10.10.16

Não saber perdoar sobretudo a falta de amor...

outubro 10, 2016 0 Comments
corridor / Black & White Photography:


Isto de sermos humanos por vezes faz com que a parte mais primitiva de nós venho ao de cimo e por consequência não sejamos capazes de perdoarNão saber perdoar resume-se à incapacidade de entender contornos esquivos e dúbios de quem não sabe o que quer e espera da vida. Não saber perdoar acontece quando se percebe que o esforço para manter quem supostamente se amava, não é nenhum e que nunca houve comprometimento, apenas palavras vãs e ocas.

Pode-se perdoar a faltar de amor. O fim do amor e até a incapacidade de amar da mesma forma, mas o que não se perdoa são os subterfúgios, as desculpas esfarrapadas e as fugas para parte alguma. Sou uma afortunada porque não odeio ninguém. Não existe nenhum ser vivo à superfície da terra que me arranque um sentimento tão negativamente forte, mas sou exímia em oferecer indiferença. Não perco tempo com quem gastou o meu tempo em vão. Não aceito que não saibam como me quererem, depois de terem dito que me queriam tanto. Não aceito pequenez de espírito nem falta de carácter. Não tolero dúvidas em seres crescidos, pelo menos no bilhete de identidade.

Quando digo que não me sinto MINIMAMENTE atraída por homens mais novos, é precisamente por não ter falta de qualquer sentimento maternal, é que já tenho mais filhos do que a média nacional. Mas, e lá volto eu aos "mas", parece que para serem imaturos e sem qualquer visão de futuro, não necessitam forçosamente de menos experiência de vida, basta não quererem aborrecer-se ou ter trabalho, porque é isso que as pessoas consideram que as relações dão, trabalho. Mesmo que eu seja contra, mesmo que eu ache que as relações apenas necessitam de dedicação e empenho, eu não basto para mudar mentalidades e mundos pequenos.

Não perdoo algumas pessoas SIM, é um direito que me assiste, mas também vos garanto, que tão depressa me lembro da desilusão que me provocaram, como rapidamente me esqueço até de que nome teriam.A minha função aqui é puramente didáctica e é por isso que preciso de vos passar algo importante; Se a vossa incapacidade de perdoarem alguém vos impedir de continuar, de sorrir e de fazer o que faziam antes, então resolvam-se e entendam que somos primeiro que tudo o resto, humanos e passíveis de erro. Por isso perdoem. Pronto, acho que me redimi. Ufa!

9.10.16

Vozes e sons, quem disse que não têm poder?

outubro 09, 2016 0 Comments
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Vozes e sons, quem disse que não têm poder? Nunca fugi de falar contigo, soube sempre como te conseguia mudar o teu humor, deixar-te mais pleno, de sorriso nos lábios, que mesmo não vendo, sentia. Sabia como te deixava completamente excitado, de que forma apertavas as mãos para resistires ao meu poder, à forma como te soprava as palavras, cada uma carregada de tudo o que mexia com o corpo que já conhecia, tão bem, o mesmo que se retraia e se movia ao som dos meus desejos.


Até quando te beijava estava a falar-te com a única voz que conhecias e reconhecias. Era eu a que ouvias logo pela manhã, nas manhãs que passámos a ter ambos. Dizias que não te cansavas de me ouvir, que a forma tranquila como o fazia te sossegava o espírito e te lavava do que não te preenchera, em dias menos felizes, mas que o seriam logo que me ouvisses outra vez.


Também te ralhava e também me zangava. Também te cobrava, o que queria para os dois, mas fazia-o no mesmo tom, e entrava-te tão dentro como jamais o poderias fazer tu, em mim, neste corpo que ainda padece com a falta do teu. Só conseguia amenizar-nos, aos dois, falando-te da única forma que sabia, com paixão, com calor, com tudo o que tinha para ti e nem fazias ideia de quanto...




Quando te vi, a primeira vez, depois de me teres ouvido e dito que te enfeitiçara e prendera a alma, dei-me com cada som de que sou feita e encaixámo-nos ambos, julgava eu que para ficar, porque o que dizia fazia sentido para ti, era eu com a minha voz e nos meus sons!

Tentámos, mas estivemos afastados demasiado tempo!

outubro 09, 2016 0 Comments
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Tentámos, mas estivemos afastados demasiado tempo. Agora que penso nisso porque não resultou, não melhorou nada e não serviu para nos manter bem sozinhos!

Já experimentámos de tudo, um amor intenso daqueles que nem nos tirava da cama. Tivemos dias e dias de tanto corpo que doía, que parecia arrancar-nos pedaços de dentro e de fora. Tivemos dias de choros intensos, em que nos culpávamos de todas as pressas, de todos os amargos de boca e nos mantínhamos de costas voltadas até que um e outro cedessem.

Juntos, somos um caso sério de amor que se faz esperando tudo e não parecendo precisar de mais nada. Damo-nos choque, arrepiamo-nos apenas com o olhar e derramamos todas as palavras de que o outro parece precisar. Caminhámos tantas vezes juntos, de mãos dadas, rindo e fazendo planos que até poderiam ter dado certo. Desejámos os mesmos lugares e conseguimos planear como e quando ir sem nunca ter data para voltar.

Como existe um tempo para tudo, como deixei de acreditar e como parei de te sonhar porque não conseguia sossegar nem voltar a ser eu, decidi deixar-te ir. Sei que não irás lutar, soube quando te ouvi pedir-me que seguisse e encontrasse quem me fizesse feliz. Sei que carregarás, se preciso for, o mundo nos teus ombros, mas não me pedirás para voltar e tive que aceitar que existe um tempo para deixar ir quem já amei bem mais do que a mim. Tentámos um e outro, mas não éramos nós, não um para o outro!

Quem é desconfiado, decididamente não é certo!

outubro 09, 2016 0 Comments

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Cada vez são mais as pessoas que se questionam perante a incapacidade de julgarem o carácter, mas a verdade é bem simples, quando vemos com os olhos do amor, tudo nos falha! Se começássemos por analisar comportamentos logo do início, em vez de os camuflarmos, certamente que não correríamos tantos riscos e os finais seriam mais suaves. Talvez seja mesmo suposto ser assim, para que aprendamos algo, ou para que simplesmente sejamos capazes de viver. A vida também são más avaliações, brilhos no olhar que apenas conseguem os que amam. Emoções que nos passa quem julgamos ser certo e sê-lo-à até que deixe de ser.

Quem é desconfiado, decididamente não é certo e quando nos apontam demasiado os dedos, quando reparam em tudo o que supostamente teremos feito ou que deixámos de fazer, bem...

Posso até aconselhar-vos a que estejam atentos, mas na verdade até estão, até sabem ler os sinais, apenas escolhem ignorá-los, porque a esperança e o sonho ainda vão comandando a vida, comandam até que deixe de ser possível ver com os olhos do amor e a dor nos ataque. Todos nós sofremos ataques diários, mas acabam sempre a doer mais de quem nunca vimos como o inimigo. Posso aceitar que aceitem o que não forem capazes de vos dar e ser. Aceitem e sigam em frente, não analisem em demasia, não se culpem e sobretudo NUNCA, em nenhum momento, se desculpem por terem amado com entrega. Um dia quando menos esperarem, virá quem não questione o passado que nunca lhe pertenceu, camuflando o seu. Um dia, a pessoa que queremos do nosso lado saberá o que fazer para poder ficar. Um dia, o amor que guardaram, será totalmente usufruído por quem se deixou pronto.

Podem questionar-se. Podem reavaliar, mas nunca desistam de tentar. Uma andorinha não fará nunca a primavera e os amores existem para serem vividos. Um, dois, três, todos quantos precisarem para acertar. Podem até querer questionar quem chegou, mas não percam demasiado tempo a fazê-lo, se disserem que não podem, não querem e que não são vocês, aceitem e agradeçam o que tiver ficado.
Amar tem riscos como tudo o resto na vida, mas continua a ser o que vale realmente a pena, disso não se atrevam a desconfiar e vão lá amar quem está à vossa espera!

O meu esforço e o que conquisto!

outubro 09, 2016 0 Comments
Bailarina:


O meu esforço e a minha caminhada passam por conseguir ser muito mais do que sou hoje. O meu esforço será sempre o de entender os outros, distanciando-me de forma a não estar demasiado envolvida. O meu esforço terá que ser o de não querer incluir todos, mas não afastando ninguém. O meu esforço, hoje mais do que ontem, passa por não querer ser apenas eu, isolando-me até que ninguém nunca mais me consiga tocar.


Não sei tudo. Não sei como julgar o que não vivi. Não sei como responder a todas as perguntas e por isso terei, eventualmente, que me silenciar. Já aprendi a estar apenas onde for desejada e a não ter que me impôr a quem não pretende partilhar-se comigo. Não sei tudo, é um facto, e por isso terei que começar a saber quando desistir, dos que desistem, não tendo que me arrastar porque cada um travará as suas próprias batalhas.

O meu esforço passa por não querer carregar o mundo às costas. Isso até que consigo fazer, mas o resultado será afastar-me para sempre. Quem desejar perder-me, perder-me-à inevitavelmente.
A vida pode ser tudo o que desejarmos que seja, desde que o nosso desejo se possa impor. Mas para alguns desistir de si mesmos foi tudo o que aprenderam e irão repeti-lo, vezes sem conta, até que nada lhes reste, nem sequer as memórias.

O meu esforço, de cada vez que penso nisso, ainda continuará a ser trabalhar a incompreensão para com os que escolhem deixar de viver e apenas se arrastam, lentos e a sentirem uma pena ENORME do que não conseguem fazer. O meu esforço, de agora em diante, será o de nunca mais querer o que não puder ter, aceitando que quando o identificar deverei parar-me, LOGO.

Uma vez que não sei tudo, não esperem tudo de mim, afinal de contas continuo a ser o que já era antes, apenas humana!