14.7.16

Poder sentir!

julho 14, 2016 0 Comments
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Qual o verdadeiro sentimento que nos chega do poder sentir? Sentir que é contigo e por ti que acordo. Sentir que tenho um propósito maior, e que posso, verdadeiramente, tentar encaixar-te em mim, passa-me uma tranquilidade tão normal, que pareço ter estado sempre assim.

Tu tinhas que ter chegado. A tua vida precisava de se cruzar com a minha. Os nossos planos, passam, agora, por nos planearmos juntos e que bem nos sabe. Poder sentir que o que fazemos os dois é real e caminha na mesma direcção. Poder sentir que entendemos os desejos de quem nos inclui, com todos os medos que acarretam as relações novas, até mesmo as que estavam destinadas. Poder sentir que se erra cada vez menos, e que se deseja acertar cada vez mais. Poder sentir o que sente o outro, de cada vez que trocamos as palavras que nos assentam e tranquilizam.

Esta montanha russa que sobe e que desce, invariavelmente, tem que ser encarada como a superação, como o teste, porque nele só passa quem arrisca a viagem. Eu já sei o que sinto, e como o posso fazer de forma a que intas comigo, sabendo do que já sei, e lendo, sem erros, o que escrevo para nós. Eu também já sei o que sentes e o que precisas de ter para que me tenhas, não agora, não por momentos, mas para o resto do tempo que o nosso tempo tiver.

Poder sentir assim é um privilégio!

13.7.16

Tempos que passam!

julho 13, 2016 0 Comments


A Andreia está há demasiados anos sem companheiro, por escolha, por medo, por incapacidade de voltar a entender o sexo oposto, ou até por preguiça mental e física. Não sei o que importa realmente, se a razão se a acção, mas a certeza que me ficou do que tem, é que não tem nada. Esbarrou, literalmente, em alguém. Encontrou quem nunca se atreveu a procurar, porque se escudou num desinteresse que nem ela acreditava existir, mas que a deixou na prateleira tempo demais. Agora tudo o que lhe chega parece demasiado. Agora até as carícias e os beijos lhe parecem finitos e nunca sossega a alma que atribulou, ela mesma. Agora e por ora, recusa o amor físico que acredita ser demasiado intenso para quem ainda não sabe como voltar a sentir. Agora quer, desesperadamente, acreditar que pode voltar a ser amada, mas ela mesma não sabe como o fazer.

A Andreia dorme e acorda inquieta. Fala, descontrolada e desesperadamente do que o Artur poderá representar na vida que apenas deixou correr, sem muitas ambições, deambulando sem se reconhecer. A Andreia tem medo que os tempos que passam, tenham passado para ela, irremediavelmente. Talvez tenha deixado de acreditar, ou talvez tema acreditar demasiado e voltar a sofrer.

Quando os tempos passam demasiado rápidos e implacáveis, temos que os saber recuperar, mesmo que apenas alguns dos minutos das muitas horas em que nos deixámos sobreviver.

Será que oiço?

julho 13, 2016 0 Comments



A multidão fala, as palavras correm velozes, de boca em boca, dizendo o que é suposto, ou não dizendo nada, e será que as oiço?

Por vezes dou comigo a seguir os lábios e a imaginar sons que me caberiam, se coubessem no que espero e desejo para mim. Por vezes dou comigo a querer que não digam nada, que apenas façam silêncios solidários, e que percebam que para chegarem a mim, ao que entendo por válido e valioso, terão que saber MESMO dizer alguma coisa. Por vezes nada me consegue importar, porque nada do que digam soa a novo, a diferente ou a melhor.

Nem sempre é fácil estar assim envolta em palavras, ouvindo o que já sei e tendo repetições que me cansam e impedem até de respirar. Nem sempre o meu aparente dom consegue facilitar-me a existência, porque me tornei demasiado exigente e porque nunca desperdiço os sons. Nem sempre entendo algumas das palavras que usam, até mesmo eu, mas talvez seja porque não as usem nos momentos certos.

Será que oiço o que me faz falta de quem preciso? Não, de todo!

12.7.16

E quando se consegue?

julho 12, 2016 0 Comments
Stunning shot..:
Feelme/E quando se consegue?Tema:Pensamentos!
Imagem retirada da internet

Haverá sempre quem consiga. Acertar nos amores. Escolher onde e como recomeçar. Regressar ao mundo real, quando o outro, aquele que ameaçou ruir quando as decisões se tornaram inevitáveis. Viver, esta vida, porque a realidade é que poderá não existir outra.

E quando se consegue encaixar alguém por quem se esperou, sem os medos do passado? E quando se consegue aceitar que também temos direito a segundas e terceiras chances? E quando se consegue perceber que é necessário parar de lutar, contra nós?

Algumas pessoas sofrem de um optimismo que contagia, contagiando todos à sua volta. Algumas pessoas querem TUDO e acabam a consegui-lo, porque sabem o preço da vitória, e o sabor que lhes fica nas bocas que outros irão beijar, sedentos. Algumas pessoas nunca se entregam e voltam ao início, quantas vezes acharem necessário, para que possam ter o que lhes pertence.

E quando se consegue querer, da forma certa, quem se tornou tão certo que parece ter estado, connosco, sempre?

11.7.16

Sim, completamente!

julho 11, 2016 0 Comments
beauty in every land:



Estou, há já muito tempo, na fase do completamente! Quero e exijo estar completamente apaixonada, mas de uma paixão que se transforme, completamente, em amor. Quero sentir-me completamente pronta para novos desafios, para as manhãs novas que o amor novo provoca. Desejo, a cada dia, continuar completamente determinada em apenas fazer o que faço bem.

Sei, porque aprendi, ensinando-me a mim mesma, que nada deve ser tomado pela metade. Percebi, enquanto tentava em vão amar quem não se deixa amar, que deveria ser tudo o tempo todo, porque de outra forma acabaria mais vazia, menos crente e a cada dia menos entregue ao que me completa.

Ninguém deveria contentar-se com menos do que merece, mesmo que merecer seja eventualmente uópico, ou numa medida que poucos entendem. Mas merecer será certamente ter o que nos deixa completamente satisfeitos, grande parte do nosso tempo útil.

O tudo ou nada também não é razoável, temos que saber encaixar o que nos chega, quando chegar, deixando ir o que não puder ficar. O tudo ou nada consome-nos demasiado e desgasta o que juntámos de nós para os outros.

Estar completamente pronta, sobretudo para ti, tem posto em perspectiva o que na realidade até já tinha pensado. Há coisas que só se explicam assim, sentindo-as completamente!

9.7.16

Escrever sem filtros!

julho 09, 2016 0 Comments
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Escrever sem filtros parece mais fácil do que é na realidade!

Escrever sem filtros, sobretudo para as mulheres, acaba a ser sempre um enorme risco e não é à toa que algumas se escondem sob pseudónimos e falsas identidades. Não o faço, esconder-me bem entendido, mas confesso que me refreio às vezes. Já foi pior, já pensei muito antes de deixar fluir as palavras que me assolam como raios, mas agora, nesta altura da minha vida, estou-me a lixar se gostam, ou se não gostam e se acham mais ou menos próprio de uma "senhora". Mas vou TENTAR explicar para os que andam menos atentos:

Quem acredita saber escrever, passando as emoções e os sentimentos que os outros têm dificuldade em expressar, não pode nem deve autocastrar-se. Um escritor pensa e sente cada palavra, porque necessita de as usar para se sentir vivo. Não podemos dizer a um chefe de cozinha que existem especiarias proibidas e que apenas poderá usar as menos "sensíveis" ao palato de alguns. Quem cria inventa, faz acontecer e absorve tudo em primeiro lugar. Se nos soa bem e se nos deixa bem, certamente que chegará melhor aos outros.

Esta sociedade foi e continua a ser claramente machista, toda ela, homens e mulheres e por consequência tende a catalogar comportamentos, atribuindo tarefas a uns e a outros. Mas cabe-nos, a cada um de nós, ir mudando de forma mais ou menos empenhada, mentalidades castradoras.

Para que possa escrever bem, e com a minha essência, aquela que claramente passa para os que já me vão lendo regularmente, não posso usar filtros. Tenho obviamente temas que não abordo, por escolha própria e porque não os domino, ou simplesmente abomino, mas do que me engrandece, do que eu acredito ser um dos maiores responsáveis pela nossa felicidade, ou falta dela, sobre o amor e o seu efeito nas relações, vou escrever SEMPRE.

Cada vez vou escrevendo com menos filtros, mas para os que se acharem incapazes de me tolerar, às minhas palavras, desejo o melhor do mundo, pedindo-lhes que me façam o favor de o serem LONGE de mim. As escolhas existem para isso mesmo. Aos outros, muito obrigada pelo que me devolvem, motivando-me a ser cada vez mais eu!

8.7.16

Será que se pode?

julho 08, 2016 0 Comments
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Feelme/Será que se pode?

Também sabe bem, e eu até que já o reconheço, escaparmo-nos, para uma distância considerável e deixarmos a vida seguir o seu curso, mas connosco à pendura. Também sabe bem ter quem nos tire do marasmo, quem nos chame e leve até ares novos, águas correntes, e um sol a cobrir gentes que a gente não precisa sequer de conhecer. Também sabe bem, sobretudo para mim, perceber que não estou sozinha, e que não sou apenas a que cuida.

Será que se pode, mesmo, desligar e ser diferente, ou tão igual que acabemos a sentir, como o fiz hoje, que existe alguém para além do que consigo mostrar? Será que se pode aceitar a nossa pequenez e a nossa incapacidade de dar, sempre, recebendo de braços e coração aberto?

A resposta é um SIM redondo, claro. Não só se pode, como se deve e até deveria estar instituído o dia de receber. Atenção, carinho, compreensão e cuidado. Isso faria, entre as pessoas como eu, um enorme sucesso.

Sou humana, que enorme novidade, mas também consigo abrir as mãos e aceitar o que me estendem. Tenho direito a que me olhem e oiçam com atenção, sem julgamentos e sem respostas, até porque as minhas perguntas encolhem a cada dia. Sou tão humana que até me deixo levar, quieta, de poucas palavras, e sem sorrisos forçados.

Será que se pode desligar os botões todos, reiniciando-os mais tarde que o habitual? Já sei que não virá daí nenhum mal ao mundo e que eu retornarei, inteira, para o lugar de onde saí!