5.3.15

Queres saber a resposta?

março 05, 2015 0 Comments


Eu digo-te, mesmo que não saiba o bastante, mesmo que não te conheça ainda, pessoalmente, e muito menos a ele, mas eu, do lado de cá, sem ter nada que me prenda, sem receios do que quer que seja, vou-te responder!

Atenção, esta parte da instrução tem que ser rigorosamente seguida. Faz uma pergunta de cada vez, não te percas em enredos, não embrulhes tudo num laço só, sê concisa. Posto isto, vamos lá:

- Amas-me?

O que achas que te vai responder, honestamente? Que não minha querida, que amar é demasiado forte, que não quer amar ninguém, porque pode sofrer.

- Sabes que te amo?

Nesta altura, muito provávelmente baixará os olhos, incomodado com a evidência da qual não padece, porque saber que alguém carrega um sentimento assim tão forte, mexe com todos nós, até com ele que consegue ser frio e distante. É um padrão, apenas isso.

- O que queres de mim?

Uiii, aqui a coisa vai quase azedar. Nunca te pediu nada, está porque deixas, porque não pressionas e a verdade é que não quer mesmo nada, se quisesse minha querida, já o teria dito, certo? Anos, não são dias, nem sequer meses, são muitos 365 dias, a dobrar, a triplicar, todos quantos tens andado a perder tu.

Não te conheço, pois não, mas não preciso, sei de ti porque sou como tu, sou mulher, sei o que significa amar demais, sofrer por quem e com quem nos oferece ausências, sei o que é fantasiar alguém, esperar pelo que nunca virá, enganando-nos como só nós o sabemos fazer. Por esta altura já alguém se deveria ter lembrado de atribuir o célebre Óscar à determinação, camuflada de casmurrice das mulheres. Nós queremos acreditar que amar muito resolve, muda, faz acordar, mas amar minha querida, é um sentimento tão sublime, quanto nunca o serão os que não o sentem. Não é um defeito, apenas uma característica e posto isto, o que preferes continuar a ter? Nada de coisa alguma, ou TUDO, porque há, existe, tal como existes tu.

Vais encontrar quem te ame, SIM.
Vais ter os dias completos com um homem que te pensará, a todas as horas do dia.
Vais ser abraçada com sentimento, e beijada com emoção e desejo.
Vais saber que é ele, se ao menos te atreveres a olhar.

Não percas mais do teu precioso tempo e não largues mais perguntas para além destas. Fica sozinha, regenera-te, sai, ri, brinca, e olha, vem-me conhecer, prometo que te mostrarei bem mais do que conheces de ti, e que te irás surpreender.

Eu, e a nossa amiga comum, gostamos muito de ti, estamos aqui para o que precisares, e sabes que mais? A nós nunca precisarás de perguntar o que quer que seja, porque o sentirás.

Até breve, já na tua felicidade!

Consigo pois...

março 05, 2015 0 Comments



Consigo pois, ouvir-te, ver-te, sentir-te, claro que sim, não o fiz já antes, não o fiz sempre e de cada vez que foste fugindo? Não precisavas de ter ido, deixaste o meu mundo frio, sem ti e mesmo que te ouça, te veja e ainda te sinta, não é igual, nunca poderá ser, mas eu sei que me vou habituando, conseguindo que te infiltres no meu sistema e que passes a correr como corre o sangue, já não fazendo mal, apenas estando, vagueando por mim, vendo-me por dentro, da forma como não foste capaz porque te faltou talento. Mas pronto, acabaram-se as reclamações, sabes que até o sangue se renova e acaba a sair, dando lugar a outro, mais novo e forte, a alimentar-nos do que precisamos para estar vivos, e eu estou viva e preparada, para te deixar ir.

Estamos na nova temporada, avizinham-se novos episódios, novos protagonistas, com enredos bem mais interessantes, estamos onde o decidi e sei também que vou continuar a escrever a minha história, aquela em que já não estarás.

Consigo pois, já o faço cada dia um pouco mais e não me arrependo de NADA. Fui, tentei, corri atrás de quem apenas soube fugir, por isso aceitei, parei e mudei o rumo. Consigo pois, já o fiz antes e venci, como vencerei agora, até porque já sorrio de cada vez que escrevo sobre ti. Sorrio porque foste importante e soube reconhecê-lo. Sorrio porque se te consegui amar, quando achava que já não seria mais possível, então tudo o será a partir de agora. Consigo pois,  porque sou a que só conseguiste ter uma vez, a sério, mas de quem só viste um milésimo. Perda tua, decisão tua, nada a acrescentar.





4.3.15

Gestão meticulosa da coisa!

março 04, 2015 0 Comments
Natalie

Em conversa com algumas mulheres, algumas das que acabarei a usar para um novo livro, percebi como é feita a gestão meticulosa da coisa no que diz respeito às novas relações, as que envolvem os seus ex maridos ou companheiros. As palavras são minhas, mas a análise foi feita em conjunto e este foi o resultado:

Encaixar o nosso ex com as actuais, sim, porque não é uma, nem duas, nem três, não é tarefa fácil, mas não há outra forma. Temos que deixar que encontrem o caminho do ouro. Que tenham muito do que supostamente lhes faltava antes e que andem de cama em cama, a experimentar tudo o que agora vão vendo nos filmes de hard core. Se assim não for, não sossegam e não voltam a ser gente. Até aqui tudo bem, and we don´t give a shit. O pior e a acontecer, são os filhotes, porque se os envolverem... BEM, não queiram ver uma mãe zangada e avariada dos circuitos, porque não é um cenário bonito.

Vá lá, não misturem, preservem. Vão, mas voltem com dignidade, porque isto de comer tudo o que os outros já cuspiram, é no mínimo degradante. Por norma os bons dos machos têm o hábito de dizer MUITO BEM, das suas esposas -  "a minha é assim e assado, não faz isto, nem lhe permito aquilo" - bla bla bla, porque não dominam, nem controlam nada, mas adiante. Quando finalmente estão livres e podem escolher, fazem o quê? Escolhem MERDA da grossa e aí já não se importam, mesmo nada, com a qualidade da mercadoria.

Às tantas a mulher, a ex, ou as ex, foram-lhes retirando os neurónios um a um, com uma colher, pior do que os abortos dos anos 80. Raios, que agora fui mesmo crua, mas não tenho forma de ser suave quando presencio tanta burrice junta. O que se faz por umas quantas ratas, que esperamos todas, pelo menos sejam bem lavadas!

Aceita que sou o homem da tua vida!

março 04, 2015 0 Comments

 

- Aceita que sou o único homem que te pode amar como precisas e que por isso te quero ao pé de mim!

Era suposto ficar aos saltos, certo? Então porque não terei sentido nada, porque me soou a frase feita, a mais uma a juntar a tantas outras que já me fizeram ouvir, será cepticismo? Até que acredito que possa ser a mulher que algum homem deseja, mas agora tenho muitos mas na minha vida e não me apetece que me digam o que ontem precisava de ouvir. Hoje só quero silêncios,  mesmo que eles me ensurdeçam, porque não me irão impedir de pensar, mas não falem, não digam nada, não me elevem porque só quero estar aqui, bem no chão, com ambos os pés e segura.

Sou emocional, preciso de ter alguém ao meu lado, por isso vaticino que não será por muito tempo, apenas durante aquele em que voltar a sentir-me confortável com algumas palavras, as que nunca deverão ser ditas em vão, porque nunca o faço.

- O que preciso de fazer para que acredites em mim?

Resposta:

- Nada, não digas rigorosamente nada e espera, se achares que valho a pena, espera e quem sabe não te aceito, num dia de sol como o de hoje.

3.3.15

Ficas a dever-me uma!

março 03, 2015 0 Comments

Ficas a dever-me uma, porque mesmo do outro lado do mundo, soube como te dar prazer!

As coisas que o desejo dita e que os corpos que já se tiveram, conseguem reproduzir. Foi fácil, bastou que nos imaginássemos, outra vez. Estavas tranquilo, disposto e predisposto a seres envolvido por mim. Também ajudaste e foste levando, cada palavra, ao sítio certo, com a entoação que precisavas para chegares lá.

Sou a mulher das palavras, sei quais usar, em que circunstâncias e com que pessoas. O efeito é sempre o desejado, e começo a achar que tenho mesmo poder e que usá-lo é o que fará a diferença, para quem tem falhas, nos relacionamentos, nos sentimentos, nas necessidades diárias.

É sempre mais tranquilo trocar intimidades com quem nos conhece, com quem não nos julgará e apenas se deixará ir, para que o possamos ir também nós, sem qualquer mau estar, apenas em busca de prazeres que se conseguem para além do amor e do sexo que se faz, com corpos mesmo, em lugares onde podemos, juntos, mostrar do que falamos.

Hoje ficaste tu a dever-me o teu prazer, num amanhã, cobro-te eu e é bom que consigas ser tão produtivo e intenso quanto o fui eu, para que me sentisses.

Consegui ver o teu sorriso e sentir a tranquilidade que te ficou de um bom final. Good for me, even better for you!

Medo de Mulher!

março 03, 2015 0 Comments



Estás a preferir o "mal" que conheces, ao novo que te poderá acolher. Continuas numa demanda de felicidade que tem sido unilateral, que não te olha de volta, que apenas te cuida a um milésimo de até onde cuidares tu. Estás a fechar os melhores anos da tua vida, o azul dos teus olhos que deveriam estar a ser olhados por quem se enchesse de felicidade apenas por te imaginar...

Oh miúda misteriosa, do que tens tu medo? Já foste amada antes e muito, porque não o poderás ser de novo, do que duvidas afinal?

Tens a beleza das mulheres determinadas, vidas que galgaste até chegares onde estás hoje e que te permitem fechares a porta da TUA, deixando entrar apenas quem nela te fizer a rainha. Quem souber que desejos carregas, aqueles que te vês forçada a partilhar com outros que não quem amas, de forma tão desmedida, apenas tu, num passo que não é acompanhado. nem sequer visualizado, no futuro de quem já o perdeste, no primeiro minuto em que aceitaste as condições que não te serviam.

Mulher bonita, continua em frente, abre-te ao mundo, aceita que te querem como queres tu, e que aprenderás a amar outro, porque o que tens é já tão morno que te amassa o coração e o deixa demasiado pequeno para que acabes a duvidar até de ti.

Não é amor minha querida, é habituação, é o corpo que já conheces, é o teu que não desejas partilhar com mais ninguém, sobretudo porque achas que não o conseguirão ligar, mas deixa que te diga eu, quando um toque de mão de um homem real, de um que te deseje tanto, te faça vibrar e tremer das pernas, impedindo-te até de pensar, saberás. 

Não permitas que te ofereçam metades de nada, porque acabarás com coisa alguma. Tens apenas quem te deixa tocar quando está livre e disponível para não te pensar demasiado. Ergue a cabeça desse loiro misterioso, carrega com a pintura nos olhos, adorna a tua boca de uma cor que te dê vida, segurança, coragem, e sai para o mundo, verás que quando abrires a porta, estará bem do outro lado, quem já te esperava há tanto tempo quanto te desperdiçavas. Não tenhas medo, vais ser ainda muito amada e eu vou ver!

2.3.15

Como se parte?

março 02, 2015 0 Comments
♧ Reckless Love ♧

Como se parte?

A viagem até podia estar marcada, porque já estou bem do outro lado, a querer e a precisar que se apresse para recomeçar. Tenho muito para cuidar, já o estou a fazer, sobretudo de mim, tentando manter-me de mente sã, de corpo saudável, com as gavetas arrumadas e com cada coisa no lugar certo. Quando chegar o dia, estarei pronta, tudo o que tinha para fazer já o terá sido e partir já será "pacífico".

Deixei de usar os NUNCA que antes disparava a torto e a direito, agora entendo que podemos mudar sim, que cada dia acarreta desafios novos aos quais precisamos de dar respostas e se partir passou a ser a única, então eu vou.

Já tenho a prole crescida, uma base sólida, que cimentei, a retaguarda assegurada, só preciso de me libertar, eu, de ser tão cuidadora, a que controla tudo, a que quer estar sempre por perto, porque afinal já não faço assim tanta falta, mesmo que o faça sempre. Vou abrir mundos, horizontes, vou proporcionar viagens de mente e alma às pessoas mais importantes da minha vida, e eles estarão comigo até que se juntem a mim, até que os possa voltar a ver dormir, abrindo cada porta e espreitando para que me sinta tranquila e segura.

Vem aí uma etapa totalmente nova, para mim, desde que fui mãe pela primeira vez, não vou estar presente todos os minutos da vida de cada um dos meus filhotes, deixarei de poder vir a correr de cada vez que o telefonema for ansioso, sempre que se tenham esquecido do bolo para a festa da professora, da camisola para a ginástica, do dinheiro para o almoço decidido à última hora. Vão ter que aprender a encaixar a mãe em horários próprios, a usufruir dos momentos com mais intensidade, os que depois lhes conseguir proporcionar, a amarem-me mais com palavras, porque abraçá-los já não será simples, certo, nos dias mais difíceis. Vêm aí dias de puro medo, mas de libertação também, de muitas lágrimas, porque eu estive sempre aqui, deixando-me para trás, abdicando do que era para o serem eles.

Não existem horas certas para libertar os filhos, para os deixar seguir, sobretudo quando não o escolheram eles, mas a vida por cada um.
Não existem tabelas para avaliar o que iremos sentir, de que forma nos conseguiremos encaixar, quando estávamos tão confortáveis já, quando olhávamos e nos víamos, sempre.
Não sei como irão reagir, cada um, mas avizinham-se momentos de escuridão intensa, os mesmos que precisarei eu, uma vez mais, de aclarar, de aligeirar, provando-lhes que a mãe sabe sempre do que fala, o que faz e que no final de cada dia irá fazer sentido.

Não sei como vou partir, mas sei que dores carregarei, que partes de mim se irão desfazer, três vezes, a multiplicar por cada um dos pedaços de vida que eu coloquei, aqui, que me cabia a mim cuidar e que falhei, porque deixei de poder fazê-lo, com garantias de sucesso num futuro próximo, e vou ter que saber viver com isso, todos os dias de cada um que quase galopa já na minha direcção.

Poderão dizer-me que sou apenas mais uma, mas não o sou para os meus, para quem contou comigo sem nunca reclamar, sem nunca os deixar ficar mal. Não o é para a mãe que os amamentou 15 meses cada um, que passou noites inteiras em claro, correndo de cama em cama e velando o sono de cada um. Não o será para a mulher que se transformou quando os segurou no colo e que cresceu em força, capaz de enfrentar quem quer que se pusesse no caminho, para a mulher que tomou decisões bem difíceis e que travou batalhas bem duras, para continuar a chegar a casa, no final de cada dia, com as asas partidas, mas continuando a voar, levando-os sempre, num colo que nunca recusei, mas que agora vou ter que guardar, impedindo-os de se aninharem quando sentirem vontade.

Como se parte afinal, quando a sensação de ter falhado corrói por dentro?