18.11.22

Dizer que se ama tem porras!

novembro 18, 2022 0 Comments



Dizer que se ama tem porras! Tem mesmo, porque parece que nos deixa irremediavelmente agarrados. Será por isso que tantos têm medo de o fazer?

Sou capaz de desbaratar a palavra amo-te se for o que sentir e não importa por quanto tempo. Não planeio mudar ninguém, sobretudo os que acham que ficam com grilhetas se a usarem, mas de tanto a usar, certamente que um dia andarão a soprar amo-te até às flores. Dizer que se ama tem porras, sobretudo para os homens.

- Se lhe digo que a amo vou ter que me casar.

Não vão mesmo garanto, até porque e segundo as estatísticas, cada vez menos mulheres se querem casar, por isso estão seguros, relaxem. Lá que não tenham aprendido a usar a palavra, até que entendo, agora acharem que a mesma vai mudar a rotação da terra e do sol. PLEASE!

Dizer que se ama tem porras para quem não o pretende fazer, mas acredita que dessa forma chegará mais longe. Ok, se está na moda, vamos lá! Estes são os arrojados, os que amam a torto e a direito. Amam tanto e tantas, que até arranjam nomes giros para cada uma, não vá o diabo tecê-las. Para os que têm Filofobia, o medo irracional de se apaixonarem, imaginem-nos a dizer amo-te, teriam que ir direitinhos para uma consulta de psiquiatria. Meus amigos e já agora amigas, sim, porque conheço umas quantas que também ficam com urticária de cada vez que falamos na palavra mágica. Não há nada de errado em se dizer o que se sente e a ser verdade, merecemos todos ouvir, até porque vai valer pelo tempo que se conseguir amar. O que para uns será só até que acabem de o dizer.

Amem-se porra. Digam que amam, usem e abusem, porque não vai trazer efeitos secundários, mas se porventura correr mal, o mundo no dia seguinte ainda será o mesmo!

17.11.22

És tão doce!

novembro 17, 2022 0 Comments



És doce tal como a tua boca e o teu olhar. És sempre doce para mim, meiga, atenta e minha!

Estou num daqueles dias em que não te consigo largar, em que me envolvo em ti mantendo-te sempre no meu corpo, possuindo-te, tocando-te, virando e revirando-me nas minhas rotinas, mas voltando sempre a ti para beber de um pouco mais. Nunca me canso de referir a forma doce que sempre usas quando me falas. Sabes, melhor do que ninguém, como me dizer tudo o que preciso de ouvir, mas da forma certa, a que me fará estar verdadeiramente atento para que aceite e entenda o teu ponto de vista.

És doce quando me tocas, porque consegues passar-te toda, entregando-te sem reservas. És doce sempre que me lembras do quanto me amas. És doce até quando tentas ficar zangada, mas reconheces que não consegues, que não precisas e que gostas bem mais de gostar de mim como sou.

Foi a tua doçura que me cativou e foi por ela que fiquei até hoje, desejando que te mantenhas assim, só para mim e que me ensines a ser para ti o que fazes de forma tão natural!

15.11.22

Já não camuflo emoções!

novembro 15, 2022 0 Comments



Já não camuflo emoções. Já não deixo que os meus sentimentos venham de lugares escuros. Já não espero por quem nunca esperou por mim, porque esperar é permitir que o tempo passe sem que o use a meu favor. Já não vejo o que não existe e deixei de existir por quem ficou sem saber o que fazer de mim.

Sou uma crente determinada. Vejo o melhor do mundo nos que me chegam e nunca olho para o que me possa impedir de ser convenientemente olhada. Sou feita de muitas camadas, mas nenhuma se sobrepõe à inicial, a que dita a minha essência e dessa nunca fujo. Sou o amor que me tenho e dou o que recebo para o multiplicar, reabastecendo-me do que é certo. Viajo em cada pensamento e recuso paragens emocionais que me demarquem de quem construí e tão bem conheço.

Já não me contento com as metades que não teria como juntar. Já não uso o amor como desculpa e parei de desculpar as palavras que nunca me poderiam alimentar. Já não escureço com a noite, porque já sei quais as cores que me iluminam e são as que uso para recomeçar. Já não sou a mesma de ontem, simplesmente porque percebi de que forma melhorar.

14.11.22

O que é que muda quando mudas?

novembro 14, 2022 0 Comments

Painting by Cindy Press


O que é que muda quando mudas? Tudo, o espaço, a perceção, a perspetiva, a entrega e até a disponibilidade. Mudam os momentos que decidiras antecipar, considerando que a antecipação fora despropositada. Muda o olhar para com os que te viam e a crença na sua capacidade de te amar. Muda a entrega às causas, ao arrojo e aos sonhos que agora te impedes de sonhar.

O que é que muda quando o teu coração é apertado até quase deixar de bater, ou batendo tão veloz que se torne incapaz de te manter? Muda tudo o que julgavas saber e pouco do que sabias te consegue valer. Mudam os minutos que se transformam em horas e até os dias ameaçam não voltar a nascer. Mudam as noites que escurecem mais cedo e é com a falta de luz que deixas de te ver.

O que é que mudas quando o amor te passa a faltar? Muda também a tua capacidade de voltar a amar.

12.11.22

Gostava tanto de gostar de ti!

novembro 12, 2022 0 Comments



Gostava tanto de gostar de ti da mesma forma como te amo!

Por norma só sabemos do que vivemos, ouvimos ou de alguma forma conhecemos, mas contigo foi diferente, irrequieto, pesado, intenso e doloroso. Andei sempre perdida a tentar dar nomes a cada situação nova, mas fiquei sem letras do vocabulário para reusar, acabando por me sentir verdadeiramente usada. Gostar de alguém parece ser o processo natural, no entanto e porque o coração por norma decide tomar a dianteira, amar é consideravelmente mais fácil.

Já não vou ter no futuro o mesmo tempo, ou oportunidades que no meu passado, por isso escolhi continuar a gostar de mim o suficiente para te deixar ir. A pessoa que antecipo do meu lado tem que ser sobretudo meu amigo, velando o meu sono para que os sonhos não me impeçam de viver e vivendo comigo o que mais ninguém conseguiu fazer. Um novo amor, a acontecer, terá que saber de que forma reescrever uma história comum, retirando-lhe todos os episódios obscuros. Ter por perto quem se lembre de mim a cada acordar, de mim em primeiro lugar, começa a parecer uma realidade distante, apenas porque os dias parecem ser poucos para que se esqueça de quem nos abraça sem cobrar e nos beija simplesmente por conseguir amar.

Gostava de não precisar de desgostar de quem me afagou o coração, mas também o dilacerou para sempre, porque já me provei que amar nunca será suficiente, não quando gostar parece carregar o peso do mundo.

11.11.22

Aqui estava eu...

novembro 11, 2022 0 Comments



Aqui estava, como sou, de braços abertos e pronta para receber quem julgava ter reconhecido. Aqui estava, sem demasiados medos, mas cheia de receios que se revelaram fundados. Aqui estava, até ao dia em que precisei de me retirar, desistindo do que afinal nem sequer tivera.

Não levei mágoas na bagagem. Não me escudei em desculpas, até por que nunca as uso e não me impedi de mostrar quem era, mas nem assim consegui ver-te. Foi sempre tão fácil acreditar que eventualmente o poderia fazer, sabendo que o que dizia e a forma como me conduzia me refletiam na íntegra e que isso bastaria. Fui eu sem as máscaras que normalmente me cobrem a face e o coração, mas depressa me arrependi de baixar os muros que me protegiam sobretudo de mim, porque tendo a julgar os outros pelo que sou. 

Aqui estava, sem nunca bastar e sem ser a que eventualmente mudaria o curso de uma vida aparentemente desejada. Aqui estava, sozinha como antes, tendo apenas por companhia o que me arrancaria todo o sabor doce que me brota dos lábios, porque é com eles que beijo e me passo. Aqui estava eu, mas consciente de que não poderia estar por muito mais tempo. Aqui estava, eu e tão somente eu comigo...