3.2.20

NADA de desculpas...

fevereiro 03, 2020 2 Comments


NADA de desculpas, nem mesmo para o insucesso. Temos o que somos capazes de fazer e chegamos onde nos propomos, até quando tudo parece demorar uma eternidade. Os "ses" e os "mas" são as muletas emocionais, as que nos parecem livrar de responsabilidades maiores, mas quando os usamos em demasia, retiramo-nos poder. NADA de encontrar nos outros a razão para a nossa recusa em fazer diferente e em sermos diferenciadores, porque quando queremos mesmo, arranjamos forma. NADA de aceitar o NADA que se instala quando recolhemos as mãos, apenas nós podemos movimentar o nosso mundo, um dia de cada vez e sempre com o mesmo foco e perseverança. NADA de correr na direcção contrária assim que o percurso se tornar demasiado sinuoso, por vezes é forçoso irmos por "ali" e mesmo que tenhamos que voltar atrás e recomeçar, precisamos de pelo menos experimentar o que visualizámos. NADA de apontar o dedo na direcção oposta a nós, por esta altura já todos deveríamos saber que apenas nos fazem o que permitimos!

Este é o meu conceito de amizade!

fevereiro 03, 2020 0 Comments


Não há como aceitar que se possa deixar de ter quem faz parte da nossa vida saber a certo. Precisamos todos de manter os laços que nos prendem à vida que reconhecermos. Quem esteve connosco no início, quando acreditávamos no poder de transformar, melhorar e superar. Quem sabe de cada história e de como terminou. Não há como viver com a alma completamente solta, porque também ela precisa de amarras emocionais, não das que nos restringem, mas das que nos deixam com a sensação de pertença e duma realidade que a maioria não entende. Existem dias em que regressar ao passado nos permite aceitar melhor o presente e apenas teremos futuro se não nos perdermos.

Não há como descartar as pessoas que conferem sentido a cada mudança, essas irão mudar connosco, por elas, por nós e pelo que representamos enquanto nos mantemos ligados. Só faz sentido melhorar se houver por quem e só encontraremos sentido no que nos tornarmos enquanto formos a pessoa importante de alguém. Este é o meu conceito de amizade!

Não mesmo ...

fevereiro 03, 2020 0 Comments


Não quero precisar de dizer que não preciso de ninguém, para te convencer a ficar. Não quero parecer confiante e desligada emocionalmente, só para que não te sintas preso ou inseguro. Não quero fingir que não tenho vontade de acordar contigo, usufruindo do silêncio que precedeu a longa noite de amor. Não te quero dizer o contrário do que sinto, só para que aches que não sinto nada por ti, permitindo-te ir e vir sem culpas. Não me quero parecer contigo, nem ter que te informar que muito provavelmente acabarás sozinho como eu, mas igualmente só. Não preciso de quem acha que não precisa de mim, perdendo o tempo que me resta para encontrar quem me serve.

31.1.20

Gosto tanto de gostar...

janeiro 31, 2020 0 Comments


Gosto tanto deste sabor indefinível de algo mais que não pretendo explicar. Sabe tão bem ir sabendo aos poucos de tudo aquilo de que venho cuidando, porque carrega resultados verdadeiramente práticos. Percebo do dar e receber, mas também de algumas impossibilidades naturais que não controlo. Escolho com muito mais determinação porque estou determinadamente à espera do que me cabe. Gosto tanto de poder gostar livremente, de pessoas, coisas e lugares. Gosto de ti que me movimentas os dias e também de ti que me desafias a melhorar. Gosto até do peso que carrego quando nada parece correr de feição, mas gosto bem mais de me ver andar por onde já escolhi. Gosto de gostar, é um facto, mas também gosto de decidir que simplesmente deixarei de gostar, porque me confere liberdade e discernimento.

29.1.20

Há tanto para se ser...

janeiro 29, 2020 0 Comments


Há que poder ser diferente, querendo e vendo o que muitos não conseguem, mas percebendo que pela diferença pagamos preços elevados. Há que conseguir explicar o óbvio de forma simples, para os que não entendem ou recusam ver. Há que ter coragem para mudar por dentro, começando pelo início e seguindo até ao fim da determinação, sem nos desviarmos do que nos motivou. Há que ultrapassar a inquietude, sabendo esperar pelo tempo e momento certos. Há que ter fogo para derreter vontades incoerentes e dum frio que gela até os mais cautelosos. Há que não arriscar planear demasiado, mas ainda assim deixando uns quantos planos soltos, não vá a indiferença instalar-se. Há que resistir à tentação de "escarafunchar" corações com uma colher (ai que cenário macabro...) os que parecem padecer de morte anunciada. Há que abanar, com enorme intensidade, cada uma das estruturas construídas, para nos certificarmos da sua estabilidade. Há que resistir e persistir de forma estóica a tudo o que nos chega, bom ou mau; Quente ou morno; Com sabor ou totalmente insonso. Há que conseguir ser sempre muito para além do que já acreditamos ter.

28.1.20

Sabermos de nós e dos outros!

janeiro 28, 2020 0 Comments

Já todos sabemos, porque as conseguimos identificar, quem são as pessoas que precisamos do nosso lado. São as que nos motivam e impelem a melhorar. São as generosas, de alma limpa e coração restaurado. São as de palavras suaves, mas igualmente determinadas e sem contornos dúbios. São as que já cresceram o suficiente para nos verem grandes, ou quererem engrandecer. São as que já não provam nada, mas que dão a provar sabedoria, paz emocional e certezas até de onde não parecem poder chegar. São as que não nos trazem bagagens mal arrumadas e nos permitem analisar as nossas. São as que já sabem o que têm que fazer por aqui.
Já todos sabemos quem precisamos de ter por perto, então só nos resta ser a quem os outros irão beber, porque cada um de nós tem o que complementa quem nos é enviado. Já todos parecemos saber o suficiente, está por isso na altura de pôr tudo em prática.

27.1.20

Quando és apenas humana...

janeiro 27, 2020 0 Comments


Quando te sentes apanhada na chuva da vida sem ter por onde fugir. Quando o caminho de volta a "casa", o único lugar onde te sentias segura, deixa de ser possível. Quando sobrevives aos dias, um-a-um, esperando que possa existir muito mais do que isso. Quando chegas ao final de mais um acordar, segura, bem, mesmo que não como te reconheces, agradeces e segues, continuando pelo percurso que supostamente deverá ser feito. Quando sentes um medo que te gela por dentro, mesmo que por breves segundos, reavalias tudo e percebes que falhar será sempre certo. Quando ainda estás bem longe do que te pertence, deixas-te resvalar pela sensação de estar demasiado sozinha e de não pertencer a lugar nenhum. Quando já sabes que serás o que sentires, mas ainda assim as sombras te ensombram. Quando pareces não poder fazer nada, até quando já fazes tanto. Quando te sentes apanhada pelos inúmeros invernos da vida, mas consegues, nem tu ainda sabes como, esperar pelo sol que acabará por vir, percebes que tens o que te arrancará cada mau momento até que estejas de novo inteira.