21.12.22

O que viste no meu rosto foi amor!

dezembro 21, 2022 0 Comments

Tanta falta de amor...


O que viste no meu rosto foi amor. O que ouviste dos meus lábios, enquanto te soprava de mansinho as orelhas que gostava de beijar, foram as palavras que uso de cada vez que desato a amar. O que sentiste foi o resultado do que me passaste e por isso me deixei tão pequena e incapaz de gritar, até quando o fiz, porque não eram ciúmes, era apenas muita dor envolta nos presentes envenenados que me enviaste, uma e outra vez. O que tiveste, de todas as vezes que julgava estar a ter-te, foi sempre carregado da minha verdade, do que tinha apenas para ti e do que nunca misturaria com qualquer outro que não tu mesmo. O que perdeste foi a pessoa que se entregou sem receios, mas com todos os medos do mundo e ainda assim persistiu. O que já não vais voltar a tocar é tão somente o corpo que um dia te pertenceu.

É difícil recomeçar depois de uns quantos começos falhados, mas não sou das que vira as costas a um desafio, sobretudo emocional. Não corro para apenas ter, quero que seja com sentido e que venha igualmente na minha direção. Já sei do que preciso para parar de procurar e entendo TÃO bem de tudo o que nunca precisarei, não enquanto me tiver como a minha pessoa importante. É um desafio entender os motivos por detrás de alguns sorrisos, de toques que desejamos verdadeiros e de todos os sons de que nos inundamos, levando-os até a quem julgamos ouvir. Nunca tomo nada por garantido, nem desperdiço os dias que não poderei trazer de volta, até mesmo os maiores e melhores. Nunca me defraudo, mas vou ter que aprender a aceitar os que não vieram com o coração aberto.

O que viste fui eu toda, com o que sou e tenho, mas porque te falha a visão periférica, não conseguiste ver-me dos melhores ângulos e escolheste a noite para cobrir os meus dias. Quem viste, pela última vez, era eu a caminhar na direção oposta.

20.12.22

Num qualquer final de dia vieste!

dezembro 20, 2022 0 Comments

Alone once again


Num qualquer final de dia, no que parecia ser apenas mais um momento, uma pessoa e umas quantas trocas de palavras, passaram a povoar--me os lugares mais obscuros da alma. De repente fui confrontada com o pior do mundo e com a escuridão a que nos votam os que não sabem o que significa amar. Do nada, e sem que o tivesse pedido, atraí quem me impregnou o coração de sentimentos amargos. Num qualquer final de dia, que até poderia ter sido apenas mais uma noite, permiti a entrada de quem quase me esventrou a esperança, desbaratando o amor como sempre o quis sentir.

Nada nos chega do nada. Ninguém é apenas mais um alguém num momento. Nenhum sentimento que nos bate, com mais ou menos força, deve ser apenas olhado como necessário, porque ninguém precisa de se envolver na realidade pesada dos que escolhem ficar no mesmo ponto e lugar, sem que segurem as mãos que lhes são estendidas. Nada nos chega do nada e é nisso que nos devemos focar de cada vez que olharmos para o que já foi e para tudo o que terminou muito antes de poder começar.

Num qualquer fim de tempo, porque a vida é feita de ciclos, terminei o que me cabia, mas apenas para poder continuar. Somos seres em constante evolução, para o bem e para o mal e nenhum ficará para sempre, tal como nós. Numa qualquer hora fatídica, fui "presenteada" com o que me teria que desafiar, porque não poderei apenas usar das palavras para me definir, terei que estar igualmente à altura, provando ao Universo que evoluí, cresci e aprendi. Num qualquer final de dia, quando acreditava estar à altura de qualquer dor que chegasse com a falta de amor, percebi que teria que voltar ao mesmo caminho, percorrendo-o tantas vezes quantas bastarem para que me baste e o faça sem a sensação de solidão que quase se colou, porque a realidade é bem diferente e mesmo que sozinha, nunca estarei só. 

19.12.22

Mais um ano de balanço!

dezembro 19, 2022 0 Comments

Balanços de 2022


Estou em balanço, não apenas por ser final de ano, mas porque gosto de me analisar, recuperando-me de cada vez que arriscar perder-me!

Os dias nunca passam em vão por mim, arranjo sempre forma de me olhar, melhorando-me. Não me sabia tão exigente e perfecionista. Não me examinava o bastante para perceber as diferenças, mas acabei por aceitar cada uma, aceitando-me. Não me escutava assim, de forma tão tranquila e com todo o tempo do mundo, desde que fui mãe. Os barulhos, movimentos e rotinas, deixavam-me livre para crescer sem demasiadas tabelas, mas eis que chegou o confinamento e acabei confinada, definitivamente, de muitas pessoas. Não me lembro de ter alguma vez usado o tempo inteiramente a meu favor, mas sei que passei a respeitar até a forma como respiro, entendendo que por vezes será descompassadamente, mas apenas para que me sossegue logo de seguida. Não voltei a encontrar o amor na forma que sonhei, mas aceitei que os sonhos serão apenas meus e que ou os adapto, ou permaneço livre e plena dos sorrisos que me iluminam por dentro.

Estou mais uma vez em balanço e sei, com total certeza, que no meu futuro já terei recuperado de tudo o que o meu passado me fez carregar e que saboreei com fel e mel. Mas no presente, no hoje, no único momento que verdadeiramente possuo, usarei de toda a energia, sabedoria e generosidade para continuar a cuidar de mim.

16.12.22

Por onde ir e que caminho escolher?

dezembro 16, 2022 0 Comments

"Por onde ir"

Ainda não pareço te escolhido o caminho que me cabe, talvez porque algures, num tempo do qual me protegi, o tenha adiado. Sei bem mais do que antes, mas permaneço em dúvida perante o que talvez até já tenha determinado, mas sem parecer saber o que ser hoje, quando até já posso ser tudo. Passei demasiada vida a ser dum formato que terá que ser desconstruído para que me reencontre, eu a mulher madura e bem mais sábia, com a que era tão somente doce e sonhadora.

Ainda não sei por onde ir, para onde e quando chegar. Ainda não acordei plena de motivação e total confiança nesta nova etapa. Ainda não me consegui ler na íntegra, àquela que passei a ser quando caiu a capa da cuidadora e só restei eu. Ainda não escolhi o caminho, mas já me prometi a pressa que levaria a que a vida escolhesse por mim.

 

15.12.22

Será que fui feita para ti?

dezembro 15, 2022 0 Comments

"Be yourself first"


Fui feita para ti. Era o que me dizia, porque me soava bem, mas já sei que apenas seremos feitos para os que já o forem para nós! 

Nunca me considerei de visões curtas, ou um ser que apenas se deslumbrava com as palavras alegadamente de amor. Nunca quis mais do que seria capaz de manter e sempre me mantive alinhada com o que tinha para partilhar. Nunca duvidei das minhas emoções, mas também aprendi a ouvir com atenção o meu sexto sentido, que por esta altura deverá andar pelos sétimo ou oitavo. Nunca fiz o contrário do que dizia.

Fui feita para ter ao meu lado quem saiba manter, porque querer tem que ser natural e imediato. Fui feita para receber um amor tão grande quanto o que tenho reservado. Fui feita para manter a felicidade que alguém já trará na bagagem, conservando a minha. Fui feita para o que ainda não chegou...

13.12.22

Quem é que escolhe?

dezembro 13, 2022 0 Comments
"Never alone"


Quem é que determina as escolhas que parecemos fazer todos? Quem é que carrega o poder de terminar depois de cada começo e recomeçando de cada vez que seja necessário terminar?

Se partires levarás uma parte de mim, seguramente que não a melhor, mas a que te manterá do lado que agora me pertence inteiramente, mesmo que preferisse ser eu a escolher. Se não me souberes manter, apenas manterás o que afinal já nem me servia. Se te demorares na escolha, terei que escolher por ti.

Quem é que sabe do que lhe chega, quando já nada parecia chegar para que se mantivesse a acreditar? Quem é que pensará em nós pelo tempo que nos deixamos a pensar no que nos mudaria a viagem e acrescentaria os dias?

Se ainda não tiveres, nas mãos que um dia seguraram as minhas, a força e a coragem de me manter por perto, a solução passará por as abrir e seguir!