5.2.17

Estou na outra metade de mim!

fevereiro 05, 2017 0 Comments
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Deixei de estar na outra metade de mim, na metade "", a que questiona tudo e se cansa de procurar respostas e o lugar certo. Sem sol dificilmente conseguiria animar-me, mas até isso deixou de acontecer, porque a verdade é que eu sou muito mais do que aquilo que me rodeia e como o faço, agora, a mim mesma, animo-me e mantenho-me para cima. Deixei de estar em modo desligado e a precisar de ser outra pessoa. deixei de esperar, mesmo que saiba que o continuarei a fazer, apenas sem tempo, sem pressa e sem recusas. Esperar demasiado, sem ser aceite ou reconhecida, magoava-me, mas a minha tranquilidade, sossegou-me e a minha agitação interior abrandou.

Já disse antes, algumas vezes, que me cansava a mim mesma. Que me desesperava perante a minha vontade de estar sempre em movimento e de dar para ter, mas hoje, hoje estou quieta. Hoje não me apetece sequer pestanejar. Hoje estou na outra metade de mim.

Agora, mesmo em dias mais cinzentos, transformo-me, renovo-me e continuo à espera do que ainda vai chegar. Agora, depois de perceber que apenas eu, comigo e em mim, mudo o que não estiver bem e o que não me deixar bem, a metade com a qual lutava parou de me parar.

Estou na outra metade de mim, porque só existe esta para que eu seja quem vale a pena ter por perto. Estou na metade que te aceitou e reconheceu. Estou para ficar, na metade que te receberá quando chegares!

For you!

fevereiro 05, 2017 0 Comments
Antonio Mora:



Hello my love,

I have so many things I´d like to tell you. So many words wondering in my head as strong as every feeling I kept with me.

For you I still have the time, the memories, and this enormous love I´ve learned to carry. For you I have myself, wrapped in more than tears, even if crying may mean more than sadness. For you I have the body you grew to love and which felt yours as if it was the first. For you I still have everything that made you love me, and more.

I see you and feel you every second of my life, and can´t seem to find a way to let you go. I know, because I know you too well, that you are feeling me back, You are dreaming me still and you are wondering where I have gone. I am not leaving. I am not quitting. I am only giving you time to see me through.

I can´t help smiling each time I see your face facing mine. I know, as if it was written in me, that you are the love I need. I know it should be you for me, and it should be me for what I know you have.
For you I have forever and I´ll wait forever until you agree!

I´ll be back with more of the words I am gathering for you.

Love you my person,

S.A

Desejos!

fevereiro 05, 2017 0 Comments
Portrait Photography:


Desejos, tenho uns quantos, muitos por sinal e não abdico deles porque o estaria a fazer de mim mesma. Tenho desejos de amores estáveis e determinados. Desejos que passam por lugares com sentido e que me devolvam o que os sonhos roubam, noite após noite. Tenho desejos, intermináveis, de estar ao lado de quem já estive comigo e que mesmo não o conseguindo tocar, não paro de o sentir.


Se todos os desejos fossem concretizáveis, pensarão alguns, então seríamos naturalmente felizes e prontos para o resto que virá com a vida. Se bastasse termos desejos para sermos desejados, teríamos um por segundo. Se desejar-te, com toda a força de cada um dos meus desejos, fizesse com que me desejasses de volta, não iria querer desejar mais nada.

Eu sei que te desejei, tanto quanto tudo o que veio contigo. Eu sei que recebi, cada desejo sonhado, sentido e saboreado, como se mais nenhum precisasse de chegar. Eu sei que os meus desejos nunca foram impossíveis, até porque tu vieste na forma de um.

Os meus desejos continuam a incluir-te e não tenho que me esforçar para que façam sentido e se encaixem no conseguimos ser, eu e tu.

Parece-me que desejar-te é o que ainda vou fazendo bem, por isso, hoje, amanhã e até que cada desejo seja concretizado, continuarei, determinada, a desejar que os teus desejos também me incluam!

4.2.17

Será que sabes?

fevereiro 04, 2017 0 Comments
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- Será que sabes de que forma me ligas todos os botões e me enlouqueces antes mesmo de me tocares?

Sempre que ele me falava assim, eu acabava a morder os lábios. A minha respiração disparava e controlar-me tornava-se incontrolável. O João também sabia de que forma me enlouquecer, de desejo, e de antecipação. Ele conhecia-me melhor do que ninguém e por isso arrancava e deitava fora a minha necessidade de me esconder, de fingir que não sentia desta forma, tão intensa e deixava-me simplesmente nua, vulnerável e pronta.

- Hoje vais ser minha até me cansar de te respirar. Até que a tua pele te arda e até que as coxas se recusem a abrir-se para mim.

Fui violentamente empurrada para a cama. Vi-o, imponente, enorme, sobre mim e fechei os olhos. Eu sabia o que viria a seguir e tive um medo incontrolável de gritar, porque fazê-lo significaria ter-me perdido deste mundo.

Começou, de repente, a morder-me as pernas, as coxas, os tornozelos, mas mordia mesmo e era tão real quanto o sangue que acabara a escorrer-me, já nem sabia muito bem de onde. Se sentia prazer? Vou ter que responder que sim, porque na verdade o que o João me proporciona não se parece com nada que tenha jamais sentido. É novo, estranho, aparentemente perigoso, com um sabor a pecado, a loucura e a excesso contido. Eu não controlo nada, não consigo rever-me em nada, sou forçada a deixar-me ir. Nessas alturas paro de pensar, concentro-me apenas no que me passa, pela dor e pelo prazer. Por vezes nem o oiço, ou às suas instruções e é forçado a dirigir-me com as suas mãos poderosas, a levar-me para onde teremos os dois o que nunca sobra, o que nunca basta, mas o que vamos querer repetir.

Lamento, mas já me apaguei, quando voltar a mim talvez tente passar-vos o que aprendi a gostar, tanto quanto já gosto de o ter na minha vida!