7.7.16

Pequenos nadas!

julho 07, 2016 0 Comments
SirRob — sleepinsidemysoul:   and then without knowing what...:
Feelme/Pequenos nadas!


Eu também leio outros blogs, faço-o porque gosto de saber o que se vai partilhando, e porque por vezes acabo, mesmo, surpreendida. No "Dias de uma Princesa", vi uma declaração lindíssima acerca do amor da vida da Catarina Beato. Terceira relação, terceiro filho, um de cada um dos seus grandes amores. Que enorme coração tem. Mas a verdade é que nós somos capazes de acolher vários amores, uns ficarão, outros nem por isso, mas o que precisamos é que deixem mais do que levam.

O amor surgiu-lhe, fulminante, e tem-se provado o que esperavam ambos, sobretudo para ela, porque todas as histórias terão, sempre, dois lados, e eu pude apenas ler o dela. Quando conseguimos amar mesmo alguém, deixamos de lado, os pequenos nadas, que incomodavam antes. Quando sentimos o que sente o outro, e o deixamos misturar-se em nós, nada é demasiado grave, ou sequer desagradável o bastante para que não o possamos suportar. Quando amamos alguém, queremos que ela sinta que está no lugar que a acolherá, não importa o quê.

Desvalorizar o que não importa, mesmo que já tenha importado muito com outros. Largar os preconceitos e apenas usufruir do que nos chegar, porque amanhã poderemos já nem estar por aqui. Aceitar impossibilidades e relativizar comportamentos, desde que eles não colidam com a nossa felicidade, e que efêmera ela pode ser.

Qual será a fórmula? Certamente que não a mesma para todos, mas podemos começar por julgar menos, o outro, esperando mais, de nós!

Não temos tempo!

julho 07, 2016 0 Comments
Feelme/Não temos tempo!


Não nos olhamos. Falamos a correr. Despachamos a pressa com que começamos os dias, e despachamo-nos a dormir para acordarmos rapidamente. Que cansaço!

Não temos tempo até para as decisões prementes, aquelas em que deveríamos discutir, aprofundadamente, os assuntos que urgem resolver. Não temos tempo para nós, para sabermos do que desejamos, mesmo, e por isso acabamos a não falar sobre isso, ou falamos fora do tempo, conseguindo o efeito contrário.

Tantos, cada vez mais pessoas a queixarem-se da falta de tempo, para tudo. Para amar. Para sentir o outro, e para saborear o sabor que lhes passa. Para não fazer nada e apenas usufruir. Para responder, atempadamente. Para negar na hora certa, ou aceitar na hora menos imprópria. E poderia continuar com inúmeros exemplos.

Não temos tempo, claro que nos desculpamos com ele, para nos lembrarmos de quem não se esquece de nós, e para recordar, aos outros, a importância que têm na nossa vida. Com tanta falta de tempo, muitos perderão a possibilidade de recuperar relações. De se explicarem. De serem perdoados, ou até de perdoarem.

Não sei muito bem o que ponderam fazer com o tempo que vos restará, sim porque irão ter muito, acreditem, sobretudo quando estiverem sós!

6.7.16

Quantas dúvidas?

julho 06, 2016 0 Comments
Feelme/Quantas dúvidas? Etiquetas: Crónicas de mulheres reais
Imagem retirada da internet

Eu digo, vezes sem conta, que errei na profissão, e que ao invés do ensino do inglês, entre todas as outras coisas que faço, deveria ter seguido psicologia. Não há um único dia, não desde há 6 anos a esta parte, que não tenha um telefonema, uma conversa no chat do face, ou um encontro com alguém que parece estar a necessitar, urgentemente, de respostas. Não me perguntem porque acham que as tenho, ou porque sentem que a minha maturidade me confere credibilidade, mas o facto é que pareço ter, sempre, algo a dizer que falta aos outros.

Falo basicamente com mulheres, porque não tenho vida social, por escolha e por imposição de horários. Experimentem lá tratar de 3 filhos rapazes, ensinar inglês, preparando candidatos para os exames externos de Cambridge, cuidar, inteiramente, de uma casa e ainda escrever. Eu escrevo no blog, e depois procedo às respectivas partilhas, para twitters, pinterests e tudo mais que exista de redes sociais. Uma trabalheira! Escrevo para revistas e ainda escrevo romances. Entre tudo isto também arranjo tempo para permitir que cuidem de mim, leio, corro, e nesta altura em que os filhotes estão de férias, enfrasco-me de filmes, por sorte esses não viciam nem provocam ressacas.

Já tenho mentalmente armazenadas milhares de histórias, de problemas que na maioria das vezes nem sequer o são, e por isso decidi ir partilhando, num separador que chamo de coluna, o que me foi chegando. Obviamente que o farei protegendo as pessoas envolvidas, mas na esperança que algumas das suas vozes se assemelhem às vossas, deixando assim menos respostas por responder e por consequência menos dúvidas.

Não saber o que fazermos de nós, e com o que nos chega sem aviso, ou depois de tantos avisos ignorados, não deverá ser motivo de mau estar. Partilhar, pedir ajuda, falar e ser realmente ouvida, mas aprendendo a ouvir, certamente que trará algum conforto. Eu acredito que sim, de contrário não continuaria a fazer de consultora sentimental, laboral, comportamental e de muitos outros "tal" que existem.

Vamos ver quantas dúvidas restarão depois disto!

Mantém-te, segura-te!

julho 06, 2016 0 Comments


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Mantém-te fiel a ti mesma e segura-te de cada vez que sentires o desejo de mudar a assolar-te, de forma descontrolada. Se te mantiveres fiel ao que descobriste sobre ti, após longas incursões ao teu interior, aos estados de alma que por vezes não entendias e que pareciam estranhos aos outros, poderás segurar o que passaste a desejar, num desejo que não chega quando se quer, mas quando já muito se pediu.


Dizeres o mesmo, mas permitindo-te de mudar de opinião quando o que dizes já não fizer sentido. Dizeres jurando, quase, a pés juntos, que tens razão e que a pessoa que mais ninguém vê, foi vista por ti da forma certa. Dizeres aos outros o que pretendes fazer, depois de já o teres dito a ti mesma vezes sem conta, assegurando-te de que pode mesmo resultar, nunca será fácil, mas se te mantiveres e se te segurares do que até a ti poderá vir com dúvidas, vai funcionar.

Existem mortes que não nos deixam morrer mesmo, não para quem nos olha, apenas para os que nos sabem ver, mas que nos matam devagarinho, roendo e corroendo sonhos que tanto tentámos afastar. Existem mortes graves, as que matam a esperança e as que nos deixam sem forças para recomeçar. Mas também existem as mortes momentâneas, as que apenas chegam quando nós mesmos não deixávamos morrer o que nos impedia de continuar. Existem mortes que não nos matarão, apenas a alguns pedaços de nós, os que já não poderíamos juntar para continuar.

Mantém-te e segura-te quando achares que não estás a conseguir, porque tudo o que é cíclico vai e vem, faz e desfaz, morre, mas volta a nascer!

O que é que ainda me ensombra?

julho 06, 2016 0 Comments
Symbolic War Paint Editorials : Artistic Cosmetics:


Os sinais ensombram-me, os que vi e foram acompanhados de palavras de aviso. O que me ensombra agora é tudo o que já não poderei mudar, quando mudar-me teria sido tão fácil. O que me vai certamente ensombrar daqui para a frente, será o que escolhi fazer quando não me cabia  apenas a mim.

Fechar os olhos e perceber que não vou poder limpar tudo o que deixei sujar, já não me magoa, porque aprendi a perdoar-me, mas ainda vai continuar a castigar-me. Algumas das horas dos meus dias, já não muitas, ainda são dedicadas a sentir pena de mim, mas apenas o faço como se duma terapia se tratasse, para que possa eventualmente parar de me olhar de fora para dentro. Acordar de forma tranquila, a perceber que apenas controlo o meu lado da vida, e que mesmo esse também vai escapando ao que achava estar garantido. Acordar sem dores emocionais, com o corpo que me carrega, pronto e capaz de me levar até onde sei que ainda chegarei, permite-me sorrir e até rir do que me assustou lá atrás. Acordar hoje, já não é igual ao acordar de ontem, aquele em que mesmo com sol aberto apenas consegui ver as nuvens que se avolumavam.

Carrego as minhas baterias no que escrevo, porque percebi que não o faço apenas para mim, nem sequer por mim. Carrego as baterias porque passo para os que não conseguem pôr por palavras as emoções que terão que ler para que percebam o que estão a sentir.

Ainda tenho coisas que me ensombram, afinal também sou humana, mas já ultrapassei a barreira da auto-comiseração e sentir pena de mim nunca me irá ensombrar demasiado, porque sei o que sou e o que valho. Já deixei de precisar que me fosse dito, afinal de contas se eu não me conhecer...