22.12.17

Esbarrámos um no outro!

dezembro 22, 2017 0 Comments
Couple eating ice cream cones by Gable Denims on 500px


Esbarrámos um no outro, assim, do nada, cada um na sua vida, quase sem nos vermos, não fosse o teu telefone ter tocado, bem perto de mim, arrancando-me dos meus pensamentos!

- Olá miúda.
- Olá para ti também.
- Caramba por onde tem andado escondida uma mulher tão bonita?
- Não estou escondida, tu é que andas distraído.
- PIMBA, toma lá. Nunca perdoas uma, estás igual.
- Igual não direi, mas continuo a mesma, por dentro.
- Só se for por dentro, porque por fora...

Se não te parasse, se não te conseguisse desviar o foco, irias certamente ficar a bater no mesmo o resto da tarde. Bonita, boa e mais do mesmo.

- Anda que te pago um gelado, está um calor daqueles.

A conversa acabou a ser bem agradável, falámos dos amores que se foram, dos que andam a espreitar, das prioridades e da vontade de assentar, de parar de procurar, de saber quem fica e porquê...

- O que andamos nós a fazer?
- Não percebi.
- Porque não voltamos a tentar? Já nos experimentámos.
- Credo homem, que maneira de falar.
- É mentira? Eu sei qual é o teu sabor e ainda não encontrei outro igual.
- Como eu só eu mesma e isso não é necessáriamente bom.
- Muito gostas tu de relativizar, de não te pores no degrau certo, isso é o quê, medo? Tu sabes bem o que vales e o efeito que tens nos homens.

Não me apeteceu reiterar mais nada, estou cansada de ter argumentos, de saber tudo, de ter respostas na ponta da língua, por isso permiti-me relaxar, comer o gelado que estava fabuloso e ainda lavar os olhos, porque continuas bom como o milho, mas não o vou dizer nem que me torturem, era só o que mais me faltava, um gajo com o ego inflamado!


Não deixes que me vá de vez.!

dezembro 22, 2017 0 Comments
"20150426 Figure" - Yanjun Cheng, 2015 {cropped digital painting detail}


Não deixes e não permitas que outra tome o meu lugar, porque com o meu cheiro apenas eu. Com a voz que te chega dentro, que vai, volta e revolve cada parte de ti, apenas a minha.

Não deixes que me vá de vezNão deixes que pare de te querer desta maneira e que desista.
Não passes demasiado tempo sem me lembrares porque razão te quero. Não pares de me soprar as palavras que sempre te reconheci e que sei serem feitas, de encomenda, para mim.

Ai que o planeta se moveu, mesmo. De repente tornou-se tão claro o que preciso, que até poderás correr Seca e Meca, subir para além do que os meus olhos alcançam, que eu continuarei a querer que não deixes outra tomar o meu lugar.

É simples, fácil e incrivelmente natural que sejas tu, desta forma, até porque o meu corpo o reconhece e aceita.Se será à minha maneira, se será aqui, nesta vida, para ficar, não sei e confesso que me importa muito pouco, porque eu vivo o agora, absorvo tudo até última gota e percebo que se me chegou desta forma, foi porque o mereci.

Não deixes, não antes de me voltares a ter, que outra tome o meu lugar. Depois, depois podes viajar outra vez, porque eu saberei como e onde te encontrar!

Ter-te continua a ser o que tenho!

dezembro 22, 2017 0 Comments


Ter-te já foi uma certeza, um lugar e um modo de vida. Ter-te era o que me passava a vontade de continuar, assim, eu e tu, em cada momento que criávamos e tanto que fizémos. Ter-te era parar de procurar, parar de lutar e não ter o que tivesse nome, cara e toque. Ter-te deixava-me em alta, assim que acordava e te via. Ter-te eram todas as palavras que trocávamos com sentido e tanto sentido fazia termo-nos...

A tua pele ainda parece tocar a minha. O teu cheiro está impregnado em mim e até a tua gargalhada
sonora ainda me faz rir. Nada do que eras e representavas parece ter passado ou deixado de existir. Nada do que imagina se revelou errado, foste apenas tu que não conseguiste ficar.

Vou continuar à procura do amor, nos mesmos lugares e com as mesmas características. Vou continuar a querer que o meu coração se encha e me preencha, porque apenas ele me deixa capaz de todas as proezas do mundo. Vou querer que o seu sabor se misture no meu e que me vás recordando, tal como ainda faço contigo.

Ter-te continua a ser o que tenho e assim vai permanecer por mais algum tempo, talvez até quando outro de dê, exactamente o mesmo que conseguiste!

19.12.17

Cartas de amor!

dezembro 19, 2017 0 Comments
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Parece que já ninguém as escreve, as cartas de amor, mesmo que muitos ainda preservem as que foram trocando, quando colocar sentimentos no papel era o que existia de mais profundo!

Hoje a minha querida Danda enviou-me umas cartas de amor de Ludwig Van Beethoven.

"Meu anjo, meu tudo, meu eu"...

Quando sentir é algo que nos corrói por dentro, sobretudo se não for partilhado, teremos que nos libertar, deixando voar as palavras que chegarão até à outra parte de nós e terão eco.

" O amor tudo exige e ele tem razão".

O amor é por norma doloroso, assim o foram escrevendo e descrevendo os poetas, os de ontem nas suas cartas e os de hoje nas letras das inúmeras canções que lhe dedicam. Não sei se dói porque tem que ser e porque alguém assim o determinou, ou se dói porque não o sabemos replicar e nos esforçamos mais do que deveríamos, ou menos do que nos caberia. Não sei porque não nos chegam amores suaves, tranquilos e a saberem do que podem dar. Não sei porque complicamos o aparentemente fácil, apenas porque escolhemos a estrada mais longa e os movimentos mais pesados.

"Meu Deus, porque tenho que estar separado de quem amo"? "O teu amor fez de mim o mais feliz e mais miserável dos homens"...

E é isto, o de sempre, ontem e hoje. Somos os eternos sofredores e parecemos alimentar-nos do que magoa bem mais do que tudo o resto. Irra, chiça, que triste fado, mas então não podemos apenas amar e pronto?

Gosto de cartas de amor. De as ler. De as imaginar, as que foram escritas e reescritas. As que escrevi, em acessos de amor assolapado e de todas as que recebi, cheias do que acreditava ser a única verdade possível.

Obrigada minha querida Danda. Hoje deixaste-me a sonhar mais um pouco, quem sabe com umas quantas que ainda irei receber!

Até que começas bem, mas depois...

dezembro 19, 2017 0 Comments
Why simple clothing and simle lights work best for BW!


Até que começas bem,  mas depois e sem saberes porquê, parece que ficas sob o efeito de um feitiço, de drogas leves, ou atacada de uma burrice natural. Talvez tudo passe por não seres assim tão perfeita, mas a verdade é que mesmo começando bem, os finais nunca são os esperados!

Por vezes dizem-te que esperas demasiado, que te iludes e que te apaixonas à toa, bla bla bla, NADA disso. O que fazes é sempre natural e lento, como aquela kizomba fantástica com passos certos, mas mesmo assim... Venha quem te explique de que forma se encetam relações agora, quem sabe não aprendes e não te tornas numa predadora. UI, isso é que seria um cenário admirável, irias vê-los a cair, um a um, com enormes desgostos amorosos. Não seria difícil, bastaria que te pusesses a jogar, que dissesses sempre o contrário do que estivesses a sentir, que te fechasse em copas e te tornasses demasiado cara.

Olha que já foste mais avessa e até juravas, a pés juntos e sem fazer figas por detrás das costas, que nunca te porias a enganar alguém, usando-o, ou os, a teu belo prazer, mas quando a solução para determinado erro não funciona, há que mudar as estratégias, certo? Estás a olhar para mim com aqueles olhos esbugalhados, mas de sorriso maroto. Estás neste momento com aquele ar de quem considera, de alguma forma, uma mudança de comportamento, porque a verdade é que se te tornares uma matadora, vais certamente acabar a ter quem te venha comer, não às mãos, mas aos pés mesmo. Gostaste da ideia?

Aos dezanove dias do mês de Dezembro...

dezembro 19, 2017 0 Comments

•D R E A M S•

Nunca uso palavras em vão, mesmo que as use diariamente e nas mais diversas formas. Nunca me gasto ou desgasto, não demasiado tempo, a tentar explicar o que alguns NUNCA serão capazes de entender. Não, porque não são. Não, porque não têm uma grama de sensibilidade e bom senso. Não, porque são demasiado pequenas e apenas conseguem ver até onde alcançam (não se lembram de sequer subir a um banco). Não, porque não me apetece. E porque nunca digo mais do que devo, faço questão de dizer apenas o que significar o que pretendo, assim sendo, aqui vão os meus votos para todos e cada um de nós:

Não vou falar do Natal, esse há muito que foi desvirtuado e até prova em contrário, não me entra, não neste formato. Vou, isso sim, falar de mais um final de ano, porque ele está aí, já, já ao virar de mais uma enorme esquina. Não se esqueçam que tiveram cerca de 365 dias, mais coisa menos coisa, para se decidirem, primeiro ponto. Depois para visualizarem e só depois carregarem as certezas. É MUITO TEMPO, não têm desculpas. O tempo é o que fazemos dele e só deverá estar quem importar, mesmo.

Não vou falar da ceia, nem sequer das prendas que adquiriram com enorme esforço alguns e com total alheamento outros, apenas para parecerem bem, porque quem é verdadeiramente importante para nós, não tem um dia, nem dois e muito menos os calendarizados, tem todos e em cada um podemos fazer TUDO. Vou falar dos balanços. De cada um dos dias em que puderam fazer tudo diferente e apenas repetiram, uma e outra vez, os mesmos erros. Vou falar da segurança interior que carregam os que sabem o que dar para receber. Vou falar dos que não se deixam corromper com desculpas indesculpáveis, porque a nós, os crescidos, não pode ser permitido tudo. Vou falar daqueles com os quais não conseguimos contar para nada, simplesmente porque não contam na nossa vida, não existem, apenas se misturam, na esperança de que se veja para lá do que são. Vou falar dos de alma perdida, porque não saberão como se restaurar, nem nesta nem em muitas outras vidas e sim, sou pessimista em relação a uns quantos.

Aos dezanove dias do mês de Dezembro, perdi alguns segundos a desejar que sejam melhores em 2018. Mais genuínos. Mais honestos. Mais leais, primeiro convosco e depois com quem também fizer parte do vosso mundo, e ainda mais generosos, quem sabe assim não se redimem de todo o mal que se infligem, porque os outros continuarão, nas suas vidas, mas a vocês restará apenas arrependimento e ele por vezes mata. Hoje, tal como em todos os outros dias da minha vida, dou sempre o melhor de mim e recebo em troca mais dias de sol na alma, a que alimento com todo o cuidado para que nada me falte quando parar de os contar.

Vou desejar-vos um excelente final de ano e que ele possa ser o reflexo do que já aí espreita!

18.12.17

Quando menos se espera!

dezembro 18, 2017 0 Comments
Woman Kissing Man Holding Guitar Beside Beach


Quando a relação, mesmo que desconfortável e a correr de forma errada  se vê confrontada com um terceiro elemento, o nosso mundo começa por ruir primeiro e só depois é que conseguimos pensar e sentir!

Quando não planeámos que entrasse alguém para nos resgatar, porque nos sentíamos confortáveis na nossa infelicidade, não tendo o que já nem sabíamos se fazia falta, acertar os passos e decidir torna-se mais doloroso do que a dor que nos assolava antes e com a qual já sabíamos viver. Quando menos se espera, ou quando já deixáramos de esperar por um milagre, aparece quem nos consegue sentir, quem nos vê, mesmo e quem nos arranca os pés do chão. Mas e que fazer quando não somos apenas nós? O que dizer a quem também já era tão miseravelmente infeliz quanto nós, mas que simplesmente deixou de saber como nos deixar ir? Quem escolher e o que mudar para que possamos mudar, voltando a viver? Quando menos se espera, chega quem nos lembra que a vida é mais do que acordar e adormecer. A vida terá que ser feita de emoções que nos emocionem, que nos movam cada músculo, até e sobretudo o da barriga, deixando-nos com um frio saboroso e com a certeza de que estamos no lugar certo e melhor ainda, com a pessoa certa.

O que se pode fazer quando a única pele que queremos sentir não nos pertence? O que dizer quando apenas precisamos de correr, na direcção contrária e abraçar quem nos acordou de um sonho que prolongámos demasiado tempo? Como saber se está certo, e se podemos por uma vez que seja, pensar apenas em nós?

Não podias ter vindo mais cedo, quando era apenas eu e quando a minha felicidade dependia apenas do que sonhava? Não podias ter-me acordado, logo depois de adormecer? Não podias ter-me salvo de mim, quando me atrevi a mergulhar sem olhar? O que faço contigo agora?