11.1.19

Já escrevi tanto...

janeiro 11, 2019 0 Comments
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Já escrevi sobre tanto e sobre tantas pessoas, não específicas, mas os modelos mais comuns, no entanto o assunto não se esgota e continua a existir um mundo de sentimentos que as influenciam. Para o melhor e para o pior, teremos sempre quem nos surpreenda, mostrando-nos facetas mais ou menos previsíveis. Vou julgando cada vez menos, até porque julgar não conserta nada. Estou mais aberta às diferenças, mas gostaria imenso que soubessem entender as minhas, porque às tantas fazem-me sentir um bicho raro.

Acredito já ter escrito bem mais do que alguma vez serei capaz de viver, mas ainda assim pareço conseguir encontrar o mundo que nos carrega, enquanto deveríamos ser capazes de carregar todas as diferenças.

Já escrevi sobre amores que superaram medos e sobre amores que desataram a correr por medo de ter que ficar. Ficar bem. Ficar em paz. Ficar de forma natural. Ficar porque apenas ficando estaremos verdadeiramente. Ficar para não precisar de continuar a procurar. Já escrevi sobre amores dissimulados, daqueles que se usam para enganar os crédulos e os carentes. Amores que serão tudo menos isso, talvez um exercício de ego e uma procura do que nunca serão capazes de encontrar. Já escrevi sobre pessoas de coração grande e tanto que aprendi com a sua entrega e capacidade de dar sem esperar nada em troca. Já escrevi sobre o amor incondicional, e desse tenho alguns mestrados, porque amo incondicionalmente os meus filhos. Não lhes coloco grilhetas. Não lhes cobro presença ou contacto. Não lhes atribuo responsabilidades que não sejam as suas e não espero por nada que não lhes caiba dar. Dou-lhes tudo o que sou e tenho, porque de cada vez que o faço recebo de volta a dobrar. Isto sim é amor, tudo o resto são tentativas vãs de nos fazermos notados, atribuindo-nos a importância que nem sempre teremos.

Já escrevi tanto sobre tanto desamor, que por vezes permito que o cepticismo se cole à pele, mas felizmente apenas por breves instantes, porque escolho quase sempre acreditar que ainda existem por aqui muitas mais almas puras e capazes de amar verdadeiramente!

9.1.19

Mulheres que vibram!

janeiro 09, 2019 0 Comments


Gosto da sensação que algumas mulheres ainda me passam, porque respiram uma energia e intensidades que me refrescam.  Mulheres que parecem até ficar mais altas, que vestem de forma elegante, segura, que são líderes natas e cujo aparente conforto nos conforta. Caminham ligeiras, não se inibem, nem se permitem vacilar. Não, não é fachada, é maturidade, crescimento emocional, vontade de chegar a algum lugar por escolha própria, porque podem e porque sim.



Somos todas diferentes, com percursos que nem sempre colidem. Estamos em zonas mais ou menos cosmopolitas. Temos sonhos maiores, ou tão pequenos que se perdem no tumulto da vida. As mulheres não são todas iguais, cada uma é um Universo inteiro, virado e revirado tantas vezes quantas as que levaram a chegar até onde se destacam, seja de que forma for.

Mulheres que vibram porque gostam de quem são e da vida que fazem por ter. As mulheres nas quais as outras mulheres reparam, têm um lugar seguro, mas estão sempre prontas a escolher novos lugares, mudando-se, porque mudar permite-lhes avançar. As mulheres que vibram têm um brilho visível, porque o seu interior está cheio de sentimentos que se multiplicam pelas razões certas. 

Somos feitas de uma massa que não se recria e por isso maravilhosamente diferentes. Existem mulheres para todo o tipo de homens e não adianta querer juntar os que nunca permanecerão juntos. Existem mulheres doces, que jorram mel pelos lábios e mulheres tão amargas que fazem estremecer os mais temerários. Existem mulheres que só existem para atrapalhar e as que existirão sempre para reconfortar até as outras mulheres, porque a firmeza e a beleza interior é um enorme incentivo.

As mulheres que vibram andam por aqui, porque sem elas o mundo seria um lugar demasiado pequeno!

8.1.19

Tempo de ler!

janeiro 08, 2019 0 Comments



Tempo de ler o que nos vai dentro, tudo o que fomos armazenando e usando para construir, tijolo a tijolo, a nossa casa emocional. Sabermos ler cada palavra que ouvimos, algumas delas repetidas incessantemente, mas a fazerem sempre o mesmo sentido. Sermos capazes de armazenar o tempo de forma a que ele melhore o tempo que nos falta. Termos, nós mesmos, a capacidade de querer para depois sermos capazes de receber.


Tempo de ler o que somos para os outros e o que representamos nas suas vidas. Tempo de ler as amizades que fomos capazes de construir, entendendo porque razão se mantiveram. Tempo de ler a nossa alma, cada medo que se colou e se recusa a abandoná-la. Tempo de ler o que não foi ainda escrito, sentindo o tempo certo de o começar a fazer. Tempo de ler de que forma começar e terminar momentos, lugares e pessoas, fechando ciclos que nos levarão a abrir outros, novos, com outras leituras.

Começar o dia a dizer o que nos pode ajudar a ler todas as horas que inevitavelmente terão que chegar, usando o tempo da única forma que nos servirá, BEM. Terminar o dia analisando o que conseguimos ler, armazenando para a viagem seguinte.

Não te deixes engolir pela sensação de destino marcado. Não aceites que o teu poder não tem qualquer poder de mudar o que não te alimenta. Não embrulhes demasiado o coração em palavras pesadas, em dores que não te pertencem e sobretudo não em memórias que não criaste. Ainda estás a tempo, por isso tira o tempo de que necessitas para te ler e segue pelo caminho que escolheres!

3.1.19

Nós, como nos vejo!

janeiro 03, 2019 0 Comments
Favorite ring shot captured in black and white ~ we ❤ this! moncheribridals.com


Foi a noite que esperávamos ambos, cheia de tudo o que já sabíamos conseguir passar!Estiveste à altura, não me defraudaste, já nem em sonhos, estar contigo foi a confirmação do "nós" como casal. Fez sentido, não nos pressionou, apenas juntou mais e acrescentou a vontade de continuarmos, de persistirmos nesta nova caminhada.

Um dia chega-se lá! Haverá sempre um dia em que do outro lado estará quem importa e então saberemos e sentiremos. Desistir nunca foi opção, mas por vezes demora e desespera.

Ainda estão no meu corpo as sensações que as tuas mãos passaram. Consigo cheirar-te e se fechar os olhos vejo os teus e a forma profunda e apaixonada com que me trespassavas, entrando tão dentro de mim como o fizeste, tu, inteiro.

Os meus minutos e horas correm agora na tua direcção. Tento incluir-te sem demasiados pontos de interrogação, porque sei que vamos continuar a saber de nós, a investir, a descobrir do que somos feitos e o que nos move. Por hora estou tranquila, amanhã logo veremos!

26.12.18

E quando a resposta é o não?

dezembro 26, 2018 0 Comments
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Quando a resposta inevitável é o não, ficas sem muitas mais opções e resignas-te, na maioria das vezes, à sua inevitabilidade. Sabes quem és, porque fizeste o trabalho de casa e recusas mudar uma vírgula à tua condição, sabendo que mal fraquejes te irás arrepender, irremediavelmente.

Tenho que dizer-te que não e faço-o sempre com um olhar determinado. Dizes que não entendes, mesmo que te sinta o medo e que a nossa envolvência nos remeta para a recusa de ambos. Eu porque sou a mais determinada e tu porque te assusto, sei que sim e nem preciso de o ouvir de ti. Aprendemos ambos que não podemos ter tudo o que desejamos e mesmo que lutar seja opção, por vezes a batalha é totalmente perdida. 

Gostava de poder apenas ir, sentir e decidir. Gostava de saber que me bastaria gostar para que tudo fosse natural e fácil. Gostava de arrojar e fazer o que nunca me permiti antes, mas talvez não goste o suficiente de quem aparentemente gosta de mim para que a aventura comece. Gostava de não me julgar tanto, até porque o que tenho dentro me grita que o caminho, por agora, passa por ti...

Não fosse a gravidade a puxar-me, impiedosa, e talvez até que me elevasse, bem alto, para ver mais e melhor. Não fosse a metade mais importante de mim a vergar-me, e deixaria que a minha coragem me provasse certa. Não fosse já estar bem para lá do tempo dos outros e até que recuaria para viver apenas este, saboreando o que me deveria ser permitido, porque certamente que o mereço. Não fosse também eu ter medo e ficarias a saber que já sei o bastante para que a viagem possa começar!


20.12.18

Quem posso ser agora?

dezembro 20, 2018 0 Comments


De que forma consigo apreender o  meu novo eu? Como é que passo a gerir o tempo que agora sobra e que é inteiramente meu, quando o mesmo se afunilava e quase que me impedia de respirar? Quem sou, ou o que posso ser afinal, se aparentemente já posso ser tudo?

Tudo o que é nosso chega, sobretudo o tempo, basta que saibamos como nos conduzir, aguardando pelo momento em que os momentos dos outros os absorverão o suficiente para que nos deixem mais livres. Tudo o que semeamos será colhido e o modo como acabarão por florescer tem a ver com a nossa dedicação e empenho.

Há meio século que cuido dos outros, olho para o lado de lá de mim e aguardo pelos meus momentos, sem demasiada pressa, porque sabia que chegariam. Passei do auge da ansiedade e da urgência, para o silêncio instalado e por rotinas que me visam fundamentalmente. Tenho que me saber redireccionar, recuperando o que tinha na lista, mas que agora se pode tornar realidade. Preciso de ligar botões há muito esquecidos e assim recuperar a mulher, não que ela tivesse deixado de existir, mas agora está claramente mais viva.

Quem posso ser agora? Será que posso mesmo tudo e o desejo, ou vou simplesmente reajustar-me de forma tranquila e sem pressas? Acredito que as respostas irão chegar quando me fizerem falta!

19.12.18

Serenidade é?

dezembro 19, 2018 0 Comments
me encanta Permanecer...A música é capaz de reproduzir em sua forma real a dor  que dilacera a alma e o sorriso que inebria.  ~ Ludwig Van Beethoven.~ ~º~


Quando acho que só pode piorar, eis que apareces tu e amenizas as minhas dores, arranjando forma de que guarde para mim o que me estava a magoar e o dia consegue terminar de forma serena. Mas
ontem correu mal, porque teimámos, só não fizemos apostas porque não somos machos, não jogamos às cartas a dinheiro, mas teimámos sobre quem teria razão e uma vez mais fui eu. Bem que o teria dispensado, porque gostaria de ter ficado com um sorriso triunfante, não por ter vencido, mas por ter estado tão errada, que o resultado só poderia ser em meu benefício no futuro.

Não adianta olhar para onde nunca estiveste, só me resta aceitar e continuar, porque até sei como se faz, já estive num lugar semelhante e hoje, outra vez recuperada, voltei a ter o poder, a ser eu a controlar o que sentia, sabendo que se for demasiado só poderá fazer-me mal.

A noite foi tranquila, dormi e não sonhei contigo. Acordei sozinha e sem fantasmas, apenas eu comigo, mas gostei da sensação. Um dia estará alguém que passará para além dos meus sonhos e acordará ao meu lado, começando comigo o que saberemos ambos ser possível terminar. Um dia saberei quem és e de que forma nos encaixaremos sem que magoe, sem que seja preciso sofrer e fazer sofrer. Um dia tudo o que sentir e sobre o que escrever, ter-te-à no fundo, em cada sílaba e estarei a sorrir de cada vez que o fizer. Por agora vou esperar, porque talvez ainda não esteja pronta para ti!