8.11.16

Tenho-te sem te ter!

novembro 08, 2016 0 Comments



Tenho-te sem te ter e sinto-o ao olhar para ti. Percebo-o ao ouvir-te com atenção, vendo os movimentos que os teus lábios desenham e desejando, por vezes que se movessem em mim. Se conseguisses ler os meus pensamentos estou certa que me irias ralhar, gritando-me o óbvio, que só não tenho mais porque não peço. Sei que bastaria que te pedisse, que te dissesse o quanto esperava que me tocasses, que me apertasses até me faltar o ar, mas vou-me encolhendo, com medos dos recomeços e com um enorme receio de que esperes pelo que não sei se chegará. Sei que de cada vez que te tenho, não te tenho realmente. Sei e deixa-me a querer ser diferente, a conseguir arrojar e a perder-me para me encontrar depois. Não és tu. Não é porque te falte algo. Não é sequer por não tentares. Sou eu que apenas quero o que não tenho, sabendo que te teria, se permitisse.


Já não é sequer difícil aceitar que me fazes bem, que me deixas mais eu, que é confortável imaginar-te no meu futuro. Não é difícil, mas ainda não se tornou possível e se queres que te diga, até porque me conheço, ou caio de cabeça logo, ou nunca chego sequer a desejar saltar.

Tenho-te sem te ter e apenas posso olhar para ti e imaginar tudo o que me darias, se ao menos eu me desse!



O adeus!

novembro 08, 2016 0 Comments
Beauty:



Adeus, palavra difícil de se dizer e de se ouvir, mas prefiro-a mil vezes à condescendência e à pena!


Magoem-me com palavras, porque a elas eu sobrevivo, caio e volto a levantar-me. Mas não me passem as mãos pela cabeça e não me insultem com a pena. As pessoas crescidas e emocionalmente resolvidas conseguem aceitar a maior e a pior das decisões, mesmo que não façam aparentemente sentido. Quando recusamos aceitar o adeus e o até nunca, não é por masoquismo, mas por necessidade de lutar até ao fim por quem consideramos ser a nossa pessoa certa. No entanto, e atenção a esta prerrogativa, quem vemos poderá não nos ter visto. Quem julgou amar-nos pode ter decidido que não o sabia fazer, que éramos uma enorme carga de trabalhos. Quem sentimos pode não nos ter conseguido sentir e é aí que chega o adeus, como uma fuga necessária e um alívio para uma ou ambas as partes.

Quem tem a mania que entende as palavras, acha que sabe explicar e entender tudo, mas elas nem sempre fluem naturais do outro lado, por vezes conseguem ser enganadoras e ninguém é imune, nem mesmo os alegadamente espertos. A acontecer, o melhor será sempre desistir, seguindo em frente e parando apenas durante o tempo estrictamente necessário para retemperar energias.

Reforço sempre que mesmo que o coração acabe a partir-se um pouco mais, prefiram que me digam adeus sempre que for a altura certa, nem um segundo mais e eu garanto que serei crescida para aguentar!

7.11.16

Tudo o que tento ser...

novembro 07, 2016 0 Comments

Sei que nem sempre me saio bem, que por vezes falho dar-te o que prometo, mas continuo firme na minha intenção de te fazer bem e de te transformar na mulher mais amada do planeta! Tudo aquilo que sou agora, a forma como planeio e executo cada dia, deve-se a ti, à vontade de estar ao teu lado e de te ter comigo até ao final de nós. É por ti que já não sinto medo de arrojar, que percorro quilómetros de terra batida, que já não procuro as estradas mais seguras se elas não me levarem a ti.

Sei que não existe mais ninguém para ti. Que não existe quem me substitua. Quem te dê o que já nem precisas de pedir, porque o sei de cor, porque sei como te tocar, como te arrepiar e te manter ávida de mim. Sou eu que te dou as respostas que já procuravas há muito. Sou eu que te respeito e que te consolo quando chegas até mim de olhar aberto, intensa como só tu, mas mais pequenina por não teres sabido controlar o teu dia. É em mim que te aninhas e baixas as defesas. Comigo és tu em todos os momentos, sem tentares que veja ou sinta quem não existe dentro de ti, porque já não faz sentido, porque já estamos tanto, um no outro, que nada mais pode ser ocultado, não há onde nem como.

Tudo o que tento ser é isso mesmo, TUDO, para que nunca desistas de mim!

Sem pele!

novembro 07, 2016 0 Comments
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Não há quem sobreviva à falta intensa de pele. Ninguém resiste aos olhares que acabam a olhar-nos quando tudo o resto, mesmo de quem nos está colado, se foi sem prazos, sem limites e sem que se saiba o quando. Ninguém quer viver sem ter, sem se colar na pele que a nossa aceitou e já respira. Ninguém quer um amor que não tem nome, nem face, nem lugar. Sem pele há medo, muitos, daqueles que nos arrepiam e deixam num desconforto que nos muda até os movimentos. Os ciúmes avolumam-se, ficam tão intensos, que apenas a ideia de que o outro corpo seja tocado ao de leve por uma  mão que não a nossa, desgasta-nos por dentro. Quando não há pele porque não se  quer, porque o outro já não está em nós, então não há nada a perdoar, apenas se tem que deixar ir, mas quando nos queremos de forma ainda mais intensa, sentindo bem dentro tudo o que já foi e se teve, é preciso que volte, que chegue e nos recorde de como era bom.

Se de cada vez que se fechar os olhos a imagem for a mesma. Se o sabor na nossa boca tiver permanecido. Se a dor apenas servir para se querer mais, então que chegue tudo o resto, que venha a pele e se misture, fazendo escorrer tanto prazer que até o mundo pare e se renove, como nos renovaremos nós, dentro, bem dentro de quem afinal nunca saiu, apenas se distanciou. Sem a pele de quem mexe com a nossa, restamos apenas nós e nem sempre basta!

Quando encontras deves parar de procurar!

novembro 07, 2016 0 Comments
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Quantas vezes achas que a vida te vai dar a oportunidade de te mostrar e entregar de bandeja a tua pessoa,aquela que te fará feliz, no matter what? Quando encontras deves parar de procurar,  vai pensando nisso e pára de desperdiçar e de olhar para o lado. Foca-te e não procures mais, porque o que muito provavelmente te apareceu, veio no seguimento do que pediste.

"Estou aqui, sou eu para ti e não adianta que fujas de mim, porque nunca correrás o bastante para me deixares para trás. Sossega, cura esse coração magoado, já está na altura de aceitares que o teu tempo de dor se foi e que comigo o mundo não te voltará a falhar, como não falharei se me completares, se me cuidares e se me amares como até já sei que sabes. Estou a chamar-te como ainda não parei de fazer, porque te encontrei, porque sei que és tu, porque não quero voltar a procurar e já não nesta vida. Posso até estar do outro lado, mas nunca será longe o bastante para que não nos possamos unir. Não te vou partir em pedaços. Não vou reabrir feridas antigas. Não te vou recusar o que já é tão teu quanto passou a ser meu assim que me construí, inteiro, este homem que não receia dizer o quanto te quer e que já sabe e já percebeu que és mesmo tu".


Pára por favor de me parar, anda, estou à tua espera ainda. Não me deixes desistir, não nos desfaças, nem peças desculpa, preciso apenas que venhas agora, também tu me encontraste, por isso pára de procurar, já estou aqui e posso prometer-te que não vou a lugar nenhum!


Não estou escondida!

novembro 07, 2016 0 Comments
black and white + photography + shadows + silhouette | Julie de la Playa

NÃO, eu nunca me escondo, recato-me. Passo despercebida sempre que posso, procuro a sombra no meu sol, para poder ser eu, sem julgamentos e sem análises. Resumindo, ainda sou um pouco bicho do mato. Sim e depois?

A forma como me mostro ao mundo é um pouco como esta imagem, consegue-se ver um pequeno esgar, lábios que apetecem, mas olhos que se recatam, que preferem apenas olhar para o que possa ver realmente. Agora, mais madura e dona de mim, também consigo expôr-me, quando não houver outra solução, e faço-o parecendo que domino tudo e que sei do que falo. Mas a poder escolher, prefiro que apenas vejam algumas metades. Se não me souberem estimular, então peço que me deixem ir, que não me travem os passos, porque se arriscam a momentos de alguma prepotência. Sim, eu conheço-me o suficiente para saber que nem sempre sou fácil, que julgo e espero demasiado dos outros, pois, temos pena, é que eu dou demasiado a quem o merecer, daí a exigência.

Não se trata de estar escondida, trata-se de não precisar de reconhecimento ao segundo. De não esperar que me esperem o tempo todo. Trata-se de viver e deixar viver, é muito mais simples e fácil de seguir.

Sou um ser que armazena energias positivas para as ir consumindo, quando os mal dispostos crónicos se cruzarem comigo. Tem que haver PACIÊNCIA para esses, mas eu ainda tenho pouca. Avizinha-se algum trabalho e mais determinação nos resultados, mas quem sabe não chego lá...

6.11.16

Um pé de cada vez!

novembro 06, 2016 0 Comments
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Somos todos diferentes e únicos e é a diversidade que faz a qualidade. Por isso é que eu já aceito quem és!


Aceito os que apenas mexem um pé quando o outro o autoriza. Aceito os que têm medo até da sombra. Os que afirmam não gostar de uma comida que nunca provaram, baseados no aspecto, na cor e no cheiro. Já aceito que a força nasce connosco e que para alguns nunca chegará.

O que seria do amarelo! O meu azul pode ser o teu verde, mas juntos fazem uma cor completamente diferente. Não temos que ser iguais, nem sequer parecidos. Não precisamos de olhar para as mesmas paisagens, porque delas depende o lugar onde estamos. Não temos que ter vivido a mesma infância, feliz e mágica, para sabermos como sonhar.

Eu não tenho que ser o teu modelo, apenas a tua melhor amiga. Não precisas de me imitar, tens que ser único e escolher o teu lugar, eu estarei onde estiveres tu, mesmo que deste lado, porque é isso que fazem os que nos recebem no coração.

O nosso recomeço veio como um enorme presente, porque acabei a sentir, no agora, o que deveria ter chegado, no antes. Senti tranquilidade, e certezas, as que me disseram que só me tenho a mim, sempre e que o que receber a mais será bem vindo. Mas o alimento é meu, a procura é minha, o trabalho e a manutenção da minha felicidade são da minha responsabilidade.

Eu também estou eu a mover um pé de cada vez, mas só no que respeita a ti, porque no resto da minha vida, sou a que corro, a que galga barreiras e rasga novas fronteiras. Eu sou a nunca terão forma de segurar!