11.3.19

Será que gostar basta?

março 11, 2019 0 Comments
So get in touch with your other side and take some stunning hard shadow shots - photos. Shadow science for photographers


É tão difícil avaliar-te pela avaliação dos outros. O que devo afinal saber e o que não me deve interessar de todo? Até onde posso levar a verdade que não me sabe a real, se preciso, TANTO, de conhecer a tua realidade?

Queria que fosses uma tela em branco onde pudéssemos ambos escrever de novo tudo à nossa maneira. Queria que o tempo como o temos parasse e estivesse sob o nosso controlo. Queria querer-te sem demasiadas questões, mas perguntando-te tudo o que pudesses responder, porque preciso e porque apenas assim te terei como és.

Será que te devo entender como te entendem, ou perceber que ainda não percebem nada de ti, do que sentes e como? Será que te tens escondido, tal como eu, mostrando apenas o que a pele carrega, mas carregando o que a pessoa certa saberá ver? Será que posso confiar que confiarás em mim, dando-me o que fará com que te inclua?

Gostava tanto de encontrar quem não erguesse demasiado os muros e me permitisse entrar. Gostava de ser gostada sem medos, impedindo-me de sentir medo do amor. Gostava sobretudo de poder gostar de ti, livremente e sem os pesos do passado, porque gostava que te desses, a mim, como a nenhum outro. Gostava que não fosse difícil gostar de ti...

8.3.19

Por ti...

março 08, 2019 0 Comments


Por ti mudo até de planeta. Por ti respiro ao contrário e seguro o sono que quase me derrota. Por ti passarei a ser o teu herói e o que te trará até o que não fores capaz de pedir. Por ti deixarei de me alimentar, usando-te como o alimento que me mantém vivo. Por ti, prometo meu amor, farei o que deve ser feito, porque tu foste feita para mim.

Que nunca me impeça de prometer, porque é fácil fazer-te e ver-te feliz. Saber que é por mim que acordas e arrumas os teus dias. Saber que confias no que decido, por nós, deixa-me capaz até do que ainda não descobri, mas que juro a pés juntos ser capaz de fazer. Passar pelo meu tempo, misturando o teu, e sentindo que se não sentir contigo, se não te tiver, toda, inteira e minha, não terei nada.

Por ti, claro que luto contra fantasmas e empurro as sombras que me podem ofuscar. Por ti fico maior, mas mais frágil e incapaz de resistir sozinho. Por ti acabo a achar que até consigo impedir o mundo de girar e a chuva de cair, molhando-te o corpo que apenas eu posso tocar.

Estou a pensar no que mais poderei fazer por ti, mas não me ocorre mais nada, porque a realidade é que o que faço agora sê-lo-à sempre e para sempre!

7.3.19

Nem sempre...

março 07, 2019 0 Comments
Blog di Sergio Valli - Blog di Cultura dell’Universo: DI SERA


Nem sempre estás só e nem sempre estás com quem te imaginas. Nem sempre o doce tem o sabor que precisavas e nem sempre o amargo te deixa sem quereres voltar a experimentar. Nem sempre o amor que acreditas saber dar é o bastante para que te amem de volta. Nem sempre o sempre será a palavra mais usada, porque raramente se quer para ficar, para durar, para o bem e para o mal.

Estares apenas tu e sem um caminho definido, pode até parecer-te natural, porque é o que fazes, mas precisas sempre de quem o caminhe contigo e faça valer a pena cada pedaço mais irregular, todas as subidas e as descidas íngremes. Quando perceberes que chegaste ao momento em que nada parece ser o bastante, então já estás onde é suposto e é preciso que não estejas sozinha. Quando entenderes que podes ceder e mudar, deixando de lado a consistência que te mantinha apenas tu, então podes recomeçar.

Nem sempre será fácil e claro, mas nem sempre trará dúvidas ou sequer dores insuportáveis. Nem sempre terás que desistir de ter, por vezes bastará que aceites e sorrias ao que te chegou e tudo o resto passará a ser certo. Nem sempre serão vitórias, mas compensarão todas as que trabalhaste por sentir. Nem sempre acabarás as noites sozinha, numa destas, mesmo que não o esperes, terás do teu lado quem ficará verdadeiramente do teu lado!

22.2.19

Incompatibilidade ou insegurança?

fevereiro 22, 2019 0 Comments
The girl who loved to write about life.: The Thankful Project: November 5th.


De que forma se lida com uma mulher que escreve? Mal, é o que se percebe, ou percebo eu, que volta e meia dou de frente com uns quantos quadrúpedes que se põem a tentar entender cada sílaba, quando já lhes é naturalmente difícil escutarem o que quer que seja que acabem a ouvir.

Não somos, obviamente, melhores do que as restantes mulheres, graças a Deus, mas temos uma exigência natural que é agravada pelo uso "exagerado" de palavras. A mulher que escreve parece ser incompatível com o resto do mundo masculino, a prová-lo as constantes avaliações e consequentes decepções. Se os ditos cujos preferem acreditar que existe sempre algo sublimado, quem somos nós para o desmentir, mesmo que o façamos frequentemente?

Será total incompatibilidade perante o raciocínio rápido e pleno de conteúdo, ou insegurança no discurso que deve fluir, ao invés de ser estudado?

Não compreendo o medo agravado das palavras. Não tenho forma de encaixar a dificuldade em articular o vocabulário que cedo nos ensinaram a usar. Não consigo aceitar que se fuja do óbvio, para manter o que permite a dúvida. Mas atenção, quem escreve fantasia. Quem escreve não o faz para alguém específico, mas especifica o que muitos pensam e a forma como vivem. Quem escreve não o faz sempre sobre si, mas tem-se em cada palavra, por isso mesmo importa e acrescenta. Quem escreve dá recados gerais porque encontrou nas palavras uma forma de mudar o mundo e a verdade é que as palavras e amor mudam MUITO e mudam TUDO.

Já me perguntarem se gostaria de ser menos para caber no mundo de alguém. O que acham que respondi? Pois, isso mesmo, porque sou do tamanho da minha vontade e quero ter tudo o que for capaz de sonhar!

20.2.19

O melhor que o amor tem...

fevereiro 20, 2019 0 Comments
-  - #Uncategorized


Certamente que o meu melhor não será o teu. Certamente que a forma como o meu coração bate não se encaixa na batida do teu. Certamente que o que espero e desejo não tem os mesmos contornos, os teus.

O melhor do amor é sem qualquer dúvida a capacidade que temos, cada um de nós, de amar à nossa maneira. Não existe certo nem errado, existe desejo, vontade e capacidade de lutar com mais ou menos força. Todas as medidas estão dentro da medida, porque todos os amores são válidos, sobretudo para quem ama. O melhor do amor é podermos jurar a pés juntos que amamos mais, que somos capazes de mais e que daremos mais, apenas porque somos nós a amar. O melhor do amor é a força com que ele chega, capaz de derrubar muros e de entrar mar dentro. O melhor do amor, enquanto há amor, é a sensação de que somos invencíveis e conseguimos tudo o que jurámos fazer.

Talvez eu ache que o teu amor não me basta por sentir que nunca chegou lá e que foi apenas uma paixão desenfreada, mas talvez até saiba que fui apenas eu que te impedi de amar como sabias e querias. Talvez as dúvidas nunca existissem se tivesse apenas saboreado o melhor do teu amor, tal como o entendias, misturando-o no melhor do meu. Talvez nos estejamos apenas a negar o melhor do amor, que é sobretudo a impossibilidade de ser controlado. Ele virá e irá quando assim o determinar, e nós, os instrumentos de tanto capricho, deveríamos apenas deixar-nos usar e lambuzar, aproveitando cada gota, porque o melhor de qualquer coisa é não precisar de ser coisa nenhuma para dar prazer.

O melhor do amor é definitivamente tê-lo, o resto, bem, o resto ficará nas mãos do amor!

18.2.19

O que seria de mim...

fevereiro 18, 2019 0 Comments
My Only Dream


Como é que me voltaria a pôr de pé se a tua falta física fosse para sempre, se nunca mais te pudesse tocar e se soubesse que saber de ti jamais seria possível? Arrepiei-me apenas com a ideia, porque sinto que passamos metade do nosso tempo a achar que tudo ficará no lugar certo, e que teremos forma de resgatar o que perdemos, mas se for para sempre, se nunca mais tivermos como nos olhar, e se acabarmos onde começámos, à procura um do outro, como é que poderia resistir?

Tanto que já tivemos, mas tão pouco ainda que perder-te irremediavelmente, seria perder o pedaço maior de mim, e isso sim seria difícil de suportar. Ainda consigo saber ao que cheiras, como te moves e de que forma me abraçavas. Agora ainda poderia reservar-me a um momento de loucura e ligar-te a implorar que me escutasses, que aceitasses aceitar-me. Mas se te fosses para sempre, se o teu corpo se consumisse para permitir a saída de uma alma que não poderia continuar aqui, sei que enlouqueceria, sei-o porque me estou a contorcer de uma dor real apenas de o imaginar. Sei-o porque não poder voltar a ti de cada vez que me apetecesse respirar-te, tirar-me-ia todo o ar, e acabaria a rasgar-me por dentro, sem conserto e sem forma de ser restaurada.

Aceito tudo, até a fazer um pacto com aquele a quem não me atrevo a escrever o nome. Aceito cair uma e outra vez. Aceito magoar-me e sentir o sangue escorrer dos lábios que mordo. TUDO para que continues aqui mesmo não podendo ter-te, quero sentir e saber que alguém te poderá tocar, que continuarás a sorrir para a vida, que levarás por diante os teus sonhos, quero e preciso que não me deixes totalmente, mesmo que o já tenhas feito, que já o tenhas decidido.

Existem pessoas que nos chegam para serem sentidas intensamente, mas que são levadas, sem aviso, impedindo-nos de voltar a caminhar da mesma forma. Esse sim é o verdadeiro significado da perda, tudo o resto serão apenas pequenas lombas na estrada. É por isso que não quero saber o que sobraria de mim, ou de que forma me voltaria a arrancar palavras se te fosses para sempre. Certamente que nada de mim poderia ser reutilizado. Acabaria esvaziada de dentro para fora, limpa de cada célula. Ficaria nua, ficaria apenas eu e deixaria de importar!

17.2.19

O que é certo afinal?

fevereiro 17, 2019 0 Comments

O que corre de igual forma dia após dia? O que podemos esperar do amanhã, que seja como hoje e que se torne previsível? O que é certo afinal? Alguns dirão que nada quando é tanto o que não controlamos. Outros viverão na eterna recusa do futuro, achando que o poderão antecipar e viver quando chegar.

Gostava de te ter guardado numa jarra transparente, para te ver e poder manter no mesmo lugar. Gostava de saber, com alguma certeza, do que te falaria se eventualmente nos falássemos, mas a verdade é que sei tão pouco do que queria certo, como é incerto aquilo de que gostarei amanhã...

O que é certo afinal se nem o amor permanece?

Sinto que a vida me escapa e que pouco faço para fazer diferente. Sinto que preciso de ser alguém por quem se espera, mesmo que não espere nada de ninguém. Não pareço estar por aqui, de corpo presente, até quando falo e digo o que aparentemente conta. Não me alheio o bastante, porque não mo permito, mas queria permitir-me um alheamento que me confortasse e assegurasse de que não querer mais pode ser bom., Sinto menos medo do que antes, mas olho-me mais assustada, porque não me quero saber perdida de mim, não para o futuro que até me esforço por criar.

O que é certo afinal, se não tenho certezas de nada, ou terei de muito pouco? Talvez o meu mundo fosse melhor, se ao menos pudese viver nele como sou. Talvez não tivesse que ser tão eu, mas quem seria e como me veria se não me questionasse vezes que bastassem e continuasse, assim, a querer saber do que nem eu sei?