17.2.20

Aprendi a voltar aos carris e a viagem ainda agora começou

fevereiro 17, 2020 0 Comments

Aprendi a sobreviver ao teu desamor e a recolher os sentimentos que deixei, por aí, disponíveis para usares, mas que usaste mal. Deixei de esperar pelo regresso adiado, até que finalmente adiei a minha vontade de esperar e passei a viver. Superei as dores que me fizeram crescer e percebi a minha importância no processo. Passei a passar mais tempo comigo, ouvindo-me nos silêncios e impedindo as tuas palavras de voltarem a ecoar, em mim e no meu cérebro cansado. "As palavras têm poder" - Digo-o vezes sem conta, mas as que deixamos por dizer são igualmente poderosas e capazes de solucionar até o que aparentemente não tinha solução. Fiquei mais quieta e já não preciso de ser validada para ter valor. Aprendi da forma mais amarga que os opostos não te atraem e que não adianta ter por perto quem não nos vê por dentro. Quem não nos respeita na diferença. Quem não se congratula com os nossos sucessos, mesmo que eles nos levem algumas vezes, porque voltaremos sempre se tivermos para quem. Aprendi a ler nas entrelinhas palavras aparentemente sentidas e percebi que não haverá forma de curar quem não se reconhece doente, por isso debita o que não sabe entender e entende tudo mal. Aprendi a deixar seguir, a vida quando mais escura, as pessoas quando perdidas e os momentos que não nos sabem ao sabor que tem o que é certo. Aprendi comigo e por mim a ser a única forma de armazenar o que me faz falta e depois disso nunca mais experimentei a escassez.
Aprendi a voltar aos carris e a viagem ainda agora começou!

Continuas a boicotar-te!

fevereiro 17, 2020 0 Comments


Continuo o "ver-te" destilar os venenos do mundo, focando-te no que te deveria importar muito pouco. Estás de asa descaída, com dores internas que poucos conseguem ver, mas ainda assim escolhes o que não te puxa para cima. Limpa-te do negro e veste a alma de cores que te permitam sarar.
Continuo a "ver-te" discutir o que nunca poderás mudar, numa vã tentativa de mudares o que sempre irá existir e persistir, a maldade, a pequenez, a burrice... Foge de ti quando insistires em esgravatar lixo tóxico. Arremessa para longe verdades incómodas e muito pouco rentáveis. Dá-te permissão para usufruíres apenas do que te saberá a vida e vive-a por ti, porque apenas assim ficarás verdadeiramente curada.

Lamento mesmo, nem sabes quanto!

fevereiro 17, 2020 0 Comments


Lamento por ti que cresceste sem nunca te teres sentido crescido, porque quem deveria ter estado "lá", em cada etapa, não foi capaz e permitiu-se esquecer que lhe cabias por dever. Lamento, tanto, não te ter valido, porque estava atenta aos meus e porque não me reconhecia o direito. Lamento as tuas dores, que permanecem até hoje, porque não te muniste das ferramentas que te arrancariam tantas almas negras. Lamento que te falte determinação para pontapear os pequenos, os maus e os de alma negra. Lamento que ainda não tenhas recebido o amor que te falta dar, porque repetes o padrão e duvidas de ti. Lamento não estar mais perto, sobretudo emocionalmente, para que me pedisses ajuda e me redimisse, de alguma forma, de não te ter oferecido o que tenho de sobra. Lamento...

Fugi, acobardei-me...

fevereiro 17, 2020 0 Comments

Fui-te respondendo para me justificar, falhando cada explicação, porque não aceitaste nenhuma. Parei de te responder com medo de não te conseguir deixar ir, mas igualmente em pânico com a tua desistência. Disse-te tanto, o que me magoava. O que não conseguia explicar. O que parecias ter de sobra e me faltava. As tuas certezas e a forma como me amavas, sendo tão doce, amável e disponível. Fui duro. Fui cobarde e indigno do amor que me tinhas. Fui pequeno e nunca cheguei a dar o que era teu por direito, mesmo sabendo que foste feita para mim. Fui o oposto de tudo o que te prometi.
Já não te respondo às perguntas que certamente sempre farás, mas apenas porque fiquei sem respostas. Fiquei vazio até de mim e perdi-me da única pessoa que nunca me deixaria sem palavras e sem explicações. Já não sei quem sou...

14.2.20

Não lamento a falta dum amor!

fevereiro 14, 2020 0 Comments


Não lamento a falta dum amor, já não, porque na verdade não é qualquer um que me serve. Não fico triste pela falta dum abraço e que bem me saberia ser abraçada, com sentimento e entrega, mas a não poder ser dado pela pessoa que antecipo perfeita para mim, abraço-me diariamente, cuidando do que me mantém emocionalmente acompanhada. Não espero, nem mais um dia, por quem irromperá pela porta que até fechei, não à chave, mas para que me proteja do frio do mundo. Não sei qual o sabor dum beijo dado com uma boca que se encaixe na minha, mas ainda não me esqueci de como se beija. Não me deixo derrubar por fazer o caminho sozinha, quantas vezes à chuva, porque já sei o que sinto quando o sol desponta. Não desisto do amor, até porque é sobre ele que escrevo e alimento tantos corações vazios, mas parei de parar os meus sonhos apenas por serem no singular. Não lamento a falta dum amor, não por ora e não porque já fui muito amada e amei na proporção do que esperava ser para sempre.
Não tenho medo de não "te" voltar a encontrar, perder a capacidade de amar e encontrar amor em qualquer lugar e pessoa é que seria verdadeiramente assustador!

Se ... então ...

fevereiro 14, 2020 0 Comments


Se... então...
Vivemos assim, num constante adiar de felicidade, porque esperamos pelos "ses" da vida.
. Se viajar mais então poderei ser feliz, porque irei ver lugares de que falam os outros.
. Se arranjar o parceiro ideal, então poderei ir a mais restaurantes, é tão aborrecido comer sozinha.
. Se mudar para uma casa maior, então poderei comprar aquela mobília que ando a namorar há tanto tempo.
. Se tirar aquele curso de cake design, então os meus dotes como pasteleira melhorarão consideravelmente e poderei fazer bolos maravilhosos.
- E se deixasses de ser tola e começasses já a ser feliz com o que és, não adiando o que afinal até já tens?
As redes sociais deixam tudo mais polido, bonito, apelativo e perfeito, tal como nada é na vida, não sempre e não só porque queremos. TUDO o que vemos nas diversas plataformas, foi escolhido criteriosamente e por consequência tem que parecer perfeito, mas como já deveríamos saber, a perfeição não existe e focarmo-nos nela só nos trará infelicidade e frustração.
- E que tal olhares com atenção para o caminho que fazes e sorrires a ti no espelho?
Estamos aqui e agora, porque é apenas isso que temos. O resto virá à velocidade do nosso empenho e terá as cores que formos capazes de antecipar.

13.2.20

Mesmo sendo mãe, não posso fazer tudo...

fevereiro 13, 2020 0 Comments


Não te posso tirar os medos, não por completo. Não posso estar sempre por perto, mesmo que o meu coração nunca te deixe. Não posso certificar-te de que tudo correrá bem, mas estarei aqui para te receber se falhares, ou se te falharem, sobretudo no cumprir de expectativas. Não posso dizer-te o que nem eu sei e é tanto o que fica por dizer, até quando acho que disse o bastante. Não posso forçar-te a viver a vida que todos antecipam para ti, por amor, por cuidado e porque te querem grande e realizado. Não posso escolher o que nem tu ainda entendes por escolha, mas posso, como fazem todas as mães, empurrar-te de mansinho para o caminho contrário. Já fizemos muitos, sempre juntos e desejosa de te ter mostrado o que levarás contigo quando não estiver. Não posso amar-te mais, se o fizesse rebentaria este coração pequenino que encolhe sempre que uma das crias parte. Não te posso tirar os medos todos, mas alguns ficarão sem qualquer dúvida para trás, porque nem que seja