A irracionalidade!
A desconfiança e o medo de sermos enganados leva-nos à irracionalidade e à procura de fantasmas até onde não existem!
Words can change the world
A desconfiança e o medo de sermos enganados leva-nos à irracionalidade e à procura de fantasmas até onde não existem!
E se eu pedir desculpa? Não sei se adianta, mas ajuda qualquer coisa, pelo menos deixa perceber que me preocupo, que sei quando magoei e que a minha incapacidade não deverá ser motivo para deixar de usar uma das palavras mais difíceis que conheço.
Gostei de tudo o que consegui sentir enquanto achava que me sentias. Soube-me pela vida os sabores que povoavam os meus lábios enquanto te beijava e achava que estavas inteiro em cada toque e olhar. Parecia precisar de acreditar que o amor chega e se cola quando o desejamos, mesmo que já não o esperasse. Gostei de tudo até perceber que apenas gostavas de mim e passou a ser TÃO pouco. É pouco que nos coloquem em fila de espera, esperando eventualmente que passemos a ser alguém real. É pouco que precisem de nos querer escolher. É pouco que usem as palavras que o corpo e a alma não acompanham. É pouco que nos escondam a verdade que mudaria tudo para melhor.
Não gostei de precisar de fingir que entendia, que saberia esperar e que não via o que era demasiado óbvio para me conseguir manter. Não gostei de não ser gostada como esperava e que me oferecesses apenas o que te sobrava. Não gostei de ser mais breve que um cigarro fumado à pressa e que nem ao respirar me envolvesses no teu ar. Não gostei de saber o que não conseguias sentir, mas que ainda assim fingias procurar. Não gostei de ser apenas eu a amar.
Estar sempre vazia, desistindo de caminhar pelo único chão que me faz sentido, deixou de ser uma decisão, por isso passei a escolher reconhecer cada passada, mesmo que o tenha que fazer sozinha. Estar aqui, de volta a mim, mesmo que seja solitário, é seguro e é disso que pareço precisar. Estar inteira tem que ser o que me move, até quando já mais ninguém me conseguir mover, não para o ponto mais alto da vida que não reconheço e da qual teria que "saltar". Estar tranquila na escolha que me trará de volta, tranquilizou-me.
Não existe amor que mereça ou sobreviva a igual desamor!
O amor aprende-se, alimenta-se, faz-se crescer e incluir, mas não pode nem deve ser escolhido entre outros amores. O amor, o meu, o que me cabe, tem que caber inteiro no coração que me alimentar. O amor é generoso, atento e sabe em quem precisa de pousar, sossegando-se com as certezas que balançam no olhar. O amor tem apenas um campo de visão e não gira a cabeça de cada vez que o "vento" mudar. O amor não é egoísta, materialista, ou desviante, é limpo de interesses, interessando-se apenas pelo que o fará crescer. O amor, o verdadeiro, sabe sempre o que fazer, mesmo sem instruções e com poucas direções, mas com as melhores intenções, porque mesmo quando tudo oferecer, se ainda assim nada acontecer, ele saberá e permanecerá sem demasiadas dores e pronto para novos amores.
Dizer que se ama tem porras! Tem mesmo, porque parece que nos deixa irremediavelmente agarrados. Será por isso que tantos têm medo de o fazer?
És doce tal como a tua boca e o teu olhar. És sempre doce para mim, meiga, atenta e minha!