Desistir também é opção!
Words can change the world
De que forma nos podemos colocar em fila de espera, esperando que possamos ser verdadeiramente vistos? Onde podemos ir buscar a resistência e a crença na vontade dos outros em terem vontade de nós, desejando que não se demorem e que o atraso não nos faça partir?
O "jogo" das relações é o mais desafiante da vida, porque somos continuamente testados quando as certezas são mais distantes que a vontade de parar de duvidar. As emoções que nos envolvem perante os sentimentos do outro, parecem ter vida própria, mesmo que acredite serem sinais e alertas vermelhos, porque o nosso corpo, coração e alma sabem de tudo, sempre.
De que forma nos conseguimos diminuir para caber no mundo de alguém e que custos acarretam a desistência e a falta de amor próprio?
Desistirmos de nós é um preço demasiado alto. Escondermos a dor, esperando que eventualmente alguém a leve, é tão ilusório quanto o amor que escolhemos sentir sozinhos e que não saberá ao sabor do simples e do real. Terminarmos os dias tão sós quanto os começámos, apenas pode significar que afinal o que dizemos sentir significa muito pouco. Pararmos a vida, o tempo e os momentos que teríamos que estar a viver para que alguém eventualmente os queira viver connosco, é esperar que o mundo gire ao contrário até que nos aceitem.
De que forma podemos voltar a ser apenas nós sem demasiadas mazelas?
No que toca ao amor acredito que andamos todos a tatear, caminhando com pés de lã, mesmo que com muita vontade, mas com igual sensação de medo e dúvida. Nunca parecemos saber o suficiente, nem qual o lado certo da pessoa que nos entra coração dentro sem pedir licença. Nunca encontramos forma de dar o bastante, ou talvez até o façamos em demasia, desequilibrando a já tão sensível balança das emoções. Nunca conseguimos respirar de alívio.
"Sei que não me serves" |
Já percebi que todas te querem e que podes ter qualquer uma, que BOM para ti, mas não gosto do que gostam os outros e não quero produtos em massa como se viessem dos chineses, prefiro as peças únicas e os exclusivos. Prefiro também saber que apenas sirvo para quem me serve, multidões nem para compras, feiras ou jogos de futebol, não sou do tipo papagaio e não repito o que os outros na maioria das vezes nem sabem o que estão a dizer.
Será que é possível, doable como dizem os ingleses, ajudar os outros sem mais nada, apenas porque nos preocupamos e até conseguimos forma de resolver o que mais ninguém consegue? Dito assim parece que a resposta só pode ser um sim redondo, mas aparentemente nada é claro nos dias de hoje.