8.11.17

Não há nada de errado com o amor!

novembro 08, 2017 0 Comments
High Angle View of Plants on Wood

Não há nada de errado com o amor, nem com a forma como ele chega aos mais despreparados e desprevenidos, aos que até o queriam e pediam para que viesse, mas que depois não o sabem acolher!

O amor não é complicado nem provoca sensações incontroláveis, somos apenas nós que o  transformamos numa mistura explosiva. Na maioria das vezes não sabemos o que fazer com tanta emoção, complicando o fácil e fugindo do que complicámos. O amor vai continuar a chegar, para todos, porque o pedimos, porque sabemos que uma vez em nós, nos acresce poderes e que tudo se torna mais fluído e menos penoso. O amor vai continuar a chegar até para os que disserem que já tiveram o bastante, que não querem mais, porque precisam de se restabelecer. O amor vai continuar a estar em cada esquina, quando nem o estivermos a ver e talvez nos tenhamos cruzado, nos mesmos lugares, vezes sem conta. O amor vai continuar a fornecer os maiores romances e a forçar tragédias épicas, dores a que muitos não resistirão, mas prazeres que a maioria manterá.

Não fujas, não te deixes apenas passar ligeiramente, pela única vida que conheces. Não tenhas medo de sentir o que mais nada consegue, estando pronto mal acordes para dar todas as voltas que o mundo terá. Não voltes as costas a ti mesmo e se não tiver corrido bem antes, acredita que na próxima terás dado mais um passo e que muito provavelmente o seguinte te levará ao lugar certo.

Não há nada de errado com o amor, com a sensação de amar outro mais do que a nós mesmos, porque os ajustes virão e tudo o que acabares a dar, terá uma volta surpreendente e acabarás a perceber que afinal só te estavas a amar a ti, mais!

Preciso de ti agora!

novembro 08, 2017 0 Comments
"“Depressão é quando você não consegue sentir nada. Ansiedade é quando você sente tudo demais. Sentir os dois é uma guerra constante dentro da sua mente. Sentir os dois significa nunca ganhar”.

É o teu suspirar, o mover de cabeça e a forma como afastas o cabelo que me colocam um sorriso nos lábios. Reconheço-te de muito antes e por isso sei que já te tive, algures, num tempo que se perdeu tal como o fizemos nós. Não sei de que forma te perdi. Não entendo como poderia ter-te arrancado, se não pela morte. Não sei por onde andaste, mas sei que agora estás aqui, outra vez!

Preciso de ti agora e da força com que olhas tudo o que olhamos. Preciso de que me lembres que não sou apenas eu e que já não estou sozinha. Preciso do teu colo e olhar conciliador, envoltos nas certezas que a tua voz me passa, porque de cada vez que te oiço, estou a ouvir o meu coração falar. Preciso de ti agora e não te vou perder, não desta vez, não para que o tempo deixe de correr e apenas me arraste, insegura, até que voltes. Preciso de saber que precisas de mim e por isso mesmo vais continuar a procurar-me, se as nossas mãos se soltarem. Preciso de parar de ter medo, adormecendo com a certeza de que ao acordar estarás e ficarás.

Preciso de ti, mas agora sei que virás sempre que te chamar!

7.11.17

Não sou o teu tipo de mulher!

novembro 07, 2017 0 Comments
Alharkia


Não sou o teu tipo de mulher. Não sou aquela pela qual esperaste e consegues incluir, nas rotinas, nos sonhos e nos prazeres. Não sou a que te faz rir e por norma nem um sorriso te arranco. Não sou quem te faz gemer de prazer e não sou, seguramente, a pessoa com a qual sonhas, agitado, revirando-te na cama que também é minha, soprando palavras que não consigo entender. Não sou o teu tipo de mulher e acho que nunca fui. A nossa relação aconteceu, sempre demasiadas avaliações, num compromisso firmado por todos e que, ambos aceitámos.

Aprendi a amar-te, até aos teus silêncios e olhar carregado, sobretudo para mim. Aprendi a deixar-te ter o meu corpo que sempre me pediu mais, esperando que o fizesse eu. Aprendi a cuidar de tudo o que cuidava de ti e a dar-te os filhos que escolheste ter. Aprendi a ver cada um dos teus pensamentos quando os olhavas, certamente gostarias que fossem de uma outra mulher, da que não conheço, mas já ouvi falar. Aprendi a esperar que escolhesses ir embora, porque acabarás por o fazer.

Não sou o teu tipo de mulher e nem sequer sei como vês, se me achaste, algures pelo tempo em que sonhava com mais convicção, bonita, ou nem sequer isso... Não sou o teu tipo de mulher e já não terei forma de o reverter.

Estou a olhar para as nossas fotografias de casamento e percebo já aí era uma mulher triste, mesmo por baixo de um sorriso que a todos encantou. Não sei em que momento desisti de mim, mas ao fazê-lo tornei-me na que ainda tem mais perguntas do que respostas, as que nunca verá respondidas. Não sou o teu tipo de mulher, e como gostaria de ser vista por ti, um dia que fosse, hoje que estou tão frágil, agora que te olho com todo o amor que ainda te tenho e que desperdiçaste...

Ninguém controla nada...

novembro 07, 2017 0 Comments
Resultado de imagem para destino

Podemos saber o que fazer com o dia, a cada dia, mas controlar a forma como se irá desenrolar, quem chegará e de que forma, ninguém controla. Se pensarmos demasiado, acabaremos a sofrer mais e por mais tempo. Se aceitarmos e tentarmos, de alguma forma, ser precavidos, talvez, mas apenas talvez, consigamos segurar mais cada ponta solta. Ninguém controla nada, nem mesmo como irá gostar ou ser gostado. Talvez nem seja suposto.

Mas... e agora vou-me armar em mete nojo, mas podemos controlar o que fazemos com o que foi feito. Sou das que recusa, TERMINANTEMENTE, não ter um papel activo no meu destino. O que é meu e me muda os dias, terá que ser analisado até à exaustão. Tenho que poder concordar prosseguir ou deixar ir, porque sendo a pessoa mais importante da minha vida e só tendo esta, quero poder vivê-la em pleno, respeitando-me no final.

Ninguém controla nada! Sim e não. Controlamos as escolhas, temos livre arbítrio e ao sabermos ao que nos sabem os sabores que já provámos, ou os mantemos, ou passamos ao lado. Escolhemos de que forma queremos ser tratados e mesmo que seja difícil de entender, ou necessário que o repitamos, over and over again, se é o que nos importa, deve ser feito. Controlamos a dor que nos infligimos, porque se não nos bastar o amor que nos dão, nem a forma como recebem o que oferecemos, então deverá ser arrancado, se preciso for, e direccionado para quem dele precisar. Controlamos as lágrimas, se chorar adiantar muito pouco, ou se chorando nos restaurarmos mais depressa. Controlamos as gargalhadas que nos traz quem nos entende. Controlamos a intensidade no amor que fazemos, se já conhecemos o corpo que nos carrega o coração e a alma.

Ninguém controla nada, se for essa a escolha, porque de cada vez que fazemos alguma, estamos a controlar o nosso destino!


Já parei de fugir!

novembro 07, 2017 0 Comments
affection, blur, close-up


Sei que não me portei bem. Parti, calada, levando comigo todos os medos que se me colaram quando me falaste de ti, dela, de vocês. Mas tu és muito mais do que o passado que viveste e foi errado deixar-me envolver pelo que nunca terei forma de conhecer. Se é comigo que estás, é a mim que queres. Eu sinto o teu amor de cada vez que me olhas. A minha pele arrepia-se sempre que me tocas.  Eu sei que sou eu, mas sou mulher, penso demasiado e...

Não tenho o que insistes em chamar de fantasmas. Não existem gavetas mal fechadas. Tudo o que me atormentava já partilhei contigo. Estou lavada por dentro e capaz de te seguir para outro planeta, se souber que é mesmo comigo que queres ficar, sem sombras e sem passados.

Andavas tão feliz e eu atormentei-te. Ando às voltas no carro e nem sei para onde devo ir, se é que estou a ir para algum lado. Se te perder perco-me e nunca mais volto a ser eu. Tenho que parar com as incertezas e aceitar que chegaste porque me fazias falta.

Liguei-te e o som da tua voz era de genuína preocupação. Querias saber o que tinhas feito, mas na verdade não fizeste nada, nem poderias, porque me tens dado tanto. Voltei até a ti, estavas no mesmo lugar e o teu olhar aflito quando cheguei parecia perguntar-me, com algum desespero, se iria desistir de ti.

- Perdoa-me meu querido, por favor, não quero fugir de ti, estou apenas confusa com o meu desconforto. Diz-me, repete-me todas as vezes que conseguires, que é comigo e por mim que estás.

- Minha tonta linda, mas o que preciso de fazer mais para te convencer?

O abraço foi tão forte que senti os meus ossos cederem, mas não de dor, não como me doeria perder-te. Não vou voltar a fugir, teremos que ser os dois a resolver, juntos, tudo o que nos ensombrar, não há outra forma. O beijo que te dei certamente que te confirmou que estou para ficar. Agora estou!

6.11.17

De manhã sei sempre por que razão te amo assim!

novembro 06, 2017 0 Comments
Roselaine Cruz Poetisa: Delicadezas


De manhã quando partires, acorda-me de mansinho e deixa-me saber. Fala-me ao ouvido e conta-me o que vais fazer. Beija-me os olhos que nunca se cansam de olhar para os teus, e sopra-me nos lábios o sabor que permanecerá comigo até que voltes. De manhã, logo que o dia nasça, acorda-me para que te volte a amar, porque mesmo que a noite tenha sido cheio de nós, precisamos de nos lembrar que queremos ficar.

O amor não é cego, ele vê para além de nós e em primeiro lugar. O amor tem com ele tudo o que nos faz falta, mas nem sempre o sabemos ouvir e entender. O amor é isto que sinto por ti, a calma que me trazes ao coração e a urgência de o ter a bater por ti. O amor é o que me faz grande e capaz de conseguir o que nem sei explicar. O amor é que me mostra a força de que sou feita e sei que vou precisar dela, toda, para te continuar a amar.

De manhã, antes de partires, volta a olhar para mim, porque vou estar a sorrir como sempre faço, oferecendo-te muito mais do que se explica, mas que sentimos ambos. De manhã, ouve a minha voz, a que te dirá as palavras que te manterão ligado a mim até que voltes. De manhã sei sempre por que razão te amo assim!

Saber ou não saber?

novembro 06, 2017 0 Comments
Leonid Afremov 1955 | The Impressionist Lovers | Tutt'Art@ | Pittura * Scultura * Poesia * Musica |


Há muito que esperava pela parte da tua vida que certamente te trouxera até mim. Há muito que me perguntava como poderia um homem como tu estar sozinho. Há muito que as palavras ficavam presas na garganta, porque não queria ser eu a começar!

Continuas a surpreender-me pela sensibilidade e pela atenção com que me olhas e entendes. Tu já sabias que teríamos que avançar e por isso, depois de muitas trocas de palavras sem som, falaste-me do amor que tiveste antes. Marcou-te, como marcam todos os amores, os que correm bem e os que correm mal.

- Amei-a muito, creio que a dobrar, compensando a sua falta de amor.

Esta parte foi incrivelmente dolorosa, mesmo tendo terminado, dói pensar que já quiseste tanto alguém como me queres agora. Não queria ter que te dividir, nem mesmo em memórias ou pensamentos. Ainda não sei a que lugares a levaste e se os estás a repetir comigo. Não sei se é nela que pensas quando olhas para mim. Não sei sequer se nos comparas e se gostarias de voltar atrás no tempo, para que o tempo te permitisse recuperar o seu sabor. Não sei, mas também não arrisco perguntar.

Sinto que estás apreensivo, queres certamente perceber o que estou a pensar. É inevitável que se carregue alguma vida para além da nossa, e eu teria que acabar por saber mais de ti. Foste falando e ficando mais leve, a tensão desaparecera até do teu corpo. Já sorrias e brincavas, tocando-me sempre, talvez para me assegurares de que o passado ficara lá, no passado, mas como para mim não soou assim, sou forçada a disfarçar o desconforto e deixo cair a minha cabeça no teu peito. Ouço o teu coração bater de forma tranquila, enquanto o meu está a mil.

- Estás bem querida?
- Sim estou, obrigada pela partilha.