23.11.22

A irracionalidade!

novembro 23, 2022 0 Comments



A desconfiança e o medo de sermos enganados leva-nos à irracionalidade e à procura de fantasmas até onde não existem!

Isto de se ver esqueletos no armário pode transformar-se numa patologia grave, por isso é que quero ver se não necessito de choques elétricos. A verdade é que uma vez enganados, para sempre desconfiados, porque somos todos feitos de uns quantos fantasmas e de inseguranças que mantemos para lá da vida adulta. Cabe-nos, no entanto, perceber se serão apenas fruto da nossa incapacidade em confiar, ou se estamos irremediavelmente danificados. Precisamos de tentar ver para além de nós mesmos, dando aos outros a possibilidade de se mostrarem como são e de nos conseguiram assegurar da sua fiabilidade. 

Não gosto da sensação de não acreditar. Não gosto de olhar de soslaio e de me sentir amarga e descrente. Não gosto de incluir o meu passado, o tempo todo, no presente que estiver a construir, porque disso dependerá o meu futuro. Não gosto de marcar a ferro quente quem não conheço o suficiente para julgar. E do que não gosto mesmo, é de que me avaliem pelo que tiveram da vida.

A irracionalidade não se coaduna com amores sinceros nem reais, ela está bem mais associada a arrependimentos e aos recuos inerentes a quem não sabia por onde estava a ir nem com quem. A irracionalidade é quase que uma desculpa para camuflar a falta de sentimentos genuínos. A irracionalidade é a dúvida sobre nós mesmos e sobre o que somos capazes de proporcionar ao outro. 

Nada mais irracional do que passar a desconfiar até da sombra e é por isso escolho, racionalmente, nunca deixar de olhar para o que já vi, entendendo o som de cada palavra que acabei por ouvir.

22.11.22

E se eu pedir desculpa?

novembro 22, 2022 0 Comments



E se eu pedir desculpa? Não sei se adianta, mas ajuda qualquer coisa, pelo menos deixa perceber que me preocupo, que sei quando magoei e que a minha incapacidade não deverá ser motivo para deixar de usar uma das palavras mais difíceis que conheço.

Não tenho medo de pedir desculpa, mas receio não ter forma de o deixar de fazer, porque mesmo que nunca pretenda magoar, defendo-me ou ataco se for acossada, se me deixarem sem saída, ou se quiserem de mim o que sei de antemão não poder dar. Gostava de poder olhar para os outros e não os ver de imediato, como na realidade são, quem sabe dessa forma não caminharia um pouco mais na tentativa de os incluir. Seguramente que sairia da minha zona de conforto mais vezes e não lhes daria apenas uma chance de mudarem o que me agradou menos. Juro que quero ser mais serena, aceitando as incapacidades que todos temos, uns mais do que outros, mas vou ter que continuar a pedir desculpa, porque não sei abrir mão da minha exigência e porque determinei que ou seria tudo, ou não quereria nada.

Desculpa se não te completo, se não te aceito e se estou um passo à frente do que ainda dizes não saber, quando já sei de tudo, porque sou mulher, tenho sexto sentido, pele que se arrepia perante situações dúbias e caminhos que levam a lugar nenhum. Desculpa por estar sempre em vigília e por arranjar forma de "espreitar" pelas frestas das inúmeras janelas da vida. Desculpa por não ser menos, sendo mais vazia de valores e sem as referências que te retiram da minha tabela de comportamentos. Desculpa por não abrir mão do que me faz feliz. Peço desculpas por mim, mas também sei que vais precisar de te desculpar por não conseguires estar à minha altura!

21.11.22

Do que é que gostei afinal?

novembro 21, 2022 0 Comments


Gostei de tudo o que consegui sentir enquanto achava que me sentias. Soube-me pela vida os sabores que povoavam os meus lábios enquanto te beijava e achava que estavas inteiro em cada toque e olhar. Parecia precisar de acreditar que o amor chega e se cola quando o desejamos, mesmo que já não o esperasse. Gostei de tudo até perceber que apenas gostavas de mim e passou a ser TÃO pouco. É pouco que nos coloquem em fila de espera, esperando eventualmente que passemos a ser alguém real. É pouco que precisem de nos querer escolher. É pouco que usem as palavras que o corpo e a alma não acompanham. É pouco que nos escondam a verdade que mudaria tudo para melhor.

Não gostei de precisar de fingir que entendia, que saberia esperar e que não via o que era demasiado óbvio para me conseguir manter. Não gostei de não ser gostada como esperava e que me oferecesses apenas o que te sobrava. Não gostei de ser mais breve que um cigarro fumado à pressa e que nem ao respirar me envolvesses no teu ar. Não gostei de saber o que não conseguias sentir, mas que ainda assim fingias procurar. Não gostei de ser apenas eu a amar.

Estar sempre vazia, desistindo de caminhar pelo único chão que me faz sentido, deixou de ser uma decisão, por isso passei a escolher reconhecer cada passada, mesmo que o tenha que fazer sozinha. Estar aqui, de volta a mim, mesmo que seja solitário, é seguro e é disso que pareço precisar. Estar inteira tem que ser o que me move, até quando já mais ninguém me conseguir mover, não para o ponto mais alto da vida que não reconheço e da qual teria que "saltar". Estar tranquila na escolha que me trará de volta, tranquilizou-me.

20.11.22

O equilíbrio no amor!

novembro 20, 2022 0 Comments


Não existe amor que mereça ou sobreviva a igual desamor!

O amor aprende-se, alimenta-se, faz-se crescer e incluir, mas não pode nem deve ser escolhido entre outros amores. O amor, o meu, o que me cabe, tem que caber inteiro no coração que me alimentar. O amor é generoso, atento e sabe em quem precisa de pousar, sossegando-se com as certezas que balançam no olhar. O amor tem apenas um campo de visão e não gira a cabeça de cada vez que o "vento" mudar. O amor não é egoísta, materialista, ou desviante, é limpo de interesses, interessando-se apenas pelo que o fará crescer. O amor, o verdadeiro, sabe sempre o que fazer, mesmo sem instruções e com poucas direções, mas com as melhores intenções, porque mesmo quando tudo oferecer, se ainda assim nada acontecer, ele saberá e permanecerá sem demasiadas dores e pronto para novos amores.

18.11.22

Dizer que se ama tem porras!

novembro 18, 2022 0 Comments



Dizer que se ama tem porras! Tem mesmo, porque parece que nos deixa irremediavelmente agarrados. Será por isso que tantos têm medo de o fazer?

Sou capaz de desbaratar a palavra amo-te se for o que sentir e não importa por quanto tempo. Não planeio mudar ninguém, sobretudo os que acham que ficam com grilhetas se a usarem, mas de tanto a usar, certamente que um dia andarão a soprar amo-te até às flores. Dizer que se ama tem porras, sobretudo para os homens.

- Se lhe digo que a amo vou ter que me casar.

Não vão mesmo garanto, até porque e segundo as estatísticas, cada vez menos mulheres se querem casar, por isso estão seguros, relaxem. Lá que não tenham aprendido a usar a palavra, até que entendo, agora acharem que a mesma vai mudar a rotação da terra e do sol. PLEASE!

Dizer que se ama tem porras para quem não o pretende fazer, mas acredita que dessa forma chegará mais longe. Ok, se está na moda, vamos lá! Estes são os arrojados, os que amam a torto e a direito. Amam tanto e tantas, que até arranjam nomes giros para cada uma, não vá o diabo tecê-las. Para os que têm Filofobia, o medo irracional de se apaixonarem, imaginem-nos a dizer amo-te, teriam que ir direitinhos para uma consulta de psiquiatria. Meus amigos e já agora amigas, sim, porque conheço umas quantas que também ficam com urticária de cada vez que falamos na palavra mágica. Não há nada de errado em se dizer o que se sente e a ser verdade, merecemos todos ouvir, até porque vai valer pelo tempo que se conseguir amar. O que para uns será só até que acabem de o dizer.

Amem-se porra. Digam que amam, usem e abusem, porque não vai trazer efeitos secundários, mas se porventura correr mal, o mundo no dia seguinte ainda será o mesmo!

17.11.22

És tão doce!

novembro 17, 2022 0 Comments



És doce tal como a tua boca e o teu olhar. És sempre doce para mim, meiga, atenta e minha!

Estou num daqueles dias em que não te consigo largar, em que me envolvo em ti mantendo-te sempre no meu corpo, possuindo-te, tocando-te, virando e revirando-me nas minhas rotinas, mas voltando sempre a ti para beber de um pouco mais. Nunca me canso de referir a forma doce que sempre usas quando me falas. Sabes, melhor do que ninguém, como me dizer tudo o que preciso de ouvir, mas da forma certa, a que me fará estar verdadeiramente atento para que aceite e entenda o teu ponto de vista.

És doce quando me tocas, porque consegues passar-te toda, entregando-te sem reservas. És doce sempre que me lembras do quanto me amas. És doce até quando tentas ficar zangada, mas reconheces que não consegues, que não precisas e que gostas bem mais de gostar de mim como sou.

Foi a tua doçura que me cativou e foi por ela que fiquei até hoje, desejando que te mantenhas assim, só para mim e que me ensines a ser para ti o que fazes de forma tão natural!