O amor é fácil, digo repito e mantenho!
O amor é fácil para quem ama e sabe o que fazer com o amor que lhe chega. O amor não se pede, sabemo-lo todos, mas de quando em vez armamo-nos em D.Quixotes e desatamos a lutar contra o óbvio. O amor que demonstro quando amo, nunca usando as palavras de forma a que apenas sejam uma representação do que se romantizou após TANTAS histórias da carochinha, não deixa margem para dúvidas e torna tudo fácil.
Amei-te por dois e bati-me, estoicamente, contra a tua inércia e desapego. Beijei-te a dobrar, permitindo que as emoções percorressem o corpo que tantas vezes te entreguei. Abracei-te com puro desejo de ser abraçada sem condições e esperando que os teus abraços não me deixassem vazia. Fiz amor sozinha, esforçando-me, demasiado, para que o meu prazer te inundasse a pele ressequida de tanto mau trato emocional.
O amor é fácil para os que já viajaram nele e com ele, sei-o porque amei sempre na proporção do amor que me tiveram. O amor é o lugar que nos salva da dureza da vida e que nos alivia dos dias cinzentos e parados. O amor que sinto de cada vez que amo, confirma-me da certeza que já tenho, que apenas amando assim me poderei manter viva. O amor é fácil e alguns apenas o entenderão quando o perderem. O amor é o que solidifica todas as outras demonstrações de afeto, mas o amor apenas será para alguns.
Vou manter em mim o teu cheiro até que outro colo me aceite. Vou cuidar de registar as palavras que usei, não para te convencer, mas para te implantar a semente que um dia crescerá. Vou recordar o que foi bom, mesmo que apenas tenha vindo de mim. Vou guardar os beijos que sei dar, para uma outra boca sequiosa e seguramente que um dia serei beijada até que me roubem o ar. Vou permanecer crente nos sorrisos fáceis, mas genuínos, porque um dias estarão a sorrir para mim.
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