Nãote dou permissão e não te vou sequer
perdoar, que tenhas vindo com toda a força de um amor que lançavas, em tufos de
uma lã na qual apetecia enrolar, para depois levares até o que sou enãopara que ficasse contigo!
Nãote dou permissão para que me magoes mais,
para que mantenhas a minha pele em sangue, para que me exponhas aos males do
mundo, sem qualquer reconhecimento do que já representei na tua vida, pela
forma, dedicada e de total entrega, com que te mantive junto a mim, cuidando de
ti todo, sabendo até do que falavam os teus olhos, os mesmos que pararam de
olhar para mim.
Nãotens o direito de simplesmente deixares de
me amar, quando parecias alimentar-te até dos meus pensamentos. Quem foi que te
disse que podias apenas ir, num dia tão normal, de um sol que ainda recordo
pelo calor que me subiu pelos pés que tinha descalços num chão que gelou, mas
quenãoimpediu que eu ardesse de uma dor que
se mantém até hoje? Quem te permitiu apunhalar-me, sem aviso, levando a minha
fé nos amores a que ainda deveria ter direito?
Nãoentendo a capacidade que muitos terão de
matar quem fizeram viver. De amachucar o mesmo papel no qual escreveram o que
era importante. De simplesmente arrancar, como se de um penso se tratasse, tudo
o que ambos implantaram, quando planeavam uma construção que se revelou
demasiado frágil.
Nãote dou permissão para me continuares a
arrastar, impedindo-me até de sentir o que me fazia girar o mundo, sendo a
pessoa que sempre conheci, a mulher que admirava, com um sorriso no qual cabiam
tantos, mas que agora se recusa a abrir.
Nãote dou permissão para me manteres assim,
agarrada a ti, amando o que jánãoexiste, querendo quem nunca chegará,
Nãote dou permissão para ficares sequer, no
meu pensamento e para que me preocupe com o que sentes e tens agora. Vou apenas
limpar o que permiti que sujasses e limpar-me do corpo que manteve o meu
prisioneiro num amor do qual nunca me atrevi a duvidar, mas que afinalnãoexistiu.
Este sábado, dia 22, teremos um grande evento no Auditório do Instituto Português da Juventude em Moscavide!
A organização é do Adoro ser Mulher e contaremos com empresárias oradoras nacionais e internacionais:
. Dina Aguiar - Jornalista da RTP;
. Paula Saad, empresária da Guiné- Bissau;
. Elena Martinis, empresária do Brasil;
. Alzerina Gomes, empresária de Cabo-Verde a residir nos Estados Unidos;
. A host será a Ana Cláudia Vaz, mentora desta networking.
Os temas a debater serão:
. Vencer num meio profissional masculino;
. Emigrar e ter sucesso;
. Empreender num país com graves problemas políticos;
. Desigualdade do género
Estarão presentes diversos orgãos de comunicação social e o evento será emitido em Live Stream para todo o mundo.
A irreverência física e emocional passa pela necessidade de dizer e parecer o que se é realmente, mesmo que choque e abane mundos pequenos. Até o consigo entender e aceitar, mas teremos que ser nós em todo o percurso, sem nunca nos defraudarmos, sem nos vendermos, ou sequer nos mutarmos para que nos possam olhar de forma diferente!
Estou a tentar lembrar-me dos meus momentos de irreverência e verifico que quase não existiram. Nunca tive a necessidade de "levantar a voz" de ser a que sabia tudo, a que iria não importa onde apenas para não ser formatada. Pensei e repensei sempre no que isso me custaria, no quanto poderia sair mais dorida do que vitoriosa. Fui acertando os passos ao longo do meu crescimento, como o faço ainda hoje e o que ganho será sempre a sensação de que me conheço melhor do que qualquer outra pessoa e que apenas eu poderei saber como e por onde irei de cada vez que o decidir!
A minha irreverência tem sido sempre continuar a ser sempre eu, e mesmo que vos pareça fácil, sê-lo-à para quem não me conhece, mas posso garantir-vos que tem sido o travar de duras batalhas. Sermos nós, não importa o que querem e dizem os outros, acarreta enormes momentos de solidão. Nem sempre nos conseguem acompanhar e a tentativa de nos formatarem está sempre presente.
Sou irreverente não porque tenha decidido destacar-me, mas porque adquiri uma identidade que me define e é com ela que quero fazer o meu percurso nesta vida. Sou irreverente porque apenas eu posso viver o que me cabe e mesmo que exista boa vontade, ninguém o poderá fazer por mim. Não porque não seja possível, mas porque eu não abdico das escolhas, dos olhares, dos toques e dos sabores a que tenho direito. O que é meu, para mim fica. Sou irreverente porque não partilho amores e porque os quero na minha dimensão, nesta, para que usufrua do que me trás e para que passe o que tenho.
Se a minha irreverência te afastou, então não era suposto teres-me conhecido!
Feelme/Para que lado estou virada? Tema: Me!
Imagem retirada da internet
Para que lado estou virada? Perguntaste tu e eu respondi, para o meu, para o que quero, para o que preciso, "hoje" muito mais do que em qualquer outra altura do meu passado, que quero exactamente lá, no passado, sem que se venha a misturar com o meu melhor presente, com o que tenho construído e que já não permito que seja mexido por mais nada nem ninguém a não ser eu mesma!
Não se trata de egoísmo, ou de apenas olhar para o meu umbigo, mas sim por ter compreendido que se eu estiver bem, todos os outros beneficiarão. O que eu já aprendi tem que ser ensinado. O que passei a sentir, bem dentro de mim, foi adquirido com muitas lágrimas, determinação, com alguma teimosia também, mas com uma enorme consciência de que sou a mais importante, e que atrás de mim, e da forma como vejo o mundo, apenas virão os melhores, todos os outros serão deixados pelo caminho.
Estou, cada vez mais, virada para o lado bom, para aquele em que se constrói em vez de destruir, para a paz, para o amor, para o respeito e amizade que me merecem os que fui encontrando, todos quantos passaram a fazer parte de mim, e por quem corro, salto, morro e mato.
Não sou uma pessoa fácil, mas sou " entendível", explico-me com clareza, e nunca cobro se não puder pagar. Sou mais do mesmo que espero dos que me importam, e continuo, dia a dia, a fazer crescer o meu reportório, a tratar de me superar, chegando mais longe e sentindo um orgulho imenso da mulher em que me tornei, até porque ainda só vou a meio...
Se quiseres saber para que lado estou virada, terás que estar por perto!
O amor e a falta dele, transforma-nos para melhor e para pior. Somos o reflexo de tudo o que construímos e do muito que nos faltar, para entendermos que apenas teremos o que formos capazes de doar.