que as palavras carregam, sem que precisasse de as legendar. Gostava de poder manter o coração no lugar que lhe cabe, mas a cada dia é tanto o que deixa de caber, que vou deixando de o considerar, endurecendo a cada desistir. Gostava que querer fosse tão mais simples...