18.8.23

Os 22 anos do meu caçula!

 






22 anos, 264 meses, 8029 dias, 192,712 horas, 11,562,768 minutos e 693,766,080 segundos. É assim que tenho vivido todas as histórias que compõem a vida do meu caçula, ao segundo, sabendo como multiplicar os minutos de todas as horas que nunca me bastarão para que o tenha em pleno, mas confiante de que estive em cada dia, até nos que agora deixaram de ser comuns, para que os meses se pudessem traduzir em 22 anos de descobertas e aprendizagens que apenas o amor permite.

Foi muito protegido, por mim e pelos irmãos mais velhos, mas atempadamente "empurrado" para que trouxesse ao de cimo a força de que é feito e pudesse saborear a vida que lhe cabe. É quieto, atento e sabe quando e como intervir. Obstinado, mas doce, sobretudo comigo. Determinado até nas dúvidas, mas pronto a interiorizar o que o nosso pequeno clã lhe passa, porque será sempre envolto em cuidado, expectativas atingíveis e com a sabedoria que cada um carrega, para que os seus passos sejam um pouco mais suaves e previsíveis. Segura um mundo que apenas ele entende, mas do qual não abdico, proporcionando-lhe sempre as ferramentas que inevitavelmente o conduzirão à felicidade, porque apenas terá que SER, para a poder TER. SER grande, responsável, generoso, culto, atento aos outros, honesto e pleno de carácter e mesmo que por vezes lhe pareça muito, já aprendeu que receberá de volta tudo o que der.

Nada como a paz interior e a paciência que cultivei, para que me assegure de que os desafios que ainda se apresentam à minha última cria, o farão chegar onde é suposto. Tudo o que fiz, desde que fui mãe pela primeira vez, foi buscar conhecimentos que lhe passei e passo, por vezes em doses duplas, dada à minha velocidade natural, mas que ele tão bem sabe travar, serenando-me quando acredito precisar de correr para o "segurar". Nada como ainda carregar a certeza de que MUITO teria que passar por mim, para que depois TUDO pudesse ser sobre ele.  

É assim, 22 anos depois, que mesmo longe carrego de perto os minutos que antecederam cada ano que me foi permitido viver com este ser admirável, pelos desafios que ainda me impõe e porque foi com ele que percebi o quanto o amor duma mãe se estende e multiplica, não importa o número de filhos. O meu caçula, o terceiro da linhagem, está de parabéns hoje para o mundo e cabe-me lembrá-lo, mas para mim, vivê-lo e acompanhá-lo acontecerá todos os dias, esperando poder estar presente em muitos mais anos. 

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