19.3.15

Para ti de mim!

março 19, 2015 0 Comments


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Feelme/Para ti de mim! Etiqueta: Me

Também tenho pai, também lhe sinto a falta, e não apenas em dias como o de hoje, porque ninguém precisa de me lembrar do que não tenho como esquecer!

Lá atrás, quando ainda não sabia para que lado do passeio deveria caminhar, tive um pai que me ensinou o que me ficou, até hoje, e mesmo que eu seja esta "enxertada", um pouco azeda, nunca me permiti amargar ao ponto de deixar para o passado o que tem comandado o meu futuro.

Foi com o meu pai que deixei de usar as calças que me protegiam dos olhares, que me impediam, achava eu, de ser tão visível, dizendo-me que era bonita e que sendo menina precisava de me mostrar porque merecia ser olhada.
Foi com ele que aprendi a a usar as palavras para me expressar, o que reconheço fazer em demasia, quase matando todos à minha volta com tanto que pareço ter sempre para dizer. Recebia cartas maravilhosas, que rimavam sempre no final com o seu nome e o da minha mãe, e com elas tinha sempre a perspectiva certa de uma das pessoas que certamente me amará mais do que qualquer outro alguma vez será capaz.
A minha veia de escritora nasceu dele, bem como o meu amor pela música, e a voz com que canto e encanto quem me ouve. Mesmo que a sua vida não tivesse sido devotada a mim como gostaria e reconheço ter precisado, acredito que me cimentou o carácter e que me proporcionou o que acabei a conquistar. Não deixa de ser uma referência, uma presença e se não me dá mais colo, talvez seja porque me recuso a recebê-lo, mostrando uma força que nem sempre tenho e escudando-me no colo que agora também preciso de proporcionar aos meus.

Nunca, como agora, tive a percepção do quanto é importante ter as raízes que me fixarão à minha essência, ao que apenas posso ser porque ele existiu antes de mim, viveu e sobreviveu a tudo para que eu fosse quem hoje tecla, com a certeza e a segurança, de que venho de algum lugar, de que as minhas memórias, as boas e até as que me pareceram magoar demasiado, foram possíveis porque as proporcionou o homem de quem nunca me divorciarei, a quem desculparei pelos erros que também cometo e a quem devoto um amor que não se explica, que não se mede, que não tem forma de se pesar e que nem todos os planetas juntos teriam área ou volume para comportar.

Dizer que amo o meu pai nunca poderá soar a absurdo, porque foi com ele que tudo começou e será por ele que manterei as memórias que o perpetuarão, para que me possa recordar, de que antes do que tudo o resto, fui primeiro filha de alguém e com ele comecei, do início, um caminho que não terminará, nem quando também ele me deixar, mas apenas aqui, no lugar de onde sairemos ambos para nos voltarmos a encontrar.

Desejo-lhe um dia cheio de sol e envolto no amor que não apenas eu tenho para lhe dar!

16.3.15

Porquê?

março 16, 2015 0 Comments

beach, boat, dawn
Feelme/Porquê?Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet

Porquê? Porque chegam, os outros, de forma tão rápida e consistente até a mim, se não são quem eu quero?

- Queria poder gostar de ti, sem precisar de ti!

Eu respondi que deverá ser esse o sonho de todos nós, de apenas gostarmos, sem termos a necessidade, que quase nos rouba a sanidade, de precisar do outro e de o ter onde estamos, durante o tempo que nos faz falta...

Porque será que atraio tanta gente, até as que já estavam esquecidas? Parece um claro teste às minhas decisões, como que se o Universo me estivesse a perguntar se tenho a certeza, se fiz tudo o que podia e devia e se não quero voltar atrás. O telefone vai tocando, com números que já apaguei, com vozes que quase já não reconheço, mas que me pedem mais algum do meu tempo, e eu vou-me dando, na esperança de que um dia também possas chegar tu, quem me foi vedado, quem, tal como eu, acabou a tomar decisões e a fechar o que eu esperava se tivesse mantido aberto, só que fosse numa fresta na qual eu pudesse caber.

Porquê? Porque é que, quase do nada, todo o meu passado volta a surgir, bem de frente, a recordar-me de cada passo, de cada emoção e de todas as palavras trocadas, mas que agora não soam ao mesmo? O que significa afinal? Por favor, até eu tenho limitações e estou a falhar entender. Quero e preciso de ajuda para dar sentido a esta torrente de acontecimentos, a todos os minutos que estão a aumentar as minhas horas, uma a uma, de tal maneira surreais que nem me consigo focar no essencial e acabo a vaguear no que me parece um mundo paralelo.

Quem é que pode discordar de que o maior poder deste e de outros mundos é e será sempre o amor? É com ele que chega, sem permissão, a ser tão desejado quanto odiado, tudo o que precisamos, levando o que conhecíamos e tínhamos como certo e esvaziando-nos por dentro ou preenchendo cada espaço até que nem respirar se controle mais.

Porquê todos menos tu? Porquê eu assim, quando pareço ter o que preciso? Porquê esta vontade de não te ter reconhecido, quando até sei que eras preciso e que terias que ter chegado? Porquê a demora em conseguir ver quem até me quer e deseja, quem me tenta cuidar, sem a minha permissão, quem nunca me falha, inundando-me do que pareço não precisar e magoando quem menos merecia?

Por vezes os dias, os mesmos que tenho vivido, chegam de uma forma que não consigo legendar, parecem ter vindo para me quebrar, para que desista e volte atrás, e mesmo que lhes grite que não quero e que não consigo, insistem, que permanecerão até que me recomponha, porque no final  e no meu percurso, ficará quem eu acabarei a escolher.

Mas porque é que já não acredito, porquê?


15.3.15

Saí de circulação...

março 15, 2015 0 Comments

Feelme/Saí de circulação Etiquetas: Me!
Imagem retirada da internet
Apaguei contas e deixei de estar onde alguns me esperavam. Agora sou apenas eu, outra vez. O final do ano lectivo está aí, não tarda, e com ele a viagem, não a da minha vida, mas a que a mudará por completo!

Vou-me expurgar, curar por dentro, deixar que as feridas sarem, mas sem qualquer mágoa, estou totalmente aberta a ajudar, como sempre o fiz, quem precisa de mim, e assim sei que terei a ajuda necessária.

Não quero ninguém a substituir-te, não me apetece, sequer, que se aproximem demasiado, e não tenho que continuar por esse caminho, porque preciso de voltar a ser a que importa realmente e a não me deixar levar só porque me dói.

Já estou de novo no casulo, como até dizia hoje o meu pai, mulher azeda, dura e enxertada, outra vez.

- Mas não há quem te adoce minha filha?

Pois, pelos vistos não há por aí gente com talento, e desculpem lá, mas não me parece que a culpa seja minha, eu sou a mesma, do início ao fim, NÃO, correcção, eu melhoro com o avançar do tempo, porque se peço mais é porque também consigo dar mais. Eu consigo ser meiga o suficiente para que a outra metade se conforte e se sinta no lugar certo. Eu consigo preocupar-me, genuinamente, com quem me faz falta e me preenche os dias. Eu estou sempre a cem por cento quando reconheço, e por tudo isto recuso uma culpa que não tenho.

Estas coisas levam o seu tempo, eu até o entendo, porque levei uns quantos anos a limpar da pele alguém que agora até me consegue fazer rir, com quem mantenho uma saudável relação, simplesmente porque deixou de me estar dentro. O teu tempo também virá, mas desta vez, e para que eu me reveja na força que digo ter, não usarei ninguém como tampa, não deixarei que o meu corpo seja tocado, nem a alma preenchida até que te tire completamente e aceite que não és tu, que nunca o foste, apenas o desejei eu e sozinha não adianta que queira porra alguma, porque não chegará e se chegasse eventualmente, nunca seria como preciso.

Saí de circulação, vedei acessos, fiquei temporáriamente, indisponivel!

Do que adianta...

março 15, 2015 0 Comments


Do que adianta ter alguém, uma relação, se não nos podermos ter realmente, olho no olho, com todos os toques que vão aumentando a intimidade, os pedaços de cada um e mudam tudo? A distância deixa de ter importância, se cada momento puder ser realmente acrescentado a todos os que se vão tendo, em passos firmes, fazendo perguntas e conseguindo as respostas que nos deixarão avaliar se para a frente é o caminho certo.

Gostava que já me conhecesses mais. Gostava que já tivesses feito todas as perguntas. Gostava que estivéssemos ambos do lado certo, que não fosse preciso erguer mais nada, apenas manter. Gostava de galgar uns quantos passos, de ter uma máquina do tempo e de andar, para trás e para a frente, a fazer os ajustes que se impõem nas relações novas. Gostava que pudéssemos ser, eu e tu, quem melhor soubesse que cada pedaço de vida que já vivemos e a que estaremos a construir, terá que passar por nós primeiro, sendo totalmente nosso.

Isto é tudo o que eu sinto que deveríamos ter, porque do que adianta estarmos os dois, se não estamos aqui?

12.3.15

Não posso dizer...

março 12, 2015 0 Comments


Que serás feliz para sempre, que tudo o que desejas e a forma como visualizaste a tua relação, vai durar e manter-se, assim, grande, proporcionando-te o que estás disposta a dar de ti mesma!

Nada é para sempre, tudo se mantém em "modo" descartável, de curta duração, na secção dos perecíveis. O que queremos, hoje, com, muita intensidade, na tentativa de que não nos magoem, demasiado, não poderá ser jurado manter, amanhã, em todos os outros amanhãs de que se compõem os teus medos, os teus desejos e sonhos.

Talvez o mais fácil fosse fugires, agora, já, sem olhares para trás, mas assim não viverias, não terias como saber do que é feito o agora, o que se sente para depois poder parar. Não ficarias com nenhum sabor na boca, não beijarias ate que se te faltasse o ar, não terias toque, nem um outro corpo, que se juntasse ao teu e te passasse emoções reais, misturadas de um prazer e dores que nos trespassam e atiram para lá desta vida, que nos provam o quanto precisamos que precisem de nós.

Se te dissesse o que já adivinhas tu, acredito que te fecharias, que escolherias o que te parece mais fácil, mas até que te conheço, um bocado, partes de ti, o que pensas quando tentas racionalizar o que deve ser puramente emocional, sentido e vivido sem redes, porque só assim vale a pena, e por te saber, não te vou dizer que é para sempre, mas que é possível, num dia de cada vez, devagarinho...

O que te posso dizer é que tentes, tenta, tenta sem desistir, de seres feliz, de teres quem que te queira ter, que nunca desistas de ti, e que não penses muito para além de um dia, de uma semana, que apenas te permitas fazer a diferença, que te dês uma oportunidade, duas, quantas forem precisas para continuares a tentar. Só te posso dizer que vivas, sentindo-te, porque isso sim vale a pena e é para sempre!

11.3.15

Não sei como me levanto às vezes...

março 11, 2015 0 Comments

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Não sei como me levanto às vezes, de que forma o meu mundo se consegue completar e fazer-me chegar até onde sou precisa. Depois de apenas 4 horas de sono, continuei a correr, para atender a quem se deixa fragilizar ao ponto de não se encontrar de volta. Fiz o caminho todo em silêncio, nem conseguindo juntar os meus pensamentos, sentindo que precisava de doar alguma da minha intensidade e força. Afinal sou tão resolvida que me assusta ver quem ainda se tenta encontrar e o medo dos outros entranhou-se-me tão dentro que dei comigo a ouvir-me respirar.

Ainda estou assim, meia-meia, com cada músculo do corpo dorido e a parecer que corri uma maratona, léguas e léguas de desaires dos outros, num percurso que não me pertence, mas que se cruza com o meu e do qual não terei como fugir. Já me fartei de agradecer hoje, por ser como sou, por tudo o que consigo concretizar, pelos desejos dos quais não abdico, pela minha capacidade de não me deixar partir, não em pedaços que não se possam colar de volta.

Não sei quem é esta mulher. Não sei quem sou, de onde vim e porque sou assim, mas sei, com toda a certeza, onde quero estar e a fazer o quê, porque querer tem-me bastado para não desistir, não de mim. Espero que alguém bem acima de nós cuide de todos quantos não se conseguem cuidar e que que os impeça de cair demasiado fundo. Eu farei a minha parte, porque se for essa a minha função,aqui, então eu aceito!

10.3.15

Será que sabemos?

março 10, 2015 0 Comments



Será que sabemos do que precisa o outro e de que forma lhe podemos acrescentar os dias, fazendo-os correr com mais cor e dizendo o que é suposto de forma a que se pacifique tudo o resto?

Que cuidado "largamos" em cada palavras com quem nos importa? Será que olhamos de forma atenta para quem nos olha de volta? Diremos, as vezes que bastam, tantas quantas encham as falta que acabamos a fazer, o que o outro deseja ouvir?

Quando me perguntam de que forma amo, respondo sempre que amo comigo dentro, inteira e sem precisar de subtrair nada, não agora. A cada ano sou uma nova mulher, uma que parece continuar a galgar milhas, aprendendo a não se segurar demasiado, dizendo e fazendo o que importa para ser o que basta a quem me consiga ter.

Não sei tudo, mas chego lá, porque quero, porque sei da importância de dar, de mostrar e de fazer a diferença, sendo diferente. Muito provavelmente não será suposto que saibamos tudo, mas vamos ter que nos elevar um pouco mais, até e quando for realmente difícil.