Gosto de me rir de mim e do que me rodeia e é dessa forma leve que pretendo levar-me para um novo ano. Gosto de gargalhadas sonoras e genuínas e vou tentar arrancar-vos algumas😉
"Recentemente" atrevi-me a voltar ao mercado, mas cedo percebi que o que se lá vende já não me enche a cesta. Mas afinal para onde emigraram os homens de bom gosto? Para as terras altas, só pode e serão tão altas, que mesmo em forma não me arrisco a lá chegar. Por que é que de repente desataram a dizer as mesmas coisas e a assobiar as mesmas músicas? Quem foi que lhes ensinou que afinal é fácil caçar o que já nem serão presas, mas que os prendem pelas berguilhas mal fechadas? Onde andam os homens que pensam e usam os sentidos e não apenas para cheirar ratas depenadas, ou nem tanto assim?
Volta uma mulher para o mercado a julgar que se vende peixe do mar e só encontra peixinhos de viveiro, quase sem guelrras e a cheirar a chumbo. Calma que não estou baralhada, estou mesmo a falar de pesca e não de caça. Volto a arriscar uma prospecção de mercado, sem ações cotadas na bolsa, mas apenas para perceber que os preços caíram a pique.
O que pode fazer uma mulher com quem nada faz, ou pior ainda, com quem acredita estar a fazer tudo? Como é que se explica que os modelos são diferentes e não devem ser carregados, qual carros elétricos, em qualquer posto? É que existem vários tipos de postos, consoante as potências de carregamento: normais, semirrápidos, rápidos e ultrarrápidos. Que legendas deveremos agora usar para entender línguas tão estrangeiras que seguramente ninguém falará no mundo que conhecemos?
Cheguei ao mercado, finalmente, mas apenas para perceber que não conheço as entradas e que sair, rapidamente, será a única decisão sã e indolor.
Onde andam os homens que nos enchem as medidas? Respondam-me por favor, antes que decida mudar de "clube".
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