Presa a tudo o que me liberta!



Presa, é como me sinto agora, mas a mim. Presa às emoções que me vou permitindo sentir, parecendo estar a renascer uma vez mais. Presa ao que me deixa livre para beber de cada gota de felicidade e armazenando o que me fará falta quando o céu escurecer. Presa, mas sem quaisquer grades visíveis ou imaginárias. Presa apenas à vontade de continuar a crescer, fazendo o que antes me parecia impossível e procurando alimentar-me da adrenalina que corre veloz nas veias que alimento e não apenas de sangue.

Há tanto para sentir e viver, que o simples acto de acordar já me energiza a vontade de correr para cada nova possibilidade, por norma criada por mim. Existe tanta vida por viver, pessoas por encontrar e ainda mais palavras para partilhar, que dou comigo a lamentar as noites que me sossegam e forçam a parar.

Presa, é como me sinto de algum tempo a esta parte, mas apenas aos sonhos que planeio concretizar e que mesmo sendo aparentemente pequenos, são da dimensão que pinto, usando o meu pincel emocional. Presa à vontade de ainda esbarrar num amor que me deixe de alma plena. Presa, mas sem grilhetas, aos sons que só poderão vir dos lábios que manterei colados, quentes, molhados e meus. Presa a olhares novos que saberão como ver comigo e por mim. Presa ao amor que armazeno e que faço crescer, mas sem esforço, apenas com o que sou e continuo a ter. Presa é como permanecerei a tudo o que me prova o quão livre consegui finalmente ser. Presa a mim, mas feliz!

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