7.3.20

Não controlo o que sinto!

março 07, 2020 0 Comments


Não controlo o que sinto quando penso demasiado e supostamente pensar era o que me tornava forte e destemida. Ainda não sei como ser mais do que uma cuidadora, mesmo que cuide de mim e saiba o que fazer em cada momento da minha vida. Não tenho legendas nem sequer manual para interpretar o que me assola e arrisco quebrar-me em pedaços demasiado pequenos se não me aquietar...
Somos, de uma forma ou de outra, inundados por medos reais, mas totalmente fora do nosso controlo, no entanto nada ajuda se não nos ajudarmos em cada etapa e a vida carrega imensas. Ninguém nos ensina a cortar laços emocionais quando estes forem limitadores. Ninguém fala, de forma coerente e sem qualquer desvio, acerca dos nós que se enrolam no estômago quando estamos demasiado "longe" das soluções, ou quando simplesmente não passam apenas pela nossa vontade. Ninguém pára, o tempo suficiente, para que nos possamos rever no que afinal é comum e tão somente a vida a seguir o seu curso. Ninguém nos entende quando nem mesmo nós o conseguimos e poucos se disponibilizam para os minutos que nos começam a parecer dias, meses e os anos que se seguirão, assim, num novo formato, no que só pode ser desta forma. Ninguém nos arranca as dores que o pânico cria e a incoerência amplia. Ninguém nos salva de nós mesmos, se não soubermos o que está errado.
Não quero castrar, punir ou segurar demasiado quem não me pertence, mas estou imersa num remoinho de dúvidas quanto ao que fiz lá atrás, porque só agora irei perceber se adiantou, se me reflectiu e se bastará para que um dia sossegue o coração e a alma, porque a cabeça, essa será eternamente povoada dos mistérios do amor incondicional.

6.3.20

Quero tudo o que já sei conseguir ter e ser!

março 06, 2020 0 Comments


Quero mobilar o futuro sabendo de que forma estar quando mais ninguém estiver. Quero aprender com os silêncios, ouvindo-me quando outros não conseguem e guardando os sons que me importam. Aceitar que a vida avança e com ela algumas das minhas funções se aligeiram, nunca terminam, mas saem do meu controlo. Quero amar com medida, mas desmedidamente quem irá sempre precisar do alimento que o meu amor proporciona. Quero saber o que me faz verdadeiramente falta, deixando ir o passado que já não deverá interferir no presente, apenas melhorá-lo. Quero cuidar diariamente das energias que me nutrirão até mesmo de alimentos. Quero parar de vaguear por ruas escuras e saber MUITO BEM, quais os lugares que merecem ser vistos. Quero deixar de ter apenas vontade e passar a reagir e a fazer acontecer. Quero crescer com cada alegria e riso, ao invés de esperar pelas lágrimas e pelas dores.
Precisamos de aprender a querer estar aqui e agora, porque é apenas isso que temos!

5.3.20

Faz por ti...

março 05, 2020 0 Comments


Fazes por ti porque ninguém parece ser capaz ou querer. Encontras as respostas porque as buscas de forma incansável, até porque serás a maior beneficiada. Inicias-te em novos percursos ou retomas os antigos, os adiados, os que receaste tomar nas tuas mãos e concluir. Não te voltas a refrear o bastante para te impedires de ver para lá do muro. Aprendes o sabor do novo, do diferente e até do solitário, dando-te o tempo que o teu tempo há muito reclama. Encontras em cada fraqueza a força que te elevará quando finalmente chegares. Interrompes os ciclos de intromissão alheia e alheias-te do mundo lá fora, o que te oferece tanto quanto te tira.
Fazes por ti, ou deverias começar rapidamente, consciente de que não existem muitas alternativas que superem o desistir e o aparentemente mais fácil. Fazes por ti quando finalmente saboreias cada resultado e eles chegam, um após o outro, certificando-te do que só poderia ser, assim, sem falsas questões.
Faz por ti, ou alguém tomará essa tarefa nas suas mãos!

4.3.20

Que sensação maravilhosa nos passam as pessoas tranquilas!

março 04, 2020 0 Comments


Que sensação maravilhosa nos passam as pessoas tranquilas, que estão em paz com elas mesmas e que por consequência não se intimidam com o mundo, nem aceitam ingerências de terceiros. Ouvi-las falar é uma benção e nem o "barulho" externo as desvia do foco, ou permite duvidar do que já são. Por norma têm uma voz suave e colocada que nos entra dentro, fazendo com que cada palavra chegue exactamente como era suposto.
Que bom é perceber que ainda existe tanto caminho para percorrer, e que em cada rua ou lugar teremos como esbarrar positivamente em quem ainda nos mostrará mais e da forma certa. Que tranquilidade nos invade quando somos invadidos pelos bem-sucedidos, pelos resolvidos; pelos positivos e genuinamente bons. Que felicidade sentirmos que não andamos sozinhos por aqui e que uns quantos, mesmo que poucos, também se esforçam diariamente para se mudarem, mudando a vida de alguém.
Que gratos nos deveríamos sentir por termos quem se dá sem pedir nada em troca e sem que nunca se afastem demasiado para estarem exactamente onde nos farão falta!

3.3.20

Estou bem assim, mas se estivesses aqui...

março 03, 2020 0 Comments


Estou bem assim, apenas eu comigo, mas continuo a ter lugar para ti. Estou cada dia mais capaz de saborear momentos solitários, mas sem qualquer solidão, mesmo que ter-te por perto me soubesse TÃO bem. Estou contigo no pensamento menos vezes e até poderás passar ao lado em alguns dias, mas nos restantes mantens-te por aqui, sempre perto o bastante para te continuar a sentir. Estou certa de que nunca quis brincar ou entrar nos teus jogos emocionais, mas que bem me saberia apenas aligeirar e usufruir do que ainda representas na minha vida.
Não nos despedimos. Não nos voltámos a olhar sabendo que seria a última vez. Não fechámos o ciclo que nos envolveu e ele continua a girar, não sei muito bem por onde, mas sabendo exactamente com quem. Não tenho como desistir de ti, talvez porque sinta que estás, desse lado, exactamente da mesma forma e com as mesmas questões. Não estou totalmente bem, porque ainda me percorres a mente e fazes bater o coração, mas vou ficar.
Podia ser tão fácil. Podíamos apenas continuar e permanecer. Podias chamar-me para me ouvires. Podíamos ser nós outra vez...

2.3.20

Sou uma fazedora!

março 02, 2020 0 Comments


Sou uma "fazedora", gosto de produzir, de pensar e reagir de acordo com o que me melhorará, sem sombra de dúvida. Já não quero conversas sem sentido de pessoas que não encontram o sentido da vida, porque a negatividade e a incredulidade as consome. Essas preferem sempre o mal que conhecem! Preciso de produzir emoções que me conectem com o que desejo viver e por isso recuso distracções. Lembro-me, constantemente, que tenho que evoluir e reaprender algumas emoções, libertando-me das que me afastam do foco e me devolvem o medo que tanto me esforço por não sentir.
Não existe nada melhor, não para mim, do que acordar sabendo quem sou, que realidade posso criar e até onde estou disposta a ir, chegando inevitavelmente mais depressa. O meu mundo tem que ter mão minha e aí entra a fazedora a que não entrega aos outros o poder. Se o caminho se faz caminhando, então preparo o meu, diariamente, para ser exactamente à minha medida.

Qual é o meu e o teu tempo?

março 02, 2020 0 Comments


Se o meu tempo não corre da mesma forma que o teu, qual de nós terá que esperar?
Não tenho que ser apenas eu. Não tens que querer apenas tu. Não podemos ignorar que o nós deve existir em todas as etapas, ou de contrário nunca nos encontraremos no mesmo tempo e lugar. Chegaste quando me fazias falta. Encontrei-te porque me faltava o que apenas tu pareces poder dar, o resto passará pela nossa capacidade de querer, MESMO, o que representamos um para o outro.
Hoje já ninguém luta, ao invés antecipamos rapidamente a guerra perdida. Escolhemos o aparentemente mais fácil e não usamos de qualquer tempo para analisar, pensar, reflectir e aceitar para prosseguir. Hoje já ninguém escuta, não o tempo suficiente para entender o significado das palavras. Armamo-nos com as nossas e avaliamos pelo que somos, sendo cada vez menos para os outros e por consequência para nós mesmos. Hoje já ninguém quer apenas querer e partir daí para começar a construir. Hoje amar é uma enorme trabalheira!
Quando eu aceitar que o meu tempo só se poderá encaixar no teu para que amar-te possa ser natural, em toda a sua imprevisibilidade, tu aceitarás que o teu tempo vai ter que correr na minha direcção.