8.10.16

Numa fracção de segundos!

outubro 08, 2016 0 Comments


Em apenas alguns segundos tudo o que acreditavas materializa-se e os dias ficam mais claros, abrindo-te o coração que já decidiras fechar!


Numa fracção de segundos, percebes que ainda tens MUITO para dar, que estás vivo e que és capaz de movimentar a vida de outra pessoa, dando-lhe o que já desistira de receber. Por vezes basta que te agarres, a ti, e à tua ideia de felicidade para que sejas realmente feliz e passes a mover-te de forma diferente.

O que vai também volta, como todos os que tiveram o coração despedaçado sabem, e o que hoje tanto nos magoava, amanhã poderá ser apenas uma lição de vida, mais uma, tendo a importância que finalmente lhe conseguimos dar.
O que desejas, deves verbalizar, pedindo para que sejas ouvido, nunca desistindo, não nas primeiras lombas, não se tiveres a certeza.

Que bom que é respirar de forma acelerada, sentindo que todo o teu corpo precisa de mais e quer o que lhe foi negado. Que bom é ter por quem acordar, prosseguindo ao longo do dia com mais certezas, dando passos na direcção certa e terminando-os mais confiante e de alma cheiaQue bom é ter quem adormeça connosco no pensamento, embarcando-nos num sonho que poderá ser o nosso, e estando ambos de forma palpável nos mesmos lugares, amando-se em pedaços que saberão como prolongar.

Numa fracção de segundos o mundo passa a girar ao contrário e o que juravas a pés juntos nunca fazer, torna-se tão ridículo e absurdo, que já nem te consegues recordar da razão pela qual terá começado. Numa fracção de segundos percebes que és humano o suficiente para mudares de ideias, perseguindo o que vale realmente a pena ser perseguido, e é apenas isso que passa a importar.
Numa fracção de segundos, voltas a ser tu.

Francisca!

outubro 08, 2016 0 Comments
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As mulheres com as quais me vou cruzando, têm-me permitido uma riqueza interior incrível, mesmo que elas não sejam, de forma alguma, interessantes o bastante para me enriquecerem. Parece um contra-senso, mas eu explico:

. Eu sinto que fico mais rica de cada vez que percebo os diferentes espécimes que povoam este  planeta.
. Passo a gostar, inevitavelmente, mais de mim quando olho para mulheres sem qualquer conteúdo e totalmente desprovidas de crescimento emocional.
. Não deixo de sentir alguma pena dos homens, porque nas situações em que elas estão em maioria, os pobres ficam sujeitos a demonstrações verdadeiramente demoníacas.
. Não consigo deixar de me abismar com a capacidade que têm de se desculpar de tudo o que
  provocam e de culparem tudo o que mexe pelo que não arranjam coragem para enfrentar.

A Francisca é uma mulher assim. Uma vítima das consequências, das escolhas dos outros, do mau tempo, do calor excessivo ou do frio de rachar. A Francisca nunca comete erros porque nunca os assume. Não vai porque não sabe como, mas fica a choramingar porque deveria ter ido.

Tantas Franciscas que vou encontrando. Tantas que se escondem nos medos que criaram sozinhas, porque não sabem como se faz, mas também não pretendem saber. O mundo congemina contra elas. As soluções que lhes apresentam nunca solucionam nada e continuam, hoje tal como no primeiro dia em que decidiram que nunca teriam que se assumir, às suas inúmeras fraquezas e que apenas irão ver crescer com a idade e com a inevitável fragilidade que ela provoca.

É por tudo isto que me sinto a cada dia mais completa, entendendo que a minha determinação está certa, porque faço acontecer o bom e o mau e não culpo ninguém pelo que escolhi...

A minha felicidade!

outubro 08, 2016 0 Comments
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Olá meu amor,

Não te escrevo muitas vezes, mas escrevo muitas vezes sobre ti. Já não sei o que é ter um dia no qual deixes de me cruzar o pensamento. Já foi de uma forma dolorosa, mas aos poucos, com muita determinação minha e imensa ajuda tua, passou a ser apenas um pensar, sem mágoas, sem atropelos, sem cobranças, apenas pensando e recordando.

Se a minha felicidade passasse por ti, eu não teria forma de ser feliz e na verdade, em alguns momentos deixei de o ser. Não sou totalmente feliz, porque numa das alas da minha vida, na que considero das mais importantes, na que me fazia acordar ansiosa pelo que viria, tu já não vens, tu já não estás e tu já não tens forma de me manter feliz.

Eu também sei, porque aprendi e porque estive atenta, que a nossa felicidade não deve em nenhuma circunstância passar apenas pelo outro, porque a acontecer rapidamente poderemos deixar de o ser. Eu tenho que ser feliz com o que sou, com o que crio e com a forma como me movimento. Mas e para tudo na vida há um mas, se não houver alguém que me partilhe e que faça valer a pena tudo o que construo, nunca serei inteiramente feliz.

A verdade é que não me fizeste feliz, não durante o tempo que achei merecer e não porque não tivesse feito por o merecer. Não fui feliz porque escolheste não me ver, mesmo quando me vias, bem perto de ti e a sentir inevitavelmente o que sentia. Não porque tiveste medo de que eu fosse demais e que te engolisse na minha capacidade de te querer feliz. Não porque te baseaste nas contas do mundo, do teu mundo, para me contabilizares. Não porque não sabias como o fazer e porque me cabia a mim entendê-lo.

A minha felicidade não passa por ti agora e mesmo no antes, não me conseguiste fazer feliz. Dizes, de forma altruísta que queres o melhor para mim, mas recusas o meu melhor. Dizes que tenho direito a mais, mas tu já foste o único mais que concebi. Dizes, ou melhor, dizias, que um dia ainda me irias ver sorrir e prosseguir, mas na verdade não estarás por perto, como falhaste estar, até quando estiveste.

Como a minha felicidade não passa por ti, deixei de me querer feliz por tua causa. Mas agora e porque posso, vou só ali ser feliz e já volto!

Até a uma outra vida,

L.C.

7.10.16

Relações perfeitas?

outubro 07, 2016 0 Comments
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Será que existem as chamadas relações perfeitas?É do conhecimento geral que as mulheres  fantasiam tudo, que têm necessidades que os homens não entendem, ou não se esforçam para, sobretudo porque acreditam que dá trabalho. No entanto continuo a achar que é possível encontrar alguém muito mais próximo da nossa realidade e desejos.

Imagino-me ao lado de alguém que me queira agradar, que pense em pensar em mim, que me dê espaço, conheça os meus defeitos e limitações, mas que assim mesmo os saiba amenizar. Imagino-me numa relação com um homem que me inclua, que me deixe participar das suas preocupações e com quem me aninhe, nos silêncio. Imagino-me a passear de mãos dadas, olhando tudo em nosso redor e ouvindo-nos respirar e sentir, sabendo que estaremos um para o outro, no nosso amanhã.

Acredito que as relações perfeitas não passam por pessoas perfeitas, mas sim por aquelas que estão atentas e que entendem que fazer feliz é a felicidade maior.

Ter ao meu lado quem saiba rir do que acho cómico. Quem me afague quando choro, e forma lamechas, por causa da cena de um filme. Quem consiga perceber de que forma vejo ou antecipo a vida de uma certa forma e que consiga acompanhar a minha velocidade diária. Mas que seja capaz de me refrear e sobretudo de me fazer parar. Quero o homem perfeito para a minha ideia de perfeição.

Enquanto determino que quero alguém que seja verdadeiramente livre e disponível para mim, reclamo que com o pacote deverá vir todo o conteúdo que referi. Apenas e só um homem que esteja a 100% por mim, com a metade que me deixará completa e que me fará ter vontade de chegar ao final do dia.

Se para mim virá a relação perfeita, isso não sei, mesmo que o deseje, mas esta é a minha ideia de perfeição!

É novo e nem sempre um risco calculado!

outubro 07, 2016 0 Comments

É novo e nem sempre um risco calculado, mas faz parte do viver, do experimentar e do querer!

Não somos um caso natural, não começámos da melhor maneira, fomo-nos misturando e adaptando, mas chegámos até aqui e precisávamos de saber o que viria a seguir. Só um aparte, nada comigo chega de forma natural e já me cansa a beleza, irra. Tudo o que consigo, tudo o que é novo, pessoas, profissões ou projectos, TUDO vem de lado, atravessado, aos pulos e a dar-me imenso trabalho. Mas quem me manda a mim dizer que sou eléctrica, que preciso de stress para viver mais feliz e que parada nem a água? Aguenta!

Ainda não te decifro e confesso que me assusto um pouco com a tua aparente segurança, normalidade e sabedoria. Sabes mesmo o que queres e esperas da vida e não tens qualquer receio de o verbalizar. Eu, a forte, aparentemente esbarrei em quem me dobra, em quem fala de mim como sou, vendo-me a cada palavra, sentindo-me e querendo-me.

Serás tu o homem de que preciso? De que forma te vou encaixar? O que terei de mudar para te incluir?

As novas relações assustam sempre, obrigam a ajustes e reajustes e mesmo sabendo ao sabor que têm os inícios, são sempre viagens sem roteiro. Tudo o que é novo vem recheado de adrenalina, de descobertas e envolto numa esperança quase infantil. Quando é novo, sentimo-nos renascer, acordamos de olhar posto no vazio, mas a querer ver tudo de uma vez só. Quando é novo, dá-nos a motivação para saltar barreiras e para jurar promessas. Quando é novo para nós, estamos a sê-lo igualmente para o outro e o mundo ganha um formato diferente, ou então deixa até de girar. Já sei que é novo na minha vida e nos sentimentos que vou experimentar, uma vez mais e assim permanecerá um tempo, até que sermos comuns e certos um para o outro se instale e nos sossegue. Veremos!

Quando nos vemos!

outubro 07, 2016 0 Comments
"Não veja as pétalas cair da rosa com tristeza. Saiba que, como a vida, às vezes as coisas devem desaparecer, antes que elas possam florescer novamente ...":



Quando nos vemos, cada passo num chão que se pisa vezes sem conta, é mais real. Todo o nosso peso, o físico e o emocional, passa a ser verdadeiramente sentido e por vezes os outros ficam apenas a ocupar espaço!


Já consigo correr mais tempo, e cada momento que passo comigo, apenas comigo, deixa que me fale e me escute. Os meus finais de dia têm exactamente 1 hora que me pertence inteiramente e em que só me cruza a mente o que me fizer crescer em força.

O aqui e o agora não são fáceis de conseguir, mas é por ele que luto agora. Estamos sempre no ontem, no futuro que queremos apressar e aproveitamos muito pouco do que somos verdadeiramente, porque o somos apenas neste momento. Temos apenas o que estivermos a sentir e que até pode ser dor, mas é real, não passou nem está para chegar.


O presente é o que me esforço por viver e em cada presente, cresço mais um pouco, esperando que o futuro chegue de forma mais natural. O presente é o que tenho para decidir e se tiver rasgos do passado, que seja apenas para fundamentar o que não quero repetir. O presente é com quem estiver realmente comigo, porque não tenho forma de mudar os seus passados e não sei se terei tempo para os acolher no meu futuro.


Quando nos vemos e conhecemos, sabemos como iremos reagir a cada situação, de que forma poderemos amar, ou não, quem se cruzar connosco, por onde iniciaremos cada projecto e até onde iremos para não desistir dos sonhos. É um caminho que nem todos conseguem trilhar e que os vai deixando amargos para o resto de todos os minutos e horas em que terão que viver com eles mesmos. Visto assim parece um castigo, uma enorme tormenta, mas nós somos o fruto das nossas escolhas e é por isso que documento as minhas e que mesmo quando me fazem doer percebo porque o fiz, onde queria chegar e de quem cuidava, realmente.

Só quem já lá chegou. Só quem consegue sentir o sangue a correr, o ar a passar e os cabelos em cada toque que depositam quando voam livres, poderá saber do que falo eu e o prazer que o nosso prazer nos confere, até nas quedas.

Quando nos vemos sabemos e ninguém poderá mudar o que já somos!