Feel Me

Querem saber por que razão escrevo, TANTO sobre o amor? Porque mesmo com todas as palavras que já sabemos usar, continuamos a escolher os silêncios, os nossos que se alastram até silenciarem os que ainda teriam alguma coisa para dizer.

O amor, e isso até já sabemos, consegue fechar feridas que a falta dele abriram, curando o que nem a medicina descobriu. O amor é o que somos de cada vez que conseguimos olhar para o outro e inclui-lo no que somos nós. O amor tem tantas formas e formatos, que até eu sou TOTALMENTE incapaz de o esgotar. O amor é o que ofereço de mim quando entendo do que padecem os que o temem tanto que chega a parecer uma pandemia. O amor, como o vejo, é conseguir a cada uma das pessoas que não sabem de que forma falarem sobre o que as arrebata e assusta por não o poderem controlar. O amor és tu e eu quando nos amamos, usando o corpo porque apenas as palavras não bastam para tanto sentimento. O amor é deixarmos ir quem não temos forma de aprisionar por a amarmos demasiado.

Se já entendemos tanto, porque é que ainda sabemos tão pouco?

Amar mexe com cada célula que mesmo não estando visível cumpre, religiosamente a sua função. Nada no mundo é mais poderoso do que esta capacidade absurdamente completa de conseguirmos fazer nascer, matar e morrer por quem nos completa o ciclo e nos confere uma razão para andarmos por aqui. Amar é permitirmo-nos não estar sozinhos, porque a solidão é a certeza de que amámos de forma errada. Amar é o que vou continuar a fazer, passando-o para as palavras que acabarão por chegar a quem fazem falta.

Onde está a pessoa que me amará como se eu fosse a única certeza que resta aos que não desistem de viver?

Vou aprender, ainda nesta vida a atrair quem me veja de cada vez que me olhe e que oiça até quando já não for preciso falar. Vou ser capaz de me provar que já sei do que fala e por isso amo assim, com certezas. Com entrega. Com determinação. Com abnegação e dando o que apenas poderei ter de volta.

Já sabem porque escrevo sobre o amor?

Feelme/O que não tenho forma de ser!Tema:Sentimentos!

O que não tenho forma de ser por não ser a tua mulher!

Tanto que até sabes que sou capaz de dar, mas tanto que fico por dar por não ser a tua mulher. Não te dou o meu tempo, um dos bens mais preciosos, porque respeito cada segundo da minha vida, a mesma que me esforço por melhorar. Não te dou a paz e a tranquilidade que tanta falta te parecem fazer, porque vives num eterno mar revolto. Nadas sem chegar a qualquer margem emergindo para tentares ver o horizonte, mas mergulhando com receio de veres demasiado. Tanto colo, corpo e toque, numa combinação perfeita, como perfeita é a pessoa que amamos, porque a escolhemos de uma forma ou de outra. Tantas coisas pequenas que até sei amplificar e tantas grandes e assustadoras que consigo desmistificar. Tantas certezas que tenho já, para aumentar ainda mais as tuas incertezas.

O que não tenho forma de ser porque não permites, deixa-me a perceber que mesmo tendo reservas infindáveis de tudo, termino os dias com muito pouco. Falamos a mesma língua, usando uma linguagem coerente e fluída, mas raramente dizemos o que o outro precisa de ouvir. Abrimos algumas brechas que ainda não sabemos como fechar e mesmo levantando umas quantas pontas, nunca destapamos por completo o véu. O que não tenho forma de ser por não ser a tua mulher, limita até a vontade de continuar a lutar, e olha que sou uma lutadora nata. Mas, e os mas da vida são isso mesmo, a impossibilidade de visitarmos os lugares com os quais sonhamos. O desespero de nunca mais sentirmos quem tanto amamos e a certeza de que o nosso poder é demasiado pequeno para termos o que nos faz falta. O que não tenho forma de ser por não ser a tua mulher, força-me a continuar uma viagem que já poderia ter uma morada, um nome e um tempo e já acuso um enorme cansaço.

Já foste a minha metade mais importante, agora és apenas a metade que nunca me pertencerá, mas que mesmo não me deixando partida, faz-me mais pequena e pouco importante. Nós somos o que os outros conseguem ver e precisam e a verdade é que não precisas de mim para viver, porque desististe de o fazer.

Se querer adiantasse, eu iria querer hoje que o ontem que tanto nos deu, não tivesse terminado antes do amanhá que nunca chegarei a ver...

Feelme/O que somos!Tema:Sentimentos!

O que somos e o que fazemos aqui, cada um de nós, homens e mulheres, se não nos tivermos? O que somos se nunca formos nós, nem à nossa maneira, vivendo e respeitando convenções que não nos respeitam? O que somos se nunca tivermos coragem para sermos quem conhecemos e sentimos como mais ninguém pode? O que se somos se nos defraudarmos dia sim e dia também, escolhendo não pensar no que não tem forma de nos sair da mente?

Feelme/Vida nova!Tema:Sentimentos!

Vida nova. Regressos. Ruas antigas. Percursos que terão que se reajustar. Outras rotinas. De cada vez que recomeço, regressam, tal como o faço eu a mim mesma, porque preciso e porque não tenho como ser de outra forma.

Não desisti, aceitei, adaptei-me, entendi e sempre que percebo do que se fala, decidir é o que me resta. Não sou só e apenas eu, existirá um outro, alguém que tornou o meu mar revolto, mas que nunca me poderá forçar a escolher o que não me bate, não me entra, o que não me deixa inteira, porque mesmo não sendo apenas eu, sou a que importa.

De cada vez que recomeço, a minha força aumenta e o meu destino afirma-se. De cada vez que deixo de acertar, acabo a saber qual é a forma e por onde terei que deixar de passar.

Duro, difícil, doloroso, só poderá ser a falta de mim, a minha essência a fugir-me, a negação de tudo o que posso e quero dar. A dor de não ser ou pertencer a alguém, será sempre pequena, se comparada com a que sentiria, dia após dia, se tivesse dito que sim, se fingisse não me ver e se sonhasse pequeno.

Eu consigo recomeçar, já o fiz antes e olhem onde estou agora!

Feelme/ Ainda não sei porquê...Tema:Sentimentos!

Já tanto que falei sobre ti. Tenho "gasto" milhares de palavras com mais ou menos sentido, mas sempre comigo dentro e a deixar sair tudo o que me aprisionou e quase impediu de viver. Já me gastei e desgastei a tentar entender quem és, por que razão me arrebataste e porque me arrancaste dos dias que levava vazia, mas tranquila de sentimentos e de forma previsível e segura.

Ainda não sei porquê, mas hoje sei que estou mais resolvida e tranquila. Continuo sem te saber ler, não houve tempo, mas uma vez tendo começado, eu e tu agora passaremos a entender juntos, a ultrapassar este percurso sinuoso e a decidir se paramos ou avançamos para o que nos completará. Metade de mim és tu, isso já eu sei, resta-te a ti perceber e admitir que o que te falta sou eu.

Já entendi que somos nós a fazer trabalhar o nosso motor e que apenas quando nos decidimos incluir alguém, por inteiro nas rotinas que guardamos e preservamos por vezes de forma tão religiosa, é que a vida se mostra e acontece. Entendi e arranjei espaço, consegui visualizar-te e acabei a ter-te.

Ainda não sei porquê, mas continuo a digerir o teu toque. O cheiro que me invadiu e acompanhou todo o dia. Estou a perceber de que forma o teu corpo se adaptou e misturou no meu e como os teus beijos me tranquilizaram a alma. A melhor forma de pôr tudo isto, será talvez como um dejá vu, certamente que já nos tivemos e que formos um para o outro tudo o que desejo nesta e em qualquer outra vida.
Ainda não sei porquê, nem muito, mas sei de todas as palavras que ainda irei derramar contigo e sobre ti, porque amar-te foi o que me trouxe até aqui!

Feelme/Sabes o que me apetece?Tema:Sentimentos!

Sabes o que me apetece? Dizer-te umas poucas e boas, porque mereces, porque foste mau comigo e porque me deixaste assim, sozinha e sem resposta!

Há dias em que me desligo e te dou desconto, mas noutros como o de hoje, em que queria ver-te sofrer. Queria que sentisses as minhas dores e que eu te fizesse tanta falta quanto me fazes a mim. Queria que parasses de te defender de quem não te ataca e apenas me deixasses amar-te.

Raios, que mulher difícil. Quem foi que te magoou, de forma a deixar-te tão azeda e com medo até da sombra?

Permite que te sare. Aceita os meus abraços, aninha-te comigo e usufrui do que te posso dar. Não te vou deixar mal, tenho amor que baste para que o inales e o possas deixar sair pelos poros.

Já respirei fundo. Já me zanguei contigo, mas já voltei a perceber que te quero, muito, e quero que me saibas querer assim também, não me voltando a deixar sem resposta nem sem ti.

Sabes o que me apetece, agora que já lavei a alma? Apetece-me amar-te como só eu sei, e apetece-me ver-te cheia de um prazer que sempre te acrescento. Anda, arrisca, estou a desafiar-te e tu és uma mulher determinada.

Por que razão te escolhi a ti?

Porque me foste destinada e não há nada que me demova do que até sei que vai acontecer!