25.12.22

Se este fosse o meu último chorar!

dezembro 25, 2022 0 Comments

Se ao menos amar não doesse!


Se este fosse o meu último chorar e se todas as lágrimas que derramasse me lavassem desta vez e nunca mais precisasse de as ver correr. Se o que ficou na minha mente e me encolheu o coração, hoje, simplesmente se esfumasse, terminando com o que parece querer acabar comigo. Se as minhas emoções me deixassem provar novos sentimentos, sentindo sem que a força tivesse que ser continuamente testada. Se a vontade de ser a tua mulher, sem qualquer pedido, porque o amor não se pede, e sem nenhum dos receios que nem as lágrimas lavam, fosse mais do que apenas vontade. Se sentisse que estaria a dar o melhor de mim, quem sabe não acabaria a receber o melhor de ti. Se chorar muito resolvesse, choraria tudo de uma vez só.

Tenho escolhas, teremos todos, por isso posso escolher parar e desistir sem olhar para trás. Tenho o que já sei de mim e de cada uma das coisas que me movem, levando-me para os meus lugares certos. Tenho certezas quanto ao que consigo continuar a sentir, mas também tenho uma enorme vontade de estar errada.

Se este fosse o meu único passo errado e se já não pudesse voltar aos lugares que me assustam pelas evidências. Se a minha coragem voltasse, intacta, pararia de esperar pelo que nunca chegou e que por consequência deixou de fazer parte das esperas que permanecerão apenas isso. Se este fosse o meu último amor, sei que teria amado como sempre desejei que me amassem de volta.

23.12.22

Quando é que escolhes acreditar?

dezembro 23, 2022 0 Comments

Quando acreditas, aceitas


Quando acreditas no que existe para além de ti, vês acontecer. Quando entendes que apenas acreditando te levarás até ao lugar há muito antecipado, escolhes o que não te poderá derrubar. Quando acreditas, e de alguma forma acabarás por o conseguir fazer, metade do trabalho ficará feito.

Quem é que te roubou os sonhos e arrefeceu o coração? Até onde te autorizaste ir para que continuasses a sentir-te parada, no mesmo lugar e ainda sem a pessoa que a tua precisa de ter? Quem é que te acordaria e permitiria adormecer de coração cheio, com todas as coisas boas que o amor provoca? Quem é que te deixa com vontade de cometer loucuras, subindo bem alto, até ao ponto no qual mais nada ficará por ver?

Quando acreditas que tens o que precisas para que te aceitem e acolham o que acumulaste, os obstáculos param de crescer de forma desmedida e tudo do que já és feita faz com que dê certo. Quando acreditas que o amor deverá colocar-te os sorrisos no rosto, arrancando-te os inúmeros franzir de sobrancelhas que te escurecem por dentro, passas a amar sem fronteiras intransponíveis. Quando acreditas que apenas deixarás de estar só se te permitires ver acompanhada, arredas os lugares únicos à mesa e na cama e abres os braços para quem te irá inevitavelmente receber.

22.12.22

Até quando não escolhes estás a fazer uma escolha!

dezembro 22, 2022 0 Comments

Quando não és a escolha


Até quando não escolhes estás a fazer uma escolha!

Entende que a vida te cobra movimento constante. Aceita que parado nunca poderás chegar a algum lugar que importe e que nenhum ponto na terra se moverá para ir até a ti. 

Até quando respondes não saber já estás a dar a resposta válida. Sempre e de cada vez que te desarredas de oferecer certezas, porque ninguém sobrevive com dúvidas, estarás a abrir uma janela de consequências que te serão devolvidas na mesma proporção. 

Entende que o amor não é sempre entendível, mas que tem rostos possíveis, e por isso ou existe e prospera, ou nunca chegará, não para alguns visados. Aceita que por vezes não serás reconhecida e que a acontecer deverás continuar a viagem, aguardando pela paragem seguinte. 

Até quando dás o que para alguns seria muito, para outros tantos saberá a pequenas migalhas que soprarão ao vento, talvez porque acreditem recebê-las de volta um dia. Sempre que terminas as noites a sentir que não consegues fazer com que sintam o suficiente, tens que te saber parar, juntando cada pedaço disperso e prosseguindo.

Até quando tens tudo o que faria falta a quem te pudesse "tocar", poderás nunca ter o suficiente.

21.12.22

O que viste no meu rosto foi amor!

dezembro 21, 2022 0 Comments

Tanta falta de amor...


O que viste no meu rosto foi amor. O que ouviste dos meus lábios, enquanto te soprava de mansinho as orelhas que gostava de beijar, foram as palavras que uso de cada vez que desato a amar. O que sentiste foi o resultado do que me passaste e por isso me deixei tão pequena e incapaz de gritar, até quando o fiz, porque não eram ciúmes, era apenas muita dor envolta nos presentes envenenados que me enviaste, uma e outra vez. O que tiveste, de todas as vezes que julgava estar a ter-te, foi sempre carregado da minha verdade, do que tinha apenas para ti e do que nunca misturaria com qualquer outro que não tu mesmo. O que perdeste foi a pessoa que se entregou sem receios, mas com todos os medos do mundo e ainda assim persistiu. O que já não vais voltar a tocar é tão somente o corpo que um dia te pertenceu.

É difícil recomeçar depois de uns quantos começos falhados, mas não sou das que vira as costas a um desafio, sobretudo emocional. Não corro para apenas ter, quero que seja com sentido e que venha igualmente na minha direção. Já sei do que preciso para parar de procurar e entendo TÃO bem de tudo o que nunca precisarei, não enquanto me tiver como a minha pessoa importante. É um desafio entender os motivos por detrás de alguns sorrisos, de toques que desejamos verdadeiros e de todos os sons de que nos inundamos, levando-os até a quem julgamos ouvir. Nunca tomo nada por garantido, nem desperdiço os dias que não poderei trazer de volta, até mesmo os maiores e melhores. Nunca me defraudo, mas vou ter que aprender a aceitar os que não vieram com o coração aberto.

O que viste fui eu toda, com o que sou e tenho, mas porque te falha a visão periférica, não conseguiste ver-me dos melhores ângulos e escolheste a noite para cobrir os meus dias. Quem viste, pela última vez, era eu a caminhar na direção oposta.

20.12.22

Num qualquer final de dia vieste!

dezembro 20, 2022 0 Comments

Alone once again


Num qualquer final de dia, no que parecia ser apenas mais um momento, uma pessoa e umas quantas trocas de palavras, passaram a povoar--me os lugares mais obscuros da alma. De repente fui confrontada com o pior do mundo e com a escuridão a que nos votam os que não sabem o que significa amar. Do nada, e sem que o tivesse pedido, atraí quem me impregnou o coração de sentimentos amargos. Num qualquer final de dia, que até poderia ter sido apenas mais uma noite, permiti a entrada de quem quase me esventrou a esperança, desbaratando o amor como sempre o quis sentir.

Nada nos chega do nada. Ninguém é apenas mais um alguém num momento. Nenhum sentimento que nos bate, com mais ou menos força, deve ser apenas olhado como necessário, porque ninguém precisa de se envolver na realidade pesada dos que escolhem ficar no mesmo ponto e lugar, sem que segurem as mãos que lhes são estendidas. Nada nos chega do nada e é nisso que nos devemos focar de cada vez que olharmos para o que já foi e para tudo o que terminou muito antes de poder começar.

Num qualquer fim de tempo, porque a vida é feita de ciclos, terminei o que me cabia, mas apenas para poder continuar. Somos seres em constante evolução, para o bem e para o mal e nenhum ficará para sempre, tal como nós. Numa qualquer hora fatídica, fui "presenteada" com o que me teria que desafiar, porque não poderei apenas usar das palavras para me definir, terei que estar igualmente à altura, provando ao Universo que evoluí, cresci e aprendi. Num qualquer final de dia, quando acreditava estar à altura de qualquer dor que chegasse com a falta de amor, percebi que teria que voltar ao mesmo caminho, percorrendo-o tantas vezes quantas bastarem para que me baste e o faça sem a sensação de solidão que quase se colou, porque a realidade é bem diferente e mesmo que sozinha, nunca estarei só. 

19.12.22

Mais um ano de balanço!

dezembro 19, 2022 0 Comments

Balanços de 2022


Estou em balanço, não apenas por ser final de ano, mas porque gosto de me analisar, recuperando-me de cada vez que arriscar perder-me!

Os dias nunca passam em vão por mim, arranjo sempre forma de me olhar, melhorando-me. Não me sabia tão exigente e perfecionista. Não me examinava o bastante para perceber as diferenças, mas acabei por aceitar cada uma, aceitando-me. Não me escutava assim, de forma tão tranquila e com todo o tempo do mundo, desde que fui mãe. Os barulhos, movimentos e rotinas, deixavam-me livre para crescer sem demasiadas tabelas, mas eis que chegou o confinamento e acabei confinada, definitivamente, de muitas pessoas. Não me lembro de ter alguma vez usado o tempo inteiramente a meu favor, mas sei que passei a respeitar até a forma como respiro, entendendo que por vezes será descompassadamente, mas apenas para que me sossegue logo de seguida. Não voltei a encontrar o amor na forma que sonhei, mas aceitei que os sonhos serão apenas meus e que ou os adapto, ou permaneço livre e plena dos sorrisos que me iluminam por dentro.

Estou mais uma vez em balanço e sei, com total certeza, que no meu futuro já terei recuperado de tudo o que o meu passado me fez carregar e que saboreei com fel e mel. Mas no presente, no hoje, no único momento que verdadeiramente possuo, usarei de toda a energia, sabedoria e generosidade para continuar a cuidar de mim.