30.4.13

Mudar de vida, sim!

abril 30, 2013 0 Comments
Relax and enjoy yourself in a soothing bathtub. [ SensualLoveToys.com ]



Procurei, não baixei os braços e acabei por encontrar o emprego ideal que me permitiu mudar para a grande cidade. A relação de 5 anos chegara ao fim, o Pedro Henrique era um ditador moderno, filho de famílias abastadas, mas que mesmo assim se esfolava por uma carreira bem sucedida em consultadoria, e que ainda acreditava não precisar a mulher de trabalhar para se sustentar, eu tinha tentado, em vão, submeter-me aos seus padrões, até que desisti.

- Meu amor não precisas de trabalhar tanto.
- Vai-te catar Pedro.
- Sabes que não gosto que me fales assim.
- És demasiado século passado para o meu gosto.

Após alguns "gritos", acabei a desenvencilhar-me de alguém que já parecia mais meu pai e com quem jamais iria querer para partilhar o resto dos meus dias. A nova empresa ajudou imenso na escolha da casa e em menos de uma semana estava instalada, debatendo-me apenas com o lugar dos móveis que adquirira com um prazer acrescido. Tudo o que tinha agora era meu e estava no meu espaço.Voltei a pintar e mesmo antes de ter a sala ao meu jeito, passava horas de cara, mãos e tudo com tinta, maravilhada comigo mesma e com o tempo que me podia dispensar.

Tinha tomado um longo banho, agora fazia como nos filmes, acendia velas de cheiro e deliciava-me a ouvir musica, a ler, a falar ao telefone com a Anita, mas quando tudo parecia estar na sintonia certa, tocaram-me à campainha.

- A esta hora?

Envolvi-me no roupão e deparei-me com um adónis de saco na mão. Um homem como ainda só vira em revistas e que me olhava de cima a baixo, com um sorriso entre o deslumbrado e o esfomeado.

- Gostas de comida chinesa?

Ena ena, até me tratava por tu.

- Por acaso sim, mas porque mereço eu o cuidado?
- Porque és a mulher mais bonita do prédio, porque és uma desassossegada que nunca pára ao longo da tarde e noite, e nem te deves alimentar. Para além de tudo estou morto de curiosidade por te conhecer e ver de perto.
- Boas razões, aceito. Entra que só me vou vestir e atacamos no chinês.
- Por mim podes ficar assim mesmo.

E pronto, o depois teria que chegar para ser devidamente avaliado...


29.4.13

10,000!

abril 29, 2013 0 Comments
Feelme/10,000!Tema:Miscelâneas!
Imagem retirada da internet

     Obrigada a todos, encontro-vos dentro de 10,000 mais.

Já nem ouvi mais...

abril 29, 2013 0 Comments


Mal me disseste que afinal existia outra pessoa na tua vida, fiquei em choque, não era nada que não esperasse, mas ouvi-lo de ti assim, com toda a frieza, olhando-me e forçando-me a aceitar uma realidade que não desejei, quase me fez desmoronar.

- Julgo que já o sentias, e há coisas que não podemos evitar, espero que compreendas.

Sim, eu sei disso, no entanto o que me fez ficar mal, não foi a revelação, foi o tempo que te devotei em vão. Estive demasiados dias, meses e anos a cuidar de ti, a fazer apenas o que te deixava feliz, a evitar que te aborrecesses, a anular-me uma e outra vez, e para quê? Para perceber que o que o meu interior me dizia tantas vezes, afinal era real.

Tu nunca te empenhaste o suficiente, tomaste-me por garantida, atribuíste-me um papel que não pedi, mas que mantive, porque era o que todos esperavam de mim, até eu mesma. Julgava-me demasiado exigente, uma eterna insatisfeita, mas agora enquanto te olho, altivo, determinado, seguro dos teus sentimentos, não posso deixar de me sentir magoada comigo mesma, de me achar burra, e de me esvaziar por dentro.

O maior cego é o que não quer ver, é o que vai protelando decisões, adiando a felicidade, entregando a  outro um direito que não lhe assiste.

- Não vais dizer nada?
- Espero que sejas muito feliz, mas que sobretudo, desta vez, descubras a capacidade de fazer outra pessoa também feliz. Eu não o fui contigo, mas saio de cabeça erguida, porque te dei mais do que alguma vez serás capaz.
- Não precisas de ficar amarga.

Larguei um sorriso triste, virei as costas, a ele, ao que a vida com ele representara, agora teria que ser eu a decidir, a comandar, a procurar e a exigir o que sabia merecer.

Virei as costas e já nem ouvi mais...

28.4.13

Mais um dia...

abril 28, 2013 0 Comments


Mais um dia sem ti, já não sei bem se é penoso, se me habituei, ou se sobrevivo dentro de uma bolha, que me afasta da realidade...

Fiz a minha caminhada, alheada de tudo, vendo sem perceber muito bem quem e o quê, reagi mecanicamente aos meus passos, aos exercício  que fiz no parque, e acabei a regressar a casa, sem me recordar do percurso.

Tive alguma sensação de prazer, pus o corpo em movimento, o sol brilhou o tempo todo, e nem me cheguei a sentir cansada.

Não gosto de muitos dias de ócio, não quero ficar demasiado tempo sem produzir, mata-me as células do cérebro, deixa-me estranha e alonga-me os dias, já de si, demasiado grandes, enquanto te espero.

Foi apenas mais um dia...

27.4.13

500 artigos!

abril 27, 2013 0 Comments


Faz 1 ano que comecei esta maratona de prazer, de partilha, entrega e de muitas descobertas. 500 artigos depois estou mais confiante, capaz de teclar vezes sem conta, todos os sentimentos que são meus e de todos os que amam, sonham, desejam e procuram tal como eu.

A minha capacidade de usar as palavras, por vezes assusta-me, e afasta-me de pessoas que até poderiam vir a acrescentar algo na minha vida, mas como tenho pavor aos silêncios, à incapacidade de verbalizar sensações, desejos, não vou querer, nunca mais, ao meu lado, um homem que não me acompanhe, que não se permita falar até que a voz, ou as palavra se esgotem.

1 ano depois sei muito mais sobre quem sou e o que desejo para mim, para o meu percurso. Vou esperar que 500 artigos depois, os meus sonhos se solidifiquem, e que tu, quem quer que sejas, entres na minha vida e me consigas dar tanto prazer quanto eu estou disposta a dar-te.

Parabéns a mim!

Já decidiste?

abril 27, 2013 0 Comments
Feelme/Já decidiste?Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet

Já decidiste? Disseste que sim, que já não querias mais, que juntos não estávamos a funcionar, que te sentias sufocar e que querias parar. Não te posso reter, não tenho esse direito, mas sinto-me no meio de uma tempestade, onde chove demasiado e não tenho onde me refugiar.

Nunca chorei à tua frente, e a última coisa que pretendo é que te sintas responsável pela minha felicidade, ou pela falta dela. Se não estás por inteiro no "nós", então também concordo, é melhor parar, desistir, mas cuidado, não vais ter segunda chance, quando fechares a porta por trás de ti, ela não se voltará a abrir, e nem sequer se trata de orgulho ferido, é mesmo sério. Estás a pensar em ti agora, por isso não terei também eu que te trazer de volta, caso entendas que erraste, e que afinal é comigo que a tua vida faz sentido.

Dependi de ti demasiados anos, mas sei viver e sobreviver sozinha, sem amarguras, apenas com pena, pena de todos os momentos que criámos juntos e que julguei que conseguiríamos fazer perdurar.

Sei que não te eliminei, que não me sobrepus a ti, pelo contrário, deixei de ter e de querer para que fosses feliz, mas só porque a tua felicidade era a minha a dobrar.

Se ainda te amo? Claro que sim, hoje, amanhã, e para sempre. Quem entra na minha vida, permanece na minha vida, com todos os bons e maus momentos.

O que mudou em mim? Descobrir que me amo mais, que me quero sentir completa, que também tenho direito a decidir e a escolher.

Já decidiste?

Divórcio, e depois?

abril 27, 2013 0 Comments
Feelme/Divórcio e depois?Tema:Contos!
Imagem retirada da internet

Divórcio e depois? O que se faz quando a vida nos finta, os alicerces se desmoronam, as rotinas se embrulham, e tudo porque terminou a nossa relação?

Sem amor nada se suporta, as mais pequenas coisas, transformam-se em problemas giganormes, cansamos-nos do outro, de nós, de tudo, e a melhor solução nesta altura é mudar, sair, recomeçar, mas e se não houver como, e se tivermos que voltar ao ninho, à base? Aí sim, tudo se complica.

Tudo fiz para sair a.s.a.p. de casa dos papás, mamã e padrasto, duas pessoas fantásticas, mas que ficam lindamente longe de mim, e da minha filhota, ficariam, se eu tivesse como...

Voltei para a casa que assistiu a todas as minhas fases, sobretudo as menos boas, a adolescência cheia de dúvidas, borbulhas e namorados que não me aprovavam. Voltei à sensação de ter que prestar contas, de não poder usufruir de momentos só meus, de ter que ser mais verbal, tal como a minha adorada mãe, que nunca se inibe de falar sobre tudo, sobre ela, sobre o mundo, acordando sonora, desgastando-me a beleza.

No entanto... estranho, como a insegurança e o cansaço, me levaram a apreciar o que tive antes e não avaliei convenientemente. O porto seguro, os sorrisos, e até os ralhetes, eram a minha casa, o lugar onde eu tinha uma identidade, onde todos me queriam bem, sempre, e sobre qualquer circunstância.

Voltar ao meu quarto foi estranho e tranquilizador, todas as minhas roupas, bonecas, livros, tudo tinha sido mantido, parecia que eu estava a regressar ao passado, a ser a menina da mamã outra vez, na altura só essa ideia me deixava louca, mas agora... bem agora eu e a minha filhota teríamos um lugar seguro para recomeçar, mesmo tendo ficado muito renitente no início, e de orgulho ferido, sentia que só poderia voltar aqui, agora, até que conseguisse ficar de pé outra vez, até que conseguisse cuidar de mim, de nós e recuperar todos os sonhos que permitira serem-me roubados.

Há vida depois do divórcio, temos apenas que continuar a sermos nós, a não permitir que nos roubem a essência!