28.6.16

De cada vez que temos que dizer adeus...

junho 28, 2016 0 Comments
Forest maiden, medieval, fantasy:



De cada vez que temos de dizer adeus, parte de mim fica em pedaços e todo o amor que te tenho, se reduz quase a pó, com o medo que tenho de ter este medo de te perder. De cada vez que dizemos adeus, mesmo que não usemos as palavras, sei que morro um pouco e mesmo que não o entenda e que me esforce para parecer forte, segura e tranquila, metade de mim consegue muito pouco para me segurar. De cada vez que me questiono sobre ti, se serás tu e se estaremos prontos um para o outro, a resposta é sempre a mesma, porque de cada vez que arrisco perder-te, sei que perder-te me mataria, mesmo.

Quantas vezes nos podemos assegurar de estar no lugar certo, com a única pessoa que fará de nós a pessoa certa? Quantas vezes é que, estando longe, apenas queríamos estar tão perto que sentíssemos outra vez aquele cheiro familiar, o doce que só passa a boca que se encaixa na nossa? Quantas vezes conseguimos olhar para o mesmo céu e contar as estrelas começando pelo mesmo lado? Quantas vezes adormecemos e acordamos a saber que do nosso lado só poderá estar quem não estando, mudaria até o formato dos sonhos? Quantas vezes podemos dizer que amamos alguém, sentindo que amar é o que fazemos realmente bem?

De cada vez que nos temos, sei que temos o que nos foi prometido, e que somos um para o outro, o que cada um precisa para continuar por aqui, para ser feliz e para viver sem apenas sobreviver. É assim que quero continuar, a ser eu e a ver-te seres tu!

27.6.16

O que é que te assusta?

junho 27, 2016 0 Comments



O que te impede de continuar, e porque esperas, sempre, pelo pior mesmo quando os sorrisos são mais abertos e naturais? O que te assusta na pessoa que acabou a aceitar-te, como és e como te sentes? Porque fala mais alto o teu lado negro, aquele que receia ser usado, mesmo quando o toque que recebe é o que muda tudo o que vês?



O que te assusta é o que já pareces ter vivido e que afinal conheces tão bem. O que te assusta é ter que desistir e recomeçar. O que te assusta é o cheiro que se te impregna a pele e que não é o teu. O que te assusta é saberes que tinhas razão quando o primeiro olhar fugiu do teu e te deixou no vazio que já conhecias. O que te assusta é não pertenceres a ninguém, mesmo que saibas a quem terás que pertencer.


Estou cansada de atravessar mares revoltos e de ser a única a remar na direcção certa. Estou cansada de querer por dois e de esperar pelo que nunca chegará, porque quem chegou ainda não me reconheceu. Estou cansada de estar cansada e quero parar de ter medo, porque mesmo que me assuste terminar sozinha, não quero, mesmo, terminar do lado errado.

O que é que te assusta?

"Não conseguir sossegar o coração que até já entreguei"!

26.6.16

Presa!

junho 26, 2016 0 Comments


Presa no que penso de mim e no que espero dos outros. Presa pelas palavras que uso de forma incansável, por entender que apenas por elas e com elas saberei o que querer e de que forma me querem. Presa a uma alma eternamente jovem, a que acredita, porque o sente, que pode tudo enquanto arriscar querer. Presa ao que construí, com muito cuidado, construindo-me para quem me souber ter e manter.


Por vezes sangro por dentro sem o poder evitar, porque exijo demasiado de mim. Nunca aceito as impossibilidades até que se torne impossível continuar em frente. Já aprendi, há algum tempo, que quero apenas arrepender-me do que tiver tentado, fazendo o que sentia ser o mais certo e não me impedindo de pelo menos me sentir. Estar presa a convenções, ao que os outros consideram ser certo, matando da forma mais dolorosa e devagarinho cada desejo e sentimento, já não é para alguém como eu. Já sou mais, porque quero e tenho mais de mim mesma. Estar presa numa prisão emocional, vendo o tempo fugir-me das mãos, nunca mais será uma opção. Sei o que preciso de saber para estar como terei que estar, sendo o que apenas eu consigo.

Presa a ti até que posso estar, mas apenas e enquanto te sentir preso a mim. Presa a ti, mas nunca em demasia e nunca de forma a nos afogarmos ambos. Presa a ti enquanto o amor que me passas for na mesma onda do que te devolvo. Presa sem grilhetas, apenas com os desejos que posso fazer crescer, mas apenas se os puderes aguentar. Presa, até que me forces a libertar-me e aí seguirei como cheguei, apenas eu e levando apenas o que não te fizer falta.

Sou eu que me mudo...

junho 26, 2016 0 Comments
Red Butterfly 2:


Sou eu que mudo o que sinto e como, porque a forma como me tocam e me fazem sentir, mais ou menos importante, leva-me a querer continuar, ou a parar-me, sobretudo se me doer!


Sou eu que mudo como entender ser melhor, para que possa continuar a ser mais do que fui no dia anterior. Começo e recomeço quantas vezes precisar, mudando a forma como vivo, se o que estiver a viver não me servir. Sei o que consigo sentir de cada vez que me fazem sentir vazia e sempre que a minha sensação de impotência for mais forte do que tudo o resto. Sou eu que me mudo quando percebo que me desviei e que o meu foco passou a ser outro, sem me servir.


Eu, melhor do que ninguém sei até onde posso e devo ir se não estiverem a ir comigo. Eu, mais do que qualquer outro, entendo do que falo, até quando não falo nada. Sei, sem ter que me perguntar, quantas respostas faltam ainda responder. Percebo se escolhi o caminho certo, ou apenas o mais fácil. Aceito o que me chegar se tiver forma de ficar, mas recuso o que não for meu, se me mostrarem que afinal o que tive era nada.


Sou a que terei que me mudar quando perceber que afinal nunca estive nem fui a que bastava!

25.6.16

Seres assim como és!

junho 25, 2016 0 Comments
Gal Gadot:

Aprendi a gostar de ti como és, a mulher que me foi confiada. És linda até quando acordas, desgrenhada, com os cabelos nos quais gosto de mexer, a taparem os olhos que apenas deixam de olhar para mim enquanto dormes. És a que reconheço até nos dias sombrios, porque me recebes com um sorriso confiante, aquele que me recorda porque estamos juntos. És a mulher que preciso de ter ao meu lado e nunca deixo de te dizer o que de outra forma me consumiria. És quem me abraça de forma confiante e confia no que decido, porque sabes que o farei sempre por nós. És a que me repreende sem palavras, mas com um ar tão doce que me desmancho de desejo e admiração.

Estar contigo, descobrir cada pedaço de corpo que me pertence, tem feito de mim o homem que vais querer manter por perto. Perceber que não tenho o que temer porque cumpres o que prometes, lava-me a alma e arranja-me ainda mais espaço para te incluir. Ouvir a tua voz suave, até quando te zangas, mas sempre do que não fiz por mim, derrete-me e força-me a ser mais e melhor por ti. Seres assim como és, parece ser tão simples e natural para ti, que só posso acreditar que me estavas destinada. Seres assim deixa-me a parecer um tonto apaixonado, mas até que gosto. Seres assim, como és...

- Ana então por onde andavas miúda, estás bem?
- Olá, sim, acho que estava a sonhar.
- E com o que sonhavas tu para sorrires dessa maneira?
- Com o homem que me serviria inteira, aquele que seria capaz, em todos os momentos, de me     dizer o que preciso de ouvir.
- Quem sabe ainda não o encontras!
- Sim, quem sabe...

Lembrar o primeiro dia...

junho 25, 2016 0 Comments
Natalie Portman and a Rolleiflex:


Tudo o que nos deixa a pairar com desejo de mais e com a necessidade de um toque que só terá que chegar, é bom. Lembro-me, a cada dia, do primeiro dia, aquele em que parte do resto passou a encaixar-se naturalmente e tudo o que sobrou nunca mais fez falta. Lembro-me, porque não terei forma de esquecer, o primeiro dia em que voltei a ouvir a voz que não ficou lá atrás, mas que até já conhecia. Lembro-me, porque esquecer seria esquecer-me do que nos demos quando mais nada parecia conseguir chegar, ou sequer bastar. Lembro-me, tal como o fazes tu, de todas as palavras que usámos para nos unirmos ainda mais.

Não foi sempre tudo bom, mas a intensidade e o desejo que crescia até quase nos rebentar por dentro, nunca cessou de crescer. Tivemos momentos em que nos magoámos, mas o que nos unia era bem maior do que parecia querer separar-nos. Fomos quase sempre dois, a importarmo-nos com o que importava ao outro. Chegámos até onde esperávamos, abraçando-nos, primeiro com receios infundados e depois com as certezas que apenas conseguem ter os que amam.

Vou lembrar-me sempre, mesmo do que já vivemos, esperando que para a frente exista bem mais, mais forte e mais capaz de nos deixar onde até já estamos juntos. Lembrar-me do primeiro dia é o que vou continuar a fazer, mesmo que o destino nos queira forçar a esquecer. Vou lembrar-me porque passaste a ser quem tem o que já arrisquei perder.

Vou lembrar-me e esperar que te lembres também...