10.2.20

Levaste tudo de mim, mas um dia peço-me de volta...

fevereiro 10, 2020 0 Comments


Levaste tudo contigo e já nem as noites me restam. Levaste-me os dias que correm demasiado devagar, porque é nas noites que te reencontro. Levaste os sabores de tudo o que gostava e já nem pareço capaz de gostar de mim. Regresso à mesma hora para reviver os mesmos olhares onde sempre me perdi e apenas para te voltar a perder. Levaste tudo contigo e agora sobrevivo, respirando o ar que me mantém viva, mas que já não me permite viver. Recordo cada palavra dita enquanto posso dizer tudo, lá, no sonhos onde me ouves e voltas a amar. Beijo-te até que os lábios me doam, tanto quanto me dói tudo o resto, mas sendo correspondida. Entrego-te o corpo e sacio-o dos dias vazios, enquanto te recordo do que significa fazer amor comigo. Levaste a minha vontade de voltar a ter vontade de alguém e já não me deixo tocar, com medo das certezas que virão com o toque errado. Levaste-me numa viagem da qual não pareço ser capaz de voltar, mas queria tanto outra para começar. Levaste tudo de mim, mas um dia peço-me de volta...


Qual de nós arrisca mais?

fevereiro 10, 2020 0 Comments


Qual de nós se arrisca a recordar do passado, sem cobranças, sem qualquer receio de voltar a sentir o que nos juntou? Qual de nós tem o que sempre pediu, mas percebe que não tem quem importa? Qual de nós percebe que o futuro já não será o mesmo, mas que mesmo assim terá tudo valido a pena? Qual de nós, se não ambos, recusa aceitar que fez o suficiente para que estar sozinho agora não doa? Qual de nós vai ceder e voltar a repetir, uma e outra vez, que ama como amar deve ser? Qual de nós acorda a cada noite, sempre à mesma hora, apenas para ter a certeza que o outro não está? Qual de nós vai ser quem muda o hoje, usando o ontem longínquo para ter quem ama amanhã? Qual de nós é corajoso o bastante para corajosamente recuperar quem sempre fez sentido?

Dizer a verdade com amor!

fevereiro 10, 2020 0 Comments


Dizer a verdade com amor. Não deixar passar o que não é certo, apenas pelo receio de fragilizar, ainda mais, quem já está quebrado. Dizer a verdade a quem precisa de a ouvir, serve sobretudo para resgatar quem se refugia no fácil, para mais facilmente fugir da realidade. Dizer a verdade para recusar a mentira que mata a alma, escurece o coração e afasta o que deve estar. Dizer a verdade para matar a mentira. Dizer sempre e só a verdade para ser grande o bastante para não precisar de mentir. Dizer a verdade mesmo que nos afaste do sonho, porque sonhar só nos serve se o tornarmos real. Dizer a verdade com amor, tem o poder de restaurar quem se perdeu por breves momentos!

7.2.20

As minhas promessas incluem-te!

fevereiro 07, 2020 0 Comments


Promessas, fiz umas quantas, mas continuo capaz de continuar a prometer o que serei sempre capaz de cumprir. Já te prometi que te amaria para sempre e aqui continuo, de pedra e cal, a ver-te apenas a ti no meu percurso. Prometi-te, enquanto fazíamos amor ao som de muito mais que os nossos suspiros, porque tínhamos as músicas que nos recordavam de cada etapa e cada uma das palavras que não precisávamos de dizer, que carregaria a nossa história com determinação, não permitindo que a defraudassem, tornando-a pequena. Já te prometi muito mais do que a lua, até porque me foco apenas no que é possível. Prometi-te, como faço todos os dias, que nunca me esqueceria da razão pela qual começámos, impedindo-te também de esquecer, ou de arriscar desistir. Já te prometi a verdade, até e mesmo que dolorosa, mas sempre com a intenção de te elevar.
Promessas, só adiantam as que nos carregam, por isso mesmo meço e peso cada uma para não me falhar quando te prometo e para não te desiludir por não tentar. Já te prometi tanto, mas continuo com o coração cheio de muitas mais promessas, espera e saberás do que falo, sobretudo quando te sussurro ao ouvido que serei sempre a mulher que reconheceste.

6.2.20

Queres ser um farol neste mundo de escuridão?

fevereiro 06, 2020 0 Comments


Queres ser um farol neste mundo de escuridão? Se a resposta for sim, é conveniente que estejas verdadeiramente preparado, porque a luz guia, mas também ofusca. A luz preserva, mas também atrai os que praticam a escuridão como desporto de elite. A luz coloca-te à mercê de mais julgamento e deixa-te com a necessidade de seres ainda mais forte e tolerante.
Acredito que seja mais tranquilo não ser nada, parecer muito pouco e não andar à frente de nenhuma decisão. Se conseguíssemos passar pelos pingos da chuva, talvez os ladrões de energia não nos alcançassem, certo? É o que pensarão muitos, mas e os que têm luz própria?
Se queres mostrar que querer ser mais é fruto de muita positividade e trabalho interior, tens que permitir que alguma da escuridão entre, para que a transformes, com alguma habilidade, em mais uma farol. Estamos a precisar, cada vez mais, de ter para onde voltar em segurança!

Não te esqueças de olhar para dentro de ti!

fevereiro 06, 2020 0 Comments


Não te esqueças de olhar para dentro de ti, porque és a parte que encontra a solução para muitas questões, algumas delas quase tabu, talvez porque acredites que ignorar é passar por cima e sair incólume. Não te esqueças de cuidar de ti em todas as etapas, sobretudo nas menos boas, redireccionando o foco para o que verdadeiramente importa. Larga da mão o "pequeno", tudo o que te afasta do que até já sabes. Reavalia a importância dos que te rodeiam e torna-te ainda mais importante. Não te esqueças de espalhar a tua mudança, espelhando o que conquistaste, com trabalho, amor e generosidade, porque os bons terão sempre lugar no mundo. Pára de presumir que sabes tudo sobre os outros, porque se na verdade é o que pretendes, então esforça-te para os avaliares de forma assertiva. Andar por "aqui" tem regras e convém que as respeites. Não te esqueças de desejar a diferença para melhor a cada dia, porque apenas assim os dias poderão ser consideravelmente melhores!

4.2.20

Mas onde anda o amor?

fevereiro 04, 2020 0 Comments


Já não existem amores inteiros, agora parecemos precisar apenas de metades pequenas e que não nos comprometam. "Quero ser livre", mas então que não se mantenha ninguém preso, porque esperar de alguém o que não considera partilhar, é colocar grilhetas nos pés e nas mãos de quem apenas deseja amor. Já não existem amores simples, sem demasiadas cobranças. Amores que passam por períodos experimentais, mas com determinação, querendo e esperando que cresçam e possam permanecer. Duvidamos de tudo, até da nossa sombra e tendemos a ver a dúvida no olhar do outro, talvez porque ter razão nos permita sentir miseráveis com mais convicção. E eu que odeio estar certa!

Já não existem lugares comuns e sonhos partilháveis, agora seguimos por caminhos distintos e encontramo-nos, quando der jeito, num qualquer ponto que nunca colida com o nosso. Estamos bem sozinhos, mas queremos quem nos acompanhe quando nos for conveniente. Queremos o corpo quente e desejado, mas na hora que não derrube as horas dos dias que TERÃO que ser "livres" e nossos. Queremos o que não pretendemos dar e damos cada vez menos. Já não existem votos sinceros, ditos para que os oiçamos realmente, cumprindo cada um. Ninguém quer querer demasiado alguém, não vá a "liberdade" fugir, tal como fugimos nós do que nos poderia realmente salvar.

Não consigo manter o optimismo perante tanta negatividade, mesmo que seja de riso fácil e tenda a relativizar. Não vejo cenários coloridos, nem consigo colorir a minha esperança no que toca a relações. Não invisto, já não, porque não pareço ter forma de encontrar alguém com o mesmo formato. Não amo há demasiado tempo, mas antecipo muito mais desamor, desistindo sequer de olhar de forma mais atenta, não vá ver mais do mesmo, sem ter como me impedir de gelar por dentro. Não voltei a sonhar a dois, mas sinto muita saudade...