22.6.18

Quando é que te importas?

junho 22, 2018 0 Comments
Marriage was never meant to be a power struggle: It was meant to be a power union. -John and Lisa Bevere


Não esperes receber o que nunca estiveres disposto a dar! 

Todos os dias do ano são dias importantes, para te dares a ti inteiro e para pedires aos outros de igual forma. Todos os dias alguém precisa de te ouvir, de ter o teu conforto, de sentir o teu cuidado, mesmo que pequeno, mas sendo constante. Todos os dias choramos e rimos, sofremos de dores mais ou menos intensas e temos vitórias que por vezes ninguém reconhece. Todos os dias amamos e somos amados, ou tão simplesmente desejamos um amor que nunca irá chegar.

Foca-te mais nas pessoas, nas emoções e no quanto te tornarás mais rico com cada uma. Não guardes para amanhã o desculpa, ou o amo-te. Não te recuses e aos outros as explicações, ou o NÃO que as deixará continuar a viver. Não esperes que de repente, do nada,  te venham dizer o quanto és importante e como realmente fazes falta, se nunca estiveres presente, preocupando-te. Não te impeças de caminhar na direcção do outro, oferecendo-lhe o abraço que vos beneficiará a ambos. 

Quando te sentires capaz de oferecer, todos os dias as palavras que chegam de dentro de ti e que carregam os sentimentos que inundarão os outros, então terás de mim tudo o que há muito sou capaz de dar. Todos os sentimentos que pretendo que cheguem até a ti quando estás mais frágil, quando choras, quando dás gargalhadas sonoras, quando amas e até quando odeias. Estou SEMPRE aqui, porque eu importo todos os dias do ano e porque és quem me importa, todos os dias do ano.

Desejo-te, porque só assim faz sentido, paz para hoje, mas tudo o resto para amanhã!

21.6.18

No que é que te apoias, ou em quem?

junho 21, 2018 0 Comments

High-fashion model portrait. #portrait More                                                                                                                                                                                 More

Sempre que precisas de recolher, de parar e de repensar, para onde te refugias, ou em quem?


Tu és das que "lambe as feridas" sozinha, ou das que tem uma retaguarda bem posicionada, com grupos de apoio que acorrem para ajudar na desgraça? Na realidade não importa a forma, ou o meio, o que importa mesmo é o resultado e quanto tempo levas para te resolver.

Não podemos ser ilhas. Não devemos isolar-nos de cada vez que estivermos de asas partidas, porque isso apenas faz estender o processo para lá do razoável, ampliando uma dor que até conseguiríamos minimizar mais rapidamente. Não nos devemos encolher, porque falar de nós, do outro, e do que nos magoa, alivia e permite respirar de forma mais tranquila. Não nos devemos recriminar, não quando sabemos que tentámos e que corremos atrás do que nos fez voltar a sentir vivos quando demos tudo de nós.

Será que pensas nisso? Será que te vem de forma consciente a resposta à pergunta, no que é que te apoias, ou em quem, de cada vez que sentes o teu chão fugir?

Todos nós precisamos de redes de suporte, porque por vezes caímos mesmo e de forma violenta,
partindo cada pedaço de auto-estima. Todos nós precisamos de abraços sinceros, mesmo que apenas envoltos em palavras e colos disponíveis. Todos nós precisamos de precisar de alguém, sobretudo para percebermos que não estamos sós.

Eu tenho a resposta para a pergunta e esse facto, por si só, consegue deixar-me tranquila o bastante para não querer questionar mais nada!

19.6.18

Estou decididamente mais velha!

junho 19, 2018 0 Comments
M O T H E R S http://www.prettydesigns.com/


Estou decididamente mais velha e por consequência mais frágil, porque tudo o que se me foge dos dedos, agora e de cada vez que não tenho forma de manter seguros os meus, torno-me minúscula, apagada e inundada de um medo que me assusta. Já sei muito mais do que antes. Já aprendi o que nunca julguei ser possível e sinto ter dado imensas voltas a um mundo que ainda não conheço, mas que amplia o meu, aquele que tenho diariamente. Já não questiono tudo, mas continuo a querer saber cada vez mais, e é por isso que sei que o meu papel de mãe vai ter que ir diminuindo, tornando-me desnecessária, mas a precisar que os passos que vi serem dados pela primeira vez, sejam tão seguros que as minhas mãos já não tenham que se estender para os segurar, impedindo-os de cair. Sei que as escolhas, de lugares, profissões e amores não me pertencem, mas vou continuar a desejar que não tenham que me ser arrancados para prosseguirem, esperando que a minha espera termine e que cada um esteja exactamente onde escolheu.

Já aprendi que não sou primeiro mãe, ou apenas e sobretudo mãe, mas sou a responsável, ainda, pela luz que procuram para encontrarem o caminho. Sei que ainda terão que se alimentar do que já armazenei, para que depois, quando se sentirem prontos, mais nada de mim será essencial, apenas importante e aqui, onde estou e me manterei até que já não esteja mais. Sei que ainda precisam de me fazer muitas perguntas e de beberem do que lhes dará sede, agora que são jovens adultos e que se começam a modelar. Sei que vão começar a contestar aquilo em que acredito, porque já serão capazes de acreditar para além de mim. Sei que ainda lhes faço falta!

A idade não me trouxe menos mobilidade ou sequer registos físicos demasiado visíveis, mas está a trazer-me o medo de precisar de ter medo para conseguir reagir. A idade deixou-me sem medo do que me poderá acontecer, mas desde que nada aconteça aos que prometi amar, cuidar e proteger no segundo em que os olhei. A idade está, contraditoriamente ou da forma certa, a ensinar-me que a minha paz, em mim e por mim, não me sossega do turbilhão dos que ainda agora começaram a andar sozinhos.

Estou decididamente mais velha e a prova disso mesmo é que agora sei que já não há como aninhar debaixo das minhas "asas" quem teria que deixar ir, não dói, assusta...

17.6.18

Testes ou sinais?

junho 17, 2018 0 Comments
VK Art and Colours


O que é que recebemos afinal, testes à nossa perseverança, ou sinais, para que consigamos sobreviver ao que ainda seria mais catastrófico se chegasse mesmo a acontecer?

Gostamos da vida a correr de forma segura, confiável e a sermos capazes de planear sem demasiados desvios de rota. Gostamos, eu pelo menos sei que gosto, de saber a que horas inicio a viagem e a que horas me espero de volta. Gosto de cuidar, sendo a que permite e faz acontecer, mas existem momentos que não me pertencem e com os quais posso fazer muito pouco, a não ser aceitar.

Testes ou sinais? Respostas às perguntas que não verbalizamos, ou apenas consequências de sucessivos adiamentos e indecisões?

A vulnerabilidade assusta-me. A incapacidade de tirar da cartola o que melhoraria o dia, quase que me afoga em desespero. O não poder dar, quando sou a que dá sempre, dirigindo quem ainda de mim depende, enfraquece-me os músculos que se recusam a mover.

Testes ou sinais? Alguém ou algo que nos cuida, não importa a forma, ou apenas a consequência de adiamentos que não teremos forma de adiar verdadeiramente?

É em momentos assim, nestes em que existe pouco que possa fazer e em que a vontade de desatar a correr, mesmo sem saber para onde, que me recordo da minha humanidade. Afinal também eu preciso que me segurem e tranquilizem. Pois, mas a serem testes, por esta altura já existirá a confirmação de que conto mesmo com muito pouco, não sou eu a  inventar. A serem sinais, espero sinceramente conseguir interpretá-los, rapidamente.

A forma e o formato das relações!

junho 17, 2018 0 Comments


Andamos, já há algum tempo, a deturpar o conceito de relação afectiva, porque vejo tanta gente infeliz, de mal com as suas próprias escolhas e a não terem o que sempre deram, mas mantendo-se de pedra e cal onde estão, que só podem ter recebido directivas erradas!

Amar e ser amado não é simples, nem basta para isso que se use o coração. Há que saber e querer cuidar do outro da mesma forma que queremos que nos queiram e cuidem. Temos que dar, generosamente, tempo, amizade, respeito, mimos, palavras sábias e tolas, beijos desenfreados e suaves. Temos que nos mostrar sem medo de nos fragilizarmos, porque quem partilha a nossa vida em pleno, tem que saber do que somos feitos.

O que foi que te ensinaram quando já eras suficientemente crescidinha para quereres a tua metade?


Será que te mostraram que deves amar-te primeiro, tendo um enorme respeito pelo teu corpo e mente e depois então amar quem te tivesse tocado de alguma forma? Será que te mostraram, de alguma forma e em algum momento, que és um ser muito importante e que para além das fragilidades, também tens forças que nunca deves negar? Será que te ensinaram que se não gostares de ti ninguém gostará o bastante, e que se estiveres errada na avaliação do outro, deverás desistir e não persistir, amargando-te e cortando pedaços que poderás até não saber reconstruir?


A forma e o formato das relações andam, claramente, de candeias às avessas com o bom senso e a realidade que pretendemos para nós e para os nossos. Amar não pode ser o que se nos apresenta agora e se o que estamos a precisar é de formações e workshops, então que venham elas, porque ou aprendemos como se faz, e bem feito, ou arriscamos regredir para lá da idade do gelo e o frio não se coaduna com as altas temperaturas que um amor certo nos provoca.

15.6.18

Agora sorrio sempre!

junho 15, 2018 0 Comments


Agora dou comigo a sorrir de cada vez que oiço as malogradas queixas sobre relações, pessoas certas, cedências e comprometimentos. Sorrio por duas razões. A primeira porque já não sofro desse mal, aquele que me deixava a atirar questões para o ar sobre como seria ter alguém novo na minha vida, de que forma e quando. A segunda, porque já percebi que as cedências se tornam naturais, como natural é pensarmos e respirarmos, quando se trata de aceitar quem nos acrescenta e faz falta.

Gosto de ir ouvindo, a uma distância tranquila, as reclamações, os devaneios, os medos e tudo o que impede, muitos de nós, de apenas sermos felizes, sem mais barreiras do que as que já existem, naturalmente. Gosto de já não pertencer ao "grupo" dos que pararam de acreditar e dos que se mantêm cépticos quanto ao emergir de alguém que valha a pena. Gosto, IMENSO, de poder apenas ser eu e de me deixar ir, sabendo que no final de cada dia, mesmo que nunca chegues, vou continuar a ser a mesma e a gostar de mim.

Existem alianças e clubes aos quais não faço questão de pertencer, porque ser mais do mesmo, uma amargurada crónica, descrente e cinzenta, não é de todo a minha praia. Gosto do riso fácil, das certezas, de saber quem tenho, ou não e quando. Sabe-me melhor que chocolate, o meu único vício, saber que já não tenho quem me deixe totalmente vulnerável e desassossegada e é por isso que agora sorrio sempre quando percebo que já não estou "", e que mesmo não tendo quem me conseguiu receber e aceitar como sou, não me tonei mais pequena nem sequer menos importante. Agora sorrio sempre, porque já não gasto os dias a pensar em "ti", quem quer que pudesses ser, querendo-te no percurso que apenas eu terei que trilhar.

Quem és tu?

junho 15, 2018 0 Comments
Inspiration for #self-portrait #photography - angle from the side #blackandwhite


E se arranjasses uma forma de fazer, exactamente, o que tanto apregoas, ou que pelo menos apregoavas, comigo, sendo tão julgador e sempre de dedo apontado, a mim claro está. E se pensasses, um minuto que fosse, em ser mais consistente com o que dizias saber ser certo? E que tal se parasses de querer parar o mundo, quando ainda não determinaste a tua velocidade e onde pretendes ficar?

Quem és tu? Que homem se impede de o ser quando tem uma mulher como eu e foge? O que esperas que o tempo faça contigo quando já não tiver sobrado mais nada? Será que nunca te arrependes ou desesperas? 

Queres-me saber feliz, dizes com toda a abnegação, mas será que já me conseguiste imaginar noutras mãos, a ser beijada, apertada e amada por outro que não tu? Será que consegues ouvir o meu respirar ofegante e o desejo canalizado para quem terá um novo nome e um olhar que entrará no meu, vendo-me quando já não o consegues fazer porque desististe? 

Quem és tu? O que foi que falhei entender quando achei que te sentia e amava o bastante para apenas ser amada de volta? Como é que consegues simplesmente deixar de pensar em mim e no que te dei, de forma consistente, enquanto fui a tua mulher? Onde é que escondes os sentimentos, o desejo e a vontade de me tocar, de sorver o mel ao qual és alérgico, mas que a ser meu apenas te adoça e amacia? Quem és tu quando e enquanto te manténs ocupado a deixar-me ir? Quem és tu agora que juras já não me amar?