11.11.16

Do meio para baixo!

novembro 11, 2016 0 Comments
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Do meio para baixo também significa que estás do meio para cima. Que só poderás subir depois de teres descido e que o que te derrubou poderá servir para que te voltes a reerguer, bem mais rápido!

Já pensei algumas vezes sobre o que me propuseste e sobre a forma como poderei aprender, contigo, a recomeçar, do zero. Mesmo que me considere esta coisa forte e determinada, vou aceitar. Preciso de ter quem cuide da minha parte emocional, de quem me levante este peso de ter que gerir a parte da minha vida que não controlo, ou que faço de forma menos certa.

Delegar! Que bem sabe conseguir ter quem trate de mim e dos meus assuntos do coração, pondo a agenda a funcionar, cumprindo timings e deixando tudo na ordem certa. Até já estou a respirar fundo apenas com a ideia de me poder focar noutras coisas. Ufaaaa!!

A intermitência deixa-me P... da vida, ou temos os SIM, ou os NÃO, mas que grande merda isto de não entender do que falam os outros e do que esperam de nós, se é que esperam alguma coisa. Não podia ser tudo mais simples, descodificado, com um propósito que não passasse por enganar os outros? Podia claro, mas quem não for um valente filho da mãe nos dias de hoje, não se safa. Pelo menos é o que parece.

Bem, estou a fugir ao tema. A questão é que sei que agora já vou dormir ainda mais tranquila do que fazia antes. Encontrei uma alma gémea das resoluções. Uma versão bem similar à minha que sabe como deixar tudo a funcionar, mas numa área específica. Eu escrevo sobre o amor e as relações, mas não percebo pévia de nenhuma, por isso vou-me dedicar à escrita e o meu treinador pessoal do coração fará com que eu não vá do meio para baixo. Mal posso esperar!

Queres-me mesmo, agora?

novembro 11, 2016 0 Comments
Masha by Ivan Letohin on 500px



Queres-me mesmo agora? Porquê? Desde quando é que te passei a parecer a mulher certa?


Muitas perguntas, mas é que não consigo deixar de sentir algum espanto, foi a lua, o tempo, os anos que começam a pesar, o quê exactamente?

- Não era o que querias?
- Sabes o quanto essa pergunta é insultuosa a esta altura do campeonato?
- Entendo, fui um palhaço, não me conseguia direccionar, estava perdido?
- Claro e agora já te encontraste, certo? E queres-me?
- Muito.
- A questão é que me parece que agora estou na tua "ante fase"...
- Estás a dizer que já não me amas?
- Porque estás assim tão surpreendido, sabes quanto tempo se passou?

Estou a olhar para a tua expressão de desalento e tenho como que um rebobinar instantâneo de tudo o que já aconteceu até hoje. Não resisto a sorrir para dentro, de prazer e de alívio, porque agora sou eu a controlar, a decidir, a ter o volante no veículo que nos conduziu nesta viagem.

- Podemos pelo menos tentar, por favor?
- Fazemos assim. Deixa-me avaliar bem os prós e os contras, porque a última coisa que quero é que passes pelo mesmo porque não me dá qualquer prazer fazer sofrer e depois voltamos a falar, pode ser?
- Vou ficar a torcer para que me aceites. Vou ficar aqui e prometo que nunca mais estarei do lado errado da tua vida, sei que és a mulher que preciso, já não tenho qualquer dúvida.

Não deixei que este "acordo" fosse selado com o beijo que esperava, mas houve um abraço conciliador e o toque fez-lhe bem, eu senti que sim. CARAMBA, sou mesmo boa pessoa, tenho a capacidade de não espezinhar quem está no chão e já me fez TÃO mal.

Será que vou para o céu?

E no final o que sentes?

novembro 11, 2016 0 Comments
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E no final o que sentes? Será que avalias a forma como te sentes no final do amor, após a troca de todos os movimentos que supostamente espalharam muito prazer pelos dois?


Estou de volta, de forma tranquila a olhar pela janela do comboio, mas sem ver nada. Estou absorta nos meus pensamentos, rebobinando cada minuto passado contigo e a forma como me soubeste tocar,. Ainda vejo o teu olhar tranquilo, o olhar de quem sabia o que estava a fazer, tranquilizando-me o bastante para que o ficasse também eu e para que soubesse como usufruir de ti e para que não te negasse o prazer que só poderíamos dividir. Dou comigo a sorrir sem que me consiga controlar. Apetece-me começar a dançar. Apetece-me não ter ninguém por perto e poder, sozinha, deixar fluir a felicidade que estou a sentir, sem precisar de me explicar, falando comigo alto e dizendo-me o que apenas eu posso e sei. Soubeste-me tão bem. Acertaste-te comigo, mexeste comigo, de todas as maneiras, mostraste-me que sou a mulher que esperavas e nada, mas mesmo nada do meu passado, me acompanhou, fomos apenas nós, durante todo o tempo que nos demos. Gostei do teu canto, de ver como a tua vida corre quando não estou por perto, de como tudo cheirava a ti e como estavas impregnado em cada escolha de decoração. Teria sido capaz de identificar a tua casa mesmo que me mostrassem mais umas quantas, porque afinal consegues pôr-te em tudo o que dizes e fazes e estás rodeado da tua história, mas sem que as mágoas sejam visíveis.

- Já me curei há muito minha querida e nunca achei que me devesse culpar do que não soube manter.

Fizeste-me sentir bem, como se tivesse já lugar. Como se o que te levava ainda pudesse encaixar-se. Não me forçaste, não te impuseste, tiveste calma e ofereceste-nos, aos dois, o tempo que precisámos para nos começarmos. Teria ficado, se soubesse que seria assim. Teria continuado a ver-te movimentar no teu elemento, cuidando de mim, misturando-me em ti e no que te pertence. No final de todo o amor que fizemos ficou o prazer e a certeza de que irei voltar, de que nos iremos acertar sem pressa, mas com a urgência a que obriga o prazer, porque mal saíste de mim fiquei pronta para te receber outra vez!

A lei do retorno!

novembro 11, 2016 0 Comments

Não são estatísticas é o tal do retorno, o que dás recebes de volta. A SÉRIO?

Agora vão-me perguntar vocês -  Quando foi que dei mentiras? Quando foi que usei os outros? Quando foi que ocultei o mais importante e quando foi que disse que amava sem saber o que significava a palavra e o sentimento? Nunca! Então como é que se explica? Pois, não explica, vive-se, recebe-se, simplesmente porque nos pomos a jeito dos mal amados, os que não sabem muito bem para que lado deverão estar voltados, porque as balas virão de qualquer das formas. Tanta gente a queixar-se do mesmo. Tantas que quase passo a acreditar que não é possível, que o melhor mesmo é ficarmos na concha, cheios de egoísmo, olhando sempre e só para nós e nunca levantando a cabeça para os que estão à volta, porque a única maneira de nos protegermos, é magoando, mas quem não se aguentar...

NÃO! Felizmente muitas pessoas recusam-se a viver assim. Sei que me recuso e é o que passo aos que me confidenciam as mágoas que os atormentam, porque um dia o que sentem será sentido. O que desejam virá na forma de uma pessoa que se preocupa e que as quererá por perto. Não desistam por favor, mesmo que com várias provas em contrário, a outra metade de nós existe, só ainda não nos encontrou, por distracção, ou porque não chegou a altura. Ter o coração preenchido com os sentimentos certos, continuar da forma que já percebemos ser a certa, dará frutos e se acredito, vocês também podem.

Não quero fazer de advogada do diabo, mas a verdade é que tudo é importante, o bom e o mau. É de tudo isso que nos construímos e talvez se deva acreditar nos que já por cá andaram mais tempo e testaram. Se dermos teremos de volta, pronto que seja, mas que não demore por favor, é que já começa a cansar!

10.11.16

Quando é que conhecemos alguém?

novembro 10, 2016 0 Comments
Referência Retrato Plástico -  Inspiration - Women Portraiture - Faces - Intriguing Gazes - Black White:


Quando é que conhecemos alguém verdadeiramente? Provavelmente nunca, sobretudo quem vive mais escondido que uma tartaruga na carapaça e que confortável é ter uma, carapaça, claro!


Existem pessoas que são jogadoras, na verdadeira acessão da palavra. Sabem o que querem, lutam para o conseguir, mas depois aborrecem-se se os contornos do jogo se alterarem. Pois, quando apenas contamos com as nossas cartas, as hipóteses de falharmos tornam-me bem maiores.

Foste descoberto, oh que chatice. O que podes fazer agora? O que fazes sempre e de cada vez que acontece, viras as baterias para outro lado e voltas ao ataque. Mas um dia deixas de ter onde te esconder e a tua vida pode vir a dar uma enorme volta. Veremos se na altura sais da mesma forma que entraste.

Sou confiável, nunca prejudico ninguém deliberadamente, mas se acabar a sentir que abusaram da minha boa vontade, CARAMBA, nem com carapaça se safam. Transformo-me num bicho feio e pago TUDO com juros e correcção monetária.

Mas voltemos à pergunta. Quando é que conhecemos alguém? Quando as coisas se complicam. Quando precisamos que se afirmem e mostrem do que são feitas, porque para o fácil estamos todos prontos. Por vezes passamos por situações com pessoas por quem poríamos as mãozinhas no lume, mas acabamos queimados mesmo e com queimaduras de terceiro grau. Vamos sempre esbarrar nos dissimulados. Nos fracos de espírito. Nos que apregoam o que não vendem. Nos julgadores, porque rapidamente apontam, para saírem sorrateiros por entre os pingos da chuva.

Só conhecemos alguém quando precisamos verdadeiramente de alguém. Até lá, vão  esperando pelo pior para receberem o melhor. Com um bocado de sorte ainda conseguem ser surpreendidos pela positiva. Boa sorte!

Assusta mesmo...

novembro 10, 2016 0 Comments
Penelope Cruz:


Assusta mesmo perceber a quantidade de pessoas que anda desiludida com os que se vão cruzando nos seus caminhos!

O que andamos todos a fazer afinal? Será que acreditamos mesmo que o reverso da medalha não chegará? Somos assim tão poderosos e resolvidos, que podemos andar a desperdiçar amor? E a tal da idade, não me digam que descobriram o célebre elixir, e que se vão manter para sempre jovens de coração a bater a todo o vapor, com sorrisos triunfantes e as pernas a seguirem a mente?

Somos uma cambada de mal amados, zangados com a vida, preocupados em não perder o nosso território e não antecipando que em breve ele deixará de existir. Parámos de acreditar que dois se manterão mais fortes e protegidos contra os que chegarão para nos forçarem ao que não desejamos. A velhice chegará meus amigos, e com ela as mágoas de paixão, os arrependimentos tardios, a solidão e o inevitável desamor.

Não quero continuar o meu percurso sozinha, quero quem me queira e perceba que o protegerei para me manter protegida  que o cuidarei para que nunca ouse descuidar-me e para partilhar, de corpo e alma, o tempo de qualidade que ainda me restar. Tenho medo da solidão, SIM, porque não me consigo visualizar muito lá para a frente, não sei de que fragilidades padecerei, nem que sombras me torvarão a visão clara que tenho hoje. Preciso de amar quem me ame de volta, quem não se iniba de o dizer, quem me abrace forte, com a força que construiu mesmo quando ainda nem sequer sabia que eu existia. Quero adormecer aninhada, partilhando serena o que passar a ser tão nosso, que nada mais para trás faça falta.

Não voltarei a repetir que antes orgulhosamente só, porque a solidão é o castigo dos que nunca aprenderam a amar com a intensidade que os fará serem amados de igual forma. Quero ter no meu caminho alguém com desejos e projectos comuns, carregados da única coisa que possuímos realmente, a capacidade de sonhar. Quero quem me queira e quem pare de querer parar o tempo, ele não voltará mais e tudo o que perdermos, hoje, jamais poderá ser recuperado amanhã, sobretudo se ainda continuarem a adiar o inadiável. Quero que venham até mim sem medo, porque se me souberem cuidar, jamais deixarei que se sintam sozinhos, mesmo que por destino parta antes, prometo que estarei à espera para completar tudo o que o tempo nos impediu de fazer.

Estou assustada, cada vez mais, sobretudo com a ideia de nunca chegar a sentir quem saiba sentir genuinamente!