25.12.16

Já nada é igual!

dezembro 25, 2016 0 Comments
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Já nada é igual. Agora sei, agora entendo, que ninguém tem que entrar para nos magoar e para que nos sejam testados os limites. Ele chegou e mostrou-me que tinha tudo o que alguma vez me faria falta. Ele chegou e deixei de precisar de chorar para adormecer. Ele chegou e eu soube que era o homem que precisava.


Quem está connosco. Quem pretende ficar para que tenhamos e sejamos mais, deverá acrescentar e ser bem mais do que somos já, apenas nós. Não precisamos de temer a vida no singular. Não devemos querer duplicar, quando ainda não sabemos o verdadeiro sentido do sermos nós, únicos e individuais. Não devemos procurar sons para fugir aos silêncios, porque eles também nos falam e dizem muito.


Já nada é igual, finalmente sosseguei-me. Aprendi a respeitar momentos sem palavras e eu mesma aprendi a não esperar pelos outros, porque as velocidades não serão as mesmas, a energia estará a diferentes níveis e talvez porque sim, porque terá que ser assim. Já nada é igual desde que ele me mostrou que posso, simplesmente, não pensar em nada e não me preocupar com nada. Já nada é igual desde que conheci quem possui a mesma força e clareza de mente. Com ele tudo é simples e natural. Com ele até os olhares fazem sentido e dizem o que o outro precisa de saber. Com ele posso continuar neste novo percurso, de paz e tranquilidade, sem ter que questionar tudo e todos.


Não quero voltar ao antes. Não quero ter que olhar para o que NÃO tinha. Não quero precisar de pedir para ter. Não quero ser apenas eu a querer.


Já nada é igual, nem voltará a ser, desta vez vou poder apenas viver e usufruir. Ele cuidará do resto!

Vícios!

dezembro 25, 2016 0 Comments


Existem vícios bons, os que não envolvem químicos, álcool ou loucuras no geral. Existem vícios que passam pela partilha de palavras, de sons e imagens.  Desejos e vícios em que dou o meu corpo que não podem tocar, nem ver, mas que conseguem antever e imaginar.


Hoje um dos meus vícios é escrever, o que faço compulsivamente, como que para expurgar a alma, limpando-me do karma que me acompanha, se é que ele existe. Escrever é o que necessito sempre de fazer, aqui, agora, hoje e todos os dias. Quando escrevo partilho sentimentos, mudo alguns mundos e  aproximo outros tantos. É desta forma que viajo por diversos continentes, mesmo que apenas da minha cadeira, batendo furiosamente nas teclas do meu computador. Quero que as minhas palavras signifiquem algo, digam coisas, pequenas, grandes, importantes, supérfluas, minhas e vossas e que não permitam silêncios, porque esses sim  é que nos desgastam.

Vícios que não nos corrompem nem maltratam. Vícios que nos deixam a sensação de trabalho bem feito. Vícios que conseguem alimentar o coração e a alma. Vícios que nos permitem continuar a sonhar, mesmo que a vida, por vezes, possa roçar o pesadelo. Vícios que nos trazem pessoas novas e que nos levantam do chão.


Existem vícios que devemos mesmo continuar a manter em nós! 

24.12.16

Contem-me tudo!

dezembro 24, 2016 0 Comments


Contem-me tudo, porque quero mesmo saber!


Sobre o que falam quando conhecem alguém pela primeira vez? Como fica a vossa linguagem corporal e o que vos atrai de imediato no sexo oposto? O que precisa ele ou ela de ter para que as vossas cabeças se voltem e os olhos se fixem? Quero que se abram, pensando nos pormenores mesmo que pequenos.

Haverá certamente um ritual de encantamento e uma vontade de que seja assim ou assado. De que a voz seja firme ou sensual. Que nos envolva com palavras que façam sentido, mas que não sejam ensaiadas. Que entrem em nós com um corpo esculpido e membro pronto. Que o toque, o cheiro e o olhar faça sentido, nos desperte, nos aqueça e permita sonhar outra vez.

Certamente procuraremos todos o mesmo. A outra metade de nós, alguém que pare e que fique. Alguém que possamos encantar e com quem permanecer. "No matter what". É o que eu espero ainda conseguir encontrar. Se puder ser nesta vida por favor, tanto melhor!

Cada dia que passo sem ti...

dezembro 24, 2016 0 Comments
Dance in the rain:



Cada dia que passo sem ti, sinto que acabo mais pobre, mais sedenta do que tanto anseio, mas que o universo teima em não me proporcionar!

Estarei com as baterias mal reguladas ou apontadas para o lado errado? Muito provavelmente, mas não sei como te tirar de mim. Acordo todos os dias a pensar que hoje será o DIA, que hoje chegarei lá e que tu deixarás de ser apenas uma  história, mas os dias vão e voltam sem ti.

Precisava que por uma vez, o mais fácil viesse até mim. Precisava de não ter que começar de novo. Precisava de ti, a quem já conheço, todas as manhas. Precisava de apenas ter os teus sons, palavras e toques. Precisava até dos teus respingos, humores, ciúmes infundados e medos. Precisava de parar de precisar de ti.

O tempo cura tudo! Pois claro que não, são apenas tretas e palavras ocas. O tempo passa sim, mas tal como os rios, mesmo com água renovada, continua a correr pelos mesmos sítios, uma e outra vez.

Hoje é mais um dia, neste sei que ainda aqui continuas e sei também que se entrasses pela porta que agora olho, o tempo voltaria para trás!

23.12.16

Traição é?

dezembro 23, 2016 0 Comments
Japanese artist Kohei Nawa filled a dark room with billowing clouds of foam for this art exhibition in Aichi, Japan:

Traição é MUITA falta de amor, ou um amor tão gasto, que até as nossas reservas de energia se esvaem e nos impedem de voltar a ver quem tanto olhámos antes!

Não me traias com o pensamento, nem me magoes com os desejos de outra pessoa, porque de cada vez que procurares os atributos que admiras em outra que não eu, estarás a dilacerar-me por dentro. Sabes que jamais olharia, duas vezes, para outro homem, porque tu enches e preenches cada pedaço do meu corpo e alma e nunca consigo sentir falta do que quer que seja, se não de ti. Sabes que para mim pertencer a alguém é sobretudo cuidá-la pelo respeito. Sabes que nunca te perdoarei uma traição.

Não vou querer ouvir-te justificar a tua incapacidade de me quereres apenas a mim. Não faço questão de te entender no que toca a esta forma distorcida de amar, porque ninguém ama duas pessoas ao mesmo tempo, poderá quando muito sentir atração, ou simplesmente um desejo muito animal na sua irracionalidade de querer usar ambas as mãos em corpos diferentes. Não me venhas falar dos instintos, da genética e do que foi o homem muitos séculos atrás. Estás a ler isto bem? SÉCULOS! De lá para cá tiveram que evoluir e deixar de pensar em ser o macho do grupo, o que procria com todas as fêmeas para preservar a raça.

Não tens como me explicar de que forma armazenas cheiros diferentes e como os processas de cada vez que estás com outro corpo, porque isso não é natural. Para mim foi e é o teu cheiro que me faz eriçar os pelos em locais que nem sabia existirem e que me fica entranhado até que te volte a ter. 

NÃO me traias. Não me afastes dos teus sonhos. Não vou esperar, nem aceitar, e vou, com toda a certeza das certezas que já consegui ter nesta vida, deixar de te amar tão rapidamente quanto consigas deixar de me pertencer.

Se me traíres não me contes. Se me traíres foge e enfia-te no buraco mais recôndito que encontrares. Se me traíres libertas-me definitivamente de ti!

Quando...

dezembro 23, 2016 0 Comments
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Quando não esperas por nada nem por ninguém. Enquanto não planeias nem arriscas, nunca tens forma de sair desiludido, mas também nunca tens o que saborear. Quando não entendes a diferença entre o certo e o errado. Quando impedes os outros de sentirem o que apenas tu podes despoletar. Quando aceitas que já não estás na corrida para a felicidade. Quando não te conheces o bastante para arriscares, então já desististe de viver!


Confiar em alguém demora tanto quanto demorará confiarmos em nós e no que somos capazes de fazer acontecer. Acreditar que o que sentimos só pode aumentar, deveria bastar para que procurássemos mais. Mais amor. Mais entrega. Mais sonhos em comum. Mais tempo com quem nos acrescenta tempo. Mais chuva que não molha, mas purifica. Mais corpo e toque. Esperar que deixemos de ser apenas nós e que nos multipliquemos no que já sabemos ter, seria simples se o escolhêssemos e visualizássemos

Quando achas que apenas terás mais do mesmo. Quando percebes que já nem precisas de esperar, porque recebeste, mas assim mesmo olhas para o outro lado. Quando te magoas a ti, de forma a que sangres por dentro. Quando deixas de ouvir porque receias que as palavras façam mesmo eco, Quando não queres quem te quer. Então paraste. Sumiste-te. Apagaste-te. Quando não consegues perceber do que falo, lamento, mas já deixaste de existir. Quando és o único tolo da terra e ainda assim não consegues fazer rir, passaste apenas a ser a tua própria sombra e tu sabes que até ela te abandona. Quando não entendes que ainda te amo, tal como antes e que o farei para sempre, então nunca  saberás o verdadeiro poder do amor!


Qual de nós?

dezembro 23, 2016 0 Comments
Fallon:


Qual de nós se anda a esconder, ou à procura do que já encontrou?  Qual de nós pediu para que o outro se fosse e encontrasse um novo amor? 

Qual de nós tinha o que era preciso para fazer isto que construímos dar certo? Os dois, porque sei que também duvidei, duvidei, mas apenas até  me deixar tocar por ti, porque aí soube que não precisaria de mais nada ou ninguém para ser eu mesma e feliz.

Dizem que devemos agradecer tudo o que recebemos, não importa a forma, não importa o tempo que dure e é por isso que agradeço. Agradeço a cada dia por ti, pelo que trouxeste e deixaste ficar para ir usando. Agradeço por tudo o que fui saboreando de ti e contigo. Agradeço pelo olhar novo e pela forma como fui amada. Agradeço, dia sim e dia também, pela capacidade que afinal ainda mantemos de querer alguém, tanto quanto nos querermos a nós mesmos.

Qual de nós dois conseguiu dizer mais e falar mais? Qual de nós tentou manter, com mais determinação, o que já fomos? Qual de nós quis continuar para além do amor, do desamor, das dores e dos revezes? Qual de nós amou MESMO sem reservas? Qual de nós conseguiu ficar com o melhor?

Estou a sorrir agora para ti. Estou a passar-te as minhas energias e a dizer-te, com as palavras que já nem precisas de ler, que está tudo bem, que ficou tudo onde queríamos ambos. Ficou o que valia a pena. Ficámos nós, mesmo que não juntos.

Qual de nós vai lamentar tudo o que sobrou no final? Eu. Tu. Nós...