16.6.23

O que é que te faz falta?



Apenas sabemos o que nos falta quando já nos conhecemos o suficiente para entender cada pequeno sinal e que deverá ser sobretudo interno. Somos feitos de massas muito diversas, mas capazes de constantes melhorias, desde que consideremos ainda ter o que melhorar.  

Nada do que faço hoje esteve alguma vez no meu ângulo de visão, ou sequer correspondeu a qualquer expetativa. mas a realidade tem-me provado, a cada novo momento, que a minha capacidade de me reinventar é o que me acrescenta e preenche cada pedacinho que rodeia o coração. Não cesso de me surpreender, talvez na mesma proporção do que me surpreendem os outros, mas o que vou vendo, vivendo e lendo no que dizem ou escolhem calar, ensina-me bem mais do que julguei provável.

Apenas percebemos como pretendemos ser amados, quando o somos de forma errada e demasiado distante da proximidade que permitimos. O calor que deverá vir na direção daquele que dispendemos, é o que nos retira o frio interior, o mesmo que a ciência garante não existir. Apena empunhamos as armas se lutar se tornar mais habitual do que a tranquilidade e segurança de que precisamos todos para continuar a querer e a receber.

Nada do que falo deixa por explicar o que pretendo, aceito, ofereço ou descarto, porque de outra forma seria a maior responsável pela irresponsabilidade dos que não têm lugar para mim.

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