27.4.15

Posso tão pouco agora...

abril 27, 2015 0 Comments


Já não posso ver-te, tocar-te, sentir-te, trocar tempo e palavras, tudo isso deixou de ser possível, porque já não nos encontramos, já não nos devotamos qualquer espaço ou lugar, parecemos ter desistido de nós!


Acabámos em sítios distintos e fomos saindo, de mansinho de cena. Esgotámos as palavras e ficámos vazios dos sentimentos que nos juntaram antes. Já houve uma altura em que "atirava" para ti a responsabilidade e recebia de ti a mesma bola. Já tive momentos, em que te amaldiçoei e em que te atribuí todos os meus males, adiando o amor que te tinha, mas agora sei e sinto que terminámos esta caminhada, que nenhum de nós voltará a encontrar forma de se encaixar, de se retornar e de reavivar um amor que deixámos morrer.

Não posso nem tenho o direito de te prender, porque até eu já parti, soltei a tua mão e deixei de te reconhecer. Preciso de me focar no que me levou até a ti. Preciso de recordar tudo quanto serviu para me acrescentar vida, porque a verdade é que já te amei MUITO, mais do alguma vez julguei possível, mas deixei de querer, deixei simplesmente de te incluir no meu futuro, limpei-me de nós. Fui!

23.4.15

Não mando, claro!

abril 23, 2015 0 Comments

Não mando, claro, não em tudo, não nos outros, e por vezes até pouco em mim e na forma como queria gastar o meu tempo, mas pelo menos opino, vou lutando e tentando que cada dia me permita aprender a alterar o que me incomoda, o que não se ajusta tão bem, mostrando-me o que não faço tão bem. Não mando no que sinto, na forma como amo, nas vezes em que me desiludo e mesmo assim insisto em "perseguir" quem não me ama da mesma maneira. Se mandasse nos sentimentos que até acho ter em demasia, refreava-os, cortava-lhes umas quantas pontas e deitava-as fora, para bem longe...

Acredito que emocionalmente só consiga mandar quem não tenha sentimentos, nem por nada nem por ninguém, e eu vou preferir ser esta coisa, esta máquina de emoções que parece estar mal afinada e a precisar de calibrar, do que não sentir, do que apenas passar pelas coisas, do que não viver.

Se eu mandasse, obrigava toda a gente a curar-se dos males interiores, falando do que os magoa, não parando de procurar o que sabem ser melhor, resolvendo o que por vezes se arrasta até ao infinito, e não deveria. Se eu mandasse, dizia-te que te queria aqui e agora, para que parasses de te arrastar para o outro lado e caminhasses comigo, porque eu tenho o que procuras.

Só posso dizer que vou continuar, que vou prosseguir nesta minha vontade de dominar, um pouco mais, a minha vontade de ser melhor e de conseguir condescender, com todos quantos ainda não tenham chegado onde já estou, sabendo que não me irão acompanhar, lamentavelmente.

Não mando, mas certamente que alguém bem mais poderoso do que eu assim o decidiu, talvez antecipando que andariam todos numa roda viva e sem descanso se eu pudesse manejar vontades!

22.4.15

Help me please...

abril 22, 2015 0 Comments
adult, beautiful, blur

Help me please! Take this weight off my shoulder, let me go, let me live again, feeling happy all the time, knowing my path, being ready for another you to come along!

I miss you so bad, and my heart keeps warning me, "I´ll fail on you", and eventually it will. It won´t stop beating, but it will miss seeing who matters, who could come along and take the rest of you.

I hate these grey days, the ones in which I feel so down I can´t breathe, so angry and frustrated that I end up hating myself. I shouldn´t have let you enter and stay, you are in my skin, I can still feel you, I know every sigh you make, the way you smile, your deep eys in me, I remember every word.

I need you to help me, I don´t seem to know how to do it myself, I´m lost, I´m into you, too much. Just say the right words, talk to me and free my soul, PLEASE!

I no longer want to belong to you.
I need to be me, again.
I have to start over, to accept your choice, but if you could only explain...

This will definately be a long day, one in which I´ll have to be even stronger, because the world does not stop moving, and I´m expected to do things, to go places, to face everybody elses fears, and I just want to lay down and die.
Stop making me wait.
Stop punishing me.
Stop not knowing, and just help me...

16.4.15

Com a minha voz!

abril 16, 2015 0 Comments


A minha voz. Sei usá-la, claro, basta que a envolva nas minhas palavras, que por si só já são um Universo, e que ao misturar as duas, mude algumas vidas, sarando algumas feridas, pondo em sons o que tanto assusta algumas pessoas, porque a verdade é que a voz entra bem dentro de cada um e quando a usamos, deixamos de poder retirar o que já foi dito, para o bem e para o mal!

Hoje é o dia mundial da voz, e eu estou a sentir-me agradecida, porque possuo uma que mexe sempre com os outros. É suave, mas intensa. É sensual, porque a sei colocar, é a voz que gostaria de ter, e que veio como a imaginava. Sou tenor, canto com alma, porque ela me permite, porque tem alcance para que chegue a tons mais agudos, para que me tire para fora e ofereça ao mundo as minhas palavras em forma de sons.

Nunca nego a minha voz, nunca recuso falar com quem quer que seja, porque as vozes não me assustam, mexem comigo, claro, mas completam tudo, resolvem dilemas, acertam pontas soltas, chegam quando precisamos e vão-se deixando-nos vazios.

Tanto que já precisei da tua, e como me fazia bem. Já conhecia as suas variações, percebendo se estavas, ou não, bem, e aguardando-a, diariamente, como se de uma droga se tratasse, porque estarias sempre tu em cada sílaba.
Gostava da forma como me ralhavas, mas que soava sempre a muito desejo, a algum desespero, gostava dos adjectivos que usavas para me classificar, e gostava sobretudo de que não tivesses medo de a usar em mim e comigo.

Este é o dia em que gostaria de vos poder dizer, com a minha voz, o que acabo de escrever, mas se pensarem com a força que todos temos, vão conseguir ouvir-me, e na dúvida, saibam que nunca me recusarei. Que estarei, aqui, para responder ao que me perguntarem, sem qualquer medo, com todas as palavras que os sons fazem crescer, comigo dentro.

Usem este dia para falarem com todos quantos deixaram no silêncio. Não deixem nada por dizer. Peçam desculpas, ou digam simplesmente o que o silêncio não conseguiu. Parem de fugir da vida, oiçam a verdade de cada um, não a imaginem mais, e verão como tudo se consertará no final, parando de vos roubar o TÃO precioso tempo. FALEM, CUIDEM, GRITEM se for preciso, mas não se escondam, porque a longo prazo ficarão com dores que nada, nem ninguém será capaz de curar e aí já será tarde demais.

Um dia CHEIO de sons felizes para vocês!

13.4.15

Friends come in huge packets!

abril 13, 2015 0 Comments


Friends come in huge packets! Não tens noção da falta que me faz alguém como tu, que me oiça sem me julgar, mas que me saiba dirigir, importando-se mesmo, como o faria o melhor amigo, ou um irmão de sangue!


Gostava de ter mais pedaços de ti, de poder usufruir do que certamente terás para me oferecer, da capacidade que tens de me veres para além do que vejo eu. Gostava que pudéssemos partilhar momentos que nos escurecem a alma, aclarando-a, para cada um, ajudando-nos a superar um mundo que parece, tantas vezes, demasiado cruel, para que lhe consigamos sobreviver. Gostava de te ter como um verdadeiro irmão, ou tão somente como a outra metade de mim, aquela que não preciso de esconder, nem de fantasiar, porque me entende, porque não precisa que explique o óbvio. Gostava de poder aprender com o que já viveste, não pela nossa distância em idade, mas porque és homem, e porque passaste pelos lugares de onde fujo, e porque já te deste, enquanto eu me mantive a passar ao lado do que sei fará de mim a mulher que vale a pena ter. Gostava que o tempo não nos levasse tanto e que fossemos, até ao outro, de cada vez que fizéssemos falta.

Mesmo que tenha chegado mais tarde, penso que viemos, ambos, quando nos precisávamos, por isso obrigada a ti, homem de alma grande e de um coração que não passa ao lado de ninguém que te saiba ver realmente!

3.4.15

O que vim aqui fazer?

abril 03, 2015 0 Comments

Parece que já o entendia, mas não com as palavras que me mostraram, não desta forma, tão certa, como tudo o que sempre considerei certo para mim!

Vim aqui aprender umas quantas coisas que já me esforço por melhorar, vim para ter a postura que me levaria até a ti, e foi por isso que chegaste, achando, logo no início, que eu subia mais alto do que deveria, mesmo que estivesse no lugar certo, achando que precisava de me saber misturar, de aceitar a pequenez dos outros, de não me fechar num mundo onde só caberia o que consigo, e que até é muito. 

Como tudo será sempre um percurso, estou a baixar-me mais vezes, sem me curvar, apenas na posição que fará com que o meu olhar toque os outros, para que pare de ver de forma distorcida, quem não consegue a minha clareza e rapidez de raciocínio.

Não duvidem que por vezes se torna difícil, que cansa parecer que se sabe tudo, cansa antecipar o que eventualmente chegará, sem ter forma de desfazer o que se fez. Será sempre difícil aceitar que eras tu, e que já tinha aceite a tua missão, aqui, comigo, mas perdendo-te tão rápidamente quanto te vi e percebi. Julguei que nunca iria deixar de me magoar, pela minha, aparente, incapacidade de te manter, porque a verdade é que não poderias ficar, já o sei agora, mas continua a ajudar muito pouco, continua a ser mais difícil do que não te ter reconhecido.

Eu digo sempre que quando entendo, aceito, e acabo a retornar aos lugares onde guardo as reservas de sanidade, de perseverança, de frieza e de toda a tranquilidade que necessito para apenas seguir em frente, para nunca deixar que me tentem parar, mas aceitar aligeira muito pouco, apenas me coloca de novo nos trilhos, o resto, todo o resto, caber-me-á a mim, uma vez mais, a restaurar.

Já sei o que faço aqui e já sei que tu e eu não ficaremos, já o sei, mas dói na mesma...


1.4.15

Mais música...

abril 01, 2015 0 Comments


Depois de ouvir o Rod Stewart a cantar "Have I told you lately that I love you?", fiquei a pensar em quantas pessoas conseguirão, a cada dia, dizer a alguém que a amam, e se serão as que bastam! 

Ter quem nos ame tanto que nos arranque a tristeza e nos encha o coração de felicidade. Ter a quem possamos dizer o que sentimos sem medo de interpretações e de juízos errados. Alguém a quem a nossa metade precise de manter reconfortada e que tudo o que possamos fazer ou dizer sirva para que tudo o resto se encaixe no lugar certo, amando de forma desmedida, sem recuar perante o que nos sai sem controle e de tão dentro que fará efeito imediato. Não é o que sonhamos todos? O que nos impede então?

Porque será que dizer amo-te parece vir com mais responsabilidade do que a conseguimos garantir? Porque teremos que pensar e repensar o que a razão não explica, apenas o coração e a nossa essência sente e deseja? O que nos impede de sermos apenas nós e felizes?

Não consigo deixar de me sentir triste, por todas as almas que apenas se deixam vaguear por este mundo e que se recusam a sentir tudo com a intensidade que nos é devida sem explicações. Por isso vou oferecer-vos uma pequena história que partilhou a nossa amiga de Luz, a Vânia, uma mulher deste e de outros mundos, sobre a felicidade e que reza assim:

Há uma lenda interessante sobre os deuses. Com medo do homem se tornar perfeito e não precisar mais deles, os deuses reuniram-se para decidir o que fazer. O mais sábio dos deuses disse: “Vamos dar-lhes tudo, menos o segredo da felicidade”. “Mas se os humanos são tão inteligentes, vão acabar por descobrir esse segredo também!”, disseram os outros deuses. “Não”, respondeu o mais sábio – “vamos esconder a felicidade num lugar onde eles nunca vão achar – dentro deles mesmos”.

Afinal parece que todos, mas todos mesmo, temos o que precisamos, dentro de nós, basta que paremos de questionar o que não tem forma de o ser e que apenas nos deixemos fluir, sentir e amar quem nos ama de volta, é tão simples que até se torna ridículo, mas quanto mais o penso, mas sinto que é totalmente verdadeiro, e por isso escolhi encontrar a minha felicidade para a partilhar com quem saiba mesmo o que significa!