O que ontem te sabia tão bem e te deixava com vontade de mais, hoje é o equivaente a uma terra árida, queimada e não apenas pelo fogo que nasce da chama, mas pela devastação que se instala numa alma cansada. O que outrora te estimulava a uma busca de respostas após longas e infrutíferas perguntas, hoje nem sequer te importa mais ou segura. O que te fez ficar acordada e a pensar em todas as razões que juntaste para poderes ter razão, agora remete-te para um sono profundo e reparador.
Não desistas de chegar ao lugar que te pertence e mantém serena. Não entregues os pontos ao infortúnio, rebela-te e cresce em força e determinação, porque depois do desamor, qualquer que seja, virá um outro, ou o certo. Não te foques em palavras de carinho, atenção e entrega vindos de quem nunca se entregou e remete-te ao silêncio que te restaurará de qualquer dor voluntariamente infligida. Não te afastes de ti, aceitando que apenas te resta os restos de alguém que nunca te representará.
O hoje pode e será TUDO o que fizeres por ter, se te libertares das amarras invisiveis que te imedem de ver e ser vista. O hoje é o único tempo e momento certo para te acertares. O hoje lavará, eventualmente, tudo o que te sujou por dentro e te afastou de quem sabes ser. O hoje e agora é a única coisa real que possuis.
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