23.12.17

Sem tempo para mim...

dezembro 23, 2017 0 Comments


Nunca sabemos quando podemos, de repente, ficar sem tempo, sem chão, ou sem projectos, porque todos os que nos atrevemos a fazer, por vezes simplesmente caiem.

Aprendi a deixar-me ir, sem demasiadas promessas, apenas a ser todos os dias mais um pouco. Vou-me levando e ajudando a que saiba onde pisar, mesmo que erre pelo caminho e é claro que erro muitas vezes ainda. Parece-me demasiada pretensão achar que controlo alguma coisa, mas se perder a convicção de que o faço quando o desejo, passarei a sentir o tempo fugir-me, mais rápido do que o faz já.

Não quero ficar sem tempo para mim. Não posso deixar para trás o que me faz feliz, mais completa e capaz de superar cada revés. Não quero tornar-me amarga, zangada com o mundo e com quem parece proliferar de forma negativa, como o fazem alguns cogumelos selvagens, muito bonitos à vista, mas extremamente perigosos e até mortíferos. Não quero deixar de querer quem me quis, sem que o pedisse, mas que acabou por se instalar.

Sem tempo para mim deixou de ser desculpa e mesmo que nunca a tivesse usado, conscientemente, agora todos os segundos que sobrarem serão meus primeiro. Poder, só que seja olhar para onde há verde e brilha o sol, sem que nada ou ninguém me cobre, e de forma tão tranquila que sinta rejuvenescer cada célula, passou a ser uma prioridade e um desejo que sei como manter vivo. Sem tempo para quem amo também não será mais possível, porque o que faz de mim este ser que parece ter reservas infindáveis de amor, é todo o amor que sei que me tem. Sem tempo para o meu tempo, "never again", já tenho o calendário bem delineado, agora só tenho que o seguir, olhando-o todas as manhãs, não vá o meu cérebro pregar-me partidas.

As promessas que precisamos de aprender a cumprir terão que ser as nossas, porque depois de o conseguirmos, nada mais voltará a ser tão difícil que nos afaste, irremediavelmente, de nós. Eu comecei a fazê-lo, no primeiro dia do resto da minha vida!

O que posso contar, sobretudo a ti...

dezembro 23, 2017 0 Comments
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O que posso contar, entre muitas outras coisas que te incluem, é que pensar em ti me deixa tão tranquila que dou comigo a achar que me dopei e que tens alguma substância que entra no meu sistema, que se mistura com o meu sangue e flui de forma tão natural que pareces estar em tudo o que sou e faço!

Posso sempre contar, mas não a muita gente, que me forneces toda a energia que move o meu corpo, e que a forma como me vês me deixa a acreditar que sou realmente assim e que valho a pena, pelo menos para ti.

Já te respiro, sei de cor cada pedaço de ti, consigo guardar a tua voz e ouvi-la, de cada vez que não te tenho, sempre que te afastas demasiado e me encolho, com um medo que ameaça crescer, se imaginar que não voltarás.

O que posso contarsobretudo a ti, é que já importas demasiado, que és quem procurei muito antes de saber que precisava e que contigo não receio o que mudará, nem o que terá de ser ajustado, porque todos os momentos que nos couberem servirão para entendermos o que somos juntos e até onde poderemos ir.

Não te quero contar tudo, não de uma vez só, por isso vamo-nos contando, um ao outro, sempre que chegar a hora!

22.12.17

Esbarrámos um no outro!

dezembro 22, 2017 0 Comments
Couple eating ice cream cones by Gable Denims on 500px


Esbarrámos um no outro, assim, do nada, cada um na sua vida, quase sem nos vermos, não fosse o teu telefone ter tocado, bem perto de mim, arrancando-me dos meus pensamentos!

- Olá miúda.
- Olá para ti também.
- Caramba por onde tem andado escondida uma mulher tão bonita?
- Não estou escondida, tu é que andas distraído.
- PIMBA, toma lá. Nunca perdoas uma, estás igual.
- Igual não direi, mas continuo a mesma, por dentro.
- Só se for por dentro, porque por fora...

Se não te parasse, se não te conseguisse desviar o foco, irias certamente ficar a bater no mesmo o resto da tarde. Bonita, boa e mais do mesmo.

- Anda que te pago um gelado, está um calor daqueles.

A conversa acabou a ser bem agradável, falámos dos amores que se foram, dos que andam a espreitar, das prioridades e da vontade de assentar, de parar de procurar, de saber quem fica e porquê...

- O que andamos nós a fazer?
- Não percebi.
- Porque não voltamos a tentar? Já nos experimentámos.
- Credo homem, que maneira de falar.
- É mentira? Eu sei qual é o teu sabor e ainda não encontrei outro igual.
- Como eu só eu mesma e isso não é necessáriamente bom.
- Muito gostas tu de relativizar, de não te pores no degrau certo, isso é o quê, medo? Tu sabes bem o que vales e o efeito que tens nos homens.

Não me apeteceu reiterar mais nada, estou cansada de ter argumentos, de saber tudo, de ter respostas na ponta da língua, por isso permiti-me relaxar, comer o gelado que estava fabuloso e ainda lavar os olhos, porque continuas bom como o milho, mas não o vou dizer nem que me torturem, era só o que mais me faltava, um gajo com o ego inflamado!


Não deixes que me vá de vez.!

dezembro 22, 2017 0 Comments
"20150426 Figure" - Yanjun Cheng, 2015 {cropped digital painting detail}


Não deixes e não permitas que outra tome o meu lugar, porque com o meu cheiro apenas eu. Com a voz que te chega dentro, que vai, volta e revolve cada parte de ti, apenas a minha.

Não deixes que me vá de vezNão deixes que pare de te querer desta maneira e que desista.
Não passes demasiado tempo sem me lembrares porque razão te quero. Não pares de me soprar as palavras que sempre te reconheci e que sei serem feitas, de encomenda, para mim.

Ai que o planeta se moveu, mesmo. De repente tornou-se tão claro o que preciso, que até poderás correr Seca e Meca, subir para além do que os meus olhos alcançam, que eu continuarei a querer que não deixes outra tomar o meu lugar.

É simples, fácil e incrivelmente natural que sejas tu, desta forma, até porque o meu corpo o reconhece e aceita.Se será à minha maneira, se será aqui, nesta vida, para ficar, não sei e confesso que me importa muito pouco, porque eu vivo o agora, absorvo tudo até última gota e percebo que se me chegou desta forma, foi porque o mereci.

Não deixes, não antes de me voltares a ter, que outra tome o meu lugar. Depois, depois podes viajar outra vez, porque eu saberei como e onde te encontrar!

Ter-te continua a ser o que tenho!

dezembro 22, 2017 0 Comments


Ter-te já foi uma certeza, um lugar e um modo de vida. Ter-te era o que me passava a vontade de continuar, assim, eu e tu, em cada momento que criávamos e tanto que fizémos. Ter-te era parar de procurar, parar de lutar e não ter o que tivesse nome, cara e toque. Ter-te deixava-me em alta, assim que acordava e te via. Ter-te eram todas as palavras que trocávamos com sentido e tanto sentido fazia termo-nos...

A tua pele ainda parece tocar a minha. O teu cheiro está impregnado em mim e até a tua gargalhada
sonora ainda me faz rir. Nada do que eras e representavas parece ter passado ou deixado de existir. Nada do que imagina se revelou errado, foste apenas tu que não conseguiste ficar.

Vou continuar à procura do amor, nos mesmos lugares e com as mesmas características. Vou continuar a querer que o meu coração se encha e me preencha, porque apenas ele me deixa capaz de todas as proezas do mundo. Vou querer que o seu sabor se misture no meu e que me vás recordando, tal como ainda faço contigo.

Ter-te continua a ser o que tenho e assim vai permanecer por mais algum tempo, talvez até quando outro de dê, exactamente o mesmo que conseguiste!

19.12.17

Cartas de amor!

dezembro 19, 2017 0 Comments
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Parece que já ninguém as escreve, as cartas de amor, mesmo que muitos ainda preservem as que foram trocando, quando colocar sentimentos no papel era o que existia de mais profundo!

Hoje a minha querida Danda enviou-me umas cartas de amor de Ludwig Van Beethoven.

"Meu anjo, meu tudo, meu eu"...

Quando sentir é algo que nos corrói por dentro, sobretudo se não for partilhado, teremos que nos libertar, deixando voar as palavras que chegarão até à outra parte de nós e terão eco.

" O amor tudo exige e ele tem razão".

O amor é por norma doloroso, assim o foram escrevendo e descrevendo os poetas, os de ontem nas suas cartas e os de hoje nas letras das inúmeras canções que lhe dedicam. Não sei se dói porque tem que ser e porque alguém assim o determinou, ou se dói porque não o sabemos replicar e nos esforçamos mais do que deveríamos, ou menos do que nos caberia. Não sei porque não nos chegam amores suaves, tranquilos e a saberem do que podem dar. Não sei porque complicamos o aparentemente fácil, apenas porque escolhemos a estrada mais longa e os movimentos mais pesados.

"Meu Deus, porque tenho que estar separado de quem amo"? "O teu amor fez de mim o mais feliz e mais miserável dos homens"...

E é isto, o de sempre, ontem e hoje. Somos os eternos sofredores e parecemos alimentar-nos do que magoa bem mais do que tudo o resto. Irra, chiça, que triste fado, mas então não podemos apenas amar e pronto?

Gosto de cartas de amor. De as ler. De as imaginar, as que foram escritas e reescritas. As que escrevi, em acessos de amor assolapado e de todas as que recebi, cheias do que acreditava ser a única verdade possível.

Obrigada minha querida Danda. Hoje deixaste-me a sonhar mais um pouco, quem sabe com umas quantas que ainda irei receber!

Até que começas bem, mas depois...

dezembro 19, 2017 0 Comments
Why simple clothing and simle lights work best for BW!


Até que começas bem,  mas depois e sem saberes porquê, parece que ficas sob o efeito de um feitiço, de drogas leves, ou atacada de uma burrice natural. Talvez tudo passe por não seres assim tão perfeita, mas a verdade é que mesmo começando bem, os finais nunca são os esperados!

Por vezes dizem-te que esperas demasiado, que te iludes e que te apaixonas à toa, bla bla bla, NADA disso. O que fazes é sempre natural e lento, como aquela kizomba fantástica com passos certos, mas mesmo assim... Venha quem te explique de que forma se encetam relações agora, quem sabe não aprendes e não te tornas numa predadora. UI, isso é que seria um cenário admirável, irias vê-los a cair, um a um, com enormes desgostos amorosos. Não seria difícil, bastaria que te pusesses a jogar, que dissesses sempre o contrário do que estivesses a sentir, que te fechasse em copas e te tornasses demasiado cara.

Olha que já foste mais avessa e até juravas, a pés juntos e sem fazer figas por detrás das costas, que nunca te porias a enganar alguém, usando-o, ou os, a teu belo prazer, mas quando a solução para determinado erro não funciona, há que mudar as estratégias, certo? Estás a olhar para mim com aqueles olhos esbugalhados, mas de sorriso maroto. Estás neste momento com aquele ar de quem considera, de alguma forma, uma mudança de comportamento, porque a verdade é que se te tornares uma matadora, vais certamente acabar a ter quem te venha comer, não às mãos, mas aos pés mesmo. Gostaste da ideia?