29.10.24

Será que já o sabia?

outubro 29, 2024 0 Comments



Sem saber, sentia saudades de ser cortejada e dos olhares que se pousam de forma intencional e definida. Estava afastada, há algum tempo, da proximidade que se cria quando alguém no deseja e sem o saber, estava a fugir do que teria que me encontrar. Sem saber, deixei de saber de mim e de quem me consegue fazer bem, arrastando dias sem sabor e sem sons que me reconfortassem. Sem saber e quase que por um triz, estava a deixar fugir um amor maior do que consigo sentir.

Gosto tanto de saber onde entro e por onde nunca poderei entrar se mo for negado uma vez que seja. Gosto de dar permissão a quem me permita ser e estar e gosto, TANTO, que TUDO seja natural e simples, que por norma descomplico e asseguro-me de que estou a ser quem preciso de receber. Gosto tanto de sorrisos sem segundas intenções e de palavras que não escondam outras tantas maliciosas e "inverdadeiras", que NUNCA arrisco as mentiras que me queimariam bem mais. 

Sem saber estava apenas a preparar o caminho que me traria quem levei, quando me estava a levar sem esforço, porque nunca me esforço por ser outra que não eu mesma. Sem saber já sabia de tudo o que me caberia quando tentei caber num mundo que não me pertencia, mas apenas para perceber que o meu é bem mais completo e colorido. Sem saber e olhem que sei de muita coisa, estava a deixar entrar o amor outra vez.

26.10.24

E para quando o amor?

outubro 26, 2024 0 Comments


Se não aceitas o fim, jamais poderás ter recomeços!

O amor alimenta-nos muito para lá de tudo o que julgamos precisar, mas a verdade é que somos capazes de o desarredar de nós, sendo completos e felizes. O amor deve chegar para nos preencher o coração, esse orgão tão exigente e insaciável, mas sabemos já, por experiência ou assunção, que até sem amor continuará a bater. O amor é o que almejamos nós, os comuns mortais, acreditando que existirá alguém que nos é destinado, mas aprendendo, nem sempre da maneira mais fácil, que o "tal" poderá nunca chegar. O amor, que nos vai trazendo representações mais ou menos desejáveis, apenas deixará o que já tivermos e apenas levará o que não nos fizer falta.

Se não te reconheces na forma como te apresentas quando acreditas estar a amar, lamento, mas ainda não estás a ser devidamente amada.  

19.10.24

Quem és sem ninguém?

outubro 19, 2024 0 Comments



Alguém sem ninguém não é nada, nem tem o que faz tudo valer a pena. Alguém sem dar amor, ou sem o conseguir sentir, acaba com a sensação de vazio que esvazia até os pensamentos mais puros e naturais. Alguém que não sente a verdade em quem escolheu, acaba numa solidão que ninguém deseja alimentar, mas que cresce e ofusca tudo o resto. Alguém que acaba sozinho por não se sentir acompanhado em nenhum ponto da viagem, vai sem saber quando regressar, mas entendendo que quando o fizer, estará mais preparado e forte.

Como será ser amado por quem se ama? Ao que saberão os sabores que já se terá dentro, mas que não parecem chegar a quem os poderia devolver? Como será ser amado sem dor, nem mágoas que perdurem para lá das horas de dias cada vez mais longos? Como será não ter apenas questões sem resposta?

Alguém que continue sem ninguém por escolha, mas apenas por ter escolhido a serenidade e a luz, seguramente que acabará a receber o que merece!

14.10.24

O que é que quero?

outubro 14, 2024 0 Comments



Quero voltar a dançar com quem dance comigo. Quero voltar a sentir o amor a invadir cada veia que já insuflei do muito que tenho para partilhar. Quero alguém que queira surfar nas mesmas ondas e que não sinta qualquer receio de arriscar. Quero ser olhada à primeira, vista logo de seguida e desejada em simultâneo. Quero que não precisem de me explicar o que sentirei sem dúvidas e quero que as palavras não sejam necessárias, porque tudo será dito com o olhar. Quero a impossibilidade do que é possível, porque quero querer sem reservas nem medos. Quero entender do que pensa quem pensar em mim e quero que os meus pensamentos nunca fiquem enublados, por acreditar que pensamos da mesma forma e ao mesmo tempo. Quero gargalhadas que me iluminem e reflitam e quero sorrisos que complementem o que a minha boca saborear. Quero saber que vou para quem me acolhe e que caibo segura nos braços que fazem bem mais do que abraçar. Quero histórias e memórias que não tenha que esconder ou arrumar e quero gavetas que ninguém se recuse a fechar. Quero quem me traga o sol quando chover e já agora a lua para me iluminar.

Quero o impossível, alguns dirão, mas sei que é isso mesmo que vou continuar a querer.

12.10.24

Riscos que riscam uns quantos items!

outubro 12, 2024 0 Comments



Sabes qual é o maior risco que se corre quando o desamor se instala? É o de desistir. Desistir de querer, de precisar e de esperar!

Há uma sensação boa que nos invade quando somos apenas nós, sem demandas que ninguém atende, porque nos atendemos a nós mesmos. Os dias passam a ser gentis com a nossa solidão e cada passo dado em silêncio, mas que já não é ensurdecedor, leva-nos para onde queremos verdadeiramente estar. Os planos são faseados e o tempo passa a correr a um ritmo que poucos interrompem, porque a vida continua a acontecer. Os sorrisos enfeitam-nos os lábios pelos motivos mais incríveis e inexplicáveis, mas também já deixámos de precisar de explicar o que quer que seja,

Sabes o que receava quando e de cada vez que me apercebia da realidade que nem sempre criei, mas que me escolheu, que foi a de ser apenas eu? Que acabasse por me habituar e ainda gostasse. E não é que gosto? Gosto de não ter que me explicar e gosto de já não precisar de nenhuma explicação. Gosto de ser a que determina TUDO o que me serve, mesmo que por vezes, e inevitavelmente, me sirva mal. Gosto de não precisar de gostar de quem nunca se fez "gostável" e de me permitir deixar de gostar de quem não gostou de mim genuinamente. Gosto de exercer o único super-poder que me foi atribuído, o livre arbítrio.

Sabes qual é o maior risco que se corre quando já sabemos quem somos sozinhos? O de já não precisarmos de ninguém, não no que ao amor diz respeito, talvez porque nos passemos a amar ainda mais. 


5.10.24

Se desistires...

outubro 05, 2024 0 Comments

Se desistires e passares a acreditar que a realidade é apenas feita de múltiplas mentiras, a tua existência será mais carregada e sem luzes naturais. Se desistires, aceitando que o que te chegou se irá repetir e por norma desistes do que te magoa, passarás a duvidar até de ti. Se desistires de manter o coração puro, acabarás a deixar entrar mais corações empedernidos. 

Não és apenas uma pessoa em todas as situações. Não carregas apenas uma visão perante muitos cenários. Não tens apenas um sabor amargo, porque seguramente já passaram por ti uns quantos bem doces. Não és invisível para todos, apenas para os que nunca te conseguirão ver, por escolha ou incapacidade.

Se desistires da fé nos outros, das boas ações e da lealdade, sendo desleal de volta, nunca mais terás como te recuperar, nem à inocência que existe e persiste em cada um de nós. Se desistires de ser amada, conveniente, por quem já saberá como e quando o fazer, apenas te restarão as migalhas que uns quantos deixarão cair. Se desistires da beleza interior que te enfeita os lábios e ilumina os olhos, o corpo e a alma cobrar-te-ão, com juros bem altos, cada dia desperdiçado. Se te arrependeste já de alguns "ses", seguramente que terás que te voltar a reconstruir, juntando cada uma das peças que permitiste perder.

2.10.24

Que a minha luz permaneça!

outubro 02, 2024 0 Comments

Sou a luz que me reflete e inunda os outros, quando me permito senti-la. Sou bem mais tranquila, mas revolta em sentimentos que falam por mim, mesmo que nunca deixe nada por dizer, quando me escuto e solto. Sou uma versão bem mais melhorada quando e de cada vez que me permito sentir sem defesas, nem muros altos. Sou surpreendente, até para mim, quando as coisas pequenas do mundo que crio, me mostram na forma pura. Sou tão mais amor quando amo e o demonstro.

Sinto falta da menina que nunca sonhou ser mulher, porque nunca apressou nenhum dos inevitáveis processos de evolução. Sinto falta de cada vez que a reencontro e a liberto do que me aprisiona, por escolha, porque raramente solto a minha verdadeira faceta, talvez por receio de chocar, ou tão somente porque duvide, de alguma forma, que ainda me mantenha de alma pura.

Sou tão mais luz quando me ilumino por dentro, que até os sorrisos recusam abandonar-me os lábios. Sou tão mais amor quando permito que me amem de volta.