27.4.13

Divórcio, e depois?

abril 27, 2013 0 Comments
Feelme/Divórcio e depois?Tema:Contos!
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Divórcio e depois? O que se faz quando a vida nos finta, os alicerces se desmoronam, as rotinas se embrulham, e tudo porque terminou a nossa relação?

Sem amor nada se suporta, as mais pequenas coisas, transformam-se em problemas giganormes, cansamos-nos do outro, de nós, de tudo, e a melhor solução nesta altura é mudar, sair, recomeçar, mas e se não houver como, e se tivermos que voltar ao ninho, à base? Aí sim, tudo se complica.

Tudo fiz para sair a.s.a.p. de casa dos papás, mamã e padrasto, duas pessoas fantásticas, mas que ficam lindamente longe de mim, e da minha filhota, ficariam, se eu tivesse como...

Voltei para a casa que assistiu a todas as minhas fases, sobretudo as menos boas, a adolescência cheia de dúvidas, borbulhas e namorados que não me aprovavam. Voltei à sensação de ter que prestar contas, de não poder usufruir de momentos só meus, de ter que ser mais verbal, tal como a minha adorada mãe, que nunca se inibe de falar sobre tudo, sobre ela, sobre o mundo, acordando sonora, desgastando-me a beleza.

No entanto... estranho, como a insegurança e o cansaço, me levaram a apreciar o que tive antes e não avaliei convenientemente. O porto seguro, os sorrisos, e até os ralhetes, eram a minha casa, o lugar onde eu tinha uma identidade, onde todos me queriam bem, sempre, e sobre qualquer circunstância.

Voltar ao meu quarto foi estranho e tranquilizador, todas as minhas roupas, bonecas, livros, tudo tinha sido mantido, parecia que eu estava a regressar ao passado, a ser a menina da mamã outra vez, na altura só essa ideia me deixava louca, mas agora... bem agora eu e a minha filhota teríamos um lugar seguro para recomeçar, mesmo tendo ficado muito renitente no início, e de orgulho ferido, sentia que só poderia voltar aqui, agora, até que conseguisse ficar de pé outra vez, até que conseguisse cuidar de mim, de nós e recuperar todos os sonhos que permitira serem-me roubados.

Há vida depois do divórcio, temos apenas que continuar a sermos nós, a não permitir que nos roubem a essência!

21.4.13

HOMENS!

abril 21, 2013 0 Comments


Seres estranhos, sim vocês!

Não consigo entender-vos, pelos menos os que atravessam o meu caminho, cada dia mais sensíveis, inseguros, a quererem o que acham ser deles por direito, só porque sim, e reagindo mal ao facto de terem que "trabalhar", muito, para conseguirem o que desejam de uma MULHER, sim, porque para se ter Mulher com M grande, há que trabalhar, mexer o rabo, não ficar sentado a usar palavras vagas, ocas, sem sentido, ou tiradas de sites duvidosos, porque para as outras...

Nós não queremos frases feitas, nem desejos sexuais que parecem ter saído de filmes de quinta categoria, pleaaaaase!!

. Como gostas mais?
. Qual a tua fantasia?
. O que tens vestido?

REALLY??

Se vocês fossem um computador, pedia uma actualização, assim sendo, há que continuar, pacientemente, à espera de um, bastava-me um, que valha à pena. Não quero é ficar à espera para sempre, se não for pedir muito!


15.4.13

Rejeição...

abril 15, 2013 0 Comments


Tentámos, uma e outra vez, mas os finais foram sempre iguais, acabámos separados, magoados, doridos...

Como se curam corações despedaçados? Como se recomeça, se sai inteiro?

Nos inícios, em todos eles, a vontade que tínhamos de nós parecia superar todas as incompatibilidades e incapacidades de nos mantermos de acordo, de olharmos para o mesmo lado, ao mesmo tempo.

O amor que conseguíamos fazer, era e foi sempre tão intenso, nunca nos saciávamos e descobríamos, uma e outra forma de nos darmos, sentirmos, querermos... mas no resto, em tudo o resto...

O cansaço apoderou-se de mim, desta vez, desisti de tanto por ti, para nos acertarmos, para conseguirmos sobreviver ao dia seguinte, que acabei a esgotar-me.

Vou recordar e lamentar o amor que não voltará a ser feito, mas por ora a rejeição, de ambos, fez-nos parar.

Terminamos por aqui, desistimos de nos magoar, voltamos a ser apenas um e cada um, no seu próprio espaço e lugar.

Estou de volta a mim, mais uma vez!


14.4.13

Não posso ir!

abril 14, 2013 0 Comments
Feelme/Não posso ir!Tema:Contos!
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Estou às escuras, lá fora a vida corre, como sempre, barulhenta, movimentada, mas cá dentro, no chão da minha sala vazia, sem vida, sem ti, tento decidir e pensar no que fazer.

- Preciso que vás comigo, meu amor serão apenas 3 anos, estaremos juntos, mais do que nunca. De lá também poderás escrever e voltar a Portugal quantas vezes a editora te pedir e necessitar, o que dizes?

Eu ficara muda, de medo, de incredulidade, nada jamais me prepararia para uma decisão assim tão difícil. Nunca, por nenhum minuto, eu duvidara do que sentia por ti, mas agora, logo agora que toda a minha vida profissional se consolidara, agora que terminara a reconstrução da casa onde me sentia viva, na qual tudo se encaixava e fazia sentido, até mesmo tu, logo agora pedias-me que te seguisse e te provasse o quanto te amava.

- Artur, não sei o que te diga, estou...
- Diz que sim, não me deixes sozinho, sem ti, já não concebo a vida sem que estejas nela, por favor Marta.

As lágrimas rolam teimosas, não consigo ser positiva, ver para lá do que pretendes construir, para ti, para nós como dizes. Demorou tanto tempo até que me reconhecesse, me trouxesse de volta, e agora...Por esta altura já estarás no outro lado do mundo, não quiseste sequer deixar-me um contacto, rompeste comigo, magoado, incrédulo, assustado. Não fui, não consegui desistir de mim, nem mesmo por ti. Não queria que doesse tanto, que me fizesses falta, que acabasse a questionar tudo o que realmente quero para mim. Será que vai valer a pena, vou lamentar não ter ter escolhido, ter permitido que parte de mim me abandonasse?

Onde se encaixa agora a casa que construí, quem sou eu afinal sem ti, qual é o meu lugar?


Cartas para Julieta!

abril 14, 2013 0 Comments

Feelme/Cartas para Julieta!Tema: O que vejo e leio!
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Amar deveria ser sempre assim, momentos que perduram pelas nossos vidas, pedaços que se ausentam por vezes, em gavetas mal fechadas, mas chega um dia em que a coragem se deverá apoderar de nós e acabamos a viver o que o destino nos reservou.

Eu quero sentir um amor assim, mas não o quero esperar demasiado tempo. Quero ter alguém que respire, sinta e sonhe comigo, o tempo todo. Quero o lado suave, seguro e feliz da minha jornada na terra, nesta vida e em todas as outras.

Por um amor assim, eu também seria capaz de mudar de continente, de vida, de cores. Por um amor assim, o meu sol jamais teria dias cinzentos, nem nunca andaria escondido. Por um amor assim, eu prometo que seria uma outra mulher. Eu seria A mulher!

12.4.13

Eu no meu tempo!

abril 12, 2013 0 Comments
Feelme/Eu no meu tempo! Etiquetas: Relações!
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Estou no meio da multidão, mas não vejo ninguém, não oiço sons, nada me atravessa ou chega até mim.

Quando me sinto assim, oiço-me apenas a mim mesma, a vida é uma viagem que me ensina o que preciso de saber, comigo jamais estarei só, sei que encontrarei a força que necessito para recomeçar de cada vez que me deixas assim, de cada vez que não me incluis, sempre que não te assumes e foges até de ti mesmo.

Caminho surda, e a chuva começa a escorrer pelos meus seios, até os sentir na barriga que retraio num exercício inconsciente. Começo a arrefecer, sobretudo por dentro, e os arrepios fazem-me acordar de mim mesma. É a minha voz que devo ouvir, sempre, porque eu sou muito mais do que me fizeste ou imaginaste, porque eu vou continuar a seguir em frente, a caminhar mesmo que os passos se retraiam.

Já deixei de acreditar em ti, de te esperar, mas o meu coração ainda não o reconheceu, no entanto espero ansiosa pelo dia em que a tua face será apenas uma memória. As lágrimas irão parar de correr e tudo o que já fui e ainda tenho por dentro, acordará, voltará.

Eu, no meu tempo, sei quando me reconstruir e de que forma ir avançando, porque parar nunca será opção!

10.4.13

Luana!

abril 10, 2013 0 Comments




Bonita, alta, altiva, cabelos longos e olhos expressivos, fazia virar cabeças, não deixava ninguém indiferente!

Estava a morar na rua pela qual se apaixonara mal a vira, no mesmo minuto em que olhara as varandas verdes, cheias de flores e de cheiros que lhe pareciam surpreendentemente familiares.

Com o novo emprego, decidira fazer e começar tudo de novo, apenas ir onde lhe apetecesse e retomar todos os sonhos e desejos que deixara por satisfazer.

Imaginara-se a viver num apartamento virado para o rio, com um terraço soalheiro, chão de madeira com cheiro a antigo. Ansiava pelo prazer de a decorar e mobilar, pintar paredes e pendurar os seus próprios quadros e fotografias.

Agora tinha um espaço totalmente seu, no qual só deixaria entrar quem o seu coração reconhecesse, mas até lá seria apenas ela, as noites com chocolate quente, filmes que a fariam chorar baba e ranho, toneladas de livros cujo desejo de leitura há muito fora adiando.

No trabalho achavam-na enigmática, demasiado bonita para ser real, dirigiam-lhe olhares de gula e admiração e ela sorria para dentro sentindo-se poderosa e feliz. Agora estava no seu mundo, a fazer tudo pelo qual tanto esperara.

Do alto da varanda, que agora sua tanto admirara, sentia-se renascer, todo o seu corpo e alma se revitalizavam. Aqui seria ela mesma, real!