27.12.22

Parts of me seem to have been ripped out!

dezembro 27, 2022 0 Comments

Empty hands and broken heart


Parts of me seem to have been ripped out. Time stopped running, or maybe it just went wild and free without me handling it right. Parts of my soul will never feel the world the same again, but that was probably meant to happen. Parts of my heart were glued to a new reality, to some of the bitterly sweet feelings that I need to absorb or let go. 

My deepest fears were tested to the limit. My hability to understand the floods, big waves and intense droughts, became noticeably weak. I never felt I could be on top of the world, so I kept on falling, deep into the darkness, failing to breathe properly, so afraid of never returning to life as I know it. My skills, the ones I thought I had, never showed up, and I let myself down every time. My tears had no taste, but my mouth was filled with flavours I don´t want to try ever again. My eyes saw the unthinkable, and my hears heard all the ugly words I dared to repeat. My hands became empty and so is everything else, for now.

26.12.22

Quero a minha vida de volta!

dezembro 26, 2022 0 Comments

Ucranian artist Tashe/Living my own life


Quero a minha vida de volta agora que já me encontro de novo em pé. Quero apenas voltar a querer tudo o que me é permitido querer e que cada olhar e palavra me enfeitem o coração de sorrisos. Quero a pessoa com quem já tinha aprendido a conviver, sem esforços, sem questões existenciais e com todo o conhecimento que o tempo consegue trazer. Quero a minha vida de volta para que a possa verdadeiramente viver, sentindo-me grata por cada acordar sem mágoas externas e sem as mentiras que sempre usam os que não gostam da força que a verdade carrega, porque não a reconhecem ou porque receiam a clareza e a luz que as ofusca. Quero a minha vida de volta estando no exato ponto e momento em que a perdi a troco de uma ilusão.

Já consigo ver a mão que estendo para abrir a porta da minha casa emocional, porque é lá dentro que não preciso de me refugiar dos que me ameaçam a sanidade e impedem de amar sem condições. Já consigo voltar a ser eu, tranquila, pronta para me sarar das feridas autoinfligidas e de todas as lágrimas que derramei quando me sentia incapaz de voltar a sentir. Já não anseio pelos abraços que me eram oferecidos qual presentes envenenados e que quase me marcaram para sempre o corpo e a mente. Já não desato a colorir o que sempre foi negro e dúbio e já não me demarco do meu papel em tudo o que permiti.

Quero a minha vida de volta, porque agora sei que não voltarei a subestimar os que ainda não sabem o que fazer com o amor que lhes chega.

25.12.22

Se este fosse o meu último chorar!

dezembro 25, 2022 0 Comments

Se ao menos amar não doesse!


Se este fosse o meu último chorar e se todas as lágrimas que derramasse me lavassem desta vez e nunca mais precisasse de as ver correr. Se o que ficou na minha mente e me encolheu o coração, hoje, simplesmente se esfumasse, terminando com o que parece querer acabar comigo. Se as minhas emoções me deixassem provar novos sentimentos, sentindo sem que a força tivesse que ser continuamente testada. Se a vontade de ser a tua mulher, sem qualquer pedido, porque o amor não se pede, e sem nenhum dos receios que nem as lágrimas lavam, fosse mais do que apenas vontade. Se sentisse que estaria a dar o melhor de mim, quem sabe não acabaria a receber o melhor de ti. Se chorar muito resolvesse, choraria tudo de uma vez só.

Tenho escolhas, teremos todos, por isso posso escolher parar e desistir sem olhar para trás. Tenho o que já sei de mim e de cada uma das coisas que me movem, levando-me para os meus lugares certos. Tenho certezas quanto ao que consigo continuar a sentir, mas também tenho uma enorme vontade de estar errada.

Se este fosse o meu único passo errado e se já não pudesse voltar aos lugares que me assustam pelas evidências. Se a minha coragem voltasse, intacta, pararia de esperar pelo que nunca chegou e que por consequência deixou de fazer parte das esperas que permanecerão apenas isso. Se este fosse o meu último amor, sei que teria amado como sempre desejei que me amassem de volta.

23.12.22

Quando é que escolhes acreditar?

dezembro 23, 2022 0 Comments

Quando acreditas, aceitas


Quando acreditas no que existe para além de ti, vês acontecer. Quando entendes que apenas acreditando te levarás até ao lugar há muito antecipado, escolhes o que não te poderá derrubar. Quando acreditas, e de alguma forma acabarás por o conseguir fazer, metade do trabalho ficará feito.

Quem é que te roubou os sonhos e arrefeceu o coração? Até onde te autorizaste ir para que continuasses a sentir-te parada, no mesmo lugar e ainda sem a pessoa que a tua precisa de ter? Quem é que te acordaria e permitiria adormecer de coração cheio, com todas as coisas boas que o amor provoca? Quem é que te deixa com vontade de cometer loucuras, subindo bem alto, até ao ponto no qual mais nada ficará por ver?

Quando acreditas que tens o que precisas para que te aceitem e acolham o que acumulaste, os obstáculos param de crescer de forma desmedida e tudo do que já és feita faz com que dê certo. Quando acreditas que o amor deverá colocar-te os sorrisos no rosto, arrancando-te os inúmeros franzir de sobrancelhas que te escurecem por dentro, passas a amar sem fronteiras intransponíveis. Quando acreditas que apenas deixarás de estar só se te permitires ver acompanhada, arredas os lugares únicos à mesa e na cama e abres os braços para quem te irá inevitavelmente receber.

22.12.22

Até quando não escolhes estás a fazer uma escolha!

dezembro 22, 2022 0 Comments

Quando não és a escolha


Até quando não escolhes estás a fazer uma escolha!

Entende que a vida te cobra movimento constante. Aceita que parado nunca poderás chegar a algum lugar que importe e que nenhum ponto na terra se moverá para ir até a ti. 

Até quando respondes não saber já estás a dar a resposta válida. Sempre e de cada vez que te desarredas de oferecer certezas, porque ninguém sobrevive com dúvidas, estarás a abrir uma janela de consequências que te serão devolvidas na mesma proporção. 

Entende que o amor não é sempre entendível, mas que tem rostos possíveis, e por isso ou existe e prospera, ou nunca chegará, não para alguns visados. Aceita que por vezes não serás reconhecida e que a acontecer deverás continuar a viagem, aguardando pela paragem seguinte. 

Até quando dás o que para alguns seria muito, para outros tantos saberá a pequenas migalhas que soprarão ao vento, talvez porque acreditem recebê-las de volta um dia. Sempre que terminas as noites a sentir que não consegues fazer com que sintam o suficiente, tens que te saber parar, juntando cada pedaço disperso e prosseguindo.

Até quando tens tudo o que faria falta a quem te pudesse "tocar", poderás nunca ter o suficiente.

21.12.22

O que viste no meu rosto foi amor!

dezembro 21, 2022 0 Comments

Tanta falta de amor...


O que viste no meu rosto foi amor. O que ouviste dos meus lábios, enquanto te soprava de mansinho as orelhas que gostava de beijar, foram as palavras que uso de cada vez que desato a amar. O que sentiste foi o resultado do que me passaste e por isso me deixei tão pequena e incapaz de gritar, até quando o fiz, porque não eram ciúmes, era apenas muita dor envolta nos presentes envenenados que me enviaste, uma e outra vez. O que tiveste, de todas as vezes que julgava estar a ter-te, foi sempre carregado da minha verdade, do que tinha apenas para ti e do que nunca misturaria com qualquer outro que não tu mesmo. O que perdeste foi a pessoa que se entregou sem receios, mas com todos os medos do mundo e ainda assim persistiu. O que já não vais voltar a tocar é tão somente o corpo que um dia te pertenceu.

É difícil recomeçar depois de uns quantos começos falhados, mas não sou das que vira as costas a um desafio, sobretudo emocional. Não corro para apenas ter, quero que seja com sentido e que venha igualmente na minha direção. Já sei do que preciso para parar de procurar e entendo TÃO bem de tudo o que nunca precisarei, não enquanto me tiver como a minha pessoa importante. É um desafio entender os motivos por detrás de alguns sorrisos, de toques que desejamos verdadeiros e de todos os sons de que nos inundamos, levando-os até a quem julgamos ouvir. Nunca tomo nada por garantido, nem desperdiço os dias que não poderei trazer de volta, até mesmo os maiores e melhores. Nunca me defraudo, mas vou ter que aprender a aceitar os que não vieram com o coração aberto.

O que viste fui eu toda, com o que sou e tenho, mas porque te falha a visão periférica, não conseguiste ver-me dos melhores ângulos e escolheste a noite para cobrir os meus dias. Quem viste, pela última vez, era eu a caminhar na direção oposta.