8.10.20

Quem sou afinal, percebeste?

outubro 08, 2020 0 Comments



Quanto tempo precisarias mais para saberes quem sou? O que teria que fazer, para além de tudo o que fiz, para que parasses de me avaliar e apenas usufruísses do que te dei? Quem teria que ser para que conseguisses ser tu mesmo, sem mentiras e sem lugares que apenas existiram na minha mente? Onde foste buscar as forças para me usares e onde encontraste tanta coragem para me dizeres o que afinal até não sentias?

Nunca me conheceste. Nunca chegaste a saber quem era a mulher que acordava ao teu lado, dando-se sem te pedir nada apenas o tempo que desdobrava para que nos tivéssemos em pleno. Nunca percebeste o que te dizia, sem qualquer necessidade de legendas, porque me saía de dentro, era eu toda em cada vontade de te ter enquanto te queria tanto. Nunca saboreaste verdadeiramente a boca que cobrias de beijos, porque certamente não era a mim que beijavas. Nunca agradeceste pelo corpo que estremecia com o teu toque e eram tantos os que o poderiam ter tocado. Nunca confiaste o bastante para te soltares e seres o homem que imaginei, numa fantasia boa, mas apenas até acordar.
Quanto tempo gastas agora a recordar o que foi teu e desperdiçaste? Que partes dos dias que certamente serão bem mais pequenos, reservas à lembrança de quem nunca se esqueceu de ti? Que vontade te arrebata agora de me teres como era, tua, sem imposições nem cobranças? De que palavras ainda te lembras, de todas quantas te disse, sobretudo enquanto tentava que acreditasses que sem mim nunca serias feliz? Quantas vidas já gastaste por não quereres saber o que já sei? Quanto tempo levarás a curar-te do amor que nunca mais sentirás na pele, colado à tua alma e tão reservado para o teu coração? Quanto tempo leva o teu tempo a passar?

7.10.20

De repente regressei a mim...

outubro 07, 2020 0 Comments



De repente deixaste de ser um assunto e nada do que te diga respeito me importa mais. Foste finalmente colocado na prateleira que te cabe por direito e mesmo que me tenha culpado, lá atrás, pelo muito que acabei por te dar, já não me dou o direito de voltar a reclamar. Sou sempre tão assertiva com tudo o que deve fazer parte de mim e das minhas rotinas, mas quando o amor me invade, deixo-me invadir por uma onda meio apalermada de fé no outro e na sua capacidade de me amar de volta e regra geral corre mal. Mas aprendi, felizmente, que ampliamos tudo aquilo no qual colocamos foco, para o bem e para o mal, assim sendo desfoco-me do que não me serve e uso lentes de aumentar para tudo o que quero mesmo ter e manter.

De repente já sou capaz de me rir dos choros descompensados e dos desejos de encontrar a minha suposta metade, busca escusada, porque se sou inteira e valho por tudo o que construí, porque raio deveria querer metade de alguém? Já não me vendo por pouco e já não crio expectativas irrealistas, os outros são simplesmente o que carregam. Criar relações e buscar conexões exige que se queira MESMO ter alguém por perto, porque quando passamos a ter mais do que nós mesmos em espaços comuns, convém que saibamos como nos movimentar adequadamente, sem atropelos e sem demasiadas conceções, porque a terem que acontecer, algo estará claramente errado.

De repente sou apenas eu e já não me incomoda. Não esfriei, não desisti e certamente que não deixei de sentir, apenas reavaliei o peso que tenho na minha própria vida e ele aumentou substancialmente e felizmente não na proporção da massa gorda, essa já está em total consonância com a pessoa que me tornei e naquela que ainda serei lá mais para a frente.

De repente estou aqui e a viagem afinal nem foi assim tão atribulada!

6.10.20

Podes ser feliz SIM!

outubro 06, 2020 0 Comments



Podes ser feliz SIM, apesar da infelicidade generalizada, até porque a tua infelicidade não serviria a ninguém. Podes querer mais, de ti e dos outros que conheces e até dos que ainda esperas ver chegar, porque se subires a fasquia, vais receber aquilo que te acrescenta. Podes olhar para o mundo e ver apenas o lado bom, primeiro porque ele existe, e depois porque ao fazê-lo estarás a criar uma nova realidade, a que te serve. Podes escolher com cuidado as palavras que te mudarão por dentro, descartando as mais pequenas e com uma sonoridade que parte até espelhos e são tantos os que as usam. Podes dançar ao teu ritmo, com músicas diferentes, mas poderosas, porque se te movem e melhoram, são exactamente o que precisas. Podes tudo quando decides ter tudo e nada menos do que isso. Podes decidir quando e onde recomeçar, mesmo que os novos começos tenham sido recentes. Podes mudar o que não está certo, porque a mudança mantém-nos vivos. Podes confiar nos teus instintos e segui-los, porque apenas assim chegarás ao teu lugar. Começa já hoje!


2.10.20

Queres levar uma vida inteira a saber quem és?

outubro 02, 2020 0 Comments



Podes até levar uma vida inteira para criar uma imagem que se transforma na tua marca, com um cunho muito próprio e inimitável, mas quando o consegues, nunca mais aceitas imitações ou avaliações erradas. Sermos nós e sabendo que o estamos a ser em todos os momentos, dá uma trabalheira indecente, mas mal nos colamos o pensamento aos sentimentos, transformamo-nos para sempre.


Gosto IMENSO desta sensação de ser reconhecida em todos os pormenores. Gosto de saber que sabem quem sou e de que forma me dou ou retraio; Gosto dos limites que me imponho para que ninguém cruze a linha vermelha que desenhei de forma BEM clara; Gosto de não precisar de gostar de nada com o qual não me identifique; Gosto de ter as minhas próprias escolhas, sem me importar NADA com o facto de colidirem com a dos outros, é que ser eu no meu espaço e manter-me eu no meu tempo, é trabalho que abraço com o maior respeito. Gosto de gostar de forma simples e elaborada e sem precisar de me explicar; Gosto do sabores com que saboreio até os alimentos da alma; Gosto da minha maneira simples de andar por aqui, até para quem a considere estranha; Gosto do amor que multiplico para chegar aos que me dão amor de volta, mas gosto sobretudo de poder ir e ficar onde a minha vontade, sonhos e imaginação mandarem.

Podes levar uma vida inteira para perceber quem és e de que forma pretendes ser visto, mas mal aconteça, tudo o que estava quieto, arrumado e quase esquecido, vai simplesmente arrancar na velocidade que mudará o que já não serve. Acredita, eu sei do que falo!

30.9.20

O que é a vida para ti?

setembro 30, 2020 0 Comments



A vida vai rodando e rodando, até que chega o dia (apenas para alguns infelizmente) em que percebemos estar a fazer umas quantas voltas ao contrário e então paramos, reavaliamos e valorizamos o que tem verdadeiramente valor. Nunca como hoje dei tanta importância ao silêncio e aos momentos passados com aqueles que me estão mesmo na pele e sem os quais não vivo, apenas sobrevivo, querendo apenas estar envolta no que me melhora e faz pensar, sim porque pensar resolve os problemas do mundo. Estou em total sintonia comigo e com o que me rodeia e relativizo ainda mais, mesmo que tal já me parecesse impossível, os pormenores técnicos, as picardias humanas envoltas em tanta desumanização, a pequenez e a inveja que ataca os desarredados de generosidade e respeito pelos outros. A vida tem-me levado muitos para bem longe, mas eu apoio-a sem questionar, porque é mesmo verdade que quem não está comigo, sabendo de que forma me ler e respeitar, não estará de todo. Assim o proclamo em edital!


A vida é muito mais simples do que nos parece, mas parece que decidimos acreditar que complicar faz parte e que só seremos parte de algo e de alguém se olharmos para o todo com preocupação desmedida e medos infundados. A vida é o agora se o soubermos respirar, mas será igualmente o depois, o que entretanto passou e nos fugiu sem que nos déssemos conta. A vida é o amor que podemos colocar em tudo, porque sem ele não somos muito mais do que o pó em que nos tornaremos. A vida és tu quando mereces ser reconhecido por mim e sou eu porque me valorizo o bastante para que desejes saber quem sou. A vida é isto que tens, porque não almejaste a mais, ou é tudo o que finalmente conquistaste, porque nunca te inibiste de sonhar, criar e fazer acontecer. A vida, para mim, tem que ser a cada dia muito mais e tem que me dar muito mais do que já visualizo, porque é na grandeza que descobrimos o que engrandece todos os outros e nos coloca na única posição desejada, bem à frente.

29.9.20

Não há melhor disfarce do que o medo!

setembro 29, 2020 0 Comments



Não há melhor disfarce do que o medo, porque dele ninguém se quer aproximar demasiado, não quando já tanto abunda por aí. Do medo foge-se como que da morte e no entanto há por aí tanta gente a morrer de medo do que supostamente os deveria manter mais vivos. O medo de perceber e sentir o medo dos outros só amplia o nosso e isso já o saberemos todos!

Ter medo e mostrar medo, encolhe as possibilidades e afasta as oportunidades, até as que estariam visíveis se ao menos não fugíssemos da vida. Mostrar medo empodera quem nos diminui por determinação e enfraquece quem nem chega a perceber porque razão sente medo, mas que se cola ao conforto que ele provoca. Provocar medo, ui, isso já muda muita coisa, muda sobretudo os alvos e as reacções. Provocar mais medo em quem já o bebe mal acorda e adormece a desejar que ele não se afaste demasiado, diz muito de cada um.

Não há melhor forma de vencer uma luta desleal do que usar o medo, mas vezes há em que ele riposta e origina toda a confusão que se instala e recusa a sair. Tenho por isso cada vez mais medo da forma como poderei reagir ao medo que os outros tentarem incutir em mim, porque a acontecer verão uma faceta assustadora de quem sabe como se manter à tona de qualquer "sujidade" emocional, porque mesmo que nunca o tenha usado para me valorizar, sei bem ao que sabe.

Nada como um bom medo de estimação para passar ao lado de tudo o que viver de forma livre representa, por isso escolho a valentia até nas dúvidas, de contrário não adiantaria andar por aqui.

28.9.20

Deixámos de ter medo os dois!

setembro 28, 2020 0 Comments



Deixámos de ter medo os dois, mesmo que tenhamos ainda muito para recear. Aproximámo-nos tanto agora, que todas as falhas de antes deixaram de fazer sentido. Impedimos todos os outros de nos estragarem o ar que só respiramos porque existimos, porque pensamos os pensamentos que já eram partilhados muito antes de existirmos e existir só faz sentido se permanecermos. Deixámos de apenas querer, agora queremos justificando todos os movimentos que os amantes coordenam porque de outra forma ficariam descoordenados. Deixámos o mundo com pouca margem de manobra e começámos a manobrar o nosso tempo, os nossos momentos e todos os olhares que nos devemos. Deixámos de ter o que responder aos que nada têm, porque para nos termos realmente, o que não serve terá que ficar demasiado longe. Deixámos para lá tudo o que não nos melhora, mas não deixamos de nos dizer o que passou a importar demasiado para não ser dito.