16.11.17

Dores que doem mesmo!

novembro 16, 2017 0 Comments
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Talvez não estejas a sofrer como eu. Talvez te sintas, finalmente, livre outra vez. Talvez a minha escolha me magoe apenas a mim, mas o que quer que esteja a sentir, terá que ser resolvido por mim!

Dizem-me que estou mais arisca, amarga e intragável. Sopram-me que tenho que voltar a sorrir, dando o que preciso de receber, porque poderei nunca mais me recuperar. Avisam-me que estou a cansar todos e que já não pareço ter nada que me motive. Falam e falam, mas eu não os oiço, não me apetece e não quero alimentar-lhes o que julgam estar a ver. São transparentes e mudos e estão apenas a impedir-me de usufruir do tempo que me reservei, e preciso de muito.

Não sei por onde andas agora e com quem falas. Não sei como acordas e de que forma estiveste nas noites que me pertenciam. Sei tão pouco e talvez tenha que ser assim para que deixes de o ser. Não sei o que fazer, mas um dia certamente que me terei de volta.

Já acreditei que tínhamos o amor que nos assentava, mas não encontrei forma de te incluir não desistindo de mim e do que vejo para além do que sou agora. Já quis parar-me para que coubesses na minha vida, mas sei que to iria cobrar no futuro. Já foi fácil e bonito, mas agora a dor apagou tudo...

Se ao menos me quisesses...

novembro 16, 2017 0 Comments


Queria que pudesses ser assim, como te desejo e a seres meu quando precisasse. Queria que me pudesses abraçar, na rua, sem medo de que os teus medos se transformassem em realidade. Queria que gritasses o meu nome no cimo do prédio mais alto, para que todos pudessem saber do que apenas eu acredito ser verdade. Queria ser diferente de todas as outras e que nunca me comparasses. Queria que me quisesses assim, como te desejo...

Vou sempre jurando que os teus beijos são únicos e que te sabem ao que sinto. Arranjo maneira de acreditar no que me digo, e digo-me sempre o melhor sobre ti. Encontro desculpas para o que não fazes e motivo o que acabas a fazer, mas apenas porque te pedi. Apago os momentos mais feios e escolho as escolhas mais fáceis... Mas porque é que não podes ser assim, como preciso?

Ainda não trocaste o meu nome, mas quase que consegui sentir outro som e certamente que com ele viria a que te deixa apagado, até quando sorris para me tranquilizar. Não preciso, não agora, de ter certezas, mas sei, como sabem os que amam sozinhos, que não é por mim que esperas. Ainda não me falaste dela, mas sei que está em tudo o que esperas. Ainda não te tive em pleno e até o meu corpo reclama de quem está não estando.

Queria que ao menos me quisesses como há tanto espero, mas recuso pensar que será sempre assim. Não sei o que acabará por doer mais, a dor que está comigo diariamente, ou a que virá quando já não estiveres. Não pareço saber coisa nenhuma , nem mesmo o que sou quando acho que te tenho.

Se ao menos me quisesses...

Os arrojados de serviço!

novembro 16, 2017 0 Comments
Cliff diving in O'ahu. There are worse ways to spend a Thursday. #Hawaii


Será que os arrojados serão sempre os mais bem-sucedidos? Terão alguma substância no ADN que lhes permita ver o mundo de forma diferente, com mais motivação e menos obstáculos?

Não sei do que são feitos os que se fazem, por si, numa busca constante do que lhes faz sentir que têm um propósito maior, uma meta para corridas mais longas e menos a direito. Sei que em comum carregam uma alegria que poucas pessoas conseguem escurecer. São os animados crónicos, aqueles que nos trazem um desejo de também nós fazermos algo extraordinário. São os que nos impelem, com sorrisos seguros, a perseguirmos os nossos sonhos, não importa o grau de loucura associada. São os que gosto de ter por perto, porque me alimento de cada palavra e elas têm um sabor a que sabem muito poucas. São eles que me dizem, por tudo o que conseguem, que também eu conseguirei subir mais alto, não tendo que olhar, o tempo todo para baixo, até porque cair nem sempre será a equação mais provável.

Os arrojados de serviço deixam-nos de boca aberta, de olhos esbugalhados e com um formigueiro bom, que nos faz até correr, porque andar nunca parecerá o suficiente. O arrojo pode vir em formato de músicas que nos entram dentro. De pinturas que nos impedem de olhar para qualquer outro lado. De histórias, poéticas ou em prosa, que parecem ter sido criadas para nós, se pelo menos também conseguíssemos arrojar. Os arrojados são os que permanecem para além do tempo que vivemos e que parecem ter entendido o que ainda procuramos, conseguindo, por vezes,  fazer arrojar mais uns quantos. Quando os encontramos e reconhecemos, percebemos que as subidas a montanhas escarpadas, os saltos de ravinas sinuosas e o cruzar de oceanos revoltos poderão apenas ser o princípio de tudo o que iremos, também nós, os menos arrojados, fazer um dia!

Escolhi escolher-me...

novembro 16, 2017 0 Comments
the voice in my head, self-portrait by Cristina Otero. Senju-HiMe.deviantart.com on @deviantART


És muito do que preciso e assim mesmo pareces ser demasiado. Estás sempre para mim e consegues sossegar o meu coração cansado, mas queres mais e eu não sei como o dar!

Ainda tenho tanto para percorrer, lugares que preciso de ver sozinha e planos que foram passando por mim. Estava pronta para começar a minha viagem interior, parando de cuidar e sendo eu a personagem principal, mas apareceste tu, o homem que bem pode ser o da minha vida, mas que não quero encaixar, não agora e não ainda...

Escolhi escolher-me, porque é mais fácil e porque  a velocidade que me imprimir será apenas regulada por mim. Amar é cuidar em todos os momentos. Amar é saber quando ir, dando o que o outro precisa. Amar tem que vir com uma enorme entrega e não apenas com momentos fugazes. Amar é tudo o que já conseguiria fazer, porque amar-te é tão fácil, mas escolhi não nos escolher.

Escolhi escolher-me e sei que te vou magoar, numa dor que voltará direitinha para mim, mas enquanto não souber o que me espera do lado de lá da vida que planeei, vou apenas magoar-me a mim muito mais. Tu sabes que não existe ninguém por resolver, apenas eu mesma e a minha vontade de chegar onde já me vi. Tu sabes o quanto me esforço para ser mais inteira, segura e determinada e se fraquejar agora, permitindo que cuides de mim, talvez nunca mais tenha como voltar.

Escolhi escolher-me e dizê-lo foi dos momentos mais difíceis da minha vida. Sei que entendeste, mas as lágrimas, tuas e minhas, fizeram-me duvidar do que já pareço ter tão determinado e previsto. Escolhi escolher-me e espero não me arrepender!

15.11.17

Existem pessoas a quem amaremos para sempre!

novembro 15, 2017 0 Comments
{Martha Medeiros} Pois, diante desse imenso ponto de interrogação que é o futuro de todos nós, reformulei minhas crenças: estou me dando o direito de não pensar tanto, de me cobrar menos ainda, e deixar para compreender depois. Desisti de atracar o barco e resolvi aproveitar a paisagem..


Existem pessoas sem as quais não podemos viver, mas a quem temos que deixar ir. Temos, uns quantos de nós, seres que entram na nossa vida, para nos trazerem bem mais do que conhecíamos. Temos almas que as nossas já conheceram antes, mas continuam sem saber como encontrar. Existem amores que nos matam por dentro pelo muito que nos fazem sentir, mas assim mesmo não conseguimos manter...

A oportunidade que a vida nos dá, de nos conhecermos melhor, de sabermos quem somos e o que nos faz felizes, é tão preciosa, que deveríamos agradecer sempre e para sempre, mas mesmo que saibamos tudo o que é suposto aprender, é inevitável que a dor se instale de cada vez que temos que deixar alguém ir.

Existem pessoas que nos balançam a imagem que tínhamos de nós mesmos, e que nos provam muito mais do que décadas de caminhos percorridos, muitos deles de forma aparentemente segura. Existem pessoas a quem vamos amar para o resto do tempo que nos restar e delas nos alimentaremos sempre que a fome interior se instalar, a que quase nos rasgará por dentro, numa solidão que só entenderemos quando levantamos a cabeça, paramos de chorar e aceitarmos. Existem pessoas assim, tão mágicas, que a magia volta a ser credível e a fazer parte de nós. Existem pessoas que nos devolvem tudo o que perdemos, quando a inocência se foi e a sobrevivência passou a colar-se ao resto.

14.11.17

As relações são muito mais do que mostram!

novembro 14, 2017 0 Comments
Retrato em branco e preto


Descubro-te a cada passada. Vejo-te, melhor agora, de cada vez que te olho. Sinto as palavras que usas e consigo encaixá-las, dando-lhes sentido. A tua pele tem marcas e sinais que já encontro e os teus lábios deixaram de carregar segredos, mesmo quando prolongas os sons ou usas os silêncios.

Não sei de que forma nos aproximámos, nem porque teremos sido nós, um com o outro, mas o teu sabor é o que se mistura, de forma perfeita, em cada um dos que já tenho!

As relações são sempre mágicas, até as que não funcionam, porque duas pessoas têm demasiado vida para acrescentar. Duas pessoas são um caminho que nem sempre sentiram suave, mas que lhes foi "oferecendo" cada uma das almas que o cruzaram. As relações são muito mais do que mostram e queremos que se veja.

Os inícios são de uma descoberta desconcertante, de um encontrar de sonhos, ou derrapar de vontades. Tanto que fizemos e tanto que fomos deixando por fazer, até que, do nada, como se estivesse escrito, e até poderá está-lo mesmo, surge não a metade, mas a parte inteira que a nossa gostará de reconhecer!

Quando amar dói...

novembro 14, 2017 0 Comments
Mistério


Amar mão deve doer. Mas o desamor, a falta de pele e os beijos que não conseguimos encontrar, esses fazem doer almas cansadas. Amar é muito mais do que aquilo que vivemos, ele carrega o antes, o agora, as dúvidas, os lugares comum, os medos, sobretudo de nunca pararmos de o sentir. Amar é ter que levantar de onde estávamos seguros e permitir que a vida flua e siga o seu curso.

Não parecemos ter forma de estarmos connosco, o tempo todo. Não sabemos, não ainda, de que forma termos um lugar-comum, o meio-termo, aquele que não nos deixa com a sensação inevitável de vazio. Ainda não conseguimos falar do que terá que ser feito, quando e como. Gostamos demasiado dos nossos momentos e para não os estragarmos, adiamos o que eventualmente se tornará inadiável.

Começo os dias contigo, sabendo do que te ofereceu a noite, mas nem sempre corre bem, por vezes desesperas demasiado com a minha falta, e outras existirão que me mantenho eu em claro, pedindo o que não pareço conseguir.

Quando amar dói, sentimos o rasgar de dentro para fora e os fantasmas juntam-se, todos, numa enorme celebração, para nos testarem os limites. Quando amar dói, ainda não temos certezas. Quando amar dói, os momentos a sós parecem a quatro dimensões e há muito pouco que o outro possa fazer para nos sossegar, mesmo que tente.

Se amar, amando-te, continuar a doer assim, não sei se consigo continuar!