30.10.20

Hoje olhei para trás...

outubro 30, 2020 0 Comments



Hoje olhei para trás, foi apenas um espreitar rápido, mas que serviu para me iluminar o dia, aquecendo-o bem mais do que o sol que também veio para me presentear. Aceitar que tudo o que me chegou, parte do que não ficou e até o que ainda se mantém, teve e tem um propósito maior do que a minha anterior capacidade de análise, deixa-me mais analítica e permite-me uma compreensão gigante de mim mesma.

Deixei de me focar nos porquês, passei a aceitar que não domino o como nem o quando, ao invés passei a saborear o que me chega, não vá terminar depressa. Nada do que tenho e sou hoje, se coaduna com a pessoa de ontem. Nada do que carrego, de forma consciente e bem acordada, alguma vez poderia "carregar" pessoas imberbes no que toca à espiritualidade e à consciência do EU. Nada do que espero, pacientemente, para o meu amanhã, alguma vez poderia alojar os que apenas se sobrevivem a si mesmos.

Hoje a manhã foi emocionalmente produtiva e o resto do dia só poderá ser ainda mais completo, porque passei a viver de mim e para mim, sabendo que quanto melhor me sinto, mais me passo e que quanto mais me amo, maiores serão as possibilidades de esbarrar num amor igual. Hoje e cada novo dia, sou verdadeiramente capaz de viver no único momento que tenho, no agora.

26.10.20

Nunca desistiria de ti para continuar a viver!

outubro 26, 2020 0 Comments



Se amanhã fosse o dia do julgamento final, tenho a certeza que escolheria passá-lo contigo!

Nada como o amor para nos provar que andar por aqui vale mesmo a pena. O que carregamos e todos os sonhos que sonhamos precisam de doses cavalares de amor, porque é ele que nos move as células e reactiva os genes que nos sobrevivem. Nada como sabermos que nos têm o mesmo amor que sentimos para sentirmos que o que fazemos é válido o bastante para que morrer deixe de ser relevante.

Se tivesse que morrer contigo amanhã, num abraço sereno, mas tão intenso que nos misturasse até sermos um só, estou segura de que estaríamos de volta para uma nova vida juntos.

Nada como carregar as certezas que nos certificam que temos a pessoa certa e que pertencemos a quem está pronto a galgar todos os muros que tantas vezes nos separam. Nada como ter as razões que bastam para que nada de menos razoável nos afaste. Nada como já não ter nadas e ser capaz de ver sem filtros o que é nosso para ficar.

Se tivesse que desistir de ti para continuar a viver, não levaria mais do que 1 segundo a decidir que se só existo porque estás aqui e porque validas a pessoa que me tornei, então só poderemos existir juntos, até porque a minha pequena metade nunca me bastaria.

24.10.20

Cuida de te cuidar!

outubro 24, 2020 0 Comments

Cuidado com o ponto, a base e o momento onde colocas o teu ouvido. Cuida de armazenar o que te manterá sábio, mas foge da informação que não serve os teus propósitos e que te desvia de ti mesmo. Mantém a tua vibração alta para que não sejas sugado por tudo o que ao segundo te bombardeia coração, alma e mente. Cuida do teu próprio prazer, das tuas intenções, sonhos e vontades, sem entrares em avalanches de negatividade, porque se não fores suficientemente forte, acabarás engolido e cuspido quando já nada de ti restar.

Presta atenção ao que te irrita e perturba,invés de te atirares de cabeça à espera de conseguires "rebentar" com paredes de burrice e falta de integridade, recua, reavalia e fornece-te o conhecimento que fará de ti alguém resistente o bastante para que outros muros caiam ao invés do teu. Volta a ti todos os dias. Volta à criança que foste e que sabia o que lhe bastava no momento e sê genuinamente feliz.



21.10.20

E se chovesse na minha alma agora?

outubro 21, 2020 0 Comments



Se chovesse na minha alma, arrastando tudo aquilo de que já é feito o meu coração, como chove hoje, certamente que restaria muito pouco de mim!

Como é que afasto o mundo lá fora e digo apenas o que me apetece ouvir? Como é que me envolvo, ainda mais, numa capa de invisibilidade para que não pousem em mim olhares que me enfraquecem? Como é que posso atrair apenas o que tenho quando já pareço ter conseguido o bastante para me bastar?

Se deixasse que me colassem medos e rotinas que certamente me sugariam inteira, tudo o que tanto fiz por compor, acrescentar e melhorar, serviria de muito pouco. Se o que sou, de forma consciente e empenhada, colidir com a falta de empenho dos outros em chegarem onde já me encontro, asseguro-vos que os deixarei ir, porque nunca mais me disporei a arrastar quem finca os pés e trava a própria evolução. Se escolherem escolher o nada que agora parece rodear-nos qual nuvem gigantesca, então terei que me escolher a mim, porque apenas eu me restauro de cada vez que o mundo passa demasiado rápido e provoca as inevitáveis baixas.

Se chovesse na minha alma agora, neste ponto e momento em que me encontro, então o meu "trabalho" não teria sido bem feito.

20.10.20

Não preciso de te ver para te querer!

outubro 20, 2020 0 Comments

 


Não preciso de te ver para te querer, posso bem usar cada um dos sentimentos que usei em cada amor passado para construir um novo.

Não preciso de saber qual o teu sabor para já ter comigo os sabores que que me deixarão completa e saciada, preciso apenas de me recordar do que me adoçava a boca e me fazia esperar que o mundo parasse de girar.

Não preciso de ouvir o som da tua voz para que sinta bem dentro a que me dará forças para dizer tudo o que precisarás de saber sobre mim. Sei já que o tom quente, bem colocado e com o timbre que me fará estremecer de prazer só poderá ser o teu.

Não preciso de imaginar como irei ser tocada, preciso apenas de me sentir como a mulher que o homem certo tocará, ligando cada um dos botões que deixei fora de serviço, consciente de que se não me sarasse, nunca ficaria pronta outra vez.

Não preciso de duvidar se alguma vez poderei confiar em ti, porque já confio, já te tenho, já sei quem serás e já te espero, pacientemente e segura de que virás.

19.10.20

Querem saber o que me cansa?

outubro 19, 2020 0 Comments

 


Querem saber o que me cansa?

A pressa desmedida quando afinal até já sabemos, TODOS, que tudo tem o seu tempo e lugar; A importância que se dá ao pequeno, quando o que importa verdadeiramente está bem debaixo do nosso nariz; As lamúrias perante o que nem dói, apenas incomoda e por isso mesmo fico sem saber o que farão e quão alto gritarão quando for mesmo sério; A parcialidade quando desejam imparcialidade a qualquer custo, olhando apenas para os seus minúsculos umbigos; A necessidade de denegrir os que ainda lhes servirão um dia; A repulsa em aceitar que estamos todos ligados e que as energias circulam o bastante para que regressem e nos devolvam o que enviámos...

Querem saber o que é que me cansa nestes tempos em que todos parecem adormecer e acordar cansados de si mesmos?

Que continuem sem querer entender; Que não se esforcem por empurrar, ao invés de puxarem sem qualquer conta ou medida, pelo que os cansa ainda mais; Que não sejam feitos de amor, de entrega e de humanidade; Que continuem desesperadamente à procura do que já possuem, mas que deixam fugir diariamente; Que apenas ocupem o espaço que afinal é comum e deveria ser cuidado por todos.

Ufa, fiquei de repente cansada só de imaginar TANTO cansaço colectivo!

15.10.20

Por vezes andar por aqui é MESMO difícil!

outubro 15, 2020 0 Comments



Por vezes escolhemos acreditar que se nos encolhermos um pedacinho, se cedermos espaço e tempo ao outro, eles conseguirá encaixar-nos no seu mundo, vendo-nos verdadeiramente. Grande parte das vezes espartilhamo-nos, corpo e alma, esperando que a espera eventualmente termine e possamos simplesmente começar a ser quem afinal somos. Na maioria das vezes desculpamos o indesculpável, achando que se o fizermos o outro mudará algo que já não nos impeça de mudar constantemente para que nos aceite. Não raras vezes, fingimos não ver o que escancaram, descaradamente, escudando-se na importância que acreditam ter, mesmo que lhes afirmemos que o mundo não gira em torno de ninguém, apenas do sol e esse sim é vital à nossa sobrevivência.

Por vezes andar por aqui é MESMO difícil!