23.12.16

Quando...

dezembro 23, 2016 0 Comments
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Quando não esperas por nada nem por ninguém. Enquanto não planeias nem arriscas, nunca tens forma de sair desiludido, mas também nunca tens o que saborear. Quando não entendes a diferença entre o certo e o errado. Quando impedes os outros de sentirem o que apenas tu podes despoletar. Quando aceitas que já não estás na corrida para a felicidade. Quando não te conheces o bastante para arriscares, então já desististe de viver!


Confiar em alguém demora tanto quanto demorará confiarmos em nós e no que somos capazes de fazer acontecer. Acreditar que o que sentimos só pode aumentar, deveria bastar para que procurássemos mais. Mais amor. Mais entrega. Mais sonhos em comum. Mais tempo com quem nos acrescenta tempo. Mais chuva que não molha, mas purifica. Mais corpo e toque. Esperar que deixemos de ser apenas nós e que nos multipliquemos no que já sabemos ter, seria simples se o escolhêssemos e visualizássemos

Quando achas que apenas terás mais do mesmo. Quando percebes que já nem precisas de esperar, porque recebeste, mas assim mesmo olhas para o outro lado. Quando te magoas a ti, de forma a que sangres por dentro. Quando deixas de ouvir porque receias que as palavras façam mesmo eco, Quando não queres quem te quer. Então paraste. Sumiste-te. Apagaste-te. Quando não consegues perceber do que falo, lamento, mas já deixaste de existir. Quando és o único tolo da terra e ainda assim não consegues fazer rir, passaste apenas a ser a tua própria sombra e tu sabes que até ela te abandona. Quando não entendes que ainda te amo, tal como antes e que o farei para sempre, então nunca  saberás o verdadeiro poder do amor!


Qual de nós?

dezembro 23, 2016 0 Comments
Fallon:


Qual de nós se anda a esconder, ou à procura do que já encontrou?  Qual de nós pediu para que o outro se fosse e encontrasse um novo amor? 

Qual de nós tinha o que era preciso para fazer isto que construímos dar certo? Os dois, porque sei que também duvidei, duvidei, mas apenas até  me deixar tocar por ti, porque aí soube que não precisaria de mais nada ou ninguém para ser eu mesma e feliz.

Dizem que devemos agradecer tudo o que recebemos, não importa a forma, não importa o tempo que dure e é por isso que agradeço. Agradeço a cada dia por ti, pelo que trouxeste e deixaste ficar para ir usando. Agradeço por tudo o que fui saboreando de ti e contigo. Agradeço pelo olhar novo e pela forma como fui amada. Agradeço, dia sim e dia também, pela capacidade que afinal ainda mantemos de querer alguém, tanto quanto nos querermos a nós mesmos.

Qual de nós dois conseguiu dizer mais e falar mais? Qual de nós tentou manter, com mais determinação, o que já fomos? Qual de nós quis continuar para além do amor, do desamor, das dores e dos revezes? Qual de nós amou MESMO sem reservas? Qual de nós conseguiu ficar com o melhor?

Estou a sorrir agora para ti. Estou a passar-te as minhas energias e a dizer-te, com as palavras que já nem precisas de ler, que está tudo bem, que ficou tudo onde queríamos ambos. Ficou o que valia a pena. Ficámos nós, mesmo que não juntos.

Qual de nós vai lamentar tudo o que sobrou no final? Eu. Tu. Nós...

22.12.16

Fecho de ciclo!

dezembro 22, 2016 0 Comments
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Fecho de um ciclo é o que estamos a ter este ano. Estamos no final de um ano 9! Para alguns são apenas mais umas balelas, mas para os mais atentos, para os que tiveram a capacidade de crescer emocionalmente, faz sentido e é tão natural e claro como o será a água. Quando os ciclos se fecham, deixamos muito para trás. Arrumamos coisas e pessoas e preparamo-nos para seguir em frente. Até hoje sentia-me algo ansiosa pela chegada do ano novo, porque estive a preparar-me de todas as formas que entendo por possíveis para seguir em frente, talvez ainda mais sozinha. Até hoje, desejava com alguma determinação o que me espera, mas já percebi que talvez vá sofrer a minha primeira grande perda e essa, mesmo que já esteja declarada, ainda me vai testar.

Quando amadurecemos. Quando crescemos por nós e connosco em cada percurso, percebemos, de uma forma ou de outra, porque é que as coisas acontecem. Sou forte, oiço isto repetidamente e na verdade terei que o ser agora, quer o consiga ou não, porque as perdas da vida, aquelas que nos levam quem amamos, são inevitáveis no tempo e igualmente inevitáveis na dor que nos provocam.

Este ano está a ser assustadoramente intenso. Este ano trouxe-me TUDO que sempre esperei, mas também me tirou o que tanto desejava. Este ano provou-me que apenas não consigo o que não tentar. Mas este ano está a querer terminar com uma nuvem carregada e mesmo que tenha estado sempre lá, apenas agora se tornou demasiado visível para que possa ser ignorada.

Sou forte, já o repeti também eu vezes sem conta hoje. Sou forte e tenho que me manter assim mais algum tempo!

Presa!

dezembro 22, 2016 0 Comments
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Presa é como me sinto. Presa num corpo que me impele a querer mais, mas que devo segurar, porque ele e eu temos que saber viver um com o outro. Presa quando me apetecia que soubessem como me movo, respiro e toco. Presa porque se me solto, assusto. Presa para que me aprisione do que poderia fazer-me implodir de tanto que acumulo dentro. Presa, ainda, mas sem saber por quanto tempo mais.

A mulher que cresceu e amadureceu transformou-se em alguém que por vezes não reconheço e com a qual tento não entrar em demasiados conflitos. A mulher que adormece e acorda sozinha, mas que precisa mesmo de ter quem a tenha e de ser de quem seja como espera, de sentir quem saiba como a sentir, sem receios e arriscando tudo o que poderá receber. A mulher que ainda nenhum homem teve, porque não sabe como falar do que sente, como sente e do que quase a mata de desejo. A mulher que ficou pronta, mas que não encontra quem o esteja.

Vou manter-me assim, presa em mim e comigo, até que do outro lado da vida que me espera, apareça quem me acorde e faça dormir como preciso para que pare de me parar. Vou continuar a desejar saber quem é a mulher que me grita que usufrua e peça quando sentir vontade. Vou esperar que a espera termine e que o que me incendeia possa ser sossegado. Vou adormecer, hoje, à espera de acordar com as mãos que me tocarão onde o calor me incendeia.

Presa quando a madrugada me chama. Presa, quando me dou prazer sem que me baste. Presa, quando discordo do que tenho, porque é muito, porque é demasiado. Presa por não saber como adormecer sem toque. Presa ainda, mas sabendo que se me fiz assim, alguém terá saber de mim. Presa, por ora e enquanto não permito que o resto de mim comande.

Como estás?

dezembro 22, 2016 0 Comments
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- Como é que estás?

Foi simpático da tua parte perguntar, mas sabes porque pudeste ver, que estou bem e que o nosso tempo, aquele que quase pareceu parar, restaurou-me. Primeiro ocupei-me apenas a tentar sobreviver, depois, e quando percebi que já não voltarias, o meu corpo passou a mover-se determinado e sem nunca se recusar a obedecer-me. Esforcei-me, IMENSO, para não ceder à minha vontade de me fechar e de nunca mais aceitar quem quer que surgisse para me tentar e consegui. Já estou na segunda fase do desamor que se instalou. Já percebi que apenas eu lamentei a nossa ruptura e apenas eu senti, realmente, falta de nós.

Hoje fizeste-me bem, foi tranquilo e parecias apenas um velho amigo. Falámos de tudo, excepto do sentimento que poderia continuar a nutrir por ti. Poupaste-me à sensação de desconforto que certamente iria sentir por já não te amar, é que na realidade pareço ter sofrido tanto, e olha que sofri mesmo, mas curei-me. Ufa! Passeámos juntos, numa caminhada em que parecíamos um casal e em que de mãos dadas me senti protegida e cuidada. Fui, ora falando acelerada de tudo o que me aconteceu, ora calando-me por me sentir envergonhada com tanto sentimento rejeitado. Secaste as lágrimas, sorriste-me para que te sorrisse de volta e quase que consegui ouvir o teu coração bater, de ansiedade, de medo e de alguma tristeza, como disseste, por não saberes como me provar que seria a mulher mais amada do planeta se te aceitasse de volta.

Perdoa-me meu amigo, talvez a perda até seja minha, mas tu um dia encontrarás a mulher que receberá essa tua grandeza de alma e nunca mais olharás para trás, tal como arriscaste fazer comigo e me perdeste. Um dia serei eu a ver-te sorrir e certamente que os sabores serão misturados, pela alegria de te saber feliz e pela tristeza de nunca mais poder ter dias como o de hoje.

21.12.16

Os mal-amados!

dezembro 21, 2016 0 Comments
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Tal como comentava hoje com uma boa amiga, o pior do mundo virá sempre dos mal-amados, porque eles são uma espécie de bactéria sem qualquer antivírus conhecido ou por inventar. Os mal-amados arrasam tudo e todos à sua passagem. Não gostam de nada e culpam o tempo, o mundo, os outros, mas nunca a si mesmos pelo desamor instituído. Os mal-amados, como se percebe, nunca foram amados e por consequência não sabem amar. 

Como se identificam então, para que possamos fugir deles a sete pés? Pois, esta é a parte irónica da coisa, é que na verdade estamos rodeados deles por todos os cantos da nossa vida. Estão em maioria e governam até os governantes. Têm posições de destaque e por isso estamos todos sujeitos às suas garras invisíveis. Nunca têm soluções, apenas problemas e mesmo que tentassem com toda a força que devem possuir, jamais teriam forma de dar uma resposta que fosse, a uma pergunta mais complexa. Para eles tudo tem uma dimensão gigantesca e até os rios correm ao contrário.

Fujam dos mal-amados e fujam de vocês mesmos se apresentarem algum sintoma estranho. Não queiram ter do vosso lado quem nem saiba dar nome ao que aparentemente diz sentir e mais ainda do que fugir, não queiram sequer chegar perto de um ou de uma, porque certamente acabarão contaminados pela negatividade instalada, é que para se ser mal-amado já se calcorreou muitos quilómetros e dificilmente os conseguirão bater.

Se já vivem com um, resta-me desejar-vos muito boa sorte, uma dose reforçada de paciência e sorrisos aos magotes para combaterem a capa negra que os envolve!