O meu coração já não se parte mais como antes, porque acabei a blindá-lo das minhas escolhas erradas, recusando o que erradamente aceitara, enquanto me convencia de que a minha sabedoria me bastaria. O meu olhar sob o que devo dar para que o meu coração se mantenha a bater no ritmo certo, tem mudado com os dias e é neles que revejo o que fui sendo e fazendo por pura fantasia ou desejo de ser mais do que apenas desejada. O meu coração foi-me mantendo confiante no amor simples e real, mas a realidade ensinou-me a esperar menos dos outros para poder ter mais de mim e comigo. O meu coração já sabe que lhe serve de muito pouco desatar a querer quem não me quer e é em conjunto, numa frente mais protegida, que nos protegemos ambos do que nos poderia danificar para sempre. O meu coração continua a bater na mesma frequência, mas acelerando de cada vez que o mundo me mostra o poder e beleza que carrega, e o consigo verdadeiramente ver. O meu coração guarda, religiosamente, todas as histórias de amor que amealhei, alguns impossíveis, outros demasiado redutores, mas uns quantos dignos de os registar e jamais esquecer. O meu coração está bem, mas recomenda-me cautela na loucura que sempre chega com um novo amor, porque não terá forma de se manter eternamente resistente.
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