Feel Me

Feelme/ Não conheço nem reconheço o teu modelo de homem!Tema:Sentimentos! Imagem retirada da internet

Não conheço nem reconheço o teu modelo de homem. Não te sinto, nem vejo, quando e enquanto me mostras apenas as partes feias de ti. Não sou capaz de te descortinar, de cada vez que escolhes os caminhos contrários aqueles que me fariam respeitar-te e sorrir com o teu alegado sucesso. Não és quem eu posso ter amado, porque não tens nada que ame agora.

Alguns, os mais fracos, indecisos e de mal com a vida, irão sempre galgar as etapas mais importantes, reflectindo as falhas na formação, no amor-próprio e na capacidade de se auto-avaliarem. Muitos de nós, acredito que cada vez mais, apenas usarão as partes de si que não as "abanem" demasiado, porque sentirem, quererem e olharem para dentro, mostrar-lhes-ia a versão menos completa e isso seria devastador. Tantos que não parecem pertencer a lugar algum e que não sabem como construir qualquer ponte, isolando-se na mesma ilha em que nasceram e nunca vendo para além do mar que até banha toda a nossa costa.

Não me enquadro no modelo de homem que usa e deita fora, porque não sabe o que fazer com o que as suas mãos tocaram. Não conheço nem reconheço o teu modelo de homem, porque de repente e do nada, passaste a ser invisível, pequeno e sem qualquer relação com o relacionamento que já tivemos. Não me entendo quando pareço ter escolhido quem não tinha NADA a ver com o que considero certo e natural para gente madura e determinada. Não pareço ler-me o bastante quando aparentemente andei a ler-me ao contrário. Não me perdoo a veleidade de me deixar tocar, no corpo e na alma, por quem nunca seria capaz de lidar com o que tenho de maior, eu mesma. Não conheço nem reconheço o teu modelo de homem porque "este" não é o homem que conheci...

Feelme/No depois já não te podes arrepender!Tema:Sentimentos!

A vida é tramada e sabe como nos cobrar, a ferro e fogo, o que não fomos capazes de dar. Adiar nunca será solução, a não ser que o desejo seja matar o que tínhamos. Adiar é dar ao outro o espaço que o levará a escolher novo lugar, outra face na qual tocar e palavras novas para juntar às que terá de volta. Adiar é deixarmo-nos mais sós, sem planos, porque mesmo que achemos que esperar poderá adiantar, apenas nos roubará o tempo que o tempo consome.

No depois já não te podes arrepender, porque quando não amas intensamente logo quando a paixão se instalou. Quando não consegues ver estrelas no céu escuro e sol aberto quando chove sem parar, então não será depois, nunca quando já pensas, repensas, avalias e julgas. Se não te entregas, tu e o coração que o outro consegue encher, nunca mais o terás capaz de aguentar todos os embates, porque eles eventualmente chegarão e implacáveis para te testar. No depois já não te podes arrepender e mesmo que o faças, a viagem já não será pela mesma estrada, nem à mesma velocidade. Hoje foi diferente de ontem e amanhã nem tu sabes como correrá. No depois já não te podes arrepender e é bom que não te arrependas mesmo, porque pior do que não perdoarmos os outros, será não termos como nos perdoar.

A vida é tramada, e algumas dores poderão colar-se para sempre, pelo menos até que nos consigamos lembrar do que arriscámos esquecer, perdendo para ela o que nunca nos saberá devolver...

Feelme/Gosto do que gosto!Tema:Sentimentos!

Gosto do que gosto e cada dia mais!

Sei do que gosto, de que forma consigo chegar lá, às coisas, ou às pessoas. Sei como passei a gostar, e porque foi por aqui e não por outro lado qualquer. Gosto de saber que sou exigente no que toca ao entender tudo, a mim, e aos outros, ou sei do que se fala, ou desato a martelar até que se expliquem. Quando corre mal, aí desisto e pronto, mas não porque seja mais fácil, apenas porque na maioria das vezes não compensa mesmo.

Acho fantástica a sensação de me conhecer ao ponto de saber do que vou gostar, ou não, bastando que olhe, que sinta e que respire. Gosto de tudo o que passei a gostar. Gosto de acrescentar novos gostos e de perceber que alguns até nem pareciam ser tão bons, mas que arrisquei, experimentei e claro está, GOSTEI.

Gostar é bom, de mim então... Se pudesse ficava comigo mesma, amava-me sozinha, abraçava-me sempre que tivesse vontade e dava-me os beijos que considero bons, nem com muito, nem com pouco, na medida certa, tocando-me nos pontos que conheço e ignorando os que me incomodam. Isso sim seria a relação perfeita. Bem, será que tenho que me refrear? Não, nada disso, eu já posso fazer o que quiser, porque sou eu que mando, sou eu que decido, sou eu que começo e termino e é por isso que cada vez gosto mais do que gosto, neste caso, de mim. Escusam de me chamar egocêntrica ou egoísta que eu não me importo nada, porque tudo o que não for verdade e não me reflectir, não me afecta!

Feelme/Mostra-me o teu norte!Tema:Sentimentos! Imagem retirada da internet

Desde que chegaste que já olho para tudo o que tinha antes como NADA, porque foi isso mesmo que sobrou. Afinal de contas não era importante nem sequer dolorosa esta minha falta de amor. Quem nos quer encontra forma de nos ter, ponto final. Eu entendi, caramba, custou, mas foi.

Tu desafias-me, de todas as formas. Tu misturas-te no meu modelo de homem, trazendo ainda mais umas características melhoradas. Tu tens o sorriso e o cuidado que procuro, porque gosto que me sorriam quando e enquanto estou a ser cuidada. Tu transportas uma calma que me acalma a alma, mas me instiga o coração.

Começámos mais uma viagem, eu e tu e a cada dia que passa estou mais pronta para o teu pedaço de lugar, aquele que ainda não conheço nem domino, mas no qual já tenho vontade de me imaginar.

Mostra-me o teu norte. Ensina-me a chegar mais perto e a levar-te o que ainda não recebeste. Mostra-me o teu norte para que a minha viagem seja mais suave e bem-sucedida. Mostra-me o teu norte e eu prometo que irei, direitinha, até onde ainda ninguém chegou!

Feelme/Vou-te deixar, hoje, agora...Tema:Sentimentos! Imagem retirada da internet

A frieza com que a suposta mulher da minha vida anunciou que desistira de mim, ainda me gela por dentro.

- Quem és tu afinal e onde andei eu para não te conseguir ver?

Não julguem que se dignou responder. Segundo ela já dissera demasiado e anunciara, vezes demais, o que agora se tornara inevitável. Parece que as mulheres usam códigos associados aos milhões de palavras que vomitam. Não estou azedo ou a querer que o mundo pague pela minha dor, mas caramba, até um homem distraído merece um aviso prévio consistente.

- Vou-te deixar, hoje, agora. Não aguento mais esta palhaçada.

Epá desculpem-me lá espanto, mas nunca me lembro de ter vivido esta relação no circo. Palhaçada? Ora então foi o que tivemos e eu a julgar que era um casamento, daqueles que levam tempo a cimentar e nos quais construímos coisas válidas, depois de termos passado por todo o stress feminino por causa do vestido, do bouquet, da festa, isso sim uma palhaçada, mas que a maioria de nós, os homens, aguenta de forma estóica. Falhei, está-se a ver que sim. Mas não terá ela falhado também?

Vou-te deixar, hoje, agora. Quando nos largam uma bomba assim, há pouco mais que se possa fazer para além da corrida inevitável, protegendo a cabeça dos eventuais estilhaços. Parece que um gajo não manda nada, não quando é para terminar, porque para as pedir em casamento, fazendo o pino ou saltando de uma avioneta, mesmo sofrendo de vertigens, é o mínimo para que possam fazer inveja à amiga cujo noivo mergulhou para lhe trazer uma pérola virgem. Agora sim já estou totalmente azedo, e com as palavras dela, as que ainda não disse, a martelarem-me a cabeça oca, a que tem a caixa do nada para onde eu todo entraria agora se pudesse e se soubesse onde raio se esconde a puta da caixa.

- Nunca fica pronta a horas quando tenho pressa para ir a algum lugar, mas agora e do nada, já tem tudo à porta e até os óculos na cara, aqueles que me massacrava para encontrar.

Pronto, vai-me deixar hoje e agora, portanto é bom que o aceite e vá até ali sentir pena de mim!

Estar sozinho não é igual a sentir-se só, até porque a solidão é um estado interior e dentro de cada um de nós estarão mundos que nem este mundo entende. As pessoas solitárias procuram o que as multidões não oferecem e que é basicamente barulho. As pessoas solitárias são apelidadas de estranhas e difíceis, mas apenas porque não procuram o que alguns parecem precisar, desesperadamente.

Saber estar só acontece, depois de muitos quilómetros de vida percorridos em função do que somos e esperamos. Nada como momentos nossos e em que ninguém nos força a entender o que nunca fará sentido. É um facto que precisamos todos uns dos outros, ou de contrário estaríamos a viver numa ilha e mesmo que essa ideia possa parecer romântica, convém lembrar que na ilha não existe internet, (nesta altura já uns quantos enrugaram o nariz), mas do que não precisamos é de depender dos outros. A solidão é um estado interior que nos liberta, precisamente porque não dependemos de ninguém para usufruir dela. Os silêncios e o luto pelo qual deveremos passar quando o amor passa por nós, mas não fica, é que equilibra o que quase permitimos que se partisse em mil pedaços.

A solidão é um estado interior que deve ser usado para nos aprimorar e preparar para a selva, é que dela apenas saem os que já sabem que chão precisam de pisar. Os outros, bem, os outros sentem-se apenas sós.