Tenho saudadesdo que tivemos antes, que era tão simples, natural e despretensioso. Não éramos os únicos, havia uma multidão à volta, mas sei que te via e na minha meninice conseguia sonhar-te!
Saudades tuas e do que representavas no meu passado. Das gargalhadas, nossas e dos outros que ouvíamos e vivíamos. Saudades tuas, da tua forma meia arrogante e segura de resolver tudo e de comandar. Saudades de te olhar à distância, sabendo que não te podia tocar, nem ser tocada, mas querendo-o e muito.
Não sei como vieste, de onde, para ser e fazer o quê, mas trouxeste o melhor que já tive e isso já é meu. Não sei até onde iremos os dois, talvez a lugar nenhum, não como os lugares são vistos e reconhecidos. Não sei no que te tonaste, tal como não o saberás, mas estamos a descobrir. Não sei ao que sabes, de que forma tocas e se ao tocar-te te reconhecerei, mas vou saber.
As saudades também são boas e carregam as memórias que deveríamos manter, lembrando-nos do que arriscámos esquecer. As saudades trazem-nos de volta quem afinal nunca partiu verdadeiramente. As saudades são o alimento dos que recusam deixar a vida partir.
Saudades tuas tenho, claro e pelos vistos ainda para ficarem, mas eu aguento, porque sou das duras, das determinadas e porque sei que um dia já não serás apenas saudades. Um dia estarás a lembrar-me porque tive saudades de ti.
Quero encontrar alguémque seja apenas meue a quem possa confiar o meu orgão mais importante, aquele que não posso doar sem deixar de ser eu mesma.Quero encontrar alguémque me queira da mesma forma e que esteja onde eu estiver. Queroalguém que se apaixone por mim, pelo que sou,toda eu, cada pedaço de corpo e mente. Alguém que aprenda a amar-me pelo o que lhe consigo fazer sentir, dando-me de volta na mesma proporção. Queropoder confiar, ter o coração tranquilo, sossegado, por não me saber dividida, partilhando o que apenas deverá ser meu. Queroacordar e saber que do outro lado de mim está quem me escolheu e não desiste de me ver e sentir feliz, porque a minha felicidade terá retorno, e espalhar-se-à tão veloz quanto me saibatocar.Queroo melhor deste mundo e de todos os outros, sabendo que alguém se apaixonou por mim e que precisa de precisar de mim.
Sozinha, sem metades, tem sido a minha escolha, porque não é fácil conseguir entregas inteiras. Sozinha porque não esperei por quem não tinha nada para me dar. Sozinha até que encontre alguém, a "ti", porque depois de chegares e de saberes que sabes do que sou feita, terás tudo o que sou. Sozinha até que amar-te seja o que faço melhor. Sozinha só para perceber se és tu.
Quero encontrar quem me permita deixar sair cada palavra, fazendo o que faço melhor, dando este mundo que tenho dentro. Quero e preciso de te encontrar, porque não quero apenas o que já sou, quero mais, quero tudo. Quero que me vejas e te apaixones, irremediavelmente. Quero encontrar alguém, mas que seja mesmo quem importa, quem me faça sentir, no mesmo minuto, que acertei, que cheguei a casa e que já não preciso de mais nada, nem ninguém!
Qual será a lua que trás o amor? Será que é a lua cheia, ou será que todas as luas trazem, eventualmente alguém? Se eu souber, com toda a certeza, prometo para mim mesma que nesse dia nem de casa saio. Escondo-me debaixo da cama e tento respirar bem de mansinho, para que ninguém se lembre de se lembrar de mim.
- Boa miúda, sabes quantos dias dura uma lua?
- Ok, não me posso esconder assim tanto, então o que me resta e que armadura poderei usar?
Sei que agora te ris de mim, porque já me prendeste e nem te importaste com que lua o céu se enfeitava. Sei tambémque sem qualquer dúvida soubeste que era eu, mal te sorri. Sei que o que decidiste chamar-me também já o foi por outro, mas disseste-o da forma mais tranquila que te conheço.
Dizem, até nas letras de algumas canções, que a lua que trás o amor é a lua cheia. Pronto, que seja, mas que cheia possa também ser a vida que acabámos a escolher, amando-nos em todas as luas e na luz que sempre irradiam dos que têm certezas. Dizem, os que já provaram e aprovaram, que é na lua cheia que o amor vem e se mantém. Dizem que as saudades jamais entrarão no peito dos que se viram na lua cheia, porque nunca se afastarão mais do que uma lua.
Se eu tiver que morrer de amor, espero que seja na mesma lua em que voltei a viver porque chegaste com ela!
200,000 visualizações de página! Não estive focada neste número, não no meu início, não quando, em 2012, me lancei neste desafio que agora me consome, muitas horas do dia, mas que me proporciona uma satisfação imediata.
Tantas pessoas que já conheci através deste meu cantinho de palavras, umas mais anónimas do que outras. Tenho seguidores fiéis, companheiros de percurso que me vão deixando a forma como o meu formato lhes chega.
Deixei-me ficar pelos temas que envolvem o amor, porque considero, e ao contrário do que seria expectável, que andamos todos com "fome" de amor, andamos, todos, por aqui, a querer quem não nos quer, e a desesperar de cada vez que não chegamos da forma que imaginávamos. O amor é umtema infindável, por todo o sofrimento e felicidade que envolve. O amor tem feito de mim uma mulher mais disponível, aos outros, mais tolerante quanto à sua incapacidade de mostrarem amor, e muito feliz com todos quantos conseguem, amar, como eu amo.
Quando comecei pouco sabia sobre o meu estilo, limitava-me a debitar emoções e sentimentos, achando, até, que não iria chegar a ninguém. Quando comecei, no entanto, soube, sempre, que teria que ser diferente, e que mesmo tendo enveredado por um tema, aparentemente, comum, poderia fazê-lo à minha maneira, com palavras que todos acabassem a identificar como minhas. Quando comecei tinha poucos objectivos, mas eles foram-se materializando, como sempre faço de cada vez que me envolvo, sobretudo comigo.
200,000 visualizações dão-me de volta muitas memórias, e cimentam o meu percurso, passo a passo, com uma determinação que sei ter, porque o que faço envolve um dos meus maiores talentos, as palavras. Não fosse eu Gémeos de signo!
A caminho dos 4 anos de blog, consigo ter apenas registos positivos. O que se torna óbvio, porque o que se faz com amor, nunca poderá ter uma avaliação diferente. Foi com o blog que todo o meu restante percurso na escrita se materializou, e passei a expor-me, como nunca julguei ser capaz. Foicom o blog que percebi que poderia escrever, da minha maneira, para meu gozo pessoal, mas servindo um fim maior, e será com ele que chegarei a outros "lugares" na minha vida, disso não tenho qualquer dúvida.
Obrigada a todos quantos viajam, diáriamente, comigo, espero continuar a ter-vos nos próximos 200,000!
A vida oferece-nos lições valiosas e uma delas é que ninguém se vai levantar de manhã, mesmo que cedo, para mexer um dedo que seja por nós e para nos fazer chegar o que esperamos!
Quando quero alguma coisa por mais cansativo e trabalhoso que possa ser, faço-o eu, porque sei do que sou capaz e porque nunca pretendo deixar-me mal. A mim e apenas a mim, caberão as recriminações se falhar, mas certamente que terei mais possibilidades de êxito se tomar a responsabilidade nas mãos. É um facto que por norma corre tudo sempre melhor quando somos nós a fazer, mas a realidade é que se torna solitário, e é até um pouco triste, não sentir empenho da parte dos outros, mesmo que os louros possam ser partilhados. Quantas vezes não abraço projectos que até poderiam ser a 4 mãos, mas depois acabo a desistir, porque nunca existe o mesmo entusiasmo ou paixão?
Sempre ouvi dizer, repetidamente, ao longo da minha vida, que a querer que seja bem feito, deveria ser eu a fazê-lo, mas e o tal do sentimento de colectivo, de partilha e de colaboração? Pois, nem sempre funciona, ou quando muito, poderemos delegar algumas actividades, supervisionando o resultado. Esta é, claro, a minha experiência em tudo o que faço e já fiz, porque até hoje, e ainda continuo à espera, confiante, nunca me cruzei com quem amasse, TANTO o que consegue produzir, que tenha um prazer, imediato de cada coisa, por mais pequena e quase invisível.
Sou uma solitária, mas também sei trabalhar em equipa, o que não consigo, recuso, e recusar-me-ei sempre a fazer, é a engolir sem mastigar, é a provar sem saborear, por que isso e no trabalho mais do que em tudo o resto, impedir-me-ia de levantar de manhã.
Sou perfeccionista, não das que exageram, mas das que sabem que o que for bem feito, não precisará de ser repetido!
Jogos, infantilidades, pessoas que nunca irão crescer. Gente a quem nunca arrancaremos verdades. Personagens que jamais serão capazes de reconhecer que valem menos do que nada!
Há quem goste de jogar, de brincar às relações e às casinhas, talvez porque precisem de esconder a sua infelicidade diária, bem como o medo que as ensombra de nunca mais reencontrarem quem valha a pena. Há quem goste de quem lhes dê luta e lhes mostre um universo novo e desconhecido, com pessoas reais, com carácter, com sentimentos cheios de boa vontade, tal como será a boa vontade de que se vão munindo para as aceitar. Há quem jamais use os lábios para deixar sair verdades, porque a mentira é o que conhecem e porque o pouco que têm jamais bastaria se não inventassem.
A vida nunca será apenas bonita e de cores suaves, também vamos ter os injustos, os impuros, os que até vão à igreja e a procissões, mas que depois de virados ao contrário não usam de nada do que apregoam e se dispõem a ouvir. Eu chamo-lhes ratos, são matreiros, sabem como encontrar os caminhos certos e são os primeiros a abandonar o "barco" quando são descobertos.
Há quem viva para jogar, mostrando as infantilidades de que são feitos e das quais jamais se libertarão, com esses não percas tempo, deixa-os nas árvores, eventualmente alguém será capaz de os colher, ou de maduros, ou de podres, depende da utilidade que lhes queiram dar.
Felizmente que me cruzei com poucos, e que não me disponibilizo a ter um papel parental, até porque já sou mãe dos que me bastam. Mas de quando em quando conheço uns quantos, e até agradeço, porque são eles que me recordam do quanto é importante lidar com gente crescida, gente que sabe o que quer e que vai à luta pelos motivos certos, não apenas para ter, mas para ser melhor, mais completo e mais válido.
O amor e a falta dele, transforma-nos para melhor e para pior. Somos o reflexo de tudo o que construímos e do muito que nos faltar, para entendermos que apenas teremos o que formos capazes de doar.